Imagem: Zero Hora.
Grupo que introduzia ilegalmente ou ocultava estrangeiros de
diversas nacionalidades no país foi capturado em Uruguaiana.
Entre a noite de quinta-feira e o amanhecer de ontem, a Polícia Federal (PF) capturou, em Uruguaiana, cinco pessoas envolvidas com travessia de imigrantes ilegais na fronteira entre o Brasil e a Argentina. Estrangeiros estão chegando em massa à região sob o argumento de que são vendedores de bijuterias, pedras preciosas e roupas, mas há casos de envolvimento com o tráfico internacional de drogas e de exploração sexual.
Aregião vive uma inusitada movimentação de estrangeiros, em especial, africanos e asiáticos, sem visto para circular pelos dois países, o que tem fomentado a ação de coiotes. Na terça-feira, dois deles, um argentino e um brasileiro, já haviam sido capturados com um camaronês.
As capturas são frutos de uma ofensiva especial da PF para combater crimes ao longo da fronteira em todo o país, a Operação Sentinela, e, em Uruguaiana, em razão das movimentações clandestinas de estrangeiros, o trabalho ganhou um subgrupo, chamado de Operação Coiote.
A primeira das recentes prisões foi no final da noite de quinta-feira em uma pousada no centro de Uruguaiana, onde estavam chegando para se hospedar oito asiáticos. Por meio de uma informação anônima, a PF prendeu um chinês de 42 anos, morador de São Paulo, que segundo a PF, era o responsável pelo grupo – dois homens e cinco mulheres entre 21 e 30 anos.
Vestidas com elegância, maquiadas, de unhas pintas e com cabelos bem arrumados, as mulheres não conduziam bagagem, mas sim malas
com dezenas de calcinhas e sutiãs com enchimentos de silicone para, aparentemente, aumentar o volume dos seios.
– Estamos buscando provas, ainda não sabemos para onde eles iriam, mas tudo indica se tratar de um caso de tráfico de mulheres para exploração sexual, podendo ser na Argentina – afirmou o delegado André Luiz Martins Epifânio, chefe da PF em Uruguaiana.
Interrogado por meio de um intérprete, o grupo evitou prestar declarações. Mas a PF tem informações de que cada um dos imigrantes ilegais pagou US$ 800 ao coiote chinês. Segundo a própria PF, ele já esteve pelo menos uma outra vez em Uruguaiana, transportando clandestinamente asiáticos para a Argentina. No passaporte dele, constam vários registros de ingresso e saída da China nos últimos anos. As demais pessoas não tinham visto de entrada no Brasil. Nos passaportes constam que estiveram recentemente em Dubai, nos Emirados Árabes.
Notificação para deixar o país em três dias
As bagagens e os documentos foram devolvidos às cinco mulheres e aos dois homens que receberam uma notificação para deixar o Brasil em até três dias, sob pena de serem deportados. O coiote chinês foi autuado em flagrante por crime de introdução de estrangeiro clandestinamente no país. O delito está previsto no artigo 125 do Estatuto do Estrangeiro, com pena, em caso de condenação, de um a três anos de prisão.
Por se tratar de crime afiançável, a delegada Paula Dora, destacada pela direção da PF, em Brasília, para coordenar a Operação Coiote, fixou a fiança em R$ 62,2 mil. O chinês, no entanto, não pagou e foi conduzido à Penitenciária Modulada de Uruguaiana. No final da tarde de ontem, a Justiça Federal homologou a prisão, mas reduziu o valor da fiança para R$ 11 mil, mas o coiote chinês seguia preso.
Entre a noite de quinta-feira e o amanhecer de ontem, a Polícia Federal (PF) capturou, em Uruguaiana, cinco pessoas envolvidas com travessia de imigrantes ilegais na fronteira entre o Brasil e a Argentina. Estrangeiros estão chegando em massa à região sob o argumento de que são vendedores de bijuterias, pedras preciosas e roupas, mas há casos de envolvimento com o tráfico internacional de drogas e de exploração sexual.
