por Wendel Lima
Cerca de 200 alunos de Biologia da Universidade de Taubaté (Unitau) tiveram uma aula diferente. Eles puderam conferir o que pensam os criacionistas sobre a origem da vida. O encontro, que foi organizado por um universitário adventista, contou com a participação de dois professores do Unasp, a Dra. Márcia de Oliveira e Dr. Nahor de Souza Jr. Além de realizarem palestras, os professores adventistas debateram o tema numa mesa redonda com dois evolucionistas.
O mini-curso sobre criacionismo marcou o último dia da 18ª. Semana de Biologia da Unitau. A Dra. Márcia de Oliveira, coordenadora do curso de Biologia do Unasp, falou sobre algumas falhas da teoria evolucionista. Já o Dr. Nahor de Souza Jr., coordenador do curso de Engenharia Civil, palestrou sobre o modelo criacionista para a idade da Terra. Segundo ele, o planeta teria alguns milhares de anos, ao invés dos bilhões de anos defendidos pelos evolucionistas.
Os resultados
O professor evolucionista da Unitau, Dr. Júlio Voltolini destacou que os cientistas que defendem os dois lados devem trabalhar juntos. Ele argumenta que a discussão sobre a origem da vida deve ser realizada com o confronto dos modelos, para que ambos percebam as lacunas das duas teorias. “Eventos como este são importantíssimos, já que precisamos de espaço para os dois opinarem”, ressaltou.
Para a Dra. Márcia Oliveira o encontro serviu para que os alunos conhecessem uma teoria que não é explicada em sala de aula. “De acordo com o conceito de ciência atual, o criacionismo é considerado religião, pois aceita o sobrenatural, porém, ele também se vale de evidências científicas”, acrescenta. Para o professor Nahor, o evento mostra uma tendência no meio acadêmico brasileiro: a discussão do criacionismo. Mesmo assim ele lamenta a lenta abertura da comunidade científica: “ainda existe muito preconceito entre os cientistas, por isso debates assim são raros”.
O aluno do 2º. ano, Davi Martins, após conhecer um pouco da teoria criacionista, disse que ela parece ter base científica. O estudante aprovou o debate: “Todas as faculdades deveriam ter esses eventos, pois tem muita gente que desconhece as bases dessa controvérsia”. A aluna do 3º ano, Beatriz Borges, acredita que o criacionismo também apresenta evidências científicas. Mas destaca que os dois modelos têm falhas: “as coisas que o evolucionismo não consegue explicar são argumentadas com teorias, e as que o criacionismo não tem resposta, são remetidas a Deus”.
Preconceitos
Para o estudante Edson Soares, organizador do debate, o universitário cristão enfrenta dificuldades nas universidades seculares. Ele relata que principalmente nos cursos da área de biológicas o evolucionismo é currículo obrigatório, por isso os alunos criacionistas são obrigados a estudarem aquilo que contestam. “Esta grade não permite ao aluno uma segunda opção, não permite questionar”, lamenta Edson. Para ele o debate ajudou os alunos e professores a compreenderem que é possível conciliar ciência e religião.
O encontro era planejado há três anos pela professora de Biologia do Colégio Adventista de Taubaté, Alessandra Campana. Ela, que se formou pela Unitau, não conseguiu na época de estudante promover o evento, devido aos empecilhos colocados pela universidade. No entanto, o também adventista Edson Soares, que cursa o 3º. ano de Biologia na mesma instituição, por participar da liderança do diretório acadêmico, articulou o debate. Alessandra comemorou o encontro: “para nós foi uma vitória, pois esse debate foi muito esperado, inclusive pelos ex-alunos”.
