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sexta-feira, 15 de junho de 2012
Abuso verbal-emocional. Infância e adolescência.
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sábado, 9 de junho de 2012
Conhecendo o Xintoísmo “a via dos deuses”. Parte III.
O Primeiro Imperador Jimmu Tenno, filho da deusa Sol Amaterasu.
No
budismo japonês cultuam-se os BUTSU e BOSATSU (ser iluminado). Três desses seres têm
grande relevância:
AMIDA:
preside a “Terra Pura” ou paraíso ocidental.
KANNON: é
o protetor das crianças, e das mulheres em trabalho de parto é também o bosatsu
daqueles que buscam o perdão.
JIZO:
também se preocupa com as crianças, particularmente com as almas daquelas que
morreram (inclusive, em épocas recentes, como os fetos abortados), é também o
bosatsu daqueles que sentem dor.
Tanto
os KAMI,
quanto os BOSATSU
são considerados essencialmente complementares. E o número de divindades é
importante para o xintoísmo como para o budismo.
HACHIMAN, um
importante deus guerreiro, baseado no semilegendário imperador OJIN (300 d.C).
Ele é venerado em quase todo o Japão. Os santuários Hachiman, são os locais
preferidos para o ritual OMIYAMAIRI.
Em que bebês são levados aos santuários, pela primeira vez, para serem
purificados. Outra divindade com raízes
históricas é SUGAWARA
NOMICHIZANE
conhecido também como TENJIN ou “Pessoa Celestial”. Viveu de 845 – 903
d.C, era um sábio e brilhante administrador e membro da corte de HEIAN.
Foi acusado falsamente e
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Torre de Pisa, uma obra prima da engenhosidade humana.
A TORRE DE PISA,
é um campanário da catedral da cidade italiana de Pisa. Está situada atrás da catedral,
e é a terceira mais antiga estrutura na praça da Catedral de Pisa. Embora destinada a ficar na vertical, a torre começou a
inclinar-se para sudeste logo após o início da construção, em mil cento e
setenta e três, devido a uma fundação mal construída e a um solo de fundação
mal compactado, que permitiu à fundação ficar com assentamentos diferenciais. Sua
inclinação está voltada para o sudeste.
A torre
mede 55,86 metros no lado mais baixo e de 56,70 metros na parte mais alta. A
espessura das paredes na base é de 4,09 metros e 2,48 metros no topo. Seu peso
é 14 500 toneladas.
A torre tem 296 ou 294 degraus: o sétimo andar da face norte das escadas tem
dois degraus a menos. Antes do trabalho de restauração realizado entre
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quarta-feira, 6 de junho de 2012
O SIGMA.
Autor: Sérgio de Vasconcellos
Como pôde o Integralismo, um Movimento político de
tão intenso nacionalismo, de tão arraigado nativismo, adotar como seu símbolo
uma letra estrangeira, o Sigma, que é grego?(1)
Contam-nos o Chefe Nacional Plínio Salgado(2) e
Olbiano de Mello, que a sugestão do Sigma partiu do escritor Dr. Arthur Mota.
Deixemos falar Olbiano de Mello:
“Uma tarde o Chefe avisa-nos que no Clube Português
a AIB realizaria uma nova reunião.
“Se não nos enganamos, a segunda franqueada ao
público depois de sua instalação. Marcada a noite, Paranhos toma-nos na
residência do Dr. Arnaldo Amado Ferreira, ali pelas imediações da Avenida
Paulista, onde nos achávamos hospedados. Ao entrar para o automóvel, nele se
achava um outro passageiro. Tratava-se do Dr. Arthur Motta, historiador
residente na Capital. Ia também, a convite de Paranhos, assistir a reunião.
“No Clube, depois que fizemos a leitura de um
trabalho nosso – Paranhos saúda, na pessoa de Arthur Motta, o sociólogo e o
matemático. E este, agradecendo, num improviso feliz, afirma: “que, ele
matematicamente, bem compreendeu que somente seria num sigma político, formado
por todos os valores diferenciais da Nação, que o Brasil acharia salvamento.