Aregião vive uma inusitada movimentação de estrangeiros, em especial, africanos e asiáticos, sem visto para circular pelos dois países, o que tem fomentado a ação de coiotes. Na terça-feira, dois deles, um argentino e um brasileiro, já haviam sido capturados com um camaronês.
As capturas são frutos de uma ofensiva especial da PF para combater crimes ao longo da fronteira em todo o país, a Operação Sentinela, e, em Uruguaiana, em razão das movimentações clandestinas de estrangeiros, o trabalho ganhou um subgrupo, chamado de Operação Coiote.
A primeira das recentes prisões foi no final da noite de quinta-feira em uma pousada no centro de Uruguaiana, onde estavam chegando para se hospedar oito asiáticos. Por meio de uma informação anônima, a PF prendeu um chinês de 42 anos, morador de São Paulo, que segundo a PF, era o responsável pelo grupo – dois homens e cinco mulheres entre 21 e 30 anos.
Vestidas com elegância, maquiadas, de unhas pintas e com cabelos bem arrumados, as mulheres não conduziam bagagem, mas sim malas
com dezenas de calcinhas e sutiãs com enchimentos de silicone para, aparentemente, aumentar o volume dos seios.
– Estamos buscando provas, ainda não sabemos para onde eles iriam, mas tudo indica se tratar de um caso de tráfico de mulheres para exploração sexual, podendo ser na Argentina – afirmou o delegado André Luiz Martins Epifânio, chefe da PF em Uruguaiana.
Interrogado por meio de um intérprete, o grupo evitou prestar declarações. Mas a PF tem informações de que cada um dos imigrantes ilegais pagou US$ 800 ao coiote chinês. Segundo a própria PF, ele já esteve pelo menos uma outra vez em Uruguaiana, transportando clandestinamente asiáticos para a Argentina. No passaporte dele, constam vários registros de ingresso e saída da China nos últimos anos. As demais pessoas não tinham visto de entrada no Brasil. Nos passaportes constam que estiveram recentemente em Dubai, nos Emirados Árabes.
Notificação para deixar o país em três dias
As bagagens e os documentos foram devolvidos às cinco mulheres e aos dois homens que receberam uma notificação para deixar o Brasil em até três dias, sob pena de serem deportados. O coiote chinês foi autuado em flagrante por crime de introdução de estrangeiro clandestinamente no país. O delito está previsto no artigo 125 do Estatuto do Estrangeiro, com pena, em caso de condenação, de um a três anos de prisão.
Por se tratar de crime afiançável, a delegada Paula Dora, destacada pela direção da PF, em Brasília, para coordenar a Operação Coiote, fixou a fiança em R$ 62,2 mil. O chinês, no entanto, não pagou e foi conduzido à Penitenciária Modulada de Uruguaiana. No final da tarde de ontem, a Justiça Federal homologou a prisão, mas reduziu o valor da fiança para R$ 11 mil, mas o coiote chinês seguia preso.
Três gaúchos são presos
Três gaúchos (dois cambistas) e um argentino, integrantes de um grupo de coiotes fronteiriços, foram presos preventivamente ontem pela manhã pela Polícia Federal (PF), em Uruguaiana. Eles estavam em casas em vilas da cidade. A captura deles faz parte das investigações que começaram em março, quando oito senegaleses, sem visto para estar no Brasil, estavam sob abrigo na casa de um gaúcho, na periferia de Uruguaiana. Todos fariam parte de uma mesma organização criminosa.
Conforme a delegada da PF, Paula Dora, os presos têm envolvimento com câmbio paralelo de moedas e contatos com taxistas e barqueiros que fazem a travessia de imigrantes ilegais pela ponte que separa o Brasil da Argentina ou pelas águas do Rio Uruguai. Para reforçar o patrulhamento migratório, o chefe da PF em Uruguaiana, delegado André Luiz Martins Epifânio, marcou uma reunião para a semana que vem com autoridades argentinas.
José Luís Costa
(Zero Hora), Uruguaiana.
Você quer saber mais?
COSTA, José Luis. Ofensiva na
Fronteira: Rede de coiotes sofre novo golpe. Zero Hora, Porto Alegre, 21 de Julho de 2012. N° 17138, Geral, Pg. 33.
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