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quinta-feira, 3 de maio de 2012

O Caso “Jack, o Estripador”. Parte I.



Autor: Leandro CHH

O mistério em torno da identidade de Jack, o Estripador, ultrapassou a barreira do tempo. Hoje, mais de 115 anos após os assassinatos que alarmaram o bairro londrino de Whitechapell, o fascínio diante dos crimes ainda persiste. Jack é considerado o primeiro serial killer do mundo moderno e seu caso é tido como o maior enigma da história criminal. As mortes tinham características em comum: todas as vítimas estavam bêbadas ou haviam bebido, eram prostitutas e tinham o ventre dilacerado e os órgãos extirpados. Não há evidências de que as mulheres se conheciam.

As vítimas



Não é certo o número de mulheres assassinadas pelo Estripador. O número mais aceito é o de cinco vítimas, mas há versões que apontam de quatro a sete mortes. O primeiro crime atribuído a ele ocorreu no dia 31 de agosto de 1888, na viela Buck’s Row. Um homem a caminho do trabalho encontrou o corpo de Mary Anne Nichols, conhecida como Polly, na calçada. A garganta estava cortada de uma orelha a outra e a lâmina penetrou até a coluna vertebral. O crime foi atribuído a uma gangue de exploradores de prostitutas.

O segundo assassinato ocorreu dias depois, em 8 de setembro do mesmo ano. O corpo de Annie Chapman foi encontrado por um morador de uma pensão, a cinco metros de Buck’s Row. A cabeça estava praticamente separada do corpo e seus anéis e dinheiro estavam intactos. No local, a polícia descobriu apenas provas insignificantes. A investigação policial não chegou a nenhuma pista importante, exceto a de que o punhal usado no crime correspondia ao do assassinato de Polly Nichols. A lâmina media entre 15 e 25 cm e tinha 2,5 cm de largura. O relatório concluiu, pelas características dos crimes, que o assassino possuía conhecimentos de anatomia.

Vinte e dois dias depois do assassinato de Chapman, no dia 30 de setembro, o corpo de Elizabeth Stride foi encontrado na rua, banhado por quase dois litros de sangue. Outra morte foi cometida naquela mesma noite. O cadáver de Catherine Eddowes foi encontrado mais tarde, virado de costas, quase irreconhecível. A garganta estava cortada e um outro corte seguia do reto ao esterno. O corpo estava sem uma parte da orelha direita, e a extremidade do nariz também havia sido cortada.

Em 9 de novembro, um cobrador de aluguel bate à porta de uma das pensões em qual tinha inquilinos. Na ausência de respostas, olha pelo vidro da janela e avista um corpo na cama e uma poça de sangue no chão. Era Mary Lane Kelly, a última vítima de Jack, o Estripador. A cabeça estava praticamente separada do resto do corpo e o rosto, irreconhecível.
As investigações prosseguem, mas pouco evolui. 
Inúmeras cartas anônimas denunciando possíveis assassinos são levadas as centrais de polícia, mas apenas algumas são levadas a sério. A mais importante está assinada por Jack, o Estripador onde daí origina-se a alcunha do assassino. Escrita com tinta vermelha, anuncia o envio das orelhas de uma das vítimas à polícia. Era a orelha de Catherine Eddowes, mas a informação da orelha decepada havia sido mantida em sigilo pela polícia. Outra carta, que se acredita ser do assassino não está assinada por Jack, o Estripador, mas vem com as palavras “do inferno”, acompanhada por um rim humano. Também o rim que faltava no corpo de Eddowes.
Durante o curso dos assassinatos, a polícia e os jornais receberam centenas de cartas sobre o caso. Algumas eram de pessoas bem-intencionadas oferecendo informações para a captura do criminoso; a maioria delas, entretanto, foram consideradas inúteis, e posteriormente ignoradas.
Talvez o mais interessante foram as diversas mensagens que conclamavam terem sido escritas pelo assassino (o apelido “Jack, o Estripador” foi cunhado a partir de uma dessas mensagens); a grande maioria não passava de falsificações. Muitos especialistas afirmam que nenhuma delas era verdadeira, mas entre as citadas como provavelmente genuínas, tanto por autoridades da época quanto atuais, três em particular se destacam:

 A carta ao “Caro Chefe”

O cartão-postal do “Insolente Jack”

 A carta “Do Inferno”

Continua na próxima postagem: Os Suspeitos Seweryn Klosowski, Montgue Druitt, Aaron Kosminski, Michael Ostrog, John Pizer, Dr. Francis Tumblety, William Bury, Dr. Thomas Cream, Frederick Deeming, Carl Feigenbaum e Robert Stephenson.

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Autor: Leandro CHH


  Você quer saber mais?

SCHMIDT, Paulo. Jack, o Estripador: A verdadeira História, 120 anos depois. São Paulo: Geração Editorial, 2008.

ROLAND,Paul. Os Crimes de Jack, o Estripador. São Paulo: Editora Madras, 2010.

CORNWELL, Patrícia. Retrato de Um Assassino – Jack , o Estripador. Lisboa: Editorial Presença, 2003.

HARRINSON, Shirley. O Diário de Jack, o Estripador, Lisboa: Editorial Presença, 1999.

3 comentários:

  1. Excelente, só isso que tenho a te dizer meu caro companheiro de hidromel! Que os Grandes Valar de Arda te guiem em sua jornada!

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  2. Obrigado Sauro, bebamos à nossa vitória!
    Leandro CHH

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  3. Ola Leandro meu amigo, tudo bem?

    Desculpa-me pela demora em aparecer, estive ausente e só hoje atualizando o blogue.Obrigada pelo carinho de sempre.

    Gostei imenso da postagem. Não sabia muito a respeito dessa história de Jack, o Estripador. Muito louco esse caso. Esse assassino deveria gostar de ver sangue jorrar das vítimas. Quanta maldade ele praticava.
    Sera que as carta não são verdadeiras?

    Aguardo a continuação.

    Grande abraço meu amigo!

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