PESQUISE AQUI!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Símbolos religiosos pagãos, mitos e representações.

Pelo senso comum, quando alguém deseja indicar que certas afirmações ou crenças são inverídicas, é corriqueiro usar expressões como "isso não passa de um mito". Podemos adiantar, porém, que mitos e mitologias não são sinônimos de ilusão ou mentiras. Joseph Campbell nos diz que "o mito é a expressão da resposta total do homem a seu encontro com a realidade e o esforço subseqüente para assegurar a própria existência significativamente em face dessa realidade"*. Esse "encontro com a realidade", mencionado por Campbell é também o encontro com a tragédia humana de perceber-se mortal e, além disso, nos primórdios das comunidades humanas, deparar-se com a necessidade de matar para poder se alimentar e sobreviver. As figuras arquetipais decorrentes desse processo envolvem ritos de passagem, hierarquizações, sacralizações, entre outros modos de lidar com o mundo ao redor, garantir a sobrevivência, estabelecer divisões de tarefas em sociedade e construir um sentido de ordem perante um aparente caos na existência. Assim é que, através de inúmeros processos práticos tanto quanto imaginários, aliados às transformações históricas e a (re)construções culturais, as sociedades conferem poder a determinados grupos, estigmatizam outros, constróem cidades, delimitam seu espaço, conferem significado, destróem-se mutuamente ou elevam-se em grandes obras e avanços a partir de utopias. Muitas das bases de todas essas questões são míticas.

O mito está presente nas mais diversas religiões, sejam elas as que se afirmam "históricas", decorrentes da historicidade da tradição hebraica, sejam as "arcaicas" (entendendo este termo como "herdeiras de tradições a-históricas", e não como "ultrapassadas"). Ele está presente, com a mesma potência, nas visões laicas, seculares, das ideologias políticas, com os líderes carismáticos de grandes movimentos político-ideológicos. Idem, quanto aos candidatos em regimes democráticos, cujas propagandas eleitorais figuram como "salvadores", "escolhidos", "heróis", "vítimas", seres ungidos ou elevados a tal categoria num discurso que mescla rito, mito e alusões à liberdade oriundas de visões humanistas. Mesmo aqueles que a princípio não procuram associar sua imagem à religião recebem do coletivo a "aura" de seres "olimpianos", nas palavras de Edgar Morin, acima dos comuns mortais. "Olimpianos" são as celebridades, com seus estilos de vida exóticos, inatingíveis econômica ou até intelectualmente pelas massas. São aqueles cujas mansões assemelham-se a parques de diversões, que viajam pelo mundo a qualquer momento por lazer, que têm inúmeros casos amorosos, todos eles públicos, criticados, mas invejados por uma coletividade que endossa culturalmente essa discrepância. Nas propagandas comerciais, não-raro o uso de celebridades que nada entendem de um dado assunto é o suficiente para conquistar consumidores e credibilidade. Ainda nas propagandas, recordando Roland Barthes, a "brancura total" de sabões em pó, a limpeza, seu caráter imaculado, puro, luminoso, dificilmente não é associado à mesma pureza dos santos ou à perfeição dos deuses. O agente de limpeza é o "herói" que mata ou dissipa o "mal", na forma da sujeira, das impurezas. A Luz do heróico produto químico contra as trevas dos fluidos corporais e do ambiente.

Como dito inicialmente, o mito está longe de ser exclusivamente um entretenimento para as horas vagas, o que ainda assim já seria muita coisa. O mito é algo que nos permeia a cada momento, seja em nossa vida cotidiana, seja em situações de vulto político.

Aqui em História, imagem e narrativas já publicamos vários artigos cujos assuntos, se não giravam diretamente em torno de mitos, recebiam deles bases importantes. Vale a pena conferir nossas edições anteriores. A edição número 11 apresenta dois artigos que discutem historicamente elementos relevantes das mitologias e culturas nórdicas: suas representações visuais, na forma de adornos, esculturas, desenhos etc., e expressões guerreiras como as dos Berserkir, que certamente inspiraram produções literárias contemporâneas na forma de heróis poderosos ou na forma de assassinos incontroláveis.

