O Líder? Imagem: Construindo História Hoje.
Que
características distinguem um verdadeiro líder de alguém que apenas ocupa um
cargo de liderança? O que torna uma pessoa um verdadeiro líder?
Este
é uma ano de eleições municipais, um momento ideal par se explorar as
qualidades de uma verdadeira liderança.
O
historiador e biografo Dr. James MacGregor Burns, vencedor do Prêmio Pulitzer,
PhD em ciências políticas pela Universidade de Harvard, escreveu um livro de
grande influência em 2010, intitulado Liderança, que é completo, incisivo e
esclarecedor em muito níveis. Ele precede seu prólogo com algumas citações
notáveis, incluindo um de Franklin Roosevelt, presidente dos Estados Unidos de
1933 a 1945.
“A presidência é ...preeminentemente um lugar de liderança moral.
Todos os nossos presidentes foram grandes líderes do pensamento, por vezes,
quando certas ideias históricas na vida da nação tinham de ser
esclarecidas...Isso é o que o cargo – uma excelente oportunidade para
reaplicar, usando-as em novas situações, as regras, usando simples de conduta
humana para as quais sempre voltamos. Sem uma liderança atenta e sensível às
mudanças, todos se desorientam ou até se perdem pelo caminho”.
Burns
aborda isso em liderança transformacional, a contracapa do seu livro resume sua
avaliação:
A
qualidade política da liderança em relação às mais recentes jogadas políticas é
um fato que comprova de que o termo líder e liderança nem sempre são sinônimos.
Naturalmente,
toda a história humana deixa claro que nem todos os líderes praticam a
liderança altruísta.
Você
não precisa ser formado em Harvard para listar pelo menos alguns dos líderes mais tirânicos e infames do
século passado, como Joseph
Stalin, Mao Tsé-tung e, mais recentemente, Fidel Castro. Muitos milhões
de pessoas inocentes perderam suas vidas sob o controle, a manipulação e o
resultado satânico da carnificina que estes personagens tirânicos cometeram
contra a humanidade.
Na
verdade, eles foram ainda mais longe quanto a autoglorificação,
consequentemente transformando-se numa atitude insana e corrupta como a do
imperador romano Vespasiano,
que, talvez motivado pelo seu talento para o teatro, exclamou em seu leito de
morte em 79 d.C. que sentia que estava se tornando um deus.
Alguns
ainda citam Maquiavel – o filósofo renascentista italiano, cujo
livro O Príncipe
é famoso pela sua concepção de que em política os fins justificam os meios –
como o léxico principal sobre exercer o poder, inclusive através da persuasão e influência
política.
Burns,
no entanto, aponta as limitações desse modelo:
“Visto que o poder pode tomar formas multifacetadas, onipresentes, e
sutis, então se pode refletir num número infinito de combinações e
particularidades em contextos específicos. Mesmo assim, observadores podem
perceber nesses contextos que esse ‘misto de poder’ é do tipo básico e
universal, e vão basear descrições elaboradas e teorias de poder em um modelo –
O DELES”.
Até
mesmo a célebre descrição do uso e abuso de poder de Maquiavel, enquanto relevante para algumas
culturas e épocas, está essencialmente ligado à cultura e é irrelevante para
uma gama de situações e sistemas de poder. Assim, os termos populares sobre o
poder – como conseguir poder e influência sobre as pessoas – em geral só são
úteis para situações específicas e podem inabilitar o investigador quanto a
como lidar com o poder noutras constelações de formas de poder bem diferentes.
No
entanto, entre as aspas notáveis no prólogo, Burns compartilha uma observação
sobre Maquiavel que permanece relevante na política atual:
“Um príncipe nunca deixará de legitimar suas desculpas para
explicar suas violações da fé. A história moderna registra inúmeros exemplos
deste comportamento mostrando como o homem exitosamente tem sido ardiloso no
jogo do poder. Mas esta é uma parte necessária da natureza humana que uma
pessoa procura esconder cuidadosamente a necessidade de ser um grande MENTIROSO
e HIPÓCRITA. A maioria das pessoas é bem simples de
espírito, e está em grande parte dominada por suas necessidades imediatas, de
maneira que uma pessoa enganosa sempre encontrará muitas pessoas que estejam
prontas a serem enganadas”.
