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domingo, 23 de agosto de 2020
História oficial X História dos excluídos
quarta-feira, 19 de agosto de 2020
Um breve resumo da Pré-história
Autor: Leandro Claudir Pedroso
Idade da Pedra
Paleolítico: 2,5 m.a.a (milhões de anos atrás) até 12 mil AP (Antes do Presente). Surgimento do Homo habilis (primeira espécie humana) na África. Termina com a substituição da economia baseada em caça, pesca e coleta para produção de alimentos e criação de animais.
Paleolítico Inferior: 2,5
m.a.a até 300 mil AP.
Inicia com o surgimento do Homo habilis, e termina com o
surgimento do Homo sapiens neanderthaliensis.
Homo habilis, desenvolve cultura material e
sistemática. Capacidade craniana de 750 cc (centímetros cúbicos), pesavam em
torno de 40 Kg. Sua indústria lítica era a Olduvaiense, eram necrófagos (carniceiros).
Homo erectus, também surge na África neste
período. Instrumentos líticos, ossos de animais, estruturas de habitação,
produção de instrumentos, vida em sociedade. Surgiu a 1,5 m.a.a até 300 mil AP,
possuía uma capacidade craniana de 1100 cc e tinha uma estatura de 1,70 m. Sua
indústria lítica era a Acheulense, confecção de instrumentos (lanças
endurecidas), expansão para regiões mais frias, defesa contra predadores,
agregador social. Dominaram em 1,4 m.a.a. Caminhavam grandes distâncias,
cozinhavam tubérculos, nem todos os grupos erectus utilizavam o fogo e nem
todos tinham lanças com pontas endurecidas.
Principal atividade do Paleolítico Inferior era a
obtenção de alimentos, caça, coleta de frutas, raízes, tubérculos e sementes.
Paleolítico Médio: 300.000
AP até 40.000 AP.
Inicia com o surgimento do Homo sapiens neanderthalensis
(desenvolve-se na Europa e Oriente Médio) em torno de 300.000 AP. Neste período
também surge o Homo sapiens arcaico (África e Ásia). A característica deste
período que justifica o sapiente no nome das espécies hominídeas é a Cultura Imaterial
(religiosidade).
Também surgiu na África nesta mesma época o Homo sapiens
sapiens, há mais ou menos 10.000 anos AP. Sem grandes distinções culturais até
as mudanças climáticas da transição do Pleistoceno para o Holoceno teve que se
adaptar, seu processo cultural fica significativo a partir de 40.000 AP no
início do Paleolítico Superior.
Homo sapiens Neanderthalensis: 1,65 m de altura, 1450 cc de capacidade
craniana (mesmo do sapiens sapiens), utilizava a técnica de lascamento
Levallois e Mustierense.
Homo sapiens arcaico: iniciou o Paleolítico Médio
com sua indústria lítica vinculada a Acheulense (do Homo erectus), mas gradativamente
passou para a Mustierense, no Norte da África usou a Ateriense. Praticavam
necrofagia. Tinham as mesmas características físicas do Homo sapiens
neanderthalensis, com a diferença de serem mais altos e menos corpulentos.
Caçavam animais de pequeno porte e sepultavam seus mortos. Sua economia era
baseada na caça, coleta e pesca. No final do Paleolítico Médio a caça já estava
especializada, caçavam manadas de herbívoros. Seus acampamentos eram próximos
de água e afloramentos rochosos, onde retiravam matéria prima para seus
instrumentos, utilizavam também grutas como acampamentos. Em sítios a céu
aberto construíam cabanas rusticas, havia divisão de tarefas por meio do sexo,
homens caçavam e mulheres coletavam, cuidavam de seus feridos e enfermos.
Possuíam um elevado grau de consciência social e solidariedade, tinham
agrupamentos familiares presentes no Paleolítico Superior, mas poderiam existir
desde o Médio.
A cultura imaterial define o Paleolítico Médio, neste
período os grupos humanos sapiens sepultavam seus mortos e mais ou menos em
100.000 A.P começaram a preparar os corpos para sepultamento, estabeleceram
locais específicos para sepultamento (cemitérios) no fundo de cavernas,
realizavam ritos fúnebres com oferendas de flores.