Além de nosso tradicional olhar sobre formas visuais-narrativas (quadrinhos, cinema etc.) e sobre aspectos historiográficos, este número traz também um estudo sobre a pintura mural de Diego Rivera e outro sobre algumas das obras de Henri Matisse. Em ambos tem-se um convite ao deleite nos trabalhos de grandes mestres da pintura.

Carlos Hollanda - editor
Doutorando - PPGAV - Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (EBA-UFRJ)
Mestre em História Comparada (PPGHC-UFRJ)


Você quer saber mais?

http://www.historiaimagem.com.br/

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O HOMEM MATERIALISTA, INVENÇÃO "MARAVILHOSA".

NOSSA ERA MATERIALISTA

O homem moderno é uma invenção maravilhosa, pois ele é formado de pano, plástico e um monte de quinquilharias. Tudo para disfarçar o fato de que ele não existe como individuo "Eu", mas sim um produto do meio materialista no qual está inserido.

ESTAMOS VIVENDO A ERA DO MATERIALISMO EXACERBADO,
O QUE MENOS IMPORTA AGORA, E O SER , MAS SIM O TER. ISSO É UM PROCESSO QUE NÃO FOI ATINGIDO RAPIDAMENTE, É UM PROCESSO LENTO QUE COMEÇOU DESDE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.

QUANDO AS FABRICAS COMEÇARAM A PRODUZIR EM MASSA, ASSIM, DE INICIO, ERAM PRODUZIDOS ARTEFATOS E TUDO QUE PRECISASSE M PARA O CONSUMO DAS PESSOAS, MAS COM A MODERNIZAÇÃO E REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA, AS FABRICAS COMEÇARAM A PRODUZIR DE FORMA GIGANTESCA, CLARO QUE PARA ISSO, ENXERGAM REAIS CONSUMISTAS PARA COMPRAREM OS PRODUTOS, POIS NUNCA FICAM SEM VENDER, PORQUE CONSEGUEM USAR O MARKETING, PROPAGANDA, GUIADOS PELA MODA CONSUMISTAS, OS EMPRESÁRIOS SE TORNAM CADA VEZ MAIS RICOS EM FUNÇÃO DESSE CONSUMO EXAGERADO.

COMO AS PESSOAS RICAS, TEM SEUS CARROS, ROUPAS DE GRIFE, PRODUTOS MODERNOS, ETC, AS PESSOAS DE CLASSES MAIS BAIXAS ALMEJAM TAMBÉM POSSUÍREM TAIS COISAS, PORQUE UM CARRO É UM BEM, DE UTILIDADE, CLARO, MAS QUANDO SE TEM UM, QUE SEJA FUNCIONAL, NÃO PRECISA O EXAGERO DE TER UM CARÍSSIMO, UMA FERRARI, POR EXEMPLO, QUE CUSTA MUITO, MAS, COMO ESTAMOS NA ERA DO MATERIALISMO, AS PESSOAS PERDEM A NOÇÃO DE NECESSIDADE REAL, E COMEÇAM A ACHAR QUE PARA SEREM MAIS FELIZES, SERIAM AINDA MAIS SE TIVESSEM UMA FERRARI POR EXEMPLO.

MAS PARA QUE ISSO? UMA PESSOA É MAIS FELIZ SE ESTIVER USANDO ROUPAS DE GRIFE OU SE ESTIVER USANDO UMA ROUPA SEM GRIFE, QUAL A DIFERENÇA, NÃO E TUDO FEITO DE TECIDO? AH MAS VEM A MARCA ATRELADA AO PRODUTO, E AO STATUS QUE ELE TRAZ PRA QUEM O USA.
ASSIM USANDO UMA ROUPA DE GRIFE A PESSOA E MAIS RESPEITADA, PARA ALGUNS, ELA TERÁ ATE CHANCE DE SER MAIS QUERIDA ENTRE OS GRUPOS SOCIAIS, MAIS VENERADA POR POSSUIR UM ARTIGO QUE POUCOS O TEM. ASSIM ENXERGAMOS HOJE EM DIA AS PESSOAS, QUE PRECISAM TER PARA PODEREM SER ALGUÉM, ANTES AS PESSOAS PRECISAVAM SER, PARA PODEREM TER, HOJE AINDA EXISTEM ALGUMAS SOCIEDADES QUE VALORIZAM EXTREMAMENTE O SER, MAS É MUITO RARO.

