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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Biografia de São João da Cruz


São João da Cruz nasceu em 1542 em Fontiveros, província de Ávila, na Espanha. Seus pais se chamavam Gonzalo de Yepes e Catalina Alvarez. Gonzalo pertencia a uma família de posses da cidade de Toledo. Por ter-se casado com uma jovem de classe “inferior” foi deserdado por seus pais e tornou-se tecelão de seda.

Em 1548, a família muda-se para Arévalo. Em 1551 transfere-se para Medina del Campo, onde o futuro reformador do Carmelo estuda numa escola destinada a crianças pobres. Por suas aptidões, torna-se empregado do diretor do Hospital de Medina del Campo. Entre 1559 a 1563 estuda Humanidades com os Jesuítas. Ingressou na Ordem dos Carmelitas aos vinte e um anos de idade, em 1563, quando recebe o nome de Frei João de São Matias, em Medina del Campo. Pensa em tornar-se irmão leigo, mas seus superiores não o permitiram. Entre 1564 e 1568 faz sua profissão religiosa e estuda em Salamanca. Tendo concluído com êxito seus estudos teológicos, em 1567 ordena-se sacerdote e celebra sua Primeira Missa.

Infelizmente, ficou muito desiludido pelo relaxamento da vida monástica em que viviam os conventos carmelitas. Decepcionado, tenta passar para a Ordem dos Cartuxos, ordem muito austera, na qual poderia viver a severidade de vida religiosa à que se sentia chamado. Em setembro de 1567 encontra-se com Santa Teresa, que lhe fala sobre o projeto de estender a Reforma da Ordem Carmelita também aos padres. O jovem de apenas vinte e cinco anos de idade aceitou o desafio. Trocou o nome para João da Cruz. No dia 28 de novembro de 1568, juntamente com Frei Antônio de Jesús Heredia, inicia a Reforma. O desejo de voltar à mística religiosidade do deserto custou ao santo fundador maus tratos físicos e difamações. Em 1577 foi preso por oito meses no cárcere de Toledo. Nessas trevas exteriores acendeu-se-lhe a chama de sua poesia espiritual. “Padecer e depois morrer” era o lema do autor da “Noite Escura da alma”, da “Subida do monte Carmelo”, do “Cântico Espiritual” e da “Chama de amor viva”.

A doutrina de João da Cruz é plenamente fiel à antiga tradição: o objetivo do homem na terra é alcançar “Perfeição da Caridade e elevar-se à dignidade de filho de Deus pelo amor”; a contemplação não é um fim em si mesma, mas deve conduzir ao amor e à união com Deus pelo amor e, por último, deve levar à experiência dessa união à qual tudo se ordena”. “Não há trabalho melhor nem mais necessário que o amor”, disse o Santo. “Fomos feitos para o amor”. “O único instrumento do qual Deus se serve é o amor”. “Assim como o Pai e o Filho estão unidos pelo amor, assim o amor é o laço da união da alma com Deus”.

O amor leva às alturas da contemplação, mas como o amor é produto da fé, que é a única ponte que pode salvar o abismo que separa a nossa inteligência do infinito de Deus, a fé ardente e vívida é o princípio da experiência mística. João da Cruz costuma pedir a Deus três coisas: que não deixasse passar um só dia de sua vida sem enviar-lhe sofrimentos, que não o deixasse morrer ocupando o cargo de superior e que lhe permitisse morrer humilhado e desprezado.

Faleceu no convento de Ubeda, aos quarenta e nove anos, no dia 14 de dezembro de 1591, após três meses de sofrimentos atrozes. A primeira edição de suas obras deu-se em Alcalá, em 1618. No dia 25 de janeiro de 1675 foi beatificado por Clemente X. Foi canonizado e declarado Doutor da Igreja por Pio XI . Em 1952 foi proclamado “Patrono dos Poetas Espanhóis”.

domingo, 8 de janeiro de 2017

São João da Cruz, conhecido como doutor místico


Nasceu em Fontiveros, na Espanha, em 1542. Seus pais, Gonçalo e Catarina, eram pobres tecelões. Gonçalo morreu cedo e a viúva teve de passar por dificuldades enormes para sustentar os três filhos: Francisco, João e Luís, sendo que este último morreu quando ainda era criança. Como João de Yepes (era este o seu nome de batismo) mostrou-se inclinado para os estudos, a mãe o enviou para o Colégio da Doutrina. Em 1551, os padres jesuítas fundaram um colégio em Medina (centro comercial de Castela). Nele, esse grande santo estudou Ciências Humanas.
Com 21 anos, sentiu o chamado à vida religiosa e entrou na Ordem Carmelita, na qual pediu o hábito. Nos tempos livres, gostava de visitar os doentes nos hospitais, servindo-os como enfermeiro. Ocasião em que passou a ser chamado de João de Santa Maria. Devido ao talento e à virtude, rapidamente foi destinado para o colégio de Santo André, pertencente à Ordem, em Salamanca, ao lado da famosa Universidade. Ali estudou Artes e Teologia. Foi nesse colégio nomeado de “prefeito dos estudantes”, o que indica o seu bom aproveitamento e a estima que os demais tinham por ele. Em 1567 foi ordenado sacerdote.
Desejando uma disciplina mais rígida, São João da Cruz quase saiu da Ordem para ir ingressar na Ordem dos Cartuxos, mas, felizmente, encontrou-se com a reformadora dos Carmelos, Santa Teresa D’Ávila, a qual havia recebido autorização para a reforma dos conventos masculinos. João, empenhado na reforma, conheceu o sofrimento, as perseguições e tantas outras resistências. Chegou a ficar nove meses preso num convento em Toledo, até que conseguiu fugir. Dessa forma, o santo espanhol transformou, em Deus e por Deus, todas as cruzes num meio de santificação para si e para os irmãos. Três coisas pediu e acabou recebendo de Deus: primeiro: força para trabalhar e sofrer muito; segundo: não sair deste mundo como superior de uma comunidade; e terceiro: morrer desprezado e escarnecido pelos homens.
Pregador, místico, escritor e poeta, esse grande santo da Igreja faleceu após uma penosíssima enfermidade, em 1591, com 49 anos de idade. Foi canonizado no ano de 1726 e, em 1926, o Papa Pio XI o declarou Doutor da Igreja. Escreveu obras bem conhecidas como: Subida do Monte Carmelo; Noite escura da alma (estas duas fazem parte de um todo, que ficou inacabado); Cântico espiritual e Chama viva de amor. No decurso delas, o itinerário que a alma percorre é claro e certeiro. Negação e purificação das suas desordens sob todos os aspectos.
São João da Cruz é o Doutor Místico por antonomásia, da Igreja, o representante principal da sua mística no mundo, a figura mais ilustre da cultura espanhola e uma das principais da cultura universal. Foi adotado como Patrono da Rádio, pois, quando pregava, a sua voz chegava muito longe.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

