Ao longo de uma sequência de
artigos, temos vindo a apresentar as sete inteligências definidas por Gardner:
inteligência linguística, inteligência lógico-matemática, inteligência visual-espacial,
inteligência corporal-quinestésica, inteligência musical, inteligência
interpessoal e inteligência intrapessoal. Cabe agora a vez à inteligência
visual-espacial.
À tradicional ideia de
'inteligência', contrapõe-se hoje em dia a ideia de inteligências múltiplas.
Gardner, psicólogo norte-americano, refere que, havendo sete inteligências
distintas, todos nascemos com todos esses tipos de inteligência. Estes
desenvolvem-se ao longo da vida, através da aprendizagem, das experiências, da
escolaridade, das oportunidades, das influências. Em função desse
desenvolvimento, cada pessoa acaba por possuir áreas mais fortes e outras mais
fracas.
Ao longo de uma sequência de
artigos, temos vindo a apresentar as sete inteligências definidas por Gardner:
inteligência linguística, inteligência lógico-matemática, inteligência
visual-espacial, inteligência corporal-quinestésica, inteligência musical,
inteligência interpessoal e inteligência intrapessoal. Cabe agora a vez à
inteligência visual-espacial.
Inteligência
visual-espacial
Características: Esta
inteligência desenvolve-se a partir de um apuramento das perceções
sensoriomotoras, que permitem uma boa discriminação das cores, das formas, das
texturas, das dimensões e das relações espaciais. Os indivíduos com este tipo
de inteligência têm também um bom domínio da coordenação óculo-manual e da
coordenação motora, pelo que conseguem recriar as suas experiências visuais sob
diferentes formas, incluindo vários tipos de arte. Trata-se de pessoas que
frequentemente pensam com imagens e que se lembram facilmente das imagens
visuais, dos pormenores do que observam e das relações entre as coisas no
espaço.
Vários profissionais fazem
grande uso deste tipo de inteligência. Entre eles contam-se os escultores, os
pintores, os arquitetos e os jardineiros.
Como podem os
professores/educadores ajudar os alunos/crianças/jovens no desenvolvimento
desta inteligência:
-
Mostrando filmes e outros materiais audiovisuais sobre as matérias abordadas
nas aulas.
-
Utilizando posters,desenhos, pinturas, ilustrações e outras formas visuais de
exploração de temas nas aulas.
-
Ensinando técnicas de estudo visuais, como, por exemplo, a utilização de
sublinhados coloridos ou a elaboração de mapas de ideias, gráficos ou esquemas.
-
Propondo a criação de um dicionário ilustrado nas línguas estrangeiras, para as
áreas vocabulares que vão sendo trabalhadas.
-
Levando-os a analisarem o que rodeia um texto antes de iniciarem a sua leitura
(título, subtítulos, imagens, gráficos, etc.) e a preverem o seu conteúdo,
visualizando mentalmente imagens relativas a ele e aos conhecimentos prévios
que têm sobre o assunto.
Com este artigo encerramos a
sequência de textos sobre as sete inteligências. Tendo em conta que a
inteligência pode ser ensinada, treinada e desenvolvida e que tal depende,
entre outros fatores, da existência de oportunidades e de experiências, a
responsabilidade da escola e de todos os educadores é grande. Considerando
ainda a existência de diferentes tipos de inteligência, a eles cabe a promoção
de experiências de aprendizagem diversificadas que proporcionem às crianças e
aos jovens verdadeiras oportunidades para o desenvolvimento da(s) sua(s)
inteligência(s). Esperamos ter contribuído para facilitar essa tarefa com as
sugestões que demos nos artigos publicados.
Bibliografia:
Chapman, C. (1993). If the shoe
fits...How to develop multiple intelligences in the classroom. Palatine,
Illinois: IRI/Skylight, Inc.
Chapman, C. & Freeman, L.
(1997). Multiple intelligences: Centers and projects.Palatine, Illinois:
IRI/Skylight, Inc.
Gardner, H. (1993). Frames of
Mind: The Theory of Multiple Intelligences.London: fontana Press.
Zenhas,
A., Silva, C., Januário, C., Malafaya, C., & Portugal, I. (2002). Ensinar a
estudar - Aprender a estudar (4.ª ed.). Porto: Porto Editora.