NO NOSSO PAIS, QUE ESTA COMO UM PAIS EM DESENVOLVIMENTO, PODEMOS PERCEBER TUDO O QUE ESSA ERA DO MATERIALISMO, POR ASSIM DIZER, PROVOCA NAS DIVERSAS CLASSES SOCIAIS, E EM DIFERENTES IDADES, OS JOVENS POR EXEMPLO, SÃO OS MAIS DESCOLADOS, OS QUE TIVEREM, UM TÉNIS ALL STAR, UM ADIDAS, OU NIKE, OU QUE USAREM GRANDES MARCAS DE ROUPAS, OU QUE TIVEREM OS NOTEBOOK COM AS CONFIGURAÇÕES MAIS MODERNAS, OS CELULARES DE ULTIMA GERAÇÃO, OS RELÓGIOS MAIS CAROS, E POR AI VAI.

A PESSOA QUANDO NÃO CONSEGUE SE INSERIR DENTRO DESSE PADRÃO DE CONSUMO QUE A SOCIEDADE ESTA IMPONDO, ELA CHEGA A SER TAXADA DE CARETA, DE BREGA DE POBRE, DE CAFONA, DE PESSOA DESATUALIZADA, PORQUE NÃO CONSEGUEM ENXERGAR O QUE A PESSOA E, MAS SIM EXATAMENTE E UNICAMENTE SO O QUE ELA TEM DE MATERIAL, E CLARO.

MAS POR QUE ISSO, ACHO QUE TALVEZ SEJAMOS INCONSCIENTEMENTE VITIMAS DA INDUSTRIA, DAS GRNDES MARCAS, SOMOS VITIMAS DAS GRANDES COMPANHIAS, DAS PROPAGANDAS QUE IMPÕE PARA AS PESSOAS,
SE ELAS POSSUÍREM AQUELE CARRO DA PROPAGANDA, ELAS SERÃO MAIS FELIZES, ASSIM PEGAM ALGUÉM QUE ESTAVA SE AFUNDANDO NA DEPRESSÃO, POR NÃO TER CULTIVADO O SER, E SOMENTE VIVIDO O TER, AI A PESSOA FICA PENSANDO, VOU CONSEGUIR O DINHEIRO PARA COMPRAR AQUELE CARRO DA PROPAGANDA, ASSIM QUEM SABE SEREI FELIZ. ISSO E A PENAS UM EXEMPLO MINIMO DESSA ERA DO MATERIALISMO.

Agradecimento:

Noemia Gebosky
Estudante de administração de empresas e inglês.
noemiabh@gmail.com


Você quer saber mais?

http://www.artigos.com/artigos/humanas/psicologia/nossa-era-materialista-13558/artigo/

Criminoso nazista morre na Alemanha antes de ir a julgamento.

Samuel Kunz foi guarda no campo de concentração de Belzec

Aos 89 anos, Samuel Kunz, número três da lista de criminosos nazistas mais procurados do Centro Simon Wiesenthal, faleceu na Alemanha antes que pudesse ser julgado por seus crimes.

Morreu na última quinta-feira (18/11), aos 89 anos, Samuel Kunz, número três da lista de criminosos nazistas mais procurados do Centro Simon Wiesenthal, especializado na procura de criminosos do regime de Hitler. Acusado de participação no assassinato de mais de 420 mil judeus durante o Holocausto, Kunz faleceu em casa, em uma cidade alemã próxima a Bonn, antes que fosse levado a julgamento.

