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segunda-feira, 20 de outubro de 2025

América Anglo-Saxônica

A América Anglo-Saxônica é formada principalmente por dois países: Estados Unidos e Canadá. Essa região está localizada na porção norte do continente americano e é chamada de "anglo-saxônica" por causa da forte influência da língua inglesa e da cultura britânica em sua formação histórica.

Geograficamente, possui grande diversidade de relevo e clima. Nos Estados Unidos, encontramos desde áreas montanhosas, como as Montanhas Rochosas, até planícies férteis e desertos. O Canadá tem vastas florestas boreais, lagos e regiões frias ao norte. Ambos os países têm grande extensão territorial e são ricos em recursos naturais.

No aspecto social, são países desenvolvidos, com alta qualidade de vida, elevado índice de desenvolvimento humano (IDH), bom acesso à saúde e educação. No entanto, também enfrentam desigualdades sociais, principalmente nas grandes cidades.

Economicamente, a América Anglo-Saxônica é muito poderosa. Os Estados Unidos possuem a maior economia do mundo, com forte presença na indústria, tecnologia e serviços. O Canadá também tem uma economia forte, baseada na mineração, energia, agricultura e comércio com os EUA.

Politicamente, ambos são democracias consolidadas. Os Estados Unidos têm um sistema presidencialista e o Canadá é uma monarquia parlamentarista, com a Rainha do Reino Unido como chefe de Estado simbólica. Eles têm grande influência nas decisões internacionais e participam de importantes blocos econômicos e políticos, como o G7 e a OTAN.

A cultura da América Anglo-Saxônica tem grande influência global, especialmente através do cinema, da música, da tecnologia e da moda. Hollywood, nos Estados Unidos, é o principal centro da indústria cinematográfica mundial. Além disso, grandes empresas de tecnologia como Apple, Microsoft e Google têm sede nessa região. O idioma inglês também é considerado uma “língua global”, sendo usado em negócios, ciência e turismo. Essa influência cultural reforça o poder geopolítico da região.

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Referências bibliográficas:

CLAVAL, Paul. Geografia e ação. Florianópolis: Editora da UFSC, 2011.

MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.

MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o Ensino Médio. São Paulo: Moderna, 2016.

VESENTINI, José William. Sociedade e espaço: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2013.

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

As Independências na África

Durante séculos, os países africanos foram colonizados por potências europeias, como Inglaterra, França, Portugal, Bélgica, entre outras. Esses países impuseram sua cultura, sua religião e exploraram os recursos naturais da África, como ouro, petróleo, diamantes e terras férteis. Além disso, os africanos foram frequentemente tratados como cidadãos de segunda classe, sem direitos políticos e com pouca ou nenhuma liberdade.

A situação começou a mudar no século XX, especialmente após a Segunda Guerra Mundial (1939–1945). A guerra enfraqueceu os países europeus e fortaleceu movimentos nacionalistas em várias partes do mundo. Muitos africanos que lutaram ao lado dos europeus durante a guerra voltaram com o desejo de conquistar liberdade para seus próprios países.

Nas décadas de 1950 a 1970, houve uma grande onda de independências no continente africano. Um dos primeiros países a conquistar sua independência foi Gana, em 1957, liderado por Kwame Nkrumah. Esse evento inspirou vários outros movimentos ao redor da África. Em poucos anos, dezenas de países africanos deixaram de ser colônias e se tornaram nações independentes.

No entanto, o processo de independência nem sempre foi pacífico. Em alguns lugares, como Argélia (colônia francesa) e Angola e Moçambique (colônias portuguesas), houve guerras sangrentas, com muitos mortos e destruição. Em outros, como Senegal e Tanzânia, a independência foi conquistada de forma mais pacífica, por meio de negociações.

Apesar da independência política, muitos países africanos enfrentaram (e ainda enfrentam) sérios desafios: pobreza, conflitos internos, corrupção, falta de infraestrutura e interferência de potências estrangeiras. Isso se deve, em parte, ao fato de que as fronteiras criadas pelos colonizadores não respeitavam os povos e culturas locais, o que causou conflitos entre grupos étnicos diferentes.

Mesmo assim, a conquista da independência foi um passo importante para a autodeterminação dos povos africanos. Com o tempo, muitos países vêm fortalecendo suas democracias, investindo em educação, saúde e cultura, e buscando um desenvolvimento mais justo para suas populações.

Hoje, estudar as independências africanas é essencial para entender como o colonialismo ainda impacta o mundo atual e por que a luta por igualdade e justiça continua em muitos países do continente.

Você quer saber  mais?

SANTANA, Allan. Pan‑Africanismo e descolonização das nações africanas: possibilidades de inserção no ensino de História. Belo Horizonte: Editora Dialética, 2021. 