“Terminada a sessão, espalhamo-nos, aos grupos,
pelas redondezas da sede daquele Clube. E mais tarde, quase à uma hora da manhã
com Leães num café da rua Líbero Badaró – depararam-se-nos Casali, Reale e
Igáyara de lápis em punho, a desempenhar, numa folha de papel a atual letra
simbólica do Integralismo.
“Discricionariamente já haviam abandonado o modelo
de distintivo que estávamos estudando em nossas reuniões na Rua Brigadeiro Luiz
Antonio e, inspirados na frase de Arthur Motta, fixaram esta letra grega como a
expressão integral de nosso pensamento doutrinário. Nasceu assim, noite alta,
modesta e simplesmente numa mesa e no meio barulhento de um café paulistano – o
Sigma Brasileiro”.(3)
Seu uso, no Distintivo e Bandeira, foi estabelecido
nos três Estatutos da antiga e gloriosa Acção Integralista Brasileira.(4) Mas,
é nos “Protocollos e Rituaes da A.I.B” –Capítulo III – Dos Symbolos – O Sigma
-, que achamos uma exposição mais minuciosa:
Art. 12º - O sigma é o sinal simbólico do Movimento
Integralista (Veja-se desenho com dimensões proporcionais no “Monitor”
nº9).
“ – É uma letra grega que corresponde ao nosso “S”
e indica soma;
“ – Leibnitz escolheu-a para indicar a soma dos
infinitamente pequenos;
“ – É a letra com a qual os primeiros cristão da
Grécia indicaram a palavra “Deus”;
“ – É o nome da Estrela Polar do hemisfério sul.
“ – Ela lembra que o nosso Movimento é no sentido
de integrar todas as Forças Sociais do País na suprema expressão da
Nacionalidade.
“O Sigma maiúsculo foi preferido ao minúsculo por
uma questão estética”.(5)
Gustavo Barroso nos diz quase o mesmo:
“O Sigma.
“É a letra grega escolhida por Leibnitz para
indicar
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segunda-feira, 4 de junho de 2012
Conhecendo o Xintoísmo “a via dos deuses”! PARTE II.
A deusa do sol Amaterasu, saindo de uma caverna, trazendo luz solar de volta ao universo.
No
final do século XVIII,
Motoori Norinaga e outros estudiosos do xintoísmo contribuíram para um renovado
interesse no KOJIKI
e no NIHONSHOKI
e em outros textos sagrados xintoístas antigos. Com
ênfase ao culto imperial.
Com
a restauração Meiji,
o xintoísmo se tornou a religião estatal. Os missionários cristãos voltam em
1870, agora mais tolerantes. Mas ainda hoje, somente seiscentos mil japoneses
professão a fé cristã, sendo a metade católica.
O
xintoísmo, no entanto, permeia a vida japonesa de muitas maneiras inusitadas. O
esporte nacional é a luta SUMÔ, por exemplo, e esta se origina de um antigo
ritual xintoísta em homenagem aos KAMIS.
O
xintoísmo SHUKYO
é o sincretismo do xintoísmo com o budismo, cristianismo e outras crenças. São
novas seitas que surgem no final do século XIX.
O
WEI CHIB,
é o relato mais antigo do Japão em uma Crônica chinesa de 297 d.C. O credo e a
prática xintoísta tem como eixo a veneração de seres sobrenaturais chamados
Kami que supervisionam todos os aspectos da natureza e da vida humana.
Acreditam que esses seres dão vida a tudo no universo.
Diz-se
que o panteão xintoísta contém um número infinito de Kamis. E muito deles são
divindades que vieram do budismo e do taoismo e foram incorporadas ao xintoísmo.
Os textos xintoístas mais antigos, o KOJIKI e o NIHONSHOKI, ensinam que o mundo foi criado pelas
divindades celestiais IZANAGI e IZANAMI. Depois de um começo que pareceu não ter
dado certo, o par original deu à luz um grupo de Kami, inclusive a deusa
soberana do Sol, AMATERASU, cujo descendente,
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segunda-feira, 28 de maio de 2012
Conhecendo o Xintoísmo “a via dos deuses”! PARTE I.