Samuel Kunz deveria ser julgado pelo assassinato de prisioneiros judeus durante o período em que era guarda do campo de concentração de Belzec, na Polônia ocupada pelos nazistas, entre janeiro de 1942 e julho de 1943.

"O tribunal ia tomar uma decisão sobre a abertura de um processo que provavelmente começaria em fevereiro", afirmou o procurador Andreas Bendel, chefe do departamento para a elucidação de crimes nazistas em Dortmund, no oeste da Alemanha.

Caso de Kunz veio à tona durante investigações sobre Demjanjuk (foto)Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Caso de Kunz veio à tona durante investigações sobre Demjanjuk (foto)O passado de Kunz veio à tona durante a investigação de John Demjanjuk, que foi a julgamento no último ano sob acusação de ajudar a matar 27.900 judeus. Assim como Demjanjuk, Kunz serviu no Exercito soviético, tornando-se guarda de um campo depois de ser capturado por alemães.

Samuel Kunz havia reconhecido abertamente, perante investigadores encarregados do inquérito a John Damjanjuk, ter trabalhado no campo de extermínio de Belzec. "Era evidente para nós que os judeus eram exterminados e depois queimados no local". "Sentíamos o cheiro todos os dias", declarou.

Sentimento de frustração

Efraim Zuroff, diretor do Centro Simon Wiesenthal em Jerusalém, expressou sua "profunda frustração" pelo fato de o acusado não ter sido julgado e culpa abertamente a Alemanha pela impunidade.

"O fato de Samuel Kunz ter vivido na Alemanha sem penalidade por tantas décadas é o resultado de falhas no processo criminal que ignora qualquer criminoso do Holocausto que não tivesse sido um oficial".

Segundo Zuroff, apesar da impunidade, o caso colocou o conturbado tema em pauta novamente. "O único consolo é que ele foi acusado, foi exposto e pelo menos uma pequena parte da justiça foi feita", afirmou.

MDA/afp/lusa/rtr
Revisão: Carlos Albuquerque

Você quer saber mais?

http://www.dw-world.de

Tribunal de julgamentos nazistas vira museu em Nurembergue

Bildunterschrift: Dois bancos originais são parte da exposição, que exibe também filmes da época.

Um novo museu dedicado aos Julgamentos de Nurembergue foi inaugurado nesta semana no mesmo local onde Hermann Göring, Rudolf Hess e outros líderes nazistas foram condenados por crimes de guerra e contra a humanidade.

Sessenta a cinco anos após o início dos Julgamentos de Nurembergue, o local que testemunhou a condenação dos líderes nazistas por crimes de guerra foi transformado em museu, lembrando o momento histórico que fez com que o mundo inteiro fixasse os olhos sobre a cidade do estado da Baviera, no sul da Alemanha.

Benjamin Ferencz, ex-promotor norte-americano no tribunal de guerra e um dos poucos participantes dos processos ainda vivos retornou a Nurembergue aos 91 anos para discursar na cerimônia de abertura do novo museu, o Memorium Nürnberger Prozesse, realizada no dia do aniversário do primeiro julgamento de crimes de guerra da história.

"Quando deixei a Alemanha pela primeira vez após a Segunda Guerra Mundial, e deixei Nurembergue, o meu maior desgosto foi nunca ter ouvido um alemão dizer 'sinto muito'. Nunca acreditaria que retornaria depois de 60 anos e ouviria um tom completamente diferente em um mesmo país", afirmou, ao discursar.

Coletando evidências

Ferencz foi promotor-chefe, com apenas 27 anos, no julgamento de 22 nazistas em 1947, um dos 12 julgamentos posteriores à condenação dos principais criminosos de guerra. Após se formar em Harvard em 1943, ele imediatamente entrou no Exército dos EUA, coletando evidências de crimes nazistas nos campos da morte libertados pelos americanos, Buchenwald, Maulhausen e Dachau.

"Eu vi os crematórios com cadáveres entulhados do lado de fora e corpos queimando dentro. Vi a destruição de cidades alemães, de cidades francesas, de cidades britânicas... não sei se um dia viraremos essa página completamente. As pessoas sempre irão duvidar se é possível que seres humanos se comportem de forma tão desumana", observou Ferencz, ao discursar na mesma sala em que ele presidiu o julgamento em 1947.

