Quando
queremos algo, o mais fácil é pedir o que queremos. A outra pessoa pode ou não
nos proporcionar o que desejamos, porém a comunicação permanece limpa e
visível. No entanto, há muitas pessoas que consideram que pedir algo
diretamente vai contra os seus princípios, que não tem o direito de fazê-lo ou
que é uma falta de educação; já outras acreditam que não se deva pedir, porque
se a outra pessoa gosta dela, adivinhará suas necessidades. Nestes casos, o que
geralmente se faz é manipular os outros.
1.
Culpar e julgar.
Há pessoas que se dedicam a culpar a quem não responde imediatamente a suas
necessidades. Baseiam a sua estratégia em atacar o sentimento e o pensamento
que as pessoas tem sobre eles. Sabem o seu ponto fraco e é ai onde atacam. Para
isso utilizam diferentes estratégias, que vão das suaves, delicadas, irônicas e
divertidas, passando por aquelas que giram ao redor de interrogações
irracionais, e que depois de rejeitadas, aparecem de maneira “lógica”. A
efetividade de ambas estratégias é temporal, já que uma vez que as pessoas
envolvidas começam a percebe-las claramente, deixam de responder aos ataques.
2.
Fomentar a culpa. Os
que se utilizam desta estratégia fazem que os outros se sintam culpados por não
ajuda-los, pois tratam de despertar esse sentimento que as pessoas tem de ser
boas com os outros e serem úteis à sociedade. Desta forma, as pessoas que não
respondem a essas necessidades se sentem culpadas por isso e em falta com os
demais. O que eles buscam é que ainda se tenha uma certa atitude de rejeição
interior com respeito a quem ele fomenta a culpabilidade, para que elas façam o
que ele deseja.
3.
Fomentar a pena.
Mediante uma atitude de pena e abandono buscam chamar a atenção e a simpatia
das pessoas; fazem isso com diferentes táticas, ainda que com o passar do tempo
essa estratégia deixe de funcionar, já que para as pessoas que estão à sua
volta, a situação começa a se tornar insuportável.
4.
Chantagem.
Utilizando diferentes estratégias de ameaça, o chantagista busca não liberar
algo útil para os demais. Se as técnicas não são as corretas, pouco a pouco
elas irão perdendo a efetividade e terminarão por não funcionar mais. Quem se
utiliza desta técnica terá que levar em conta que ela pode ser prejudicial a
ele mesmo, já que pode criar uma situação de rejeição nas pessoas que ele tenta
chantagear.
5.
Suborno. O
manipulador que se utiliza desta técnica tem um falso interesse pela outra
pessoa, somente porque deseja algo dela. O tempo de efetividade também é
escasso, mas caso ela prossiga, pode acarretar uma situação de rejeição pelas
demais pessoas.
6.
Apaziguar. Quem
se utiliza desta técnica tem uma atitude muito diferente das anteriores, já que
busca conseguir uma atitude positiva dos demais com respeito a ele. Não gosta
nada do conflito e por isso trata de evitá-lo de qualquer maneira. São pessoas
agradáveis, com uma atitude positiva para o fato de ter que pedir desculpas e
acreditam que devam fazê-lo, buscando com isso serem aprovados; com essas
táticas conseguem dos outros o que querem, já que elas “devem” isso a ele,
porque ele já fez algo semelhante anteriormente por eles. Com essa estratégia,
buscam que os demais sejam como eles. O problema desta estratégia reside no
fato de que em muitas ocasiões, depois de haver realizado coisas pelos demais,
estes não respondem à altura, cumprindo sua parte no trato.
7.
Ser frio. O
manipulador que tem uma atitude fria com respeito aos demais, quer deixar claro
que não conseguirão nada dele; trata de intimida-los; o que ele consegue no
final das contas é que as pessoas não confiem nele.
8.
Desenvolvendo doenças.
Esta técnica é utilizada quando as estratégias mencionadas anteriormente não
surtem os efeitos desejados, ou seja, conseguir o que se estava buscando.