João XXIII


Filho de um pobre camponês do norte da Itália, João XXIII nasceu em 1881 como Angelo Giuseppe Roncalli, na aldeia de Sotto il Monte. Iniciou seus estudos para o sacerdócio quando era ainda criança e foi ordenado em 1904. Depois de servir como capelão em um hospital durante a Primeira Guerra Mundial, começou sua carreira diplomática em 1925, quando foi elevado a arcebispo e nomeado núncio apostólico na Bulgária. Após dez anos nesse país dos Bálcãs, continuou representando o Vaticano na Turquia, Grécia e França.
Quando o terror e a destruição nazista se espalhavam pela Europa, após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o arcebispo Roncalli ajudou refugiados, especialmente judeus, a escapar dos territórios ocupados pelos alemães.

Eleito papa em 1958, Angelo Roncalli escolheu o nome de João XXIII para realizar o mais inovador apostolado do século XX. Seu pontificado caracterizou-se por duas importantes  encíclicas – Mater et Magistra (1961) e Pacem in Terris (1963) - , mediante as quais renovou a posição da Igreja Católica perante os problemas do mundo, enfatizando sua função social e orientando-a em favor dos desprotegidos, mesmo aqueles que não compartilhassem de sua fé.

Espírito ecumênico e pacificador, João XXIII convocou o Concílio Vaticano II, num esforço incomum para modernizar a antiquadas estruturas da Igreja Católica e para promover a harmonia internacional e inter-religiosa.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Juan Domingos Perón


Presidente e ditador da Argentina de 1946-1955 e grande líder nacional escolhido pelo voto popular, ainda lança sua sombra sobre a vida política argentina, mesmo após a sua morte.
Nascido em 1895, numa família da baixa classe média, Perón teve uma carreira militar nada excepcional até 1943, quando fazia parte de um grupo de oficiais do Exército que tomou o poder através de um golpe de Estado. Como secretário do Trabalho, tornou-se popular entre os trabalhadores argentinos. Quando os outros oficiais tentaram removê-lo, as massas proletárias que o apoiavam tomaram as ruas de Buenos Aires e o levaram a presidência.

Perón consolidou seu poder absoluto eliminando rivais e promovendo ambiciosos programas de industrialização, que visavam libertar a Argentina de sua dependência econômica e melhorar a vida dos trabalhadores. O sucesso de muitos desses programas, juntamente com a personalidade forte e carismática de sua mulher, Evita, tornou-o líder de um grande movimento de massas, que passou a dominar a vida política argentina. Entretanto, Perón não encontrou a mesma popularidade junto aos oficiais do Exército e, em 1955, uma revolta da Marinha obrigou-o a renunciar.

Em 1973, após anos de ditadura militar, os argentinos forçaram a redemocratização do país e o peronismo foi o grande vencedor nas urnas. De volta de seu exilio na Espanha, Perón foi levado novamente à presidência, cargo que ocupou por menos de uma no. Em 1º de julho de 1974, Perón morreu, lançando a Argentina na profunda crise política que desembocou na brutal ditadura  do general Jorge Rafael Videla.


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

George Washington

“A administração da justiça é o mais solido pilar do governo.”

George Washington nasceu em 1732, na colônia inglesa da Virgínia, sendo o segundo filho de um abastado fazendeiro da região. Embora tenha sido treinado para trabalhar como agrimensor, muito jovem ainda destacou-se como soldado, prestando serviço à Coroa britânica na Guerra contra os Franceses e os Índios. Em 1759, tornou-se membro do Parlamento da Virgínia e um dos líderes da oposição à política colonial inglesa. Escolhido como delegado aos Congressos Continentais – assembleias de representantes das treze colônias -, no segundo deles, em 1775, foi nomeado comandante chefe das forças rebeldes.

Após o sucesso da revolução emancipadora, Washington liderou a Convenção Constitucional, a assembleia que se encarregou de criar a estrutura de governo do país recém-formado. Em 1789, a nação que passara a ser conhecida como os Estados Unidos da América elegeu George Washington como seu primeiro presidente. Nesse cargo, ele organizou o Poder Executivo e o Poder Judiciário, criou o primeiro banco do Estado e instituiu tarifas alfandegárias para proteger a produção nacional, tarefas nas quais demonstrou a mesma habilidade e capacidade de liderança que caracterizaram sua atuação no campo de batalha.

Washington não apenas manteve unidos os treze Estados conflitantes durante os críticos primeiros anos de governo, mas também estabeleceu linhas de ação – política, econômica e nas relações internacionais – que continuam a moldar a atuação dos Estados Unidos ainda hoje.


BRUNS, Roger. Os Grandes Líderes: Washington. São Paulo: Nova Cultura, 1987.

Otto von Bismarck, o Chanceler de Ferro.

“A História é simplesmente um pedaço de papel coberto de tinta; o principal ainda é fazer a História, não escrevê-la.”