O
xintoísmo ou “via dos deuses”, é a única religião genuinamente japonesa. Em
inúmeros aspectos ser japonês é ser xintoísta. O xintoísmo explica as origens e
a importância do imperador no ápice da sociedade japonesa. Sua intensa
preocupação com a purificação é a base dos tão generalizados costumes japoneses
de limpeza.
Em
parte as crenças e ritos do xintoísmo refletem a subordinação do indivíduo ao
grupo. É uma religião que possuí uma coleção vagamente organizada de santuários,
dedicados a um quase infinito número de KAMI (espíritos ou seres divinos), que são
onipresentes.
Os
japoneses adotam simultaneamente duas crenças principais, o XINTOÍSMO
e o BUDISMO,
sendo que muitas divindades budistas existem como Kami do xintoísmo.
O
respeito profundo que os japoneses mostram ter pela natureza origina-se da
crença mais antiga e fundamental do xintoísmo, segundo a qual o mundo natural é
governado por seres espirituais. Esses espíritos ou divindades são chamados/conhecidos
como Kami.
Ao
contrário do Budismo e do Cristianismo, o Xintoísmo não têm um fundador conhecido.
Foi apenas durante a cultura YAYOI, no final da Pré-história (entre 300 a.C e
300 d.C) que surgiram algumas características que lembram aspectos a religião, como por exemplo os
KAMI.
Na
medida em que o CLÃ
YAMATO, (Sol) ganhou influência sobre os demais clãs seus
antepassados criaram o mito que sua descendência provém de forma divina da deusa Sol
AMATERASU, tornou-se predominante. Isso lançou as bases para o culto
imperial que foi relegado a um papel simbólico durante o reino dos Xôguns ou Shoguns (século
XVII ao XIX), mas voltou a predominar no xintoísmo dos tempos modernos.
O
budismo, confucionismo e taoismo chegaram ao Japão em meados do século XI d.C.
E todas as três crenças, influenciaram o xintoísmo, mas a que mais influenciou foi
o budismo, ao ponto que muitas divindades budistas vieram a ser adoradas como
Kami xintoísta.
Em
1868, após 250 anos de Xogunato, a restauração MEIJI devolveu o poder ao imperador
(que subiu ao trono em 1867) e em 1871 o xintoísmo foi declarado à religião estatal. Então
o xintoísmo passou a ser o principal mecanismo para encorajar o nacionalismo
japonês e a lealdade ao imperador. A palavra SHINTO vem desse período, antes
disso, essa religião era apenas a adoração dos Kami.
Em
1945, o xintoísmo estatal termina com o fim da II Guerra Mundial. O imperador
renúncia seus direitos de divindade e a Constituição de 1947 separa o Estado da
religião, tornando os JINJAS (santuários) uma coleção vagamente
organizada de locais dedicados a um número quase infinito de Kami que, na sua
maioria, eram específicos de suas comunidades locais.
A
maioria dos japoneses considera-se tanto xintoísta quanto budista e não
percebem qualquer contradição nisso.
O
xintoísmo
concentra-se nas questões referentes a este mundo, na procriação na promoção da
fertilidade, na pureza espiritual e no bem- estar físico. O budismo,
por outro lado, embora não rejeite o mundo real, sempre deu maior ênfase à
salvação e à POSSIBILIDADE
DE VIDA APÓS A MORTE – daí ser muitas vezes associada com
preocupações humanas sobre moralidade. Por isso a maioria dos japoneses prefere as práticas
funerárias budistas.
Nas
plantações de arroz, o trabalho em conjunto é vital para uma boa empreitada.
Essa cooperação social e a ausência de um individualismo marcante foram características
do xintoísmo desde seu começo.
O xintoísmo
considera a subordinação uma virtude e prega a LEALDADE ABSOLUTA. Com
efeito em muitos aspectos ser japonês é ser xintoísta, não importa que outras
religiões a pessoa possa adotar.
