Foto do Palácio da Guanabara em 1938.
Não esqueça do 11 de Maio de 1938: Homenagens aos
Mártires Integralistas!
Data do ataque de alguns Integralistas ao Palácio
Guanabara, no Rio de janeiro, durante a ditadura de Getúlio Vargas, em 1938.
Às 22 horas do dia 10 de maio de 1938, saia eu do
Liceu de Artes e ofícios na Avenida Rio Branco do Rio de Janeiro, onde estudava
no horário da noite. No Largo da Carioca, tomei o bonde com destino á
residência, rua Cargo Coutinho próximo ao Largo do Machado, onde saltei. Havia
aí, o famoso “Café Lamas”, ponto de reuniões dos boêmios do bairro.
Naquela noite, era o popular Grande Otelo que fazia
o programa. Resolvi entrar. Lá pelas 12 horas, as luzes se apagaram. Que teria
acontecido? Ninguém sabia. A gerencia do Café providenciou um Lampião... e a
festa continua... Resolvi sair. Na Praça, vejo sair da rua Dois de Dezembro,
vários caminhões conduzindo nas carrocerias homens vestidos de macacões azuis e
lenços brancos ao pescoço. Não havia iluminação, mas a noite estava clara. Os
veículos contornavam a Praça e seguiam pela rua das Laranjeiras. A nossa
primeira impressão, era que se tratasse de funcionários da Companhia de
Eletricidade, cuja usina ficava no quarteirão entre as ruas Machado de Assis e
Dois de Dezembro. Fui dormir.
No dia seguinte, fui trabalhar numa tinturaria na
rua do Catete próxima à praça José de Alencar. Ali chegando, encontro-me com o
Sr. José Carvalho o proprietário do estabelecimento. Ele como eu, pertencíamos
ao Núcleo Integralista das Laranjeiras, cujo chefe, era o saudoso Dr. Rocha
Vaz. Disse-me o Sr. Carvalho: “estão anunciando pelo rádio que os integralistas
invadiram esta noite o Palácio Guanabara. Você não sabe de nada? Não, respondi.
Me determina então o Sr. Carvalho: “Você fica dispensado hoje, mas, fica com a
bicicleta. Procure ver o que está acontecendo. O que souber, venha me dizer”.
Assim foi feito. Minha primeira iniciativa, foi pedalar com destino ao Palácio
Guanabara.
A foto trata do Levante Integralista de 1938. Nela aparece um soldado, agachado empunhando um rifle. Ele estava nos fundos do Palácio da Guanabara .
Rodei pela praça José de Alencar, rua Marques de
Abrantes e dobrei na Payssandú. A certa altura, defronto com um grupo de homens
que vinham a passos largos. Um dos homens me pareceu ser da polícia. Fez sinal
para que eu me afastasse. Apeei da bicicleta e a encostei numa palmeira. Era o
Presidente Getúlio Vargas que caminhava com destino ao palácio do Catete,
alias, como fazia todas as manhas, passando em frente á nossa loja. Passando o
grupo, continuei a minha rota. Na Pinheiro Machado, onde tem sede o Guanabara,
não pude entrar. Ali estava um Batalhão de soldados. Volto á tinturaria. O Sr.
Carvalho me diz: “O Getulio, passou agora mesmo”, e que o Tenente Fournier
Junior, se encontrava exilado na Embaixada Italiana. Apanhei na vitrine, um
terno de roupa e simulei a entrega a fregueses. Rodei para a Sede da Embaixada
que ficava nas Laranjeiras. Também ali não pude entrar. A policia cercava.
De volta, entro na Igreja no Largo do machado para
rezar. Ao terminar as minhas orações, fui chamado pelo Padre, para uma pequena
reunião que se fazia no Salão Paroquial. Vou á loja e volto em seguida para a
reunião. Nesta, foi criado um grupo de assistentes sociais que se destinava a
ajudar ás famílias dos presos políticos. Eu me apresentei como voluntário.
Graças a Deus, o trabalho dos sacerdotes foi um sucesso! Trabalhei até o mês de
Julho do ano seguinte, quando após libertar da polícia política o Companheiro
Manoel paixão, o “Baiano”, um motorista da praça, tive que, numa fira
madrugada, me mandar para a Vila Militar, onde assentei praça voluntariamente,
no Regimento – Escola de Cavalaria Andrade Neves, de onde, após a minha
incorporação, tive licença para voltar ao Catete, indo, em primeiro lugar, á
Igreja onde dei ali por fim, o meu trabalho. Fiz uma boa confissão. Nossa
Senhora, muito me ajudou.
Na década de 70, o General Jayme Ferreira da Silva
fazia reuniões de companheiros em seu escritório no Centro da Cidade. As
reuniões se faziam aos sábados. Em uma dessas tardes, conheci então, o
Almirante Julio nascimento, que disse ter sido o Comandante-Chefe do Levante ao
Guanabara em 11 de Maio de 1938, quando na época era oficial – Tenente da
Escola Naval. Em palestra, fez um histórico do acontecimento. Disse-nos o
Oficial, que “depois de 3 horas de espera pelo reforço que nunca chegava,
conforme o combinado, teve que ordenar a debandada de seus comandados, ficando
apenas um pequeno grupo que resistiu, sendo estes presos e desarmados e
sumariamente fuzilados às 5 horas da manhã”. (Ficam) As nossas homenagens aos
bravos integralistas que morreram pela Liberdade e pela Democracia!
Autor: Arcy Lopes Estrella - In
Memoriam
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Es una motivación pasar a saludarte aunque no nos conozcamos, solamente se conocen los textos de nuestros sentimientos.
Esto nos une día a día sin tener en cuenta el tiempo ni la distancia que hoy nos separan, sin causarnos alejamiento. Siendo una inmensa emoción saber que tú estas ahí y que escuchas el susurro de las palabras haciendo más bello y poético el aliento de nuestra amistad.
Un beso siendo un suspiro
Y un abrazo siendo un zafiro
De mí para ti
María del Carmen
Muchas gracias mi hermana!
ResponderExcluirLa Paz,
Leandro CHH