Participantes da primeira reunião que deu
início a Escola de Franskfurt.
O pensamento alemão dominou
na Europa Ocidental entre 1840 e 1935, porém, duas guerras mundiais perdidas
pararam com essa supremacia.
A última representante dessa
fase áurea alemã foi a "Escola de Frankfurt", foi a presença
derradeira que se irradiou por campos até então não explorados.
Os começos da Escola de
Frankfurt
A "Escola" chamada
oficialmente de Instituts fur Sozialforschun (Instituto de Pesquisa Social),
foi fundada no auditório da Universidade de Frankfurt em 22/06/1924, foi o
resultado de um encontro preliminar denominado de Erste Marxistische
Arbeitswoche (Primeira Semana de Trabalho Marxista), ocorrido num hotel em
Ilmenau.
Participantes da primeira
reunião que deu início a Escola de Franskfurt.
A fundação do Instituto é
devida a Félix Weil, um jovem intelectual marxista que conseguiu convencer seu
pai Herman Weil, um rico negociante judeu, a amparar o pessoal da instituição
que ele idealizou.
Ela seria uma anexo da
Universidade de Frankfurt ligado ao Ministério da Educação.
Além de ter um prédio
próprio, o Instituto receberia uma doação anual de 120 mil marcos de Herman
Weil.
Nos anos 1930, graças ao
trabalho intenso de Max Horkheimer (1895-1973), filho de um industrial judeu, o
Instituto se desenvolveu.
Com Horkheimer surgiu em
1937 a "Teoria Tradicional e Teoria Crítica", inicio da estratégia
marxista "cultural" efetiva, com a intenção de destruir as bases da
sociedade ocidental - a Moral Judaico-cristã, O Direito Romano e a Filosofia
Grega.
Eis ai a turma de Frankfurt,
judeus ateus ("assiimilados"), revoltados com o mundo que tanto os
oprimiu, e por isso querendo "mudar o mundo".
A escola procurou aproximar
Marx com Freud, e por vezes a Heidegger, numa mistura um tanto complicada,
tentando embutir no marxismo a psicanálise e o existencialismo.
Entre 1930 e 1950 os
frankfurtianos entraram em todos os campos da área de ciências humanas
procurando adaptar o marxismo a cada uma delas, criando novas formas -
politicamente corretas - para expressar as mesmas ideias de Marx.
Os membros da escola, a
maioria judeus, assistiram a rápida ascensão do nazismo na Alemanha, sendo por
isso forçados a ter que abandonar o país em 1933.
Fugiram para Genebra, Paris,
México e para várias cidades dos Estados Unidos..
Os que, mais tarde,
retornaram para a Alemanha, como foi o caso de Horkheimer, Adorno e Pollock, o
fizeram depois de vinte anos de exílio, quando, amargurados com as ideias que
proclamaram antes, terminaram por renegá-las, como se deu com Horkheimer.
A indisposição contra a
modernidade.
Os membros da escola
afirmaram que a sociedade moderna, ao dominar a natureza por meio da tecnologia,
provocara um empobrecimento geral dos seres humanos.
Segundo eles, no lugar da
religião surgiu o culto ao progresso que a tudo sacrifica em nome de uma
racionalidade cientifica sobre-humana.
Marcuse foi o que mais
chamou atenção para os supostos efeitos da tecnologia sobre a sociedade,
afirmando que "ela serve para instituir formas novas, mais eficazes e mais
agradáveis de controle social e coesão social".
Porém, essa afirmação é uma
enorme mentira, o progresso tecnológico advindo da Revolução Industrial trouxe
com ele a DEMOCRACIA representativa pela primeira vez na humanidade.
Até então, por milênios, em
todas as partes do mundo sempre as nações foram comandadas por uma nobreza
absolutista e clero ricos, e o povo era pobre ou escravo e nada decidia.
O progresso tecnológico
trouxe com ele a liberdade política e cultural e o fim do estado absolutista.
Pela primeira vez na
humanidade o cidadão comum pode escolher seus representantes políticos e também
se candidatar.