Não
se sabe ao certo se a cultura Pré-histórica JOMON (11.000 a.C – 300 d.C) já possuía
uma religião baseada aos Kami. A cultura Jomon, não conhecia a escrita e eram
seminômades, produziam as DOGU, figuras femininas de quadris e seios
exagerados que representavam a fertilidade.
Não
sabemos se existe qualquer semelhança entre as DOGU e os KAMI. A prática do ritual do arroz
xintoísta persiste até os dias de hoje. Com a chegada da cultura YAYOI,
uma cultura mais complexa, surge pela primeira vez evidências iconográfica xintoísta.
Intimamente
associado ao culto da fertilidade Yayoi são joias chamadas MAGATAMA, os espelhos cerimônias e
as ESPADAS
SAGRADAS, todos eles desempenham um papel significativo na mitologia
xintoísta.
A
maioria dos UJIGAMI
– divindades tutelares associadas com os primeiros UJIS (Clã) registrados são dessa
época (300 a.C à 300 d.C). O Ujigami mais importante foi/é AMATERASU, deusa do Sol.
Em
552 d.C, missionários budistas, chegaram a parte Sul e Oeste do Japão. Muitos
cortesãos adoravam
a estátua de BUDA como uma manifestação de um poderoso Kami.
Na
ERA HEIAN (794
d.C à 1185 d.C) desenvolve-se o Xintoísmo Ryobu ou “Xintoísmo duplo” em que os KAMI do xintoísmo e os BOSATSU (Bodisatvas, um ser iluminado ou futuro Buda) do
budismo foram combinados formalmente passando a ser entidades divinas únicas.
Continua.......
Autor: Leandro CHH
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este artigo ou partes dele sem solicitar permissão, contanto que o conteúdo não
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originários de outras fontes está sujeita às condições dessas fontes.
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LITTLETON, Scott.C.
Conhecendo o Xintoísmo: origens, crenças, práticas, festivais, espíritos e
lugares sagrados. Petrópolis: Editora Vozes, 2010.
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sábado, 26 de maio de 2012
O sistema Bakufu Tokugawa Ieyasu
Armadura Samurai do período Edo.
Quando Toyotomi Hideyosi morreu no
castelo de Osaka,
em 1598, o seu filho Hideyori, era ainda uma criança. Cinco
poderosos daimios,
constituíram um conselho de regência e conduziram os assuntos de Estado. No
entanto muitos deles tinham a ambição de tomar o poder e o conselho rapidamente
se dividiu em facções rivais.
Tokugawa Ieyasu (1542-1616), o mais
poderoso dos cinco, rompeu com o acordo mútuo, deixou Osaka, convidou vassalos daimios
e aliados e começaram as manobras para conquistar o poder. Como se tinha
antecipado, a facção anti-Ieyasu, em Osaka, liderada por Ishida Mitsunari
(1560-1600), formou um exército e a luta pelo controle do Japão recomeçou.
Dois meses mais tarde a 15
de setembro de 1600, tudo se decidiu na planície de Sekigahara (Mino). No total
participaram 160.000 homens e às oito da manhã iniciou-se uma batalha feroz. No
meio da batalha alguns dos daimios de Ishida Mitsunari, do exército Ocidental
deram seu apoio secretamente a Ieyasu, e por volta das duas da tarde a vitória
do exército do Oriente, chefiado por Ieyasu, era certa.
Três anos após a batalha,
Ieyasu foi reconhecido pelo poder imperial como líder da ordem feudal (Xôgum) e
criou um novo Bakufu
(clã). Ao contrário de Oda Nobunaga e de Toyotomi Hideyoshi, que se rodearam de oficiais da corte e utilizavam
os regentes imperiais de nível mais elevado como suporte da sua legitimidade
política. Tokugawa
Ieyasu assumiu o posto mais elevado dentro da ordem militar e
utilizou o posto de Xôgum com o objetivo de estabelecer um Governo de Militares independente
da corte.
