Reconstituição do castelo de Coucy (Aisne), séc. XIII -XV, com seu torreão de 31 m de diâmetro e 60 m de altura, importante testemunho da arte medieval. Fonte: Larousse Cultural.
Conhecida como residência feudal fortificada, defendida por fosso, muralhas e torres, assim eram os castelos na idade média. Com a queda império romano e vácuo deixado pelo poder central, as grandes propriedades latifundiárias têm sua importância aumentada, e devido a independência econômica e jurídica a “villa” se torna um local de proteção fortificada. As cidades perderam sua importância e o “castellum” se torna o último refúgio da população. Na França do século X o castelo é o herdeiro da “villa” possuindo seu próprio reduto o torreão, além de outros edifícios murados, sendo edificado em alvenaria só a partir do século XI, para resistir aos incêndios provocados em batalha. A partir do século XIV o castelo se torna um reduto de lazer, devido ao progresso da artilharia perdeu sua função de local de segurança.
Torreão ou torre central
Torre
larga e ameada que constitui o reduto de um castelo; bastilhão, a parte mais
forte do castelo onde o senhor feudal se refugiava em caso de cerco. Era a área
mais segura do castelo e não tinha portas ou janelas na parte inferior. Com
paredes grandes e grossas, era o abrigo perfeito em caso de cerco. Normalmente o
torreão era mais alta que a parede.
Muro
Os
castelos estavam cercados por um muro, que era a fortificação defensiva que
cercava o castelo inteiro. Muitas vezes, as paredes eram cercadas por um fosso,
para dificultar a invasão dos invasores. As paredes podiam atingir 12 metros de
altura e 3 metros de espessura. Para torná-los mais expelíveis, fossos foram
construídos em torno deles para impedir a passagem dos atacantes. No início, as
paredes dos castelos eram de madeira, mas a partir do século IX a pedra começou
a ser usada para a formação de paredes. Os muros serviam para fazer com que os
invasores perdessem tempo tentando escalá-los.
Torre
Torres
de defesa poderiam ser construídas ao longo das muralhas. Para comunicar as
torres da muralha, um pequeno corredor foi feito se juntando a elas, conhecido
como estrada redonda. Além disso, para proteger a parede, às vezes era feita
uma parede inferior à sua frente, conhecida como ante muralha.
As torres
são as projeções colocadas ao longo da parede, com a função de proteger o
castelo. Nas torres escondiam os defensores do castelo para defendê-lo de
possíveis ataques. Muitas das torres tinham buracos, conhecidos como saeteras
ou fendas. Os parafusos eram os buracos dos quais as armas lançadas. Pelo
contrário, as abrasões eram os buracos usados para armas de fogo. As torres
eram conectadas umas às outras por corredores estreitos ao longo da parede,
conhecida como estrada redonda ou adarve. Eles foram aprimorados criando
saliências conhecidas como construtores, que tinham uma abertura no fundo para
derramar água fervente ou atacar com flechas. Enquanto isso, as tropas
defensivas do castelo poderiam atacá-los das torres.
Fosso
Chamado
de “fosso”, esse detalhe arquitetônico não era projetado para servir a nenhum
tipo de entretenimento ou algo parecido, mas sim como uma forma bastante
inteligente de proteger o castelo dos ataques de inimigos. Como mecanismo de
defesa, os fossos eram muito eficazes. Alguns fossos cercavam o próprio
castelo, enquanto outros fossos podiam cercar vários edifícios ou até mesmo uma
pequena cidade. É importante destacar
que os castelos sem fossos eram mais vulneráveis a ataques vindos de baixo,
já que os saqueadores frequentemente consideravam que a única maneira de
surpreender os habitantes de um castelo era escavar sob o castelo e atacar
através de caminhos subterrâneos. Com a criação dos fossos, o processo de
escavação sob um castelo se tornou algo quase impossível. Quando os fossos
estavam cheios de água, eles geralmente eram profundos o suficiente para
dificultar o avanço dos invasores, que relutariam em tentar nadar pois sabiam
que ficariam muito vulneráveis aos ataques dos guardas do castelo.
Plantações
As
grandes propriedades rurais da época medieval eram divididas em três categorias
de terras. A primeira – que englobava a maior parte do solo cultivável, era o
chamado manso senhorial, onde tudo o que se produzia pertencia ao senhor
feudal, o dono da fazenda. Os servos trabalhavam em todas as terras, mas só
podiam tirar seu sustento dos minúsculos lotes que formavam a segunda categoria
de terras, o manso servil. O trigo, a aveia, a cevada, a ervilha e a uva eram
os alimentos mais plantados.
Você quer saber mais?
Grande Enciclopédia Larousse
Cultural. São Paulo: Ed. Nova Cultura Ltda, 1998. pg.1233-1234.
https://maestrovirtuale.com/castelo-medieval-partes-e-funcoes/
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-era-um-feudo-na-idade-media/
https://www.tricurioso.com/2019/03/05/por-que-os-castelos-medievais-tinham-fossos/
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