MACQUEEN, Norrie. A descolonização da África Portuguesa. Lisboa: Inquérito, 1998.

SANTOS, Ynaê Lopes dos. História da África e do Brasil Afrodescendente. Rio de Janeiro: Pallas Editora, 2017. 

KI‑ZERBO, Joseph. História da África. [Tradução para o português]. São Paulo: editora (diversas edições). 2004.

UNESCO; Brasil; UFSCar etc. História Geral da África. Brasília: UNESCO / Secad / MEC / UFSCar, 2010.

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

O Primeiro Reinado: Nem todos queriam a independência

A Independência do Brasil, proclamada por Dom Pedro em 7 de setembro de 1822, não significou que todo o território brasileiro aceitasse de imediato o rompimento com Portugal. Durante o Primeiro Reinado (1822–1831), o novo governo enfrentou várias resistências regionais, pois nem todas as províncias concordavam com a separação ou com a forma como ela ocorreu. Em algumas regiões, a presença de tropas portuguesas e a influência de comerciantes ligados à metrópole provocaram conflitos e atrasaram a consolidação da independência.

Na Bahia, a resistência foi intensa. Salvador permaneceu ocupada por forças portuguesas por quase um ano após o grito do Ipiranga. A população local, composta por soldados, lavradores, artesãos e mulheres, organizou-se para combater os portugueses. Entre os combatentes destacou-se Maria Quitéria de Jesus, que disfarçada de homem, alistou-se no exército e lutou bravamente pela causa da independência. Por sua coragem, foi reconhecida como heroína nacional e homenageada pelo próprio imperador Dom Pedro I.

No Pará, a adesão ao movimento independentista ocorreu apenas em 1823, e também foi marcada por conflitos. As elites locais temiam perder privilégios comerciais mantidos com Portugal e relutaram em aceitar a autoridade do novo governo do Rio de Janeiro. Situação semelhante aconteceu no Maranhão, onde a presença portuguesa era forte e as tropas leais a Lisboa resistiram por meses antes de se renderem.

Essas lutas mostraram que a independência não foi um processo pacífico e uniforme. Cada região viveu o movimento de forma diferente, dependendo de seus interesses econômicos e políticos. A consolidação do Brasil como país independente exigiu batalhas, negociações e a participação ativa de diversos grupos sociais, revelando que a construção da nação foi um processo longo e cheio de desafios.

Você quer saber mais?

MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História: Sociedade & Cidadania – 8º ano. São Paulo: Moderna, 2018.

SCHMIDT, Mário Furley. Nova História Crítica – 8º ano. São Paulo: Nova Geração, 2017.

CAMPOS, Flávio de. História – 8º ano: das origens à formação do mundo moderno. São Paulo: Moderna, 2019.

Rede Urbana e Regiões Metropolitanas

A rede urbana é o conjunto de cidades que se relacionam entre si por meio de fluxos de pessoas, mercadorias, informações e serviços. Essas cidades se organizam de forma hierárquica, ou seja, há cidades maiores e mais importantes, chamadas metrópoles, e outras menores, que dependem delas em vários aspectos. As metrópoles concentram atividades econômicas, políticas e culturais, além de oferecerem uma grande variedade de serviços, como hospitais, universidades e centros comerciais.

No Brasil, a rede urbana se desenvolveu principalmente nas áreas litorâneas e nas regiões de maior industrialização, como o Sudeste. As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro são exemplos de metrópoles nacionais, pois influenciam todo o território brasileiro. Outras cidades, como Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador, são metrópoles regionais, com forte influência sobre os estados vizinhos.

As regiões metropolitanas surgem quando uma cidade central cresce e passa a se integrar com cidades próximas, formando uma grande área urbana contínua. Nessas regiões, é comum que as pessoas morem em um município e trabalhem em outro, utilizando o transporte público para se deslocar diariamente. Esse fenômeno é chamado de conurbação, e ele demonstra como as cidades estão cada vez mais conectadas.

As regiões metropolitanas enfrentam desafios como o trânsito intenso, a poluição, o aumento da população e a desigualdade social. Planejar essas áreas é essencial para garantir qualidade de vida, mobilidade urbana e sustentabilidade. A rede urbana, portanto, é um reflexo do desenvolvimento econômico e social de um país e ajuda a entender como as pessoas vivem e se organizam nas cidades.

Você quer saber mais?

MOREIRA, Igor. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2020.

VESENTINI, José William. Geografia Crítica: o espaço natural e o espaço humano. São Paulo: Ática, 2019.

ROSS, Jurandyr L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2021.