Ieyasu retirou-se como Xôgum
dois anos mais tarde e passou o lugar a seu filho Hidetada. Estabeleceu assim um
precedente dinástico no qual o posto de Xôgum seria transmitido através dos
descendentes TOKUGAWA.
Durante 264 anos, até 1867, Xogunato Tokugawa sobreviveu durante cinco
gerações.
Tokugawa Ieyasu, viveu de 1542 a 1616. Foi
o terceiro dos unificadores e o fundador do Bakufu Tokugawa. Homem paciente,
possuidor de uma visão alargada das coisas e um bom estrategista. Foi designado
Xôgum após sua vitória em Sekigahara, em 1600, e transformou EDO, num
centro de um poderoso sistema político que
lhe permitia controlar mais de 260 daimios. Este longo período de paz
permitiu ao Japão
prosperar culturalmente e tecnicamente. Durante a maior parte da sua
história o Bakufu
Tokugawa foi um Estado feudal de poder centralizado e autoritário.
Capital Edo, atual Tóquio (clíque na imagem para ampliar).
No período Edo, daimios
eram senhores feudais que ficavam com 10.000 Koku ou mais do lucro das suas
terras. Os daimios tinham as suas próprias propriedades (han) e castelos e eram
servidos por vassalos
Samurais. Em muitos aspectos as suas
possessões funcionavam como estados semi-independentes. Independência essa
sempre controlada pelo poder do Bakufu, que por sua vez controlava os daimios. O Bakufu podia, e fazia-o
destituir do cargo os daimios, transferi-los para outros daimios, ou confiscar
parcialmente ou totalmente os seus bens.
Aqueles que sofreram a perda
dos seus senhores como também de suas
remunerações tornaram-se Ronin (Samurais Independentes). Foi uma época onde se fez
sentir a ação direta dos Xôguns. A realidade histórica do início do período Edo
aponta para o Xôgum como governante do reino e o imperador como uma simples
autoridade cultural. O Bakufu Tokugawa também exerceu um controle severo sobre
o mundo religioso e promulgou leis muito especificas.
O cidadão comum era obrigado
a registrar-se nos templos da sua localidade. Está política estava diretamente
relacionada coma proibição do cristianismo. Através de seu registro no
templo budista, as pessoas declaravam que não eram cristãs e era-lhes dada
documentação que o provava. Assim os templos não eram apenas organizações
religiosas, mas órgãos determinantes no sistema de controle Bakufu.
Mapa do século cristão no Japão (clique na imagem para ampliar).
Embora este procurasse
controlar todos os grupos religiosos, havia alguns grupos que não tinham a sua
aprovação e que mesmo assim pretendiam resistir ao seu controle. Os grupos mais
representativos eram os KRISHITAN (Cristãos), principalmente os
Católicos, e um ramo da Escola Budista de Nichiren. Havia uma razão complexa que
levava à proibição do cristianismo. Suspeitava-se que os Católicos não
aceitavam o Bakufu como autoridade absoluta. Ele temia a intervenção
estrangeira no Japão.
O Bakufu começou expulsando
os Católicos, e depois limitou o comercio estrangeiro e proibiu aos japoneses
as viagens por mar e finalmente em 1639 forçou o isolamento (Sakoku) com o Ocidente. Durante as cinco primeiras
décadas do Bakufu surgiram cerca de 400.000 Ronin. Tornando-se um dos maiores
problemas com sua crescente agitação, pois se sentiram desamparados quando os
seus daimios perderam os privilégios. Não é de se estranhar que a ira desses
Samurais empobrecidos tenha caído sobre o Bakufu Tokugawa.
Somente o quarto Bakufu
Tokugawa Ietsuna, em 1651 abrandou a política de controle opressivo
sobre os daimios que ganharam novamente maior autonomia e independência em
relação ao Bakufu. Ietsuna, proibiu
a prática do ritual
do suicídio (Junshi) pelos Samurais, quando da morte do seu senhor. Numa tentativa de alterar os
rudes costumes dos samurais da época das guerras e de encorajar uma forma de Bushido (O
Caminho do Guerreiro), mais adequada à época de paz.