Pela primeira vez na
humanidade, um operário, como Lula, pode ser presidente de uma nação, pela
primeira vez na humanidade os seres humanos conseguiram viver, em média, mais
de 35 anos, até atingir altos graus de qualidade de vida que possibilitam a
humanos viverem bem até idades médias de 80 anos !
Infelizmente muitos, apesar
das evidência contrárias, acreditaram nessa mentira de Marcuse...
Por fim, os membros da
"escola" desligaram-se do próprio Iluminismo inicial, assumindo uma
posição profundamente pessimista sobre o desempenho da razão.
A revolta estudantil de
1968, Marcuse com 70 anos foi promovido a ícone da rebelião da juventude ocidental.
Alcançou fama internacional
e seus livros "Eros e Civilização" e "O Homem
Unidimensional", tornaram-se best-sellers !
Horkheimer entretanto, quis
distância de toda aquela agitação.
Ele acreditava, com muita
correção, que a situação social das décadas que se seguiram à derrota alemã
mudaram drasticamente em relação aos anos 20/30.
Com grande lucidez
Horkheimer percebeu que as condições sociais e de produção haviam mudado.
Segundo ele, os indivíduos
começavam a se integrar, superando os históricos antagonismos de luta de
classes que haviam gerado o marxismo clássico.
Também com grande lucidez
disse que devemos preservar a liberdade duramente conquistada, defendendo-a
contra as ditaduras.
Toda a linguagem antiga de
inconformismo, escreveu ele após mencionar um trecho de Otto Kircheimer,
pertencia a uma época morta.
Deste modo, Horkheimer, o
criador da Teoria Crítica, distanciou-se definitivamente de qualquer
contestação da realidade capitalista em que os estudantes viviam naquele
momento de fúria.
O arrependimento do autor da
Teoria Crítica.
"Proteger, preservar e,
onde for possível, ampliar a liberdade efêmera e limitada do indivíduo face à
ameaça crescente a essa liberdade é uma tarefa muito mais urgente que sua
negação abstrata, ou o pôr em perigo essa liberdade com ações que não tem
esperança de sucesso".
Max Horkheimer, 1968.
Principais autores e títulos
da Escola de Frankfurt
Horkheimer,
Max
Estudos em Filosofia e
ciências sociais,
O Colapso da Razão,
Dialética do Iluminismo,
Teoria Crítica,
Estudos social-filosóficos.
Adorno,
Theodor W.
Dialética do Iluminismo,
A Personalidade Autoritária,
Dialética Negativa,
Mínima Moralia.
Marcuse,
Herbert
Razão e Revolução: Hegel e a
ascensão da teoria social,
Eros e civilização,
O marxismo soviético,
O homem Unidimensional,
O fim da utopia.
Benjamin,
Walter
Quadro parisiense,
A obra de arte na época da
sua reprodução mecanizada,
Iluminações.
Bloch,
Ernst
O espírito da utopia.
Borkenau,
Franz
O declínio da imagem feudal
à imagem burguesa,
O rinhadeiro espanhol,
O fim e o começo: sobre as
gerações das culturas e origens do Ocidente.
Fromm,
Erich
A Evolução do Dogma de
Cristo,
O Medo à Liberdade,
O Homem por ele mesmo,
Psicanálise e Religião,
A Revolução da Esperança,
A Crise da Psicanálise:
ensaio sem Freud, Marx e a Psicologia Social.
Grossmann,
Henryk
Acumulação - a lei do
colapso do sistema capitalista.
Neumann,
Franz
ehemoth: a estrutura e a
prática do nacional-socialismo,
O estado democrático e o
autoritário.
Krakauer,
Siegfried
Os empregados na nova
Alemanha,
De Caligari a Hitler.
Kirchheimer,Otto
Punição e estrutura social.
Pollock,
Friedrich
A experiência da
planificação econômica na União Soviética,
As conseqüências econômicas
e sociais da automação.
Reich,
Wilhelm
Análise do Caráter,
Psicologia de massas do
fascismo.
Wittfogel,
Karl August
O despotismo oriental.
Weil, Felix
Socialização,
O enigma argentino.
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Muito bom.
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