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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

O Primeiro Reinado: Nem todos queriam a independência

A Independência do Brasil, proclamada por Dom Pedro em 7 de setembro de 1822, não significou que todo o território brasileiro aceitasse de imediato o rompimento com Portugal. Durante o Primeiro Reinado (1822–1831), o novo governo enfrentou várias resistências regionais, pois nem todas as províncias concordavam com a separação ou com a forma como ela ocorreu. Em algumas regiões, a presença de tropas portuguesas e a influência de comerciantes ligados à metrópole provocaram conflitos e atrasaram a consolidação da independência.

Na Bahia, a resistência foi intensa. Salvador permaneceu ocupada por forças portuguesas por quase um ano após o grito do Ipiranga. A população local, composta por soldados, lavradores, artesãos e mulheres, organizou-se para combater os portugueses. Entre os combatentes destacou-se Maria Quitéria de Jesus, que disfarçada de homem, alistou-se no exército e lutou bravamente pela causa da independência. Por sua coragem, foi reconhecida como heroína nacional e homenageada pelo próprio imperador Dom Pedro I.

No Pará, a adesão ao movimento independentista ocorreu apenas em 1823, e também foi marcada por conflitos. As elites locais temiam perder privilégios comerciais mantidos com Portugal e relutaram em aceitar a autoridade do novo governo do Rio de Janeiro. Situação semelhante aconteceu no Maranhão, onde a presença portuguesa era forte e as tropas leais a Lisboa resistiram por meses antes de se renderem.

Essas lutas mostraram que a independência não foi um processo pacífico e uniforme. Cada região viveu o movimento de forma diferente, dependendo de seus interesses econômicos e políticos. A consolidação do Brasil como país independente exigiu batalhas, negociações e a participação ativa de diversos grupos sociais, revelando que a construção da nação foi um processo longo e cheio de desafios.

Você quer saber mais?

MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História: Sociedade & Cidadania – 8º ano. São Paulo: Moderna, 2018.

SCHMIDT, Mário Furley. Nova História Crítica – 8º ano. São Paulo: Nova Geração, 2017.

CAMPOS, Flávio de. História – 8º ano: das origens à formação do mundo moderno. São Paulo: Moderna, 2019.

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