XÔGUNS TOKUGAWA:
11) Ieyasu. Período de Xogunato: 1603-1605.
22) Hidetada. Período de
Xogunato: 1605-1623.
33) Iemitsu. Período de
Xogunato: 1623-1651.
44) Ietsuna. Período de
Xogunato: 1651-1680.
55) Tsunayoshi. Período de
Xogunato: 1680-1709.
66) Ienobu. Período de Xogunato:
1709-1712.
77) Ietsugu. Período de Xogunato:
1712-1716.
88) Yoshimune. Período de Xogunato: 1716-1745.
99) Ieshige. Período de Xogunato:1745-1760.
110) Ieharu. Período de Xogunato:1760-1786.
111) Ienari. Período de Xogunato:1787-1837.
112) Ieyoshi. Período de Xogunato:1837-1853.
113) Iesada. Período de Xogunato:1853-1858.
114) Iemoshi. Período de Xogunato:
1858-1866.
115) Yoshinobu. Período de Xogunato:1866-1867.
Autor: Leandro CHH
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Martín. Grandes Impérios e Civilizações. Japão: O Império do Sol Nascente.
Madrid: Edições Del Prado. Vol.1, Vol.2, 1997.
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domingo, 20 de maio de 2012
A civilização e a complexa natureza humana.
Condutas pessoais, demonstram a conduta da
sociedade como um todo?
A base de
tudo é o homem, a sua visão de mundo e a sociedade que cria. O homem e a
sociedade humana tem em si variáveis e processos que podem nos permitir explicar
a civilização ou o domínio crescente do homem daquilo que lhe cerca.
Nossa
tarefa, contudo, extrapola a visão do historiador ou do antropólogo ao tentar
dar essa explicação. É fácil tanto para um como para outro explicar porque
Atenas ou Esparta colocavam o seu mundo na Grécia, ou Roma colocava o seu mundo
no Mar Mediterrâneo, ou porque chegou-se a uma época em que o mundo está
colocado no planeta Terra.
Para eles
o entendimento deste pressuposto tenderia a restabelecer, de forma estranha e
paradoxal, o mundo de Ptolomeu. A Terra, todos sabemos, não é mais,
conceitualmente, na astronomia, como foi por longo tempo, o centro do Universo.
Os astros não giram em torno da Terra e isto foi provado por Copérnico, há
quatro séculos. Entretanto, cada vez mais, nos últimos quatro séculos, a Terra,
em sua totalidade, tem sido ocupada pelas mesmas questões e tem sido arrebatada
pelas mesmas idéias. E de idéias que, em seu interior, carregam o processo
civilizatório. Na verdade, a Terra tem sido, cada vez mais, o centro de tudo,
ao ser progressivamente ocupada pela civilização.
Para nós,
que olhamos sob o prisma das relações entre dualidades, por isto a Terra tem-se
transformado, crescentemente, em um campo de luta, em que se digladiam, de um
lado, a intransigência, e suas aliadas: o mercado e a desordem natural; e, de
outro lado, a razão e suas forças principais: o planejamento e a ordem
construída. Este é o fenômeno. É a civilização. Não é a globalização.
Qual será a chave para uma sociedade humana honesta
e honrada?
Diferentemente
do que tem sido propagado, a prevalência das mesmas teses no mesmo espaço e a
sua luta tem explicitado, crescentemente, as dualidades primitivas das
sociedades humanas: a do centro com a periferia, e a da barbárie com a cultura.
Entretanto, é de fundamental importância o entendimento que estes contrários
sempre formam uma única unidade. Existe permanentemente uma unidade dos
contrários.
Esta é a
verdadeira explicação porque a disputa desse espaço, que é finito, que é
limitado, tem sido feita, nos últimos quatrocentos anos, com muito maior vigor
e rapidez, pelas partes que compõem o todo.