Um dos mais importantes estadistas europeus do século XIX, Otto von Bismarck foi o responsável pela unificação dos 39 Estados que deram origem à nação alemã. De vontade inflexível, valeu-se tanto da força bruta como de uma fria e calculada astúcia com o objetivo de obter poder para sua Prússia natal e para si próprio.

Bismarck nasceu em 1815, numa família pertencente à nobreza prussiana. Depois de frequentar a Universidade de Göttingen e a de Berlim, e fracassar na tentativa de fazer carreira no Exército e no funcionalismo público, entrou na política aos 32 anos, como delegado na Dieta Unida. Com arrogância e violência, o jovem aristocrata defendeu a monarquia dos Hohenzollern com os liberais e nacionalistas que exigiam a unificação e um governo constitucional. Férreo defensor do poder absoluto do rei, em 1862 foi indicado por Guilherme I para ocupar os cargos de primeiro-ministro e chanceler.

Bismarck adotou uma política externa agressiva, baseada nos princípios da Real-politik, mediante a qual conseguiu acabar com o domínio da Áustria sobre os Estados do norte alemão e isolar durante muitos anos a grande inimiga da Prússia, a França. Após ter completado a unificação da Alemanha, em 1890 o governo autocrático de Bismarck foi encerrado pelo Kaiser Guilherme II, que exigiu o afastamento do velho “Chanceler de Ferro”.


ROSE, E. Jonathan. Os Grandes Líderes: Bismarck, São Paulo: Nova Cultura, 1987.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Rainha Vitória da Inglaterra


Nascida em 1819, a princesa Alexandrina Vitória de Hanôver teve uma infância solitária, marcada pelos rigores de uma educação extremamente moralista e pelas desavenças da família real britânica. Ascendeu ao trono quando tinha 18 anos e imediatamente impressionou seus súditos por revelar um caráter forte e uma férrea vontade de dirigir os negócios de Estado. Inicialmente auxiliada por Lorde Melbourne, então primeiro-ministro, a jovem rainha começou a desempenhar seu papel de monarca constitucional, enfrentando com dificuldade os avatares da política.
Em 1840, Vitória casou-se com seu primo, o príncipe alemão Alberto de Saxe-Coburgo-Gotha, que se tornou seu principal conselheiro nos assuntos de governo, e moderador de seu obstinado e explosivo temperamento.
O longo reinado de Vitória, que ficou conhecido como “Era Vitoriana”, caracterizou-se por um enorme esforço produtivo – concentrado no desenvolvimento das indústrias pesadas, de mineração e têxteis – e pela expansão colonialistas na Ásia e na África, fatores que fizeram da Grã-Bretanha a maior potência econômica do século XIX. Entretanto, internamente todo esse esplendor mascarava graves problemas sociais, como a violenta diferenciação de classes e a exploração do trabalho infantil. Assim, convivendo com a riqueza e a miséria, com a glória imperialista e a brutalidade colonialista, a era vitoriana gerou uma sociedade de valores duplos, sedimentada na aparência, cujo bondoso aspecto externo de Dr. Jekyll escondia a monstruosidade de Mr. Hyde.

Referência:

SHEARMAN, Deirdre. Grandes Líderes: Rainha Vitória. São Paulo: Nova Cultura, 1987. 

Elisabete I, “A Rainha Virgem”


Nascida em 1533, Elisabete foi a filha indesejável de Henrique VIII, o rei inglês que matou sua mulher Ana Bolena em 1536. Cresceu num país em guerra intestina, no despertar das reformas religiosas que conturbaram o século XVI europeu. Enjeitada pelo pai viveu uma existência solitária até a adolescência. Na juventude observou e esperou enquanto sua meia-irmã Maria Tudor mergulhava a Inglaterra em desordens e disputas.
Após assumir o trono em 1558, Elisabete demonstrou que não pretendia repetir os erros de sua predecessora. Com muita habilidade politica, unificou a nação. Culta, calculista reinou com transigência e consenso. Enquanto seus piratas aventureiros navegavam pelo mundo, poetas e artistas, dramaturgos e cientistas da Inglaterra alargavam os horizontes do pensamento e criavam a obra cultural que, hoje, identifica a era elisabetana.

Referência: 


BUSH, Catherine. Os Grandes Líderes: Elisabete I. São Paulo: Nova Cultura, 1988.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Sobre George R.R Martin


Mundialmente conhecido como escritor de ficção científica e fantasia, George Raymond “Richard” Martin, nasceu em uma humilde família nos Estados Unidos em 1948, formou-se como bacharel em jornalismo com louvor em 1970 e Mestrado em 1971 na Universidade Northwestern. Começou a escrever muito cedo, ainda em sua infância Martin escrevia contos de ficção e terror e por algum dinheiro vendia para seus amigos. Sua primeira venda como escritor profissional se deu em 1970, aos 21 anos com o conto “Herói”. Trabalhou como diretor de competições de xadrez na Associação Continental de Xadrez (1973-1976) e foi também instrutor de jornalismo na Clarke College (1976-1978) em sua juventude. Mas foi em 1991 que George R.R Martin inicio a escrever a série de livros pelo qual viria a se tornar um dos maiores escritores da atualidade, a série de fantasia épica “As Crônicas de Gelo e Fogo”, o primeiro volume foi publicado em 1996 de um total de 7 volumes. Inspirados na “Guerra das Rosas” e “Invanhoé”. Sua coletânea de livros veio a se tornar uma série de televisão exibida pelo canal HBO em 2011. Mesmo com todo o sucesso de sua obra, o escritor sofre de bloqueios criativos devido a sua fixação por detalhes, e desta forma acaba demorando muito para escrever suas histórias, deixando os fãs angustiados a espera dos desfechos nas Crônicas de Gelo e Fogo, mas se isso for para recebermos as obras primas que produz vale a pena esperar. Além de um grande escritor, nunca deixou seu espírito Nerd, pois ainda hoje coleciona HQs e livros de ficção científica, além de miniaturas medievais.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Sobre Jacques Lefèvre


           
Lefèvre nasceu na cidade francesa de Étaples na costa da Picardia em 1455 em uma humilde família católica, foi teólogo e humanista. Antes mesmo de entrar para a Universidade de Paris (atual Sorbonne), aonde lecionou de 1490-1508 já havia sido ordenado sacerdote. Mas ficou conhecido mesmo como um dos pioneiros na tradução das Escrituras Sagradas para o francês. Em 1509 foi responsável pela publicação de um estudo aonde comparou cinco traduções dos Salmos em latim que visava uma melhor compreensão das Escrituras pelos menos doutos.

