Nos últimos dias de Nárnia,
lá para as bandas do Ocidente, depois do Ermo do Lampião e bem pertinho da
grande cachoeira, vivia um macaco. Ele era tão velho que ninguém se lembrava
quando foi que aparecera por aquelas bandas. E era o macaco mais enrugado, feio
e astuto que se pode imaginar. Ele morava numa casinha de madeira coberta de
folhas, empoleirada num dos galhos mais altos de uma grande árvore. Seu nome
era Manhoso. Naquele recanto da floresta havia bem poucos animais falantes,
homens, anões ou qualquer tipo de gente. Apesar disso, Manhoso tinha um
vizinho, que era também seu amigo, um jumento chamado Confuso.