Entretanto,
chegar-se a este estágio no processo civilizatório requereu um permanente
embate do homem com o universo. A conquista é uma ação de cooptação. Mas também
é a afirmação de uma dominação. Há uma tese original - o homem - mas, também,
há a sua antítese - o universo. Um para o outro.
A
mediação entre esses contrários foi, até a época das luzes, o trabalho; hoje é
a ciência. As contradições permanecem intocadas. Nem o trabalho, nem a ciência
desvelam o ignoto. As perguntas iniciais permanecem sem respostas. Entretanto,
é inegável que o homem se aproximou do Absoluto, desde que se levantou sobre as
patas posteriores e andou em alguma planície deste, na época, para ele, imenso
planeta. E isto se tornou possível porque assumiu a posição de ordenador de seu
contraditório: a natureza - materialização primeira do universo. O homem desde
que racionalizou, se inconformou. E desde que se inconformou, defrontou-se com
a intransigência.
As razões
desta aproximação com o Absoluto são várias. Uma, no entanto, é unânime, em
todos os pensadores que discutem o progresso humano: a vida social e a sua
acompanhante permanente, a vida política. E estas têm, como sua última
criatura: o Estado-Nação.
A ideia
de Estado-Nação é um pensamento muito elaborado. Seu entendimento pressupõe o
caminhar por uma linha ininterrupta de idéias, através do espaço e do tempo,
que ligam as hordas às grandes potências. O Estado - Nação constitui o
resultado das soluções silenciosas e progressivas das questões que surgiram da
convivência humana. Querer, num ensaio, estabelecer o preciso momento e a
melhor via em que se deram essas soluções, é buscar o inalcançável. Entretanto,
a forma dessas soluções sempre foi a mesma: o pacto. Seja aquele resultante da
imposição do mais poderoso e que, portanto, decorre da racionalização de
desvantagens; seja aquele que advém da composição de vontades, e que, portanto,
resulta da racionalização de vantagens.
O pacto
é, antes de tudo, um produto da razão. A linha que liga as hordas à sociedade
atual - à civilização - é um contínuo de pactos, sendo, talvez, a mais visível
expressão da razão. O Estado-Nação é a última estação dessa linha ininterrupta
de acordos. Não a última, mas a última conhecida. Não a definitiva, mas a
última praticada. Conhecer o Estado-Nação é conhecer a história da razão e de
seus pactos.
Nos tornamos uma sociedade cada vez mais artificial, lutando para manter sua identidade natural?
O
entendimento de que o Estado-Nação resulta da razão é importantíssimo. O homem
em sua inteireza se defronta internamente com muitas dualidades. As mais
importantes para a sua existência, são, em nossa opinião: o inconformismo
versus a resignação e a razão versus a emoção. A resignação e a emoção
conceituamos como formadores da intransigência, enquanto que consideramos o
inconformismo e a razão como os estimuladores da conquista do universo, pelo
gênero humano. Sintetizamos, assim, o processo. E esta síntese nos acompanhará,
ao longo deste ensaio.
A ideia
de Estado Nacional resulta, portanto, da posição ordenadora do homem.
Entretanto, esta posição ordenadora se processa por ondas sucessivas. Pode-se
observar passagens da história da civilização, onde se verifica empiricamente a
formulação proposta e que foi por nós nomeada como teoria do retardo.
Em
síntese, há ações que desencadeiam a desordem e há ações que restabelecem uma
nova ordem, em um novo patamar. Ruptura e equilíbrio transitório, estes se
alternam. Nada pode explicar melhor a marcha do processo civilizatório, do que
o aceite da teoria do retardo e das rupturas que nela estão consignadas e que
resultam da ação ordenadora do homem, fruto de seu inconformismo.
Ruptura
processada segue-se uma nova ordem.
Você quer
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WINNICOTT,
D.W. Natureza Humana. Rio de Janeiro: Editora Imago, 1990.
PINKER,
Steven. Tabula Rasa: a Negação Contemporânea da Natureza Humana. São
Paulo: Companhia das Letras,2004.
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