No começo da década de 1520 em Meaux, uma cidade próxima a Paris trechos do evangelho foram lidos durante a Missa não em latim, mas em francês graças aos estudos de Lefèvre, aonde o povo pode ouvir a mesma em seu idioma natal. Publicada em 1523 sua tradução dos Evangelhos do grego Koine para o francês teve a melhor recepção pelo povo que em pouco tempo teve todo o estoque foi vendido. Graças à proteção do rei Francisco I da França suas traduções conseguiram continuar em circulação, pois naquela época a Igreja Católica tinha resistência as traduções as línguas vernáculas devido ao perigo das interpretações. Em 1524 lançou sua tradução dos Salmos para o francês e em 1530 na Antuérpia na Bélgica foi publicada sua tradução completa da Bíblia baseada na Vulgata de Jerônimo com a aprovação do imperador Carlos V. Faleceu em 1536 ou 1537 em Nérac, França deixando seu legado para toda a humanidade.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A Vida de Edgar Allan Poe. PARTE III.



Nesta terceira e última parte dos relatos referentes a vida de Edgar Allan Poe, conheceremos a última etapa da vida de um homem que sua genialidade é inspiração ainda hoje e com toda certeza o será no futuro para milhares de escritores e fascínio para milhões de leitores. Mas não deixou de lembra aos amigos do Construindo História Hoje que para uma contemplação plena desse texto leia antes a primeira e segunda parte: “A vida de Edgar Allan Poe. PARTE I” e “A vida de Edgar Allan Poe. PARTE II”. Que realizem uma excelente construção de conhecimento por meio destas leituras.

Após o casamento com Vírgina, a alegria de Edgar Poe não perdurou, pois depressa a melancolia se reapossa dele, e não pode passar sem o álcool e a droga. Após violentas e frequentes crises nervosas, cai em terríveis fases de depressão e desinteressa-se totalmente da sua profissão. Então White despede-o definitivamente. Em julho de 1883 a família Poe vai instalar-se em Nova Iorque. O poeta publica o romance “As Aventuras de Arthur Gordon Pym”, mas não consegue encontrar um emprego fixo. É à Maria Clemm que incumbe agora a manutenção dos ‘seus filhos’. Saturado de Nova Iorque, onde se sente incompreendido e se julga mesmo perseguido, Poe vai instalar-se em Filadélfia, onde colabora não “Gentleman’s Magazine” de W. Buston, que lhe publica alguns dos seus mais célebres contos.

Em junho de 1840 a sua colaboração no “Gentleman’s Magazine” é interrompida. Começa então para o poeta um dos períodos mais sombrios da sua existência. Não tem trabalho, Virgínia cai doente, é a miséria negra. Após várias tentativas goradas para remar contra a maré, Poe instala-se de novo em Nova Iorque e colabora no “New York Sun” e no “Evening Mirror”, que publica, em 19 de janeiro de 1845, o seu poema “O Corvo”.


“O Corvo”, arauto do sucesso

É o triunfo. O público está literalmente galvanizado por tão insólita poesia. O sucesso literário faz-se acompanhar de um sucesso mundano. Após ter relegado para o campo, em Fordham, a pobre Virgínia, que precisa de ar puro, “Poe, o Corvo”, começa a levar uma vida caótica, percorrendo todos os Estados da União para declamar o seu grande sucesso nos salões elegantes. É o período dos deslumbramentos e das paixões literárias. A mais notória das suas ligações, com a poetisa Frances Osgood, termina de uma forma lamentável. Ela não tarda a preferir-lhe o Reverendo Griswold, rival literário e mundano de Poe e, ironia do destino, seu futuro executor testamentário. Em outubro de 1845, Poe alcança a orientação exclusiva do “Broadway Journal” de Nova Iorque, que o editor Briggs imprudentemente lhe confiou. Tendo investido na operação todo o  capital de que dispunha, Poe encontra-se dentro em breve impossibilitado de prosseguir a publicação do jornal. Durante dos longos meses vagueia como um obcecado em busca de fundos, mas, devido a não ter podido liquidar uma letra de 50 dólares, tem de acabar por desistir. É a derrocada final. Uma vez mais a mamãe Clemm acorre em seu auxilio e leva-o com ela para o campo.

Em Fordham a família habita uma casa modesta, vivendo, na mais completa indigência, da caridade dos vizinhos e dos donativos de algumas pessoas generosas. Para Poe, os períodos de trabalho alternam com fugas para os lugares mais estranhos, onde vai cortejar antigas e novas amásias ou emborrachar-se. A 30 de janeiro de 1847 Virgínia morre. Em sua memória, Poe escreve o dolorido “Ulalume”.

A asa negra da morte

Tendo abandonado Fordham, Poe entrega-se mais uma vez à vida caótica de declamador. Após ter declarado inutilmente o seu amor a uma amiga de Virgínia, a senhora Shew (depressa esquecerá a mulher), faz a corte simultaneamente à senhora Richmond e à senhora Whitman. Depois de breve indecisão, a sua escolha recai na última. A senhora Whitman, ao que parece, o aceita com entusiasmo. Muito menos entusiastas se mostram os seus parentes próximos, constrangidos a pôr pela porta  fora o peta bêbado. Poe desata então a escrever cartas inflamadas à senhora Richmond, e em 1 de julho de 1849 parte  a juntar-se-lhe em Lowell, no Massachusetts. Porém, em Filadélfia vai reencontrar antigos camaradas dos copos, embebeda-se sistematicamente, sofre uma crise de “delirium tremens”, tenta por duas vezes suicidar-se.