Julgamentos justos

Durante a guerra, o ditador soviético Joseph Stalin pediu pela execução em massa de soldados alemães e líderes nazistas, quando a vitória estivesse consumada. Por seu turno, o Reino Unido, França e os EUA defenderam que os criminosos nazistas respondessem pelos seus crimes diante de um tribunal legalmente constituído. Foi essa insistência que levou ao Tribunal Militar Internacional, cuja primeira sessão foi inaugurada em 20 de novembro de 1945 na Sala 600 no Palácio de Justiça de Nurembergue.

Enquanto os líderes nazistas Adolf Hitler e Heinrich Himmler escaparam da Justiça cometendo suicídio, outros 21 líderes nazistas foram levados a julgamento em Nurembergue. Sob os olhares da mídia internacional, a cidade associada aos congressos do partido nazista renasceu como o lugar que abrigou o primeiro tribunal de crimes de guerra da história. Chamado de "o tribunal do século" pela imprensa, passaram-se 218 dias antes que os acusados ouvissem suas penas em 1° de outubro de 1946.

Embora Hermann Göring tenha escapado de sua sentença, se suicidando momentos antes de ser levado para a forca, o ministro do Exterior Joachim von Ribbentrop e o comandante das Forças Armadas, Wilhelm Keitel, foram enforcados na prisão de Nurembergue em outubro de 1946, juntamente com outros oito condenados.

O mesmo banco onde Hermann Göring e outros líderes nazistas sentavam ao serem condenados à morte agora é parte do acervo do novo museu, situado em uma área localizada sobre a Sala 600, a qual ainda é usada ativamente como tribunal, mas fica aberta à visitação em dias em que não há julgamentos.

Fim gradual da perseguição

A inauguração do museu, com a presença dos ministros do Exterior de Alemanha e Rússia, assim como de representantes dos Estados Unidos, França e Reino Unido, simboliza o fim gradual da perseguição judicial dos crimes de guerra nazistas, deixando que os livros de história julguem aqueles que possam ter escapado da Justiça.

Os acusados durante o julgamento em 1946Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Os acusados durante o julgamento em 1946Neste mês, Michael Seifert, conhecido como o "açougueiro de Bolzano", morreu aos 86 anos em um hospital italiano depois de ser extraditado do Canadá para a Itália em 2008. Ele estava na prisão, cumprindo pena por assassinar 11 pessoas em um campo de prisioneiros em Bolzano. Seifert era um dos poucos criminosos de guerra nazistas que se sabiam ainda vivos. Poucas testemunhas daquele tempo permanecem, fazendo com que seja cada vez mais difícil para os tribunais continuarem o trabalho iniciado em Nurembergue no final da guerra.

O julgamento atualmente em andamento de John Demjanjuk, de 90 anos, acusado de participação no assassinato de 27 mil pessoas no campo de concentração de Sobibor, na Polônia, pode ser a última vez que um suspeito criminoso nazista senta no banco dos réus.

Precursor do TPI

Os Julgamentos de Nurembergue deixaram um legado que vai além do período nazista. Ao abrir o julgamento de 1946, o promotor-chefe Robert H. Jackson afirmou que "os erros que estamos para condenar e punir foram tão devastadores que a civilização não pode tolerar que eles sejam ignorados, porque não poderá sobreviver a uma repetição deles".

O Tribunal de Nurembergue pavimentou o caminho para a criação do Tribunal Penal Internacional (TPI), além de ter sido a primeira corte a estabelecer o precedente legal de crimes contra a humanidade.

Autora: Naomi Scherbel-Ball (md)
Revisão: Carlos Albuquerque

Você quer saber mais?

http://www.dw-world.de/

Novos documentos confirmam que EUA protegeram criminosos nazistas.

