Primeira aparição do Papa Francisco
I. Imagem: RTP Notícias.
A Igreja Católica Romana escolheu diante do Conclave o Cardeal Jorge Mario Bergoglio como o novo Papa com o nome de Francisco I. O
cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi escolhido o novo papa nesta
quarta-feira, no segundo dia de votação na Capela Sistina, no Vaticano. Bergoglio
escolheu ser chamado de Francisco (Como
um Jesuíta, a escolha do nome tem relação direta com São Francisco Xavier (1506-1552)
, foi um missionário e co-fundador da Companhia de Jesus). A Igreja
Católica Romana
considera que São
Francisco Xavier tenha convertido mais pessoas ao Cristianismo
do que qualquer outro missionário desde São Paulo, merecendo o epíteto de "Apóstolo
do Oriente".
Bergoglio não estava entre os nomes apontados como favoritos para suceder Bento XVI, que renunciou no mês passado. O conclave secreto que escolheu o primeiro papa latino-americano da história começou na noite de terça-feira com uma primeira votação, e nesta quarta-feira outras quatro rodadas aconteceram. A fumaça branca indicando que o novo pontífice tinha obtido a necessária maioria de dois terços aconteceu após a quinta votação [1].
Bergoglio não estava entre os nomes apontados como favoritos para suceder Bento XVI, que renunciou no mês passado. O conclave secreto que escolheu o primeiro papa latino-americano da história começou na noite de terça-feira com uma primeira votação, e nesta quarta-feira outras quatro rodadas aconteceram. A fumaça branca indicando que o novo pontífice tinha obtido a necessária maioria de dois terços aconteceu após a quinta votação [1].
Uma multidão alegre na Praça de São Pedro começou a
gritar e a aplaudir quando começou a surgir a fumaça branca, em meio a uma
chuva persistente e ventos frios.
História e Vocação
Cardeal Jorge Mario Bergoglio, Arcebispo de Buenos
Aires, Argentina, nasceu em 17 De
dezembro de 1936 em Buenos Aires. Foi ordenado pelos Jesuítas em 13 de dezembro de 1969 durante os seus
estudos teológicos na Faculdade
Teológica de São Miguel.
Foi mestre
novice em São Miguel onde também ensinou teologia. Foi Provincial
para a Argentina (1973-1979) e reitor
da Faculdade de Teologia e Filosofia de São Miguel (1980-1986). Após
completar a dissertação doutoral na
Alemanha serviu como confessor e
diretor espiritual em Córdova. Em 20 de
maio de 1992 foi nomeado Bispo de Auca e Auxiliar de Buenos Aires,
recebendo a consagração episcopal em 27 de junho. A 3 de junho de 1997 foi nomeado Arcebispo coadjuvante em Buenos Aires
Buenos Aires e sucedeu ao Cardeal António Quarracino em 28 fevereiro de
1998. Relator geral adjunto da 10ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos em
outubro de 2001.Presidente da Conferência de Bispos da Argentina de 8 de
novembro de 2005 até 8 de novembro de 2011. Proclamado
Cardeal pelo Papa João Paulo II no consistório de 21 de fevereiro de
2001 com o título de S. Roberto Bellarmino [2].
O novo papa, Francisco, aparece na Basília
de São Pedro, no Vaticano, após ser eleito nesta quarta-feira para suceder
Bento XVI. Imagem: Agência Reuters.
É a primeira vez nos últimos
600 anos que coexistem um Papa Emérito com um Sumo Pontífice. É
também o primeiro Papa Jesuíta a ocupar a cadeira de S. Pedro [2].
Papado – Administração de um Papa
Como
sucessor de São
Pedro, o primeiro bispo de
Roma, o papa se apresenta como o vigário
de Cristo na Terra, com supremacia sobre todos os demais bispos da
Igreja Católica Apostólica Romana. A autoridade do Papa foi estabelecida no
Ocidente durante os cinco primeiros séculos depois de Cristo, mas a recusa das
Igrejas do Oriente em acatá-la resultou (1054 d.C) no primeiro Grande Cisma. O
papado fortaleceu seu poder secular no Ocidente após a coroação de Carlos Magno
como sacro imperador romano, em 800 d.C, por Leão III.
No
século XIII, o papa dispunha de mais vassalos feudais do que qualquer outro
suserano, e a lei canônica eram aplicados a toda a Europa cristã. O crescimento
de força secular enfraqueceu a autoridade política do papa na Baixa
Idade Média, e o segundo Grande
Cisma (1378 – 1417) dividiu gravemente os domínios do papado. Os
papas renascentistas procuraram reforçar os Estados papais e criaram uma corte
papal brilhante do ponto de vista cultural, mas a corrupção reinante na Igreja
precipitou as exigências de mudanças que culminaram com a Reforma
protestante. O papado
reagiu fundando a ordem dos jesuítas (1540), estimulando a Inquisição
(1542) e convocando o Concílio
de Trento [3].
Nos séculos XVII e XVIII o poder do papado foi
enfraquecido internamente por disputas em torno do jansenismo e externamente
pela secularização da sociedade, pela difusão do pensamento racionalista e,
sobretudo, pela tendência dos Estados modernos de instituírem Igrejas nacionais
[3]. No século XIX, o papado
readquiriu influência como baluarte da tradição contra os movimentos
revolucionários e procurou reafirmar-se com medidas adotadas no Concílio
Vaticano I, tais como a declaração do dogma da infalibilidade do
papa (1870), segundo o qual Deus preserva os sumo pontífice de errar em
matérias de fé e de moral, quando se pronuncia excathedra com vigário de
Cristo. Os Estados papais foram perdidos em 1870, mas o Tratado
de Latrão (1929), firmado entre
o Papa
Pio XI e o líder fascista italiano Benito Mussolini, estabeleceu a
Cidade do Vaticano como domínio Papal independente [3].
Depois
da II
Guerra Mundial, os Papas
João XXIII e Paulo
VI opuseram-se aos governos totalitários, manifestaram-se a favor
da justiça social e, principalmente com a realização do Concílio
Vaticano II, apoiaram
iniciativas no sentido da renovação da Igreja, procurando ao mesmo tempo manter
suas doutrinas históricas.
13/03/2013
Leandro Claudir é
Acadêmico de História pela Universidade Luterana do Brasil, Técnico em
Informática pela QI Escolas e Faculdades. Habilitado em Liderança de Círculos
de Controle de Qualidade Empresarial pelo Sesi. Criador e Administrador do
Projeto Construindo História Hoje. IBSN- 7837-12-38-10.
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Você quer saber mais?
[1] PULLELA, Philip. Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio é escolhido
novo papa. Reuters, 2013 Disponível em: <http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE92C05C20130313>
Acessado em: 13 de março de 2013.
[2] CAETANO, Eduardo. Cardeal Jorge Mario Bergoglio: eleito Papa com o nome de Francisco I.
Lisboa: RTP Notícias, 2013. Disponível em: < http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=635378&tm=7&layout=121&visual=49> Acesso em: 13 de março de 2013.
[3] GRANDE ENCICLOPÉDIA Larousse Cultural. São
Paulo: Nova Cultura, 1995. 18 v.
Com certeza o mundo inteiro espera mais rigidez e punição aos padres pedófilos não sejam tão blindados pelo corporativismo.
ResponderExcluirAbraço