Em 7 de julho volta a Fordham, para junto de mamã Clemm. Mas imediatamente o recupera a agitação. Em julho mesmo já se encontra em Richmond, onde reencontra a sua antiga namorada, Elmira Royster, tornada viúva Shelton. Na sequência de uma corte rápida, mas impetuosa, a data do casamento é fixado para 17 de outubro. Edgar deixa de beber e de se intoxicar. Chega mesmo a inscrever-se na Liga dos Filhos da Temperança. É a calma aparente antes da tempestade final.

A 27 de setembro, desse mesmo ano, parte para Nova Iorque. Vai convidar Mamã Clemm a assistir ao casamento. Em Baltimore, embriaga-se. Volta a partir, mas num comboio desmaia e um fiscal reenvia-o a Baltimore. Jamais se virá saber o que foram os últimos dias de sua vida. A 3 de outubro descobrem-no numa valeta, perto de Hight Street, sujo, andrajoso, inconsciente. Transportado para o Hospital Washington, morre em 7 de outubro de 1849, às 5 horas da manhã.

“Eu não fui desde a infância jamais
Semelhante aos outros. Nunca vi as coisas
Como os outros as viam. Nunca logrei
Apaziguar minhas paixões na fonte comum
Nem tão-pouco extrair dela os meus sofrimentos.
Nunca pude em conjunto com os outros
Despertar o meu peito para as doces alegrias,
E quando eu amei fi-lo sempre sozinho.
Por isso na aurora da minha vida borrascosa
Evoquei com fonte de todo o bem e todo o mal
O mistério que envolve, ainda e sempre,
Por todos os lados, o meu cruel destino (...)”
Edgar Allan Poe


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A Vida de Edgar Allan Poe. PARTE II.



Como foi trabalhado na postagem anterior, agora darei seguimento as exposições referentes à vida deste gigante da literatura mundial. Mas para que você possa aproveitar de forma satisfatória os conhecimentos depositados nestas postagens aconselho a leitura do primeiro trabalho “A vida de Edgar Allan Poe. PARTE I”, e então de seguimento aos estudos nas próximas postagens.

Após abandonar a casa de seus pais adotivos, Edgar parte para Boston, e com o dinheiro da sua mãe adotiva apressa-se a fazer editar uma compilação de poesias compostas na Universidade: “Tamerlão e outros poemas, escritos por um Bostoniano”. Em torno do livro gera-se o mais absoluto silêncio. Decepcionado, o poeta desaparece durante algum tempo. Quando reaparece, conta a quem quer ouvi-lo que esteve na Grécia a lutar pela liberdade, como o fizera o seu ídolo, o poeta inglês Byron. Em seguida ter-se-ia dirigido a S. Petersgurgo e sucessivamente à Itália, à França e à Alemanha. Em boa verdade, nunca saíra da América. Alistara-se como simples soldado, sob o nome de Edgar A. Perry, “empregado de escritório em Boston, olhos cinzentos, cabelos escuros, pele clara, 1,70 m de altura”. Assim o identifica, sem equívoco possível, o registro militar em 26 de maio de 1827. Após um período de instrução, “Edgar Perry” é transferido para a guarnição da Ilha Sullivan, na Carolina do Sul, paisagem desolada onde alguns anos mais tarde Poe situará a ação de um dos seus primeiros contos, “O Escaravelho de Ouro”.

O serviço não é estafante, e Edgar dispõe de muito tempo livre para compor o seu poema “Al Aaraaf”. Graças à sua bela caligrafia e à sua boa conduta, o soldado “Perry” ganha os galões de primeiro-sargento. Volvidos, porém, alguns meses, já está saturado desta vida e requer o seu licenciamento. Deseja entrar na Academia Militar de West Point para se tornar oficial. Para se libertar, contudo, das obrigações que contraíra, tem que pagar a um substituto que terminará o tempo de seu serviço em seu lugar. Recorre obviamente a John Allan, que recusa de entrada enviar-lhe a soma solicitada. Decidirá, no entanto aceder ao pedido do rebelde contrito após a morte da sua mulher, Frances, ocorrida em 28 de fevereiro de 1829. Na verdade, o luto marca uma aproximação momentânea dos dois “inimigos”. A 15 de abril de 1829, Edgar parte finalmente para Washington, com algumas cartas de apresentação e empenho de seu pai adotivo.

O irmão de Edgar que foi adotado por outra família, Henry Wadsworth Longfellow.

No Ministério, porém, as formalidades arrastam-se, e o jovem decide dar um salto a Baltimore, a fim de aí travar conhecimento com seu irmão Henry, oficial da Marinha. Instala-se em casa de Maria Clemm, irmã de seu pai, e passa o tempo a escrever, a discutir literatura com Henry e a jogar com a sua priminha Virgínia. É este um dos raros períodos felizes da sua vida. A sorte sorri-lhe também no campo literário. Na sequência de uma apreciação favorável do crítico John Neal e da sua publicação na “Yankee and Boston Literary Gazette”, o seu poema “Al Aaraaf”, é editado com Tamerlão e Outros Poemas. Não é evidentemente ainda a glória, mas pelo menos Edgar já não é um desconhecido no mundo das letras.

 John Kennedy Pendleton, amigo, benfeitor e protetor de Edgar.