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Aspectos naturais das Américas

O continente americano é o segundo maior do planeta, estendendo-se do Polo Norte ao Polo Sul e apresentando grande diversidade de aspectos naturais. Essa vasta extensão territorial faz com que o continente seja dividido em três partes: América do Norte, América Central e América do Sul. Essa divisão não é apenas geográfica, mas também influencia o clima, a vegetação, o relevo e a hidrografia.

O relevo das Américas é marcado por grandes contrastes. Na porção oeste, estende-se uma cadeia de montanhas quase contínua, formada pelas Montanhas Rochosas, na América do Norte, e pela Cordilheira dos Andes, na América do Sul. Já nas áreas centrais e orientais predominam planícies e planaltos, como as Grandes Planícies e o Planalto Brasileiro.

Os climas também variam bastante devido à latitude e à influência das correntes marítimas. Ao norte, predominam climas frios e polares; na faixa central, os climas tropicais e equatoriais; e ao sul, os climas temperados e frios. Essa diversidade climática contribui para a formação de diferentes tipos de vegetação, como as florestas temperadas, as florestas tropicais, os desertos e as pradarias.

A hidrografia é igualmente rica. O continente possui grandes bacias hidrográficas, como a do Rio Amazonas — a maior do mundo em volume de água —, a do Mississippi-Missouri e a do São Lourenço. Essa diversidade de rios, lagos e lagunas desempenha papel essencial na vida econômica e ambiental das Américas.

Assim, os aspectos naturais do continente americano influenciam diretamente a vida, a economia e a cultura dos povos que nele habitam, revelando a importância da relação entre o ser humano e o meio ambiente.

Você quer saber mais?

MORAES, Antônio Carlos Robert. Geografia: Grandezas Naturais e Humanas. São Paulo: Moderna, 2019.

MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço e Globalização. São Paulo: Scipione, 2020.

ROSS, Jurandyr L. Sanches. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2018.

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Mapa mental- Agricultura no Brasil

 


Transformações no Campo: Produção, Economia, Tecnologias e Sustentabilidade

Nas últimas décadas, o campo passou por grandes transformações que modificaram a forma como os alimentos e outros produtos agrícolas são produzidos. Antes, o trabalho rural era feito de maneira mais simples, com ferramentas manuais e pouca tecnologia. Hoje, o campo está cada vez mais moderno, com o uso de máquinas, computadores, drones e sistemas de irrigação automatizados. Essas inovações aumentaram a produtividade e facilitaram o trabalho dos agricultores.

A economia do campo também mudou. A agricultura e a pecuária se tornaram atividades fundamentais para o desenvolvimento do país, gerando empregos e movimentando o comércio. Muitos produtos agrícolas, como soja, milho e carne, são exportados para outros países, o que fortalece a economia nacional.

Entretanto, o uso intenso de tecnologias e a expansão das áreas agrícolas trouxeram desafios. O desmatamento, o uso excessivo de agrotóxicos e a poluição dos rios são problemas que afetam o meio ambiente e a saúde das pessoas. Por isso, tem crescido a importância da sustentabilidade no campo, ou seja, produzir sem destruir a natureza.

Hoje, fala-se muito em agricultura sustentável, que busca equilibrar a produção de alimentos com a preservação do solo, da água e da biodiversidade. Práticas como o uso de adubos orgânicos, o plantio direto e a rotação de culturas ajudam a manter o campo produtivo e saudável. Assim, o desafio atual é continuar produzindo de forma moderna, mas com respeito ao meio ambiente e às gerações futuras.

Você quer saber mais?

ALMEIDA, J. A. de. Geografia: espaço e transformação. São Paulo: Moderna, 2019.

MENDONÇA, F. A.; SOUZA, M. A. A. Geografia geral e do Brasil: o espaço natural e socioeconômico. São Paulo: Saraiva Educação, 2020.

MOREIRA, J. C.; SENE, E. Geografia para o ensino fundamental: espaço e sociedade. São Paulo: Scipione, 2021.

domingo, 5 de outubro de 2025

O Governo de Fernando Henrique Cardoso (1995–2002): Estabilidade e Reformas

Fernando Henrique Cardoso (FHC) assumiu a presidência em 1995 com o prestígio conquistado pelo sucesso do Plano Real, do qual fora o principal articulador. Seu governo foi marcado pela estabilização econômica, com controle da inflação e aumento do poder de compra da população. FHC implementou um programa de reformas liberais, que incluiu privatizações, abertura ao capital estrangeiro e flexibilização das leis trabalhistas, buscando modernizar o Estado e reduzir o déficit público.

No campo social, criou programas importantes como o Bolsa Escola e o Comunidade Solidária, precursores do Bolsa Família. Em seu segundo mandato, sancionou a Lei de Responsabilidade Fiscal, que impôs maior controle dos gastos públicos. Apesar dos avanços econômicos, seu governo enfrentou críticas devido ao desemprego, à valorização cambial e à dependência do capital internacional.