Relatório revela detalhes de como serviço de inteligência dos EUA protegeu criminosos nazistas após a Segunda Guerra. Diante da Guerra Fria, EUA passaram a estar menos interessados em punir tais criminosos já em 1946.

Documentos recentemente liberados da CIA e das Forças Armadas norte-americanas confirmam que, após a Segunda Guerra Mundial, autoridades aliadas protegeram antigos nazistas e criminosos de guerras, caso provassem que poderiam ser úteis e cooperativos.

"Sem dúvidas, o advento da Guerra Fria outorgou à inteligência norte-americana novas funções, novas prioridades, e novos inimigos. Prestar contas com alemães ou com seus colaboradores se tornou menos urgente. Em alguns casos, isso se tornou até contraproducente", afirma o relatório divulgado na última sexta-feira (10/12) pelo Arquivo Nacional dos Estados Unidos.

"Apesar das variações, esses casos específicos apresentam um padrão: a questão de capturar e punir criminosos de guerra se tornou menos importante ao longo do tempo."

O relatório denominado Hitler's Shadow: Nazi War Criminals, US Intelligence and the Cold War (A sombra de Hitler: criminosos de guerra nazistas, inteligência dos EUA e a Guerra Fria), se baseia em informação considerada confidencial até 2005 e veio a público graças ao Ato de Divulgação de Crimes de Guerra Nazistas, um esforço de Washington com vista a uma posição mais crítica sobre seus próprios segredos.

O documento lança um olhar sobre uma série de antigos membros da SS e da Gestapo que escaparam da Justiça, com os Estados Unidos tolerando essa escapada ou mesmo ajudando-os a fugir.

Após Segunda Guerra, começa Guerra FriaBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Após Segunda Guerra, começa Guerra FriaGuarda de Auschwitz protegido da extradição

Rudolf Mildner, por exemplo, foi preso inicialmente em uma operação à procura de criminosos de guerra que pudessem levar a um movimento clandestino de resistência nazista.

As autoridades norte-americanas sabiam que Mildner havia pertencido à Gestapo durante muito tempo, mas nunca o pressionaram para saber mais detalhes sobre crimes da Gestapo contra judeus ou outros grupos. Capturado e interrogado em Viena, as autoridades norte-americanas o consideraram "muito confiável e cooperativo".

No entanto, um olhar mais detalhado sobre seu passado revelou que ele ordenara a execução de 500 a 600 poloneses no campo de extermínio de Auschwitz. Confrontado com as acusações, Mildner confessou e o relatório menciona que ele tentou racionalizar suas ações, defendendo que eram para "preservar a ordem e evitar sabotagem".

Posteriormente, países como a Polônia e o Reino Unido pediram a extradição de Mildner. Mas de acordo com o relatório "localizar e punir criminosos de guerra não estavam no topo das prioridades das Forças Armadas norte-americanas no final de 1946."

Acredita-se que autoridades dos EUA o protegeram da extradição e facilitaram até mesmo sua posterior fuga para a América do Sul, que se tornou um refúgio para muitos criminosos de guerra nazistas fugindo da Justiça.

Husseini negou cooperar com nazistasBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Husseini negou cooperar com nazistasPlanos de Hitler para Palestina pós-guerra

O material recentemente liberado também lança luz sobre os planos da Alemanha nazista no Oriente Médio, onde as lideranças do regime de Hitler estabeleceram estreitos laços com o Grande Mufti de Jerusalém, Amin Al-Husseini.

Husseini recebeu substancial apoio financeiro e logístico da Alemanha nazista, que pretendia usá-lo para o controle da Palestina, uma vez que a Alemanha tivesse derrotado o Reino Unido no Oriente Médio. Na época, Husseini e Berlim se uniram principalmente por verem nos judeus um inimigo comum.

Os arquivos da CIA e das Forças Armadas norte-americanas recentemente liberados definem que os Aliados sabiam o suficiente sobre o passado de Husseini para considerá-lo um criminoso de guerra. Temendo a perseguição, ele fugiu para a Suíça, onde as autoridades locais o entregaram à França.

