A deusa do sol Amaterasu, saindo de uma caverna, trazendo luz solar de volta ao universo.
No
final do século XVIII,
Motoori Norinaga e outros estudiosos do xintoísmo contribuíram para um renovado
interesse no KOJIKI
e no NIHONSHOKI
e em outros textos sagrados xintoístas antigos. Com
ênfase ao culto imperial.
Com
a restauração Meiji,
o xintoísmo se tornou a religião estatal. Os missionários cristãos voltam em
1870, agora mais tolerantes. Mas ainda hoje, somente seiscentos mil japoneses
professão a fé cristã, sendo a metade católica.
O
xintoísmo, no entanto, permeia a vida japonesa de muitas maneiras inusitadas. O
esporte nacional é a luta SUMÔ, por exemplo, e esta se origina de um antigo
ritual xintoísta em homenagem aos KAMIS.
O
xintoísmo SHUKYO
é o sincretismo do xintoísmo com o budismo, cristianismo e outras crenças. São
novas seitas que surgem no final do século XIX.
O
WEI CHIB,
é o relato mais antigo do Japão em uma Crônica chinesa de 297 d.C. O credo e a
prática xintoísta tem como eixo a veneração de seres sobrenaturais chamados
Kami que supervisionam todos os aspectos da natureza e da vida humana.
Acreditam que esses seres dão vida a tudo no universo.
Diz-se
que o panteão xintoísta contém um número infinito de Kamis. E muito deles são
divindades que vieram do budismo e do taoismo e foram incorporadas ao xintoísmo.
Os textos xintoístas mais antigos, o KOJIKI e o NIHONSHOKI, ensinam que o mundo foi criado pelas
divindades celestiais IZANAGI e IZANAMI. Depois de um começo que pareceu não ter
dado certo, o par original deu à luz um grupo de Kami, inclusive a deusa
soberana do Sol, AMATERASU, cujo descendente,
JIMMU TENMO, veio a ser o primeiro imperador.
JIMMU TENMO, veio a ser o primeiro imperador.
A
crença xintoísta imagina um reino superior “divino”. Esse reino é habitado por
um grande número de seres conhecidos como Kami. Em alguns casos, assumem a
forma humana. No KOJIKI, cita-se que existem oito milhões de Kami, mas o, 8 é um
número sagrado que significa INFINITO. Alguns Kamis, são divindades benignas,
outras são espíritos vingativos, responsáveis pelo mal. Os espíritos maus são
chamados de ONI
(demônios). A tradição xintoísta não acredita que haja uma dicotomia absoluta
do bem e do mal.
Os
ONI,
são personagens um tanto ambivalentes. Por exemplo o MALDOSO ESPIRITO DA RAPOSA, está associado com INARI, o
deus do arroz, que é um Kami, extremamente popular e caridoso. Um exemplo disso
são as figuras grotescas de “Homem-pássaro” chamadas TENGU, também podem ser guardiões
benevolentes dos Kamis. Outro exemplo dessa ambivalência é SUSANO, que após sua expulsão do
céu, tornou-se uma figura positiva, matando um dragão e salvando uma donzela em
perigo.
Os
espíritos dos
antepassados formam outra categoria importante de Kami. No xintoísmo
acredita-se que a alma de uma pessoa se transforma em um Kami após a morte. E
os Kami dos antepassados de uma família são venerados em templos domiciliares. Alguns
Kamis ancestrais, como do Imperador Meiji (reinou de 1867 a 1912) e de
outros governantes, podem se tornar alvo de culto maior, como o Templo de Meiji
é o santuário xintoísta mais importante de Tóquio.
Os
Kamis, mais conhecidos são os deuses e deusas, antropomórficos que emergiram
durante a ERA
DOS DEUSES. As descrições dessa era primitiva onde os deuses estavam
na Terra, antes de estabelecer o governo de seus descendentes mortais, os
imperadores, e retirar-se para seu reino celestial são dadas poemas épicos no
Kojiki (712 d.C) e do Nihonshoki (720 d.C).
Os
“Kamis na Era dos deuses” são os AMATSUKAMI (Kami Celestial) e os KUMITSUKAMI (Kami Terrestres).
O Kami Susano teve uma dinastia de divindades com uma donzela. O mais forte
deles era OKUNINUSHI,
(O grande senhor do país). A
deusa Sol Amaterasu, enviou seu neto HONINIGE, para derrotar OKUNINUSHI, para receber o título de
senhor do país, mas Honinige, fez um acordo com Okuninushi, para que o mesmo
fosse o perpetuo protetor da família real japonesa. Okuninushi é venerado no IZUMOTAISHA, o segundo templo mais
importante do Japão, depois de ISE.
Outro
Kami proeminente é INARI, o deus do arroz, divindade que garante uma colheita
abundante de arroz. O mensageiro e guardião de Inari e a raposa e as imagens
desse astuto animal têm um lugar importante em todos os templos desse deus.
Há
também os chamados SHITIFUKUJIN (os sete deuses da sorte).
1-
DAIKOKUTEN: deus tutelar da cozinha.
2- EBISU: deus
da pesca.
3- BENTEN: deus
do talento musical e das artes.
4- FUKUROKUJU: deus
da popularidade.
5- HOTEI: deus
do contentamento e magnanimidade.
6- JUROJIN:
deus da longevidade.
7- BISHAMONTEN:
deus da autoridade benevolente.
Continua.......
Autor: Leandro CHH
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Você quer saber mais?
LITTLETON,
Scott.C. Conhecendo o Xintoísmo: origens, crenças, práticas, festivais,
espíritos e lugares sagrados. Petrópolis: Editora Vozes, 2010.
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