Este
conselho é tão aplicável em nossa época como foi na de Maquiavel – para os
perseguidores imorais de poder que se aproveitam dela. Os telespectadores que
são bombardeados diariamente com o jogo de palavras da mídia, especialmente num ano
de eleições municipais, são bastante susceptíveis a serem enganados.
Contudo
a história mostra que o homem, com seus líderes egocêntricos se enaltecendo
demasiadamente e buscando, a qualquer custo, alcançar
fama e prestígio para si mesmos.
De
certa maneira isso é verdade até mesmo de muitos que são, geralmente, pessoas
decentes e que querem ajudar os outros. Parte da razão porque muitos líderes
fracassam em demonstrar uma boa liderança é porque têm uma visão míope e
distorcida de si mesmos – tornando-se ainda pior à medida que ganham mais
poder.
Como
diz um famoso ditado:
“O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe
absolutamente”.
Lord Acton, 1887.
Os
homens podem exercer grande poder sobre aqueles que governam – negativa ou
positivamente, dependendo em grande parte de sua verdadeira motivação. Cada um
precisa avaliar honestamente os seus reais motivos.
Aqui
estão algumas táticas errôneas comuns de líderes que são egocêntricos
descomedidos. Estas podem se sobrepor e não representam todos os métodos
errados de líderes egoístas.
Articulação: O
articulador é aquele que bate papo com as pessoas para persuadi-las ou
conseguir uma negociação, favores ou contatos. Ele não segue a máxima de
Shakespeare, em Hamlet, para a sua conclusão intencional: “A ti
mesmo sê verdadeiro, e seguirá, como a noite ao dia, que não poderás ser falso
ao homem algum” (Ato 1, cena 3).
Política: Anos
atrás, li um artigo sobre comunicação num jornal que tratava de política como
violência. A ideia não era que a política provocasse violência, mas que é violenta.
O político
ardiloso se aproveita dos outros para promover a si mesmo. O mundo
da politicamente prejudica a todos. A história humana pode ser contada a partir de uma
perspectiva violenta através das políticas humanas.
Favoritismo: Um
verdadeiro líder pode muito bem desfrutar da companhia de alguns mais que
outros, mas mesmo assim deve querer e se esforçar para tratar a todos com justiça e equidade.
Parcialidade: Tomar
decisões a respeito de várias questões se baseando nas leis e trazendo justiça
e equidade. No mundo de hoje, os julgamentos são baseados em aparências, em
argumentos inteligentes e em quem detém poder.
Engano: Os seres humanos são propensos
ao engano, dissimulando a verdade, inventado e camuflando os fatos.
Hipocrisia: A
hipocrisia é fingir ser o que não é – ou a acreditar no que não é. Quem dela faz uso
se extravia a fim de ganhar vantagem ou se elevar sobre os outros.
Como
então identificar um verdadeiro líder? As seguintes características novamente,
não são de todo abrangentes.
Os
verdadeiros líderes começam com humildade. A humildade é a única chave para o conhecimento divino, a
compreensão espiritual e sabedoria divina. Sem humildade, não se
pode ser ensinado. Se não se é ensinável, ele ou ela , não pode aprender e
crescer. A sabedoria divina, as riquezas e a honra começam com humildade para
com o nosso Criador, Sustentador e Salvador. Somente uma pessoa humilde pode
ser ensinada pela palavra da vida eterna de Deus e depois ser capaz de
compartilhar com os outros.
Os verdadeiros
líderes amam as pessoas. Deus colocou os seres humanos na Terra
para aprender a amá-Lo e amar uns aos outros, incondicionalmente. Se pudermos
aprender essa grande lição de amor ao próximo, representados nos últimos seis
dos Dez mandamentos, então realmente somos verdadeiros líderes de Deus e para
Deus.
Tradução/Adaptação: Leandro Claudir
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Você quer saber mais?
AUST, Jerod. O que faz um
Verdadeiro Líder: Que características distinguem um verdadeiro líder de alguém
que apenas ocupa um cargo de liderança? A Revista A Boa Nova. Montes Claros-MG,
Pag. 3-6, Julho-Agosto, 2012.
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