FHC foi reeleito em 1998, após uma emenda constitucional que permitiu a reeleição, e concluiu seu governo em 2002, deixando um país mais estável, embora ainda desigual. Seu legado é amplamente reconhecido pela consolidação da estabilidade econômica e institucional do Brasil.

Você quer saber mais?

CARDOSO, Fernando Henrique. A Arte da Política: a história que vivi. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14. ed. São Paulo: Edusp, 2015.
SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. São Paulo: Leya, 2017.

O Governo de Itamar Franco (1992–1994): Transição e Estabilidade Econômica

   Itamar Franco assumiu a presidência após o impeachment de Collor, em um momento de grande instabilidade política e econômica. Seu governo buscou restaurar a confiança nas instituições e promover a estabilidade nacional. Itamar adotou uma postura conciliadora e republicana, formando um ministério plural, com representantes de diferentes partidos e correntes ideológicas.

    O grande destaque de sua gestão foi a condução do Plano Real, lançado em 1994, idealizado pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. O plano introduziu uma nova moeda, o Real, e conseguiu estabilizar a economia após anos de inflação descontrolada. No campo político, Itamar se destacou pela defesa da soberania nacional e pelo incentivo à indústria automobilística, com a abertura de novas montadoras no país.

     Mesmo com pouco tempo de governo, Itamar Franco deixou um legado de estabilidade e credibilidade, pavimentando o caminho para o sucesso do Plano Real e para a eleição de seu sucessor.

Você quer saber mais?

BRASIL. Plano Real: documentos e discursos. Brasília, DF: Ministério da Fazenda, 1994.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14. ed. São Paulo: Edusp, 2015.
SILVA, Hélio. Itamar Franco: o presidente improvisado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995.

O Governo de Fernando Collor de Mello (1990–1992): Reformas e Crise Política

O governo de Fernando Collor de Mello marcou o início da década de 1990 com promessas de modernização e combate à corrupção. Ele foi o primeiro presidente eleito por voto direto após a redemocratização. Collor assumiu o cargo em um contexto de hiperinflação e crise econômica. Seu principal objetivo era estabilizar a economia e reduzir a intervenção do Estado. Para isso, lançou o Plano Collor, que confiscou parte das poupanças e depósitos bancários, além de introduzir uma nova moeda, o Cruzeiro. A medida, embora drástica, não conseguiu conter a inflação de forma duradoura.

Collor também iniciou um processo de abertura econômica, reduzindo tarifas de importação e incentivando a privatização de estatais. Entretanto, seu governo foi marcado por denúncias de corrupção, envolvendo o esquema comandado por Paulo César Farias, tesoureiro de sua campanha. Em 1992, após intensa mobilização popular e a atuação dos “caras-pintadas”, Collor sofreu impeachment, sendo substituído pelo vice Itamar Franco. Seu governo deixou marcas profundas na política e na economia brasileira, abrindo caminho para novas reformas e estabilização futura.

Você quer saber mais?

FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14. ed. São Paulo: Edusp, 2015.

GASPARI, Elio. A Ditadura Encurralada. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.

SINGER, André. Collor: o homem, o tempo e o poder. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

O Governo de José Sarney (1985–1990): Transição e Desafios da Nova República

    O governo de José Sarney marcou o início da chamada Nova República, período de redemocratização do Brasil após duas décadas de regime militar. Sarney assumiu a presidência em 1985, após a morte de Tancredo Neves, eleito indiretamente pelo Colégio Eleitoral. Seu mandato foi caracterizado por profundas transformações políticas, econômicas e sociais. Um dos marcos de seu governo foi a convocação da Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou a Constituição de 1988, símbolo do retorno pleno à democracia e das garantias de direitos civis, sociais e trabalhistas.

    No campo econômico, Sarney enfrentou uma grave crise inflacionária, herança dos anos anteriores. Para contê-la, lançou o Plano Cruzado (1986), que instituiu uma nova moeda e congelou preços e salários. Inicialmente bem recebido, o plano não se sustentou, gerando desabastecimento e novo aumento da inflação. Outros planos econômicos, como o Plano Cruzado II, o Plano Bresser e o Plano Verão, também fracassaram em estabilizar a economia.

    Politicamente, Sarney teve de equilibrar-se entre as pressões populares por reformas e as resistências das elites tradicionais. Seu governo foi essencial para consolidar as bases democráticas, mas terminou desgastado por denúncias de corrupção e pela crise econômica. Ainda assim, o período foi crucial para o fortalecimento das instituições republicanas e da liberdade de imprensa, além da ampliação da participação popular na vida política.

Você quer saber mais?

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14. ed. São Paulo: Edusp, 2015.
GASPARI, Elio. A Nova República: de Tancredo a Sarney. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2016.