Chaco
Canyon, Chetro Keti, Grande Praça Kiva (National Park Service). Imagem:
Obiviousmag.
Os Anasazi eram um antigo povo indígena do sudeste norte
americano que viveram apartir do ano 1.200 a.C. e desapareceram repentinamente
por volta de 1300 d.C. Este antigo povo desenvolveu uma civilização complexa de
grandes comunidades inter-relacionadas. Os Anasazi evoluíram de nômades, que
viviam em habitações temporárias, até se tornarem agricultores. Com o tempo,
criaram enormes construções de pedra com algumas de até cinco andares e
moradias em penhascos. Não se sabe o que os levou a abandonar tudo. Alguns
pensam que uma grave seca ocorrida em 1275-1300 d.C foi um fator importante na
sua partida. O pó do deserto no sudoeste da América, a arte da cerâmica, o som
harmônico da flauta e lugares de culto relembram uma das civilizações indígenas
mais antigas – os Anasazi. O rasto destes antepassados procura água, paz e
sobrevivência pelos Estados de Utah, Colorado, Arizona e Novo México.
Siga as pegadas e conheça o ADN desses gênios da
arquitetura, artesãos e potenciais astrônomos. Anasazi é o termo utilizado para
designar “os antigos” ou “antigos inimigos” pelos Navajos, uma tribo indígena
da América do Norte. Possíveis antecessores e detentores das instruções
genéticas dos índios Hopi, os Anasazi são também rotulados como Hisatsinom (“os
antigos”). Os nômades do sudoeste dos atuais EUA (Utah, Arizona e Novo México)
testam a sua sobrevivência em lugares inóspitos, desertos e montanhosos.
No
Novo México encontra-se o berço da civilização pré-histórica Anasazi: Canyon
Chaco. É aqui que estão as primeiras habitações desta tribo. Pueblo Bonito é
não só a maior casa, como também a mais conhecida. Pedra e madeira eram
transportadas pela própria comunidade a fim de edificar todas estas obras de
uma engenharia, desenho e geometria complexa. Conta-se que estas amplas
habitações circulares atraíam pequenos povos agrícolas que sobreviviam à base
do cultivo de cereal e procuravam água. O cenário de Canyon Chaco nem sempre
foi desértico e o lugar chegou a ser popular em períodos de mais chuva. No
interior de Pueblo Bonito, há diferentes compartimentos que funcionam como o
epicentro de rituais religiosos – as Kivas. Aqui ouviam-se os sons dos tambores
e cânticos divinos, sentia-se o calor da fogueira e acompanhavam-se os ritmos
das danças. Rezas de chuva e campos férteis invocavam o desejo pelo alimento.
Porém, não eram só os rituais que sustentavam as suas crenças. Era, também, a
arquitetura baseada nas estrelas.
Alguns investigadores como, Gary David, em The Orion
Zone, e arqueólogos defendem que a disposição geográfica das kivas, das janelas
e o desenho da construção dos Anasazi espelham os movimentos dos corpos
celestes, representando a constelação Orion. As habitações monitorizam as
posições do sol e advinham o (des)equilíbrio da Terra, como um calendário
arquitetônico-celestial. É possível que o povo Anasazi tenha, ainda, obervado a
supernova que formou a Nebulosa do Caranguejo. Os Anasazi tiveram que partir
quando Canyon Chacon cobriu-se de pó e a seca predominou. A leitura dos anéis
dos troncos das árvore ainda presentes no monumento revelam que tem decrescido
o valor da precipitação desde o ano de 1130. O clima desfavorável, a perda da
estrutura de poder do povo e o acreditar que estavam em desequilíbrio com a
Natureza apresentam-se como possíveis razões da sua migração para outro local.
Próxima parada? Novo México, Aztec. O povo Anasazi voltou
a reconstruir as suas habitações. Contudo, a natureza arbórea e verdejante não
foi suficientes para esta civilização estabelecer raízes no local. Sul do Colorado, Mesa Verde. As terras são
férteis mas o local que enraíza a população é de difícil acesso. Apesar das
típicas portas em forma de T e da presença das Kivas, Mesa Verde acaba por ser
uma compressão das habitações em Canyon Chaco e Aztec. Escadas em pedra dão
acesso ao aperto dos diferentes compartimentos. Que medos e inseguranças
esconde esta comunidade? A resposta talvez se encontre em imagens simbólicas,
fatos e mitos gravados nas rochas – os petróglifos. Combates, pontas de lança,
escudos, guerreiros e caveiras são algumas das imagens. Alguns dos elementos
são objetos de atração da chuva. Mas há segredos nesta sociedade desesperada,
levada ao limite. Há quem se aproveitasse da bruxaria e das forças malignas
para desenvolver práticas de canibalismo. O destino final é a floresta de Utah,
onde se encontram os últimos vestígios desta comunidade. Neste local há as
mesmas escadas pré-históricas, a aproximação aos recursos naturais, os
petróglifos e a mesma cultura vibrante e defensiva.
As pegadas de Anasazi param neste local, em meados do
século XIV d.C. A tribo Hopi ainda mantém contacto com a época dos seus
antepassados. A arte de trabalhar a cerâmica, a dança do búfalo, o equilíbrio
do vaso na cabeça das mulheres para transportar água e os amuletos fazem parte
desta cultura. Já se falou que o povo Zuni e Hopi – índios pueblo – seriam
descendentes dos Anasazi, porém nunca foi provada a ligação genética entre
eles.
De fato o nome anasazi é apenas o nome que os navajos contemporâneos dão
ao antigo povo construtor de cidades. A palavra anasazi significa antigos ou
antigos inimigos, mas não se comprova laços de inimizade ou amizade entre tais
povos. Os índios hopi usam a palavra a Hisatsinom já que consideram a palavra
anasazi desrespeitosa.
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