O modelo evolucionista defende que a vida não surgiu de modo sobrenatural, mas do acaso. Já os criacionistas procuram conciliar a ciência com o relato da Bíblia, aceitando Deus como o originador do universo. O debate sobre a origem da vida tem ganhado cada vez mais espaço na imprensa e no meio acadêmico. As principais discussões são quanto à base científica do criacionismo, e se o mesmo deve ser ensinado nas escolas públicas. Fonte: Sociedade Criacionista Brasileira
Você quer saber mais?
http://www.scb.org.br/
http://www.revistacriacionista.com.br/
O mini-curso sobre criacionismo marcou o último dia da 18ª. Semana de Biologia da Unitau. A Dra. Márcia de Oliveira, coordenadora do curso de Biologia do Unasp, falou sobre algumas falhas da teoria evolucionista. Já o Dr. Nahor de Souza Jr., coordenador do curso de Engenharia Civil, palestrou sobre o modelo criacionista para a idade da Terra. Segundo ele, o planeta teria alguns milhares de anos, ao invés dos bilhões de anos defendidos pelos evolucionistas.
Os resultados
O professor evolucionista da Unitau, Dr. Júlio Voltolini destacou que os cientistas que defendem os dois lados devem trabalhar juntos. Ele argumenta que a discussão sobre a origem da vida deve ser realizada com o confronto dos modelos, para que ambos percebam as lacunas das duas teorias. “Eventos como este são importantíssimos, já que precisamos de espaço para os dois opinarem”, ressaltou.
Para a Dra. Márcia Oliveira o encontro serviu para que os alunos conhecessem uma teoria que não é explicada em sala de aula. “De acordo com o conceito de ciência atual, o criacionismo é considerado religião, pois aceita o sobrenatural, porém, ele também se vale de evidências científicas”, acrescenta. Para o professor Nahor, o evento mostra uma tendência no meio acadêmico brasileiro: a discussão do criacionismo. Mesmo assim ele lamenta a lenta abertura da comunidade científica: “ainda existe muito preconceito entre os cientistas, por isso debates assim são raros”.
O aluno do 2º. ano, Davi Martins, após conhecer um pouco da teoria criacionista, disse que ela parece ter base científica. O estudante aprovou o debate: “Todas as faculdades deveriam ter esses eventos, pois tem muita gente que desconhece as bases dessa controvérsia”. A aluna do 3º ano, Beatriz Borges, acredita que o criacionismo também apresenta evidências científicas. Mas destaca que os dois modelos têm falhas: “as coisas que o evolucionismo não consegue explicar são argumentadas com teorias, e as que o criacionismo não tem resposta, são remetidas a Deus”.
Preconceitos
Para o estudante Edson Soares, organizador do debate, o universitário cristão enfrenta dificuldades nas universidades seculares. Ele relata que principalmente nos cursos da área de biológicas o evolucionismo é currículo obrigatório, por isso os alunos criacionistas são obrigados a estudarem aquilo que contestam. “Esta grade não permite ao aluno uma segunda opção, não permite questionar”, lamenta Edson. Para ele o debate ajudou os alunos e professores a compreenderem que é possível conciliar ciência e religião.
O encontro era planejado há três anos pela professora de Biologia do Colégio Adventista de Taubaté, Alessandra Campana. Ela, que se formou pela Unitau, não conseguiu na época de estudante promover o evento, devido aos empecilhos colocados pela universidade. No entanto, o também adventista Edson Soares, que cursa o 3º. ano de Biologia na mesma instituição, por participar da liderança do diretório acadêmico, articulou o debate. Alessandra comemorou o encontro: “para nós foi uma vitória, pois esse debate foi muito esperado, inclusive pelos ex-alunos”.
O modelo evolucionista defende que a vida não surgiu de modo sobrenatural, mas do acaso. Já os criacionistas procuram conciliar a ciência com o relato da Bíblia, aceitando Deus como o originador do universo. O debate sobre a origem da vida tem ganhado cada vez mais espaço na imprensa e no meio acadêmico. As principais discussões são quanto à base científica do criacionismo, e se o mesmo deve ser ensinado nas escolas públicas. Fonte: Sociedade Criacionista Brasileira
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