Neste período houve o desenvolvimento de arte móvel com
objetos decorados. O Homo sapiens sapiens conviveu por 60.000 anos com os
Neanderthais e os Sapiens arcaicos. Mas com o domínio dos Sapiens sapiens os
outros grupos humanos foram desaparecendo até a extinção.
Paleolítico Superior: 40.000-12.000
AP
O Homo sapiens sapiens é a espécie dominante, sua
produção tecnológica está vinculada as mudanças ambientais, e justamente a
produção tecnológica lítica é o marco deste período. Os humanos começaram a
observar o ciclo da vida dos animais e plantas, os grupos de
caçadores-coletores já dominavam técnicas de cultivo e pastoreio, mas por
várias razões não viviam delas. Sua economia era baseada inicialmente na caça e
progressivamente complementada com a pesca e coleta de mariscos.
Culturas:
Cultura Chatelperronense (Europa):
de transição para o Paleolítico Superior, instrumentos elaborados incluíam
buris, facas, cinzéis e outras ferramentas leves.
Cultura Aurinhacense (Oriente Médio, Ásia, Norte da
África): 40.000 A.P, relacionada também ao homem de Cro-magnon.
Cultura Gravettense: relacionada a arte rupestre e
arte móvel.
Cultura Salutrense (Oeste da Europa): 20.000
– 15.000; período mais frio da última glaciação. Objetos finamente talhados, pontos
bifaciais feitos com percussão talha lítica e pressão descamação, as batidas
eram feitas com bastões de chifres ou madeiras.
Cultura Madalenense: pontas de projeteis microcristalinos,
surgimento dos propulsores de lança (azagaia). Os povos desta cultura estocavam
sementes. Utilizavam as úmidas cavernas como locais de rituais, cozinhavam
alimentos, mas também ingeriam crus, possuíam assentamentos de curta duração, o
esquartejamento da caça indicava a distribuição de carne e a solidariedade
social, possuíam adornos corporais.
Arte rupestre ou parietal (pintura de paredes): era o suporte para ritos religiosos, eram realizadas em abrigos sob rochas e cavernas.
No final do Paleolítico Superior já tinham o domínio das técnicas de domesticação de plantas e animais.
Mesolítico: 30.000
– 9.000 AP
Período de transição da economia baseada na caça, pesca e
coleta, para a produção de alimentos e criação de animais. Esse processo de transição
ocorreu ainda o Paleolítico Superior, por isso muitos pesquisadores preferem
usar o termo Paleolítico Superior Final.
Neolítico: 12.000
– 5.000 AP
Inserção de ferramentas e instrumentos que facilitam agricultura
e pastoreio. Produção de alimentos e domesticação de animais, passam a viver de
agricultura e pastoreio, coleta e caça completam a economia. O Mesolítico havia
sido concluído, a transição foi efetivada para a agricultura.
A transição do Pleistoceno para o Holoceno gerou mudanças
climáticas, alterando flora e fauna, tais mudanças influenciaram diretamente o
modo de vida do homem.
Produção de alimentos
Processo muito gradativa, quando ocorre
a transição caçador-coletar para produção de alimentos, vislumbramos um novo
período. Domesticação de plantas começou com o conhecimento. Difusão da agricultura
e muitos casos fruto da dispersão dos agricultores e não pela propagação de
ideias. Caçadores coletores eram botânicos por experiência com enorme conhecimento
botânico. Muitos grupos apesar de terem condições de ampliar a produção de
alimentos, optaram por continuar com a economia baseado na caça e coleta.
Domesticação de animais
Observação e conhecimento das espécies
caçadas. Domesticar não significa amansar e sim alterar a genética, o habitat e
o comportamento do animal.
Domesticação preferencial
de animais mais jovens.
Castração dos
considerados ineptos.
Selecionar os que irão
cruzar.
Etapas da domesticação: 1-
cativeiro, 2- criação.
Não tinham apenas em
mente a obtenção de carne para consumir, mas também em ter mais peles, lãs,
leite e outros derivados destes.
O motivo que levou estes grupos a necessidade de capturar
e depois criar animais deve estar relacionada a redução da caça do final do Pleistoceno,
ocasionada pela mudança climática.
Diante das espécies caçadas, começaram a criar os
animais. Começou como um complemento e foi aos poucos se tornando a economia
principal. Os caçadores do Paleolítico Superior já eram botânicos e zoológicos
experientes, mas tinham outras alternativas para se alimentar na caça coleta
que ainda era abundante. Tecelagem, polimento de certos artefatos líticos. Agora
o estilo de vida sedentário predominava.
Da produção de alimentos
aos Estados
Agricultura
Pastoreio
Olaria
Tecelagem
Polimento de artefatos líticos.
Sedentarismo.
Aldeias com crescente divisão entre categorias sociais. Surgiram especialistas, resultado direto do sedentarismo e da divisão de tarefas (criador de animais, oleiro, tecelão etc). Divisão do trabalho relacionado ao sexo. Mulheres trabalhavam olaria, cestaria e até certo momento a agricultura, com a invenção do arado, a agricultura e criação de animais passou a ter atividade do homem. O chefe a ser o monarca, passando a ter funções militares e com cargo hereditário. A agricultura pós fim a solidariedade, substituída pela competição e pela posse de maior número de recursos. Cada agricultor com seu campo, gado, casa e utensílios. Sepultamentos dentro da casa, não mais em cemitérios comuns. Junto a propriedade privada veio a pilhagem, roubo, guerras e saques. Surge a classe de guerreiros profissionais.
O desenvolvimento das aldeias para cidades foi determinado por três fatores: Primeiro foi uma serie de invenções e avanços técnicos posteriores a produção de alimentos, como irrigação, drenagem, arado, meio de transporte aperfeiçoado. Segundo foi o fim da autossuficiência da aldeia neolítica. E terceiro a concentração de poder econômico e político nas mãos da classe militar e sacerdotal.
Você quer saber mais?
PUHL, Juliane Maria. Pré-história.
Canoas: Ed. Ulbra, 2013.
COTRIM, Gilberto. História
Geral: Brasil e Geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.
ARRUDA, José Jobson de A; PILETTI, Nelson. Toda História. São Paulo: Editora Ática, 1999.
sábado, 15 de agosto de 2020
Essência humana
A melhor pessoa do mundo
domingo, 9 de agosto de 2020
A REDESCOBERTA DO EGITO
A |
redescoberta do Egito faraônico inicia-se com
duas datas precisas: 1789 e 1824. Antes disso não se sabia absolutamente nada a
respeito desse período. A primeira das duas datas (1798) corresponde à
extraordinária expedição do general Napoleão Bonaparte no Egito. Com surpreendente
visão de longo alcance, além de um
corajoso exército, levou consigo um excelente grupo de técnico e de homens
entendidos no assunto, munidos de livros, duzentas caixas de instrumentos
científicos e duas tipografias completas, visto que em todo o Egito não existia
nada disso. Ao todo cento e sessenta e sete “cientistas civis”, compreendendo
naturalistas, botânicos, cartógrafos, engenheiros, astrônomos geólogos,
historiadores e, pelo que consta, desenhistas e arqueólogos. Esse douto
esquadrão recebeu o apelido de “Asnos”.
Champollion
e os hieróglifos
Entre
os objetos recolhidos durante a expedição napoleônica havia uma estela fendida,
com aparência totalmente insignificante, Deu-a casualmente a um oficial do
Gênio, um tal Bouchard, que a passou a um dos “Asnos”. Na estela três
inscrições, a primeira em hieróglifo; a segunda em demótico; a terceira em
grego – que indicava tratar-se de uma oferta sacerdotal feita por Ptolomeu V
Epifane – constituía a chave para decifrar as duas primeiras. Constatou-se logo
que o documento era de excepcional interesse e por ordem pessoal de Napoleão a
estela foi imediatamente reproduzida e litografada, sendo que depois de várias
cópias foram enviadas a vários especialistas de línguas mortas.
Gastaram-se
quinze anos para a interpretação de pelo menos a parte em demótico. O mérito
disso cabe ao sueco J. D. Akerblad (1814). Mas os hieróglifos resistiam,
inflexíveis. Como para a história, existiam apenas duas fontes de referência: a
primeira eram os Hieroglyfhica, obra de Orapolo Nilótico que parece ter vivido
no século IV d. C. Parecia antigo, dizia ser egípcio e portanto não havia
motivo de se contestar quanto à autoria de sua obra que, no entanto,
infelizmente se tornou inaceitável, embora tivesse algumas intuições certas. Surgiu,
posteriormente, a segunda fonte com a obra de P. Athanasius Kircher, este de
indiscutível e vasta cultura; mas a sua Lingua Aegyptiaca restituta, publicada
em Roma (1643), era de tal modo estranha que levou seus alunos a proclamar, e
sem hesitação, que num obelisco em Roma está inciso um hino à Santíssima
Trindade.
Infelizmente,
as dispensões destes dois ilustres estudiosos desencadearam todos aqueles que
as tinham como boas. Somente a dois não atribuíram nenhum valor, desde o
início. O primeiro foi o inglês Thomas Young, o qual seguiu pelo caminho certo,
mas que, não encontrando, afinal, uma confirmação para o seu trabalho apenas
por motivo de um erro banal de transcrição, deu-se por derrotado. O outro foi o
grande Jean-François Champollion (1790 – 1832). Champollion foi um verdadeiro
gênio da linguagem, iniciou o estudo das línguas orientais com onze anos, já
conhecendo paralelamente todas as européias, e aos dezenove anos se tornara
professor de história em Grenoble.
Está
claro que a estela encontrada, a qual se chamou “Estela de Rosetta”, se
tornasse a sua obsessão. E entregou-se a ela de corpo e alma, intensamente em
concorrências com os mais ilustres peritos e jamais abandou a terrível empresa
que aos poucos tinha desencorajado os outros. Procedeu por etapas: na sua Lettre à M. Dacier, lida
na Academia Real ao 27 de setembro de 1822, anunciava a primeira descoberta sobre o uso do alfabeto fonético
do qual os egípcios se serviam para escrever os nomes dos reis gregos e dos
imperadores romanos.
Dito
nestes termos, não parece muito : mas derrubava o conceito difundido por
Orapollo, de que a escrita hieroglífica seria apenas ideográfica. E finalmente,
em 1824 (esta foi a data mais importante para a redescoberta do Egito) vinha a
lume o seu Précis du système hièroglyphique des anciens Egyptiens. Embora ainda
rudimentar, a chave era finalmente encontrada. Todavia, continuava ainda sem
solução o problema mais importante;
seria necessário entender aquilo que agora se podia ler, isto é, renascer uma
língua morta a pelo menos dezoito séculos.
Também isso se dedicou Champollion até a morte, que lhe ocorreu por enfarte quando contava apenas quarenta e dois anos. A sua Gramática egípcia e o seu Dicionário, publicados postumamente (1834-1845 lançaram as bases para este cansativo renascimento que durará mais ou menos por um século.
Você quer saber mais?
A.Arborio Mella, Federico. O Egito dos Faraós (L’Egitto Dei Faraoni), Editora Hemus, São Paulo, 1981.
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Castelo, residência do senhor feudal
Reconstituição do castelo de Coucy (Aisne), séc. XIII -XV, com seu torreão de 31 m de diâmetro e 60 m de altura, importante testemunho da arte medieval. Fonte: Larousse Cultural.
Conhecida como residência feudal fortificada, defendida por fosso, muralhas e torres, assim eram os castelos na idade média. Com a queda império romano e vácuo deixado pelo poder central, as grandes propriedades latifundiárias têm sua importância aumentada, e devido a independência econômica e jurídica a “villa” se torna um local de proteção fortificada. As cidades perderam sua importância e o “castellum” se torna o último refúgio da população. Na França do século X o castelo é o herdeiro da “villa” possuindo seu próprio reduto o torreão, além de outros edifícios murados, sendo edificado em alvenaria só a partir do século XI, para resistir aos incêndios provocados em batalha. A partir do século XIV o castelo se torna um reduto de lazer, devido ao progresso da artilharia perdeu sua função de local de segurança.
Torreão ou torre central
Torre
larga e ameada que constitui o reduto de um castelo; bastilhão, a parte mais
forte do castelo onde o senhor feudal se refugiava em caso de cerco. Era a área
mais segura do castelo e não tinha portas ou janelas na parte inferior. Com
paredes grandes e grossas, era o abrigo perfeito em caso de cerco. Normalmente o
torreão era mais alta que a parede.
Muro
Os
castelos estavam cercados por um muro, que era a fortificação defensiva que
cercava o castelo inteiro. Muitas vezes, as paredes eram cercadas por um fosso,
para dificultar a invasão dos invasores. As paredes podiam atingir 12 metros de
altura e 3 metros de espessura. Para torná-los mais expelíveis, fossos foram
construídos em torno deles para impedir a passagem dos atacantes. No início, as
paredes dos castelos eram de madeira, mas a partir do século IX a pedra começou
a ser usada para a formação de paredes. Os muros serviam para fazer com que os
invasores perdessem tempo tentando escalá-los.
Torre
Torres
de defesa poderiam ser construídas ao longo das muralhas. Para comunicar as
torres da muralha, um pequeno corredor foi feito se juntando a elas, conhecido
como estrada redonda. Além disso, para proteger a parede, às vezes era feita
uma parede inferior à sua frente, conhecida como ante muralha.
As torres
são as projeções colocadas ao longo da parede, com a função de proteger o
castelo. Nas torres escondiam os defensores do castelo para defendê-lo de
possíveis ataques. Muitas das torres tinham buracos, conhecidos como saeteras
ou fendas. Os parafusos eram os buracos dos quais as armas lançadas. Pelo
contrário, as abrasões eram os buracos usados para armas de fogo. As torres
eram conectadas umas às outras por corredores estreitos ao longo da parede,
conhecida como estrada redonda ou adarve. Eles foram aprimorados criando
saliências conhecidas como construtores, que tinham uma abertura no fundo para
derramar água fervente ou atacar com flechas. Enquanto isso, as tropas
defensivas do castelo poderiam atacá-los das torres.
Fosso
Chamado
de “fosso”, esse detalhe arquitetônico não era projetado para servir a nenhum
tipo de entretenimento ou algo parecido, mas sim como uma forma bastante
inteligente de proteger o castelo dos ataques de inimigos. Como mecanismo de
defesa, os fossos eram muito eficazes. Alguns fossos cercavam o próprio
castelo, enquanto outros fossos podiam cercar vários edifícios ou até mesmo uma
pequena cidade. É importante destacar
que os castelos sem fossos eram mais vulneráveis a ataques vindos de baixo,
já que os saqueadores frequentemente consideravam que a única maneira de
surpreender os habitantes de um castelo era escavar sob o castelo e atacar
através de caminhos subterrâneos. Com a criação dos fossos, o processo de
escavação sob um castelo se tornou algo quase impossível. Quando os fossos
estavam cheios de água, eles geralmente eram profundos o suficiente para
dificultar o avanço dos invasores, que relutariam em tentar nadar pois sabiam
que ficariam muito vulneráveis aos ataques dos guardas do castelo.
Plantações
As
grandes propriedades rurais da época medieval eram divididas em três categorias
de terras. A primeira – que englobava a maior parte do solo cultivável, era o
chamado manso senhorial, onde tudo o que se produzia pertencia ao senhor
feudal, o dono da fazenda. Os servos trabalhavam em todas as terras, mas só
podiam tirar seu sustento dos minúsculos lotes que formavam a segunda categoria
de terras, o manso servil. O trigo, a aveia, a cevada, a ervilha e a uva eram
os alimentos mais plantados.
Você quer saber mais?
Grande Enciclopédia Larousse
Cultural. São Paulo: Ed. Nova Cultura Ltda, 1998. pg.1233-1234.
https://maestrovirtuale.com/castelo-medieval-partes-e-funcoes/
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-era-um-feudo-na-idade-media/
https://www.tricurioso.com/2019/03/05/por-que-os-castelos-medievais-tinham-fossos/