Por temer agitação política na Palestina, o governo britânico foi contra levar Husseini a julgamento. Ele foi então morar na Síria e no Líbano, sempre refutando acusações de ter tido laços com a Alemanha nazista. Ele alegou que visitou Berlim somente para evitar a prisão pelos britânicos.

Ex-nazistas empregados por serviços de espionagem ocidentais

No começo deste ano, a Alemanha liberou documentos da Stasi que mostravam em detalhes como o serviço de inteligência da antiga Alemanha Ocidental empregava antigos nazistas e criminosos de guerra em sua base de pessoal. O serviço de inteligência da antiga Alemanha Ocidental foi formado com a ajuda dos aliados.

Como o bloco soviético se tornou o inimigo comum após 1945, diversos historiadores afirmaram que autoridades aliadas aceitaram amplamente que ex-nazistas escapassem da Justiça, caso suas habilidades se provassem úteis para as novas frentes da Guerra Fria.

Autor: Andreas Illmer (ca)

Você quer saber mais?

http://www.dw-world.de/

NÃO CONFUNDA SIONISMO COM JUDAISMO.

Em artigo recente publicado no The New York Times(1) , o jornalista holandês Ian Buruna nos dá algumas indicações sobre o clima reinante nos Estados Unidos após o novo incêndio do Reichstag (2) , isto é, o 11 de setembro. Diz ele: “argumentar contra a política israelense tornou-se uma ação antipatriótica”. Observe que aqui a associação Estados Unidos-Israel é completa, como se fosse uma única nação.

Buruna lembra em seu artigo que o deputado americano James Moran, democrata, afirmou que “se não fosse pelo forte apoio da comunidade judaica a esta guerra com o Iraque, nós não estaríamos fazendo isso”, pelo que foi constrangido a pedir desculpas imediatamente; na Inglaterra, Tam Dalyell, um membro de longa data do Partido Trabalhista, expressou um ponto de vista semelhante, sem que tenha sofrido qualquer pressão do tipo.

Sabemos hoje que a Lei Patriot I (sob Clinton, pós-atentado de Oaklahoma) e Patriot II (após 11 de setembro), retiram dos residentes nos Estados Unidos, americanos ou não, alguns de seus direitos fundamentais à liberdade, previstos na Constituição. Qualquer um, sem acusação formal, pode ser apontado como colaborador, “consciente ou não” do terrorismo e, sem direito à defesa, pode ser espionado, investigado, ter sua residência invadida, ser detido, processado, preso, destituído da cidadania norte-americana e mesmo deportado “para qualquer parte do mundo onde haja ou não governo constituído”(3). Mais que isto: caso queira constituir advogado para defendê-lo, seu representante legal será considerado conivente com o terrorismo. É o fim do Estado de Direito e da democracia tal como é definida na constituição dos Estados Unidos.

Nestas orwellianas(4) circunstâncias, não é difícil avaliar a importância de que esta nota se reveste, no sentido de esclarecer a diferença fundamental entre o judaísmo e o sionismo (5).

Em primeiro lugar, vale destacar que o judaísmo é uma religião legítima, isto é, uma forma tradicional ortodoxa cujo fundamento é o Livro Revelado, a Torah. Sem a Torah e a fé, não existe o Povo de Israel.

Em segundo lugar, o Sionismo é um movimento político muito recente, remontando apenas um século, enquanto o judaísmo tem quatro milênios de existência. Sionismo não é sinônimo de judaísmo, muito pelo contrário: seus postulados são diametralmente opostos aos do Povo de Israel. O sionismo é materialista e, seu projeto, o de constituir um Estado mundano com exército, algo jamais previsto no judaísmo enquanto religião.

Em terceiro lugar, é importantíssimo lembrar que o sionismo, em sua condição de movimento laico e materialista, se opõe às religiões em geral, inclusive ao judaísmo, o que não o impede de simular uma associação. É, portanto, inteiramente irreal e mentirosa a suposta associação do sionismo ao Povo de Israel, seja como indivíduos, seja como comunidade.

