Complexo
da Unidade 731 em Harbin. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.
Desde
o fim da Segunda Guerra Mundial como os amigos Construtores tem observado,
temos sido constantemente informados sobre o uso de armas químicas e biológicas
por diversas nações ao longo dos anos. O que muitos não sabem é que seu emprego
já estava bem à frente do front de batalha durante a Segunda Guerra Mundial. Usados contra civis, mulheres, crianças e idosos sem
nenhuma piedade. As armas biológicas adoeciam a população alvo e depois levavas
a mais variedades de horríveis mortes.
Um livro chamado “Unidade Bacteriológica 731”, foi publicado no Japão,
depois da Segunda Guerra, por um homem chamado Akiyama Hiroshi, que havia
sido membro da unidade. Segundo este livro, havia um grupo de edifícios com
cerca de quatro quilômetros de circunferência, e o principal tinha quatro vezes
o tamanho do Edifício Marunouchi, no Japão. Havia por volta de 3.000 empregados que criavam dezenas de
milhares de ratos. Tinha ainda 4.500
incubadoras, onde criavam quantidades astronômicas de pulgas e produziam 300 quilos de
germes de peste bubônica por mês.
Experiência
de hipotermia, usando como cobaias prisioneiros chineses sob vigilância de
soldados japoneses. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.
Havia
uma prisão onde 400 ou 500 prisioneiros
de guerra ou patriotas chineses e antijaponeses esperavam para serem usados nas
experiências. Alguns eram chineses, outros soviéticos, ou ainda cidadãos da
República da Mongólia. Não se referiam a eles como homens, mas como “lenha”.
Pelo menos seiscentos
eram torturados até a morte todos os anos, e os experimentos
realizados neles eram de uma crueldade indescritível. Alguns eram esfolados
vivos; alguns postos em refrigeração para experiências e os ossos de suas mãos
continuavam tremendo mesmo depois de a carne estar congelada; outros eram
deitados em mesas de operação como sapos, enquanto uma equipe os dissecava;
outros eram amarrados a estacas apenas com suas roupas de baixo, enquanto bombas de germes eram explodidas
na sua frente; e outros eram bem alimentados e daí infectados com germes, e se isto não os matasse, o
experimento era repetido até que morressem.
Quando estava nessa Unidade 731, o autor ouviu dizer que
os germes criados ali eram mais poderosos que qualquer outra arma, e poderiam matar 100
milhões de pessoas, uma cifra da qual o exército japonês se
orgulhava.
Quando o Exército Soviético chegou a Harbin, essa unidade tentou esconder todos os traços dos seus
crimes. Os japoneses envenenaram todos os prisioneiros sobreviventes,
planejando queimá-los e enterrar as cinzas numa grande cova. Como os executores
estavam em pânico, não queimavam os cadáveres completamente nem conseguiram
enterrar todos. Puxaram então os cadáveres semi-queimados, separaram a carne
dos ossos, queimaram a carne e colocaram os ossos numa máquina pulverizadora.
Finalmente, os edifícios principais foram explodidos.
Não muito depois, alguém de uma aldeia próxima estava
andando pelas ruínas quando viu algumas pulgas pulando ao redor de um vaso
quebrado. Uma das pulgas o mordeu. Logo
percebeu que estava infectado com a peste bubônica que os invasores tinham
deixado para trás. A peste logo se espalhou pela aldeia e o governo chinês
enviou um exército de médicos para tratar do caso, mas, mesmo com todos os seus
esforços, 142 vidas foram perdidas nessa aldeia de pouco mais de uma centena de
famílias.
Que este acontecimento de nosso passado recente sirva de
aviso para nosso futuro. Se urgentemente
não aprendermos a conviver pacificamente de forma a cooperarmos mutuamente para
o bem de todos não há como ver um futuro salutar para essa presente situação.
Mas se empregarmos
a construção para o beneficio de toda a espécie humana ao invés da destruição,
se pararmos de pensar de forma egoísta e tornamos mais altruístas podemos mudar
o futuro negro que resta para uma
espécie que semeia tantas mortos e ainda ousa louvar isso com as mais sórdidas
palavras: “a guerra é mãe de todas invenções”. Desculpem-me, mas não tenho
palavras para expressar a ignorância presente em tal afirmação. Então engajasse você
também no processo de construção de uma sociedade mais humana e espiritual.
14/10/2013
Leandro Claudir é criador
e administrador do Projeto Construindo História Hoje e Acadêmico de História
pela Universidade Luterana do Brasil.
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YI, Pu. O Último
Imperador da China. São Paulo: Editora Marco Zero, 1988.
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