Segundo especialistas,
muitos bruxos, satanistas e adoradores do diabo se preparam durante todo o ano,
e esperam ansiosos por esta festa. Imagem: Revista Plenitude, outubro de 2005,
p.35.
Abóboras
esculpidas em forma de caras, gatos pretos, monstros, vampiros, fantasmas e
duendes, entre outras figuras que representam
os poderes do mal. Tudo isso que, aparentemente, é muito divertido e que
costuma ser rotulado de brincadeira de criança, traz oculta, e muito bem maquiada, uma das mais perigosas estratégias do
ocultismo no sacrifício de seres humanos, em particular, sacrifícios de crianças.
A festa de Halloween foi
chegando de mansinho e marcando território em boa parte do Brasil. Isso
aconteceu devido à globalização e à
proliferação dos cursos de inglês,
que incluem a festa no conteúdo de ensino da cultura estadunidense.
Segundo
especialistas, muitos bruxos, satanistas e adoradores do diabo se preparam durante
todo o ano, e esperam ansiosos por essa festa. A data é considerada por eles como a do aniversário de satanás,
sendo assim, o dia ideal para a prática de sacrifícios
humanos e pactos satânicos. Com
promessas de que vão conseguir mais poder, mais força e autoridade, os
satanistas começam a sacrificar pessoas 15
dias antes da data de 31 de
outubro e 15 dias após.
A data certa
Foram
os celtas que escolheram a
data de 31 de outubro como véspera do
ano novo e também para celebração de todo esse ritual maligno envolvendo
mortos, nessa data, os celtas se reuniam em volta de uma fogueira na comunidade e ofereciam seus animais domésticos,
suas colheitas e, às vezes, a
si mesmos em sacrifício. Era comum o
uso de disfarces feitos de cabeça e pele de animais e a predição do
futuro uns dos outros. Eles acreditavam que os gatos eram pessoas castigadas
por alguma má ação. No dia 31 de outubro, para se livrarem da possessão
diabólica, tinham que dar comida ou
oferecer algo aos demônios, além de lhes oferecer hospedagem noturna. Os espíritos
só deixavam a casa ficar em paz se
ficassem satisfeitos com o que recebiam; caso contrário, faziam um “trick” (truque ou maldade),
isso quando não rogavam maldições de
destruição sobre as famílias.
A ordem sacerdotal
De acordo com historiadores romanos
e gregos, existia uma ordem sacerdotal antiga entre os Celtas na Bretanha (França), Gália (região entre Portugal e França) e Ilhas Britânicas (Grã-Bretanha) chamados de “druidas”,
que eram pagãos da religião celta.
Textos que datam dos século II a.C ao IV d.C. relatam que esses sacerdotes eram violentos, pessoas
muito temidas pelo poder que possuíam, além
de terem sede de sangue. Resolviam todas as disputas com uma decisão definitiva,
chegando a castigar pessoas com a morte.
Além disso, seus altares destilavam o sangue de vítimas humanas. Era comum oferecer homens, mulheres
e crianças em holocausto, queimando os corpos vivos em grandes
torres de vime. Normalmente, os celtas usavam os bosques para caça, pesca e
alimentação, mas também os utilizavam para as cerimônias ocultistas.
A aparente e inofensiva abóbora iluminada é um símbolo antigo de uma alma maldita e condenada. A abóbora recebe o nome de “Jack-o-lantern”. Imagem: Revista Plenitude, outubro de 2005, p.35.
Há
evidências, ainda de que usavam as gigantescas pedras talhadas para decidir
qual era o melhor dia para acalmar o deus ou deuses de suas práticas
misteriosas. Afirmavam que Samhain
(Senhor dos mortos) convocava os maus espíritos daqueles que haviam
morrido durante a realização dos ritos demoníacos.
O 31 de outubro
No
calendário celta, existem quatro dias
separados para o descanso das bruxas, sendo 31 de outubro o dia principal.
A escolha, no entanto, não foi feita aleatoriamente. Os quatro dias de “meio
trimestre” são: 2 de fevereiro,
conhecido como Dia da Marmota,
quando se adorava a deusa pagã
Brigite. O segundo era em maio
e se chamava Beltane, sendo
celebrado entre os bruxos. O terceiro
acontecia em agosto, durante o qual davam honras ao deus sol, chamado Lugh. Essas três datas marcavam a passagem das
estações. O último, chamado Samhain, marcava a entrada do inverno. Para os druidas,
31 de outubro era a noite em que Samhain entrava nos lugares com os espíritos
dos mortos. De acordo com os druidas, os maus espíritos precisavam ser
agradados; caso contrário, os vivos é que pagariam.
A maldição
Os
imperadores romanos observaram a
necessidade de manter um império
unificado, aonde o maior número de pessoas professassem somente uma religião. Daí se criou uma lei para obrigar os pagãos
a se unirem à igreja cristã. Com eles, a igreja também adotou as práticas e
celebrações pagãs, com o Halloween; somente assim seria possível ter os pagãos nas
reuniões e cultos. Era permitida, inclusive, a prática de algumas tradições e
costumes, sendo, sendo liberadas algumas festas, entre elas a do Halloween ou o dia das bruxas.
No
ano de 835 d.C, porém, o papa Gregório III deu
consentimento para que fosse acordado nessa data o ritual do dia de Samhain, na
tentativa de pacificar a situação nas cidades pagãs que tinham acabado de ser
conquistadas no noroeste da Europa. O panteão
de Roma (templo edificado para adoração de uma multiplicidade de deuses)
foi transformado em igreja . A partir daí, os cristãos passaram a comemorar ali
o dia dos santos falecidos, um dia depois do dia de Samhain,
celebrado pelos pagãos.
Em
entrevista ao jornal O tempo, de Belo Horizonte, a bruxa paulista Rosa Maria
Biancardi declarou que os celtas, há
mais de dois mil anos, festejavam o dia dos mortos na data de 31 de outubro, celebrando a travessia
e a troca de energia com antepassados.
A abóbora
A
aparente e inofensiva abóbora
iluminada é um símbolo antigo de
uma alma maldita e condenada. A abóbora recebe o nome de “Jack-o-lantern”. A história se
arrasta há séculos: “tudo começou por causa de um homem chamado Jack, que não podia entrar nem no céu nem no inferno
por ter sido condenado a vagar pelas trevas com sua lanterna até o Dia do
Juízo.“ Por essa razão, as pessoas, com medo dele e dos fantasmas,
arrumavam as calçadas e colocavam velas acessas dentro das abóboras para
espantar os espíritos maus.
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Você quer saber mais?
SHLISHIA, Nilbe. Revista
Plenitude: Halloween: brincadeira mortal, Rio de Janeiro, pp. 35-38, outubro,
2005.
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