O nome mesmo “Estado de Israel” é uma usurpação sionista aos verdadeiros judeus, buscando com isto “legitimar” de algum modo o Estado sionista, cabeça-de-ponte dos Estados Unidos no Oriente Médio com a finalidade de aniquilar as religiões em geral (inclusive o judaísmo) (6) e, em especial, o Islã. Todo sionista, por definição, não é judeu no sentido pleno do termo.

Outro ponto fundamental a esclarecer se refere às acusações fáceis de “anti-semitismo” e “racismo”, generalizadas e simplistas, largamente apoiadas na ignorância, a qualquer um que ouse discordar do sionismo. Vários povos da Antiguidade pertencem ao ramo semita e, hoje, os árabes e judeus (não os de origem européia, descendentes de turcos) são os mais conhecidos; nota-se, apenas com este esclarecimento, o erro que constitui acusar qualquer um que conteste o sionismo (por exemplo, um árabe, expulso de suas terras históricas) de “anti-semita”. Outro erro não menos grave é confundir etnias com raça: há judeus de várias etnias (árabes inclusive).

O sionismo foi inventado por judeus europeus (7) (Ashkenazi, que hoje habitam a Ucrânia) e estes são descendentes da tribo turca de Khazar, cujo líder adotou o judaísmo no século VIII dC; é portanto fato histórico incontestável que os judeus europeus não são semitas e não descendem de Moisés ou de palestinos. Paradoxalmente, são precisamente estes os que se apressam em acusar qualquer um que discorde do sionismo de “anti-semitas”, enquanto empreendem a ocupação de territórios, perseguição e extermínio dos verdadeiros semitas.

Hoje, apenas um povo e seu país podem ser identificados com uma raça: os chineses (8) . Todos os demais países, sem exceção, têm população constituída por mesclas raciais e/ou étnicas mais ou menos complexas.

Esta nota explicativa se justifica nas atuais circunstâncias, pois são previsíveis as reações coléricas daqueles que se sintam desmascarados em seus desígnios diabólicos. Como veremos adiante, o movimento sionista é o principal (e não único) agente externo de forças ocultas e terríveis (9) , que pretende o impossível: aniquilar todas as religiões e derrotar a Deus.
Notas:

(1) Buruna, Ian, NYT, 12 setembro de 2003.

(2) Ver Capítulo VII , 11 de setembro: o novo incêndio do Reichstag.

(3) Uma solitária geleira na Sibéria ou um uma bonita e salgada onda no Cabo Horn? Ver Gore Vidal em seu devastador ensaio The Enemy Within (London, 27 October 2002 The Observer) em http://www.ratical.org/ratville/CAH/EnemyWithin.html , acessado em 12/agosto/2003.

(4) George Orwell (1903-1950) autor do célebre romance “1984”, no qual previa um mundo mecanizado e totalitário; o autor, sem dúvida, ficaria estarrecido se visse o quanto foi superado pelo projeto sionista-americano.

(5) Confira no apêndice detalhes das importantes informações contidas no manifesto sobre o judaísmo e o sionismo, assinado por judeus ortodoxos.

(6) Os judeus ortodoxos da organização Neturei Karta são sistematicamente perseguidos, detidos, interrogados, presos e eventualmente eliminados pela temível Mossad, o Serviço Secreto dos sionistas.

(7) As origens do sionismo remontam ao livro “O Estado Judeu”, do jornalista húngaro radicado em Londres Theodor Herzl (1860-1904). A leitura deste livro é muito instrutiva quanto ao caráter laico, portanto, antijudaico do Estado proposto por Herzl e o grupo político ao qual pertencia. Ali está proposto um “Estado que realize o socialismo”.

(8) Nos referimos à China tradicional e não às “anexações” empreendidas pelos comunistas.

(9) Ver, de René Guénon, Le Règne de la Quantité et les Signes des Temps, Paris, 1972, Gallimard (Consulte resenha) . Neste livro magistral, único no gênero, os bastidores e os mecanismos de dissolução implicados na modernidade são desmontados um a um.

Você quer saber mais?

http://www.reneguenon.net