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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

A degola durante a Revolução Federalista!

 A "degola" é um termo utilizado para descrever um episódio de violência política ocorrido no Rio Grande do Sul durante a Revolução Federalista (1893-1895). Júlio de Castilhos, governador do estado, ficou envolvido em um contexto de severa repressão durante esse período de intensos conflitos entre federalistas (que se opunham ao governo central republicano) e republicanos (representados por Castilhos e seu Partido Republicano Rio-grandense).

A "degola" se refere especificamente a um episódio em que Júlio de Castilhos ordenou a execução sumária de líderes e soldados federalistas após a vitória de suas tropas sobre os inimigos. Durante a Revolução Federalista, Castilhos adotou uma postura extremamente autoritária e represiva contra os federalistas, que buscavam instaurar um regime mais descentralizado de poder, em oposição ao governo centralista de Castilhos.

Em 1894, após a vitória republicana, Castilhos ordenou a execução de muitos prisioneiros de guerra federalistas, em um ato de vingança e como uma forma de mostrar poder e disciplina. Essas execuções sumárias ficaram conhecidas como "a degola", um termo que faz referência ao ato de degolar (cortar a cabeça), simbolizando a brutalidade do ato.

Esse episódio foi bastante controverso e contribuiu para a imagem de Castilhos como um líder autoritário e implacável, o que, por um lado, consolidou seu poder e a ordem no estado, mas, por outro, alimentou o sentimento de revolta e oposição entre os federalistas e seus apoiadores. A "degola" é, portanto, um dos episódios mais sombrios da história política do Rio Grande do Sul e da República Velha, simbolizando a violência política daquele período.

A Guerra da Degola, também conhecida como Revolução Federalista, foi um conflito armado que ocorreu no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná entre 1893 e 1895. O nome "Guerra da Degola" se deve à prática de degolamento de inimigos, que era comum entre os dois lados da guerra. 

A Revolução Federalista foi uma reação sangrenta à Proclamação da República, e um dos conflitos internos mais cruéis da história do Brasil. O conflito envolveu os maragatos, ou federalistas, e os pica-paus, ou republicanos. Os maragatos eram partidários de Gaspar Silveira Martins, e os pica-paus, de Júlio de Castilhos. 

O degolamento era uma forma de vingança e de aterrorizar o inimigo, além de poupar munição e armas. Estima-se que cerca de mil homens morreram degolados, dos dez mil mortos no conflito. 

A Revolução Federalista demonstrou a divisão entre os republicanos, que estavam divididos entre os que defendiam a descentralização do poder e os que defendiam o fortalecimento do presidente da República.

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