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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

A Revolução Federalista ou "Guerra da Degola" (1893-1895)

 A Revolução Federalista (1893-1895) foi um conflito armado no Brasil, especificamente no Rio Grande do Sul, envolvendo uma luta política entre os republicanos centralistas, que defendiam um governo forte e centralizado (representados principalmente por Júlio de Castilhos e o Partido Republicano Rio-grandense - PRR), e os federalistas, que buscavam um sistema mais descentralizado, com maior autonomia para os estados.

Principais motivos e contextos

Centralismo versus Federalismo: A revolta foi uma consequência das tensões políticas e ideológicas entre os federalistas, que queriam mais autonomia para os estados, e os republicanos centralistas, que desejavam fortalecer o poder central.

Conflitos internos no Rio Grande do Sul: No estado, havia divisões internas entre os políticos, com o PRR (de Castilhos) predominando, mas com forte oposição dos federalistas.

Instabilidade política pós-Proclamação da República: A recém-proclamada República, em 1889, ainda estava em processo de consolidação e enfrentava resistências, com vários grupos contestando o modelo de governo adotado.

Fases principais do conflito

Início da Revolta (1893): A revolta começou após a insatisfação dos federalistas com a liderança de Castilhos e o PRR. Eles se revoltaram contra o governo centralista, buscando instaurar um modelo federalista.

Ato de violência ("degola"): Durante o conflito, o governo de Castilhos adotou uma postura autoritária e violenta, incluindo a execução de prisioneiros federalistas, um episódio conhecido como "a degola".

Intervenção militar: O governo federal, liderado por Marechal Floriano Peixoto, interveio no estado para combater os insurgentes e garantir a ordem.

Fim da Revolução (1895): Após intensos combates e grande desgaste, os federalistas foram derrotados. Castilhos e os republicanos centralistas mantiveram o controle do Rio Grande do Sul e consolidaram o poder no estado.

Consequências

Repressão e autoritarismo: O episódio consolidou a liderança autoritária de Júlio de Castilhos no Rio Grande do Sul, mas também gerou resistência e mágoa entre os federalistas derrotados.

Descentralização do poder: Embora os federalistas tenham sido derrotados, suas ideias sobre maior autonomia para os estados permaneceram presentes no cenário político brasileiro.

Relevância histórica: A Revolução Federalista foi uma das primeiras grandes manifestações de resistência ao modelo republicano centralista e teve impacto nas relações entre os estados e o governo federal durante os primeiros anos da República Brasileira.

Em resumo, a Revolução Federalista foi um conflito armado que refletiu as divisões políticas e ideológicas do Brasil pós-República, com a luta entre centralismo e federalismo, e teve profundas consequências para a política do Rio Grande do Sul e do país.

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