Pouco depois o poeta precoce entra em West Point. Nos primeiros meses declara-se “extremamente satisfeito com tudo e todos”. Mas não tarda que a falta de dinheiro e a vida dispendiosa que ele sustenta para afinar pelo diapasão dos seus camaradas mais ricos o obriguem a contrair dívidas que, como de costume, John Allan se recusa a pagar. O negociante voltara, aliás, a casar recentemente e estava finalmente à espera de um herdeiro legítimo. Não podendo mais contar com a fortuna de Allan, Edgar resolve abandonar a Academia. Começa a faltar às aulas, deserta do posto da guarda. A 28 de janeiro de 1831, o Tribunal Militar expulsa-o ignominiosamente de West Point. Edgar dirige-se sem perda de tempo a Nova Iorque, para aí fazer editar um novo livro, “Poemas”, utilizando para esse efeito dinheiro extorquido aos seus camaradas da Academia. Não logrando obter um emprego em Nova Iorque, Edgar vê-se forçado a partir para Baltimore e a instalar-se de novo em casa de sua tia Clemm. Os juízos dos biógrafos de Poe acerca desta mulher são contraditórios. Baudelaire vê nela “o anjo bom do poeta” e Slater o “vampiro do amor” que o domina. Como quer que seja, Maria Clemm ajuda-lo-á a vencer muitas crises.

A tia de Edgar, Maria Plemm.

Poe passa todo o inverno em casa da tia Clemm. Sustenta com uma jovem vizinha, Mary Devereaux, uma intriga sentimental muito séria, que, aliás, termina bruscamente quando o noivo perfeito se apresenta em casa da jovem perdido de bêbado e é posto porta fora. Enfim, em 1833 obtém o primeiro sucesso concreto. Edgar ganha o prêmio de 50 dólares num concurso organizado pelo “Saturday Visiter”, de Baltimore com o seu conto “Manuscrito encontrado numa garrafa”. O crítico Kennedy, membro eminente do júri, simpatiza fortemente com o jovem autor e recomenda-o ao diretor do “Southern Literary Messenger” de Richmond, Thomas White, que o contrata imediatamente como redator para todo o serviço. 

Thomas Willis White, diretor do jornal "Southern Literary Messeger", que contrata Edgar como redator.

É assim que Edgar volta para Richmond, onde, entretanto (27 de março de 1834) o seu pai adotivo morrera sem sequer o mencionar no seu testamento. Decidido a conquistar a glória, Poe atira-se ao trabalho com toda a gana e toda a paixão de que é capaz. “Agora sou feliz, tenho na minha frente uma excelente expectativa de triunfo” escreve ele a Kennedy. Porém, alguns meses volvidos os seus sentimentos já mudaram. “Nesta altura encontro-me num estado verdadeiramente lastimoso. Sofro de uma depressão mental como jamais experimentei. Tenho lutado em vão contra a melancolia. Encontro-me, pois, num estado miserando, e ignoro porquê.” Começa a beber e perde o gosto pela profissão. Thomas White despede-o. Mas readmite-o em 1835, sempre a pedidos reiterados de Kennedy.  Desta vez Edgar chega a Richmond acompanhado de Maria Clemm e de Virgínia, melhor, Virgínia Poe. Com efeito, a 22 de setembro a priminha tornara-se secretamente sua mulher. Tem apenas 13 anos! Edgar entrega-se a um trabalho tenaz e duro, a tiragem do jornal aumenta vertiginosamente, e White nomeia-o redator-chefe, como o ordenado mensal de 800 dólares.

A esposa de Edgar Virgínia Clemm.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A vida de Edgar Allan Poe. PARTE I.


Edgar Allan Poe, em 1833.

Edgar Allan Poe nascido em Boston, Massachusetts, Estados Unidos, em 19 de Janeiro de 1809 e falecido em Baltimore, Maryland, Estados Unidos, 7 de Outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário americano, integrante do movimento romântico americano. Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos e é geralmente considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por sua contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Ele foi o primeiro escritor americano conhecido por tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difícil. Acompanhe nas próximas linhas a vida deste homem e sua paixão pelas letras, contos e histórias.

Filho de atores ambulantes tísicos e dados à bebida, Edgar Poe vem ao mundo, começa a falar e logo a viajar nas carroças desconjuntadas das companhias teatrais que trilham pistas ainda incipientes e descem lentamente os rios a bordo de vetustos barcos fluviais. Bem cedo trava conhecimento com os escolhos da vida, no meio de bagagens em profusão e de cenários pintados à pressa e ao acaso de noites dormidas à luz das estrelas. Realidade e fantasia, vida e movimento, estão, estão constantemente para ele nas fronteiras do sonho. Assim se instilou nas suas veias esse instinto de “Grande Vagabundo” que toda a vida o impulsionará.

O pai, David Poe Junior, provém de uma família que distinguiu durante a Guerra da Independência Americana. Destinado pelos seus à magistratura, tudo abandonou para seguir no tablado uma jovem atriz europeia, Elizabeth Arnold. David, ator menos que medíocre, é, além disso, um alcoólatra. O casal vive miseravelmente. Nascem-lhe sucessivamente três filhos: William Henry, em 1807, Edgar, a 19 de janeiro de 1809, e Rosalie, a 20 de dezembro de 1810. David desaparecerá alguns escassos meses após o nascimento de Edgar, deixando à mulher, tísica e esgotada pelos partos seguidos, o esmagador encargo da família.

Elizabeth encontrava-se em Boston, cidade nada hospitaleira. Então parte à aventura para o Sul, arrastando atrás dela os dois filhos mais novos. A última etapa do seu doloroso calvário é Richmond, na Virgínia. A 7 de Dezembro de 1911, a imprensa anuncia uma récita de beneficência em favor de Elizabeth. Elizabeth Arnold Poe morre a 8 de Dezembro, com a idade de 24 anos. Os seus filhos são desde então confiados aos cuidados da companhia. Para Edgar foi o primeiro passo para uma terrível familiaridade com a morte.

Escassos dias após a morte da mãe, outro acontecimento trágico vem atingir os infelizes órfãos. Na noite de Santo Estevão o teatro de Richmond é pasto de um incêndio no qual sessenta espectadores encontraram a morte. Os atores veem-se forçados a ir procurar o pão noutras paragens. Confiam, por isso, os dois meninos Poe à caridade da burguesia citadina. Rosalie é adotada por um comerciante rico, William Mackenzie. Frances Keeling Valentine, esposa do abastado negociante John Allan, encarrega-se do rapazinho. Não tem filhos e leva o pequeno Edgar para o seu lar, um enorme edifício branco. Apesar da oposição larvada do senhor Allan, Edgar é batizado na igreja presbiteriana, e acrescentam-lhe ao nome o do seu pai adotivo. Na verdade a adoção nunca será oficialmente homologada.


A esquerda a mãe biológica de Edgar, Elizabeth Arnold e a direita a mãe adotiva Frances Allan. 

Aos 6 anos o filho dos saltimbancos sabe ler, desenhar e cantar. Frances Allan e sua irmã, Anne Moore Valentine, cercam-no de um afeto sufocante, exclusivista satisfazendo-lhe todos os seus caprichos.

Em 1815, no dia imediato ao da derrota de Napoleão, John Allan resolve ir instalar-se na Inglaterra para dar um novo impulso aos seus negócios, seriamente comprometidos pela Segunda Guerra da Independência Americana e pelos efeitos do bloqueio naval das costas americanas pelos ingleses. Os Allan desembarcam em Liverpool após uma travessia de trinta e seis dias. Edgar vai primeiro a Irvine, na Escócia, a casa de uma tia do seu pai adotivo, a piedosa e severa Mary Allan, depois a Londres, onde frequentava a escola das meninas Dubourg. Em seguida é transferido para o Colégio do Reverendo Bransby, em Stoke Newington, uma aldeia .


John Allan, pai adotivo de Edgar.

Em 1820 John Allan decide regressar à América. Os negócios não lhe correm como ele esperava. Edgar entretanto aprendeu algumas noções de francês, de latim, de história e literatura. É pouco. Mas, em compensação, a sua imaginação febril foi impressionada pelos velhos castelos misteriosos, pelas casas decrépitas, pelas caves úmidas e escuras.

É às suas experiências de criança emotiva e medrosa que é necessário remontar para compreender verdadeiramente certos passos da sua obra: o gosto do macabro e misterioso, a atmosfera medievalista de seus contos.

De volta a Richmond, Edgar frequenta a Escola Clássica Inglesa, do latinista Clark, e apaixona-se pela mãe de um de seus camaradas, Jane Stanard, que morrerá alguns meses mais tarde tuberculosa e louca. É o começo de uma interminável série de dedicações, de exaltações amorosas platônicas, que se seguirão e encadearão desordenadamente através de toda a existência do poeta. Pouco depois, com efeito, Edgar apaixona-se por uma jovem vizinha, Sarah Elmira Royster. Papá Royster apressa-se a casar a filha com um rico e velho comerciante, um tal Shelton. Em fevereiro de 1826, John Allan inscreve o filho na Faculdade de Línguas Mortas e Vivas da Universidade da Virgínia. Ali precisamente como nos colégios ingleses da época, os jogos de azar, o álcool, o ópio, o láudano, as mulheres e os duelos são as principais distrações dos estudantes.

Na sua sede insaciável de brilhar e impressionar, Edgar depressa esgota os dólares com que John Allan o presenteou, mas nem por tal razão abandona os seus vícios. Começa a contrair dívidas de jogo, e não paga nem aos seus alfaiates nem seus outros fornecedores. Pelo Natal do mesmo ano, Edgar trava uma discussão tempestuosa com o pai. John Allan recusa-se a pagar-lhe as dívidas, retira-o da Universidade e tenta fazê-lo imiscuir nos negócios. Em vão. As perpétuas discussões entre pai e filho só terminam em 24 de março de 1827, quando Edgar abandona com desdém a casa dos Allan para se refugiar num sórdido hotel, a ‘Taberna de Richardson’. Para ele é o adeus definitivo à riqueza e ao sólido ambiente burguês. Doravante será forçado a lutar para sobreviver. Dirige ao pai adotivo uma carta cheia de indignidade, mas Allan nem sequer lhe responde. Frances Allan intercede inutilmente  em seu favor, mas apenas logra fazer-lhe chegar à taberna as suas bagagens e algum dinheiro.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Uma discussão histórica acerca do filme Alexandre, o Grande de Oliver Stone.




Autor: *Contrutor CHH


É um drama biográfico e também considerado um épico, realizado em 2004, com base na biografia elaborada pelo escritor inglês Robin Lane Fox, no qual foi inspirado o roteiro do filme. O filme tem inicio em 323 a.C, na Babilônia. Com a morte precoce de Alexandre, o Grande com apenas 33 anos. Depois o filme passa os eventos para Alexandria no Egito, passados já mais de 40 anos da morte de Alexandre.

Seu ex- general Ptolomeu, que conhecia Alexandre intimamente, conta para um escriba as glórias e desventuras de Alexandre, bem como sobre sua morte precoce quando havia conquistado quase todo o mundo conhecido da época.  Triste Ptolomeu frisa que as grandes vitórias dos exércitos de Alexandre foram esquecidas.  Embora segundo a narrativa de Ptolomeu ele fosse chamado de tirano. Ptolomeu diz que antes de Alexandre, havia tribos e depois dele tudo passou a ser possível.

Era um império não de terras e de ouro, mas da mente, uma civilização helênica aberta a todos. No oriente, o vasto império persa dominava quase todo o mundo conhecido. No ocidente, as outrora cidades-estados gregas, Tebas, Atenas, Esparta, haviam perdido o orgulho. Reis persas pagavam aos gregos com ouro, para usá-los como mercenários. Felipe II da Macedônia, o pai de Alexandre, começou a mudar tudo, uniu as tribos de pastores da Macedônia. Criou um exército profissional macedônio, que subjugou os traiçoeiros gregos. Então se voltou para a Pérsia, onde se dizia que o rei Dario, em seu trono na Babilônia, temia Felipe. Alexandre era filho da rainha Olímpia, e nasceu em Pela na Macedônia no ano de 356 a.C.

Quando Felipe II da Macedônia, também conhecido como Felipe, o Caolho foi assassinado 336 a.C. O assassinato se deu durante os festivais de outubro em Aigai era nesses festivais que se celebravam aos casamentos e Filipe pretendia casar sua filha, mas ao entra Filipe sozinho no teatro para o casamento de sua filha, usando um manto branco, e ficou no centro da orquestra, recebendo as aclamações dos espectadores. Foi quando Pausânias atacou Filipe porque este não fez nada ao saber que Pausânias havia sido atacado e ferido por inimigos. Mas o motivo pessoal de Pausânias não excluía uma conspiração da qual ele seria apenas uma peça. Alexandre o sucedeu ao trono aos 20 anos de idade sob a alcunha de Alexandre III, mas ficou mesmo conhecido por Alexandre, o Grande. A vida de Alexandre como rei foi marcada por conquistas seguidas, não perdeu nunca nenhuma batalha. Em 335 é aclamado, no Congresso Pan-Helênico de Corinto, general de todas as forças gregas.

Tornou-se o mais famoso general da Antiguidade, comandando os gregos na conquista do Império Persa. Com um exército de 35.000 infantes, 5.000 cavaleiros e uma frota de 169 trirremes, atingiu o Helesponto em 334. Venceu o exército persa às margens do Rio Granico. Ocupou rapidamente várias cidades, assim como a região litorânea e a Frígia, com sua capital, Górdio. Nesta cidade, cortou um nó complicado que, segundo a tradição, daria o Império da Ásia a quem o desembaraçasse.

Em 333, na Planície de Isso, que dá acesso à Síria, venceu novamente os persas. Passa às cidades da Fenícia, arrasando Tiro (332), por lhe ter oferecido resistência. Gaza é vencida. Atinge o Egito onde é recebido como descendente dos faraós. Recebe o titulo de filho de Amon, o que aumentou sua popularidade, funda no delta do Nilo a cidade de Alexandria, que será um dos centros mais ricos do mundo antigo, e vence o rei, Dario III, em Arbela e Gaugamela (331). Conduz seus exércitos vitoriosos em direção da Índia; atinge o Indus, derrota o Rei Porus e ocupa a região. Ao chegar ao delta rio, a expedição dividiu-se em duas partes: uma embarcou na frota e, navegando pelo Índico e pelo Golfo Pérsico, atingiu a Mesopotâmia; a outra regressou por terra, dirigida pelo próprio Alexandre.

Chegará a Babilônia em 324. Em dois lustros, a extraordinária campanha de Alexandre havia transformado a situação do mundo civilizado. Em seu regresso procurou organizar o império que conquistara. Sua finalidade era realizar a união entre vencedores e vencidos. Fundou na Ásia muitas cidades, sobretudo na Pérsia, garantindo assim as estradas que ligam a Pérsia à bacia Indus. Adotou ante os orientais uma política de tolerância, quanto a religião, às leis, aos costumes. Escolheu muitos persas como colaboradores de confiança, dando-lhes postos importantes no exército e no governo de territórios.

A morte cortou seus projetos ambiciosos. Faleceu atacado por febre violenta em 323, quando contava apenas 33 anos.

sábado, 12 de setembro de 2015

Clive Staples Lewis, uma biografia.


Clive Staples Lewis, comumente mais referido como C. S. Lewis (Belfast, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, atual Irlanda do Norte, 29 de novembro de 1898 — Oxford, Inglaterra, Reino Unido, 22 de novembro de 1963), foi um professor universitário, escritor, romancista, poeta, crítico literário, ensaísta e apologista cristão britânico. Durante sua carreira acadêmica, foi professor e membro do Magdalen College, tanto da Universidade de Oxford como da Universidade de Cambridge. Ele é mais conhecido por seus trabalhos envolvendo a apologia cristã, incluindo as obras O Problema do Sofrimento (1940), Milagres (1947) e Cristianismo Puro e Simples (1952), e a ficção e a fantasia, sendo as obras As Crônicas de Nárnia (1950-56), Cartas de um diabo ao seu aprendiz (1942) e Trilogia Espacial (1938-45), exemplos de sua produção literária voltadas para esses temas. Foi também um respeitado estudioso da literatura medieval e renascentista, tendo produzido alguns dos mais renomados trabalhos acadêmicos envolvendo esses temas no século XX.

Em vida, foi grande amigo do também professor universitário e escritor britânico J. R. R. Tolkien (1892-73). Juntos, os dois serviram como membros do corpo docente da Faculdade de Língua Inglesa da Universidade de Oxford e lideraram o grupo informal de discussão e colaboração literária The Inklings. Apesar de ter sido criado ao longo da infância dentro das tradições da Igreja da Irlanda, se tornou um ateu convicto na altura de sua adolescência, seguindo essa linha de convicção pessoal até o início de sua idade adulta, quando, por intermédio de Tolkien, voltou a professar a fé cristã, se tornando um árduo defensor do cristianismo até o fim de sua vida e carreira.

Nascido na cidade de Belfast, Irlanda (atual Irlanda do Norte), em 29 de novembro de 1898, Clive Staples Lewis cresceu no meio dos livros da seleta biblioteca particular de sua família, criando nesta atmosfera cultural um mundo todo próprio, dominado por sua fértil imaginação e criatividade. Filho caçula de Albert James Lewis (1863-1929) e de sua esposa, Florence Augusta Lewis (1862-1908), Clive foi descrito como uma "criança sonhadora". Quando tinha três anos, decidiu adotar o nome de "Jