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domingo, 13 de julho de 2025

O Relevo Brasileiro: Características e Importância Geográfica

O relevo brasileiro é marcado por uma grande diversidade de formas e estruturas, resultado de uma longa história geológica. Diferente de outros continentes, o Brasil não possui grandes cadeias de montanhas recentes, como os Alpes ou os Andes. Seu território é composto predominantemente por terrenos antigos e bastante erodidos, o que explica a ausência de grandes altitudes.

As principais unidades do relevo brasileiro são os planaltos, as planícies e as depressões. Os planaltos ocupam cerca de 60% do território e são formados por áreas elevadas e irregulares, onde predominam processos de desgaste. Dentre os principais planaltos destacam-se o Planalto Central, o Planalto Atlântico e o Planalto Meridional. São áreas que abrigam importantes nascentes de rios e grandes centros urbanos.

As planícies brasileiras, por sua vez, são áreas mais baixas e relativamente planas, modeladas por processos de sedimentação. As planícies amazônica, do Pantanal e costeira são exemplos relevantes e têm grande importância ecológica e econômica. Já as depressões são áreas rebaixadas em relação ao relevo ao redor e podem ser classificadas como depressões absolutas ou relativas, como a Depressão Sertaneja e do São Francisco.

Apesar da aparente estabilidade, o relevo brasileiro continua sendo modificado por agentes externos, como a água, o vento e o clima. A ação do intemperismo e da erosão contribui para moldar o solo e influencia diretamente a formação de rios, vegetação e até mesmo a ocupação humana.

Estudar o relevo é essencial para o planejamento urbano, agrícola e ambiental, pois ele afeta o uso da terra, o regime dos rios, o clima local e até as atividades econômicas. A diversidade do relevo brasileiro reflete a riqueza natural do país e a necessidade de preservação e uso sustentável de seus espaços geográficos.

Você quer saber mais?

AB'SABER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

ROSS, Jurandyr Luciano Sanches (org.). Geografia do Brasil. 6. ed. São Paulo: EDUSP, 2008.

VICTOR, Eduardo Pereira; CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia física do Brasil. Goiânia: Editora da UFG, 2006.


A Imigração: Desafios e Contribuições no Mundo Contemporâneo

A imigração é um fenômeno antigo e recorrente na história da humanidade, marcada por fluxos populacionais em busca de melhores condições de vida, segurança e oportunidades. Nos dias atuais, o tema se mostra cada vez mais presente nos debates políticos e sociais, principalmente diante das crises humanitárias, conflitos armados, desastres climáticos e desigualdades econômicas que forçam milhões a deixarem seus países de origem.

Entre os aspectos positivos da imigração está o dinamismo que ela proporciona às economias receptoras. Imigrantes frequentemente ocupam vagas de trabalho que não são preenchidas pela população local, contribuindo para o crescimento do setor produtivo, para a diversidade cultural e para a inovação tecnológica e científica. Além disso, enriquecem a cultura local com novas línguas, tradições e perspectivas, tornando as sociedades mais plurais e abertas.

Contudo, os desafios não podem ser ignorados. A chegada massiva de imigrantes pode pressionar os serviços públicos, gerar competição por empregos, especialmente em contextos de crise econômica, e alimentar discursos xenofóbicos e nacionalistas. Em muitos países, a imigração é tratada como uma ameaça, o que resulta em políticas de fechamento de fronteiras, deportações e desrespeito aos direitos humanos dos refugiados e migrantes.

Além disso, muitos imigrantes enfrentam discriminação, trabalho precário, exploração e exclusão social nos países de destino. Sua condição de estrangeiros é muitas vezes usada como justificativa para negar-lhes direitos básicos, como acesso à saúde, educação e moradia digna. Por outro lado, a saída em massa de cidadãos pode afetar negativamente os países de origem, que perdem mão de obra qualificada e talentos.

Portanto, é necessário pensar políticas migratórias mais humanas, que respeitem os direitos dos migrantes e considerem tanto os interesses dos países receptores quanto a dignidade daqueles que buscam recomeçar suas vidas. A imigração, longe de ser um problema a ser combatido, deve ser compreendida como um fenômeno complexo e inevitável, que precisa de soluções solidárias, planejadas e justas.

Você quer saber mais?

BAENINGER, Rosana. Migrações internacionais de retorno. Campinas: Núcleo de Estudos de População – NEPO/UNICAMP, 2012.

SAYAD, Abdelmalek. A imigração: ou os paradoxos da alteridade. São Paulo: Edusp, 1998.

CASTLES, Stephen; MILLER, Mark J. A era das migrações: movimentos internacionais de população no mundo moderno. 4. ed. São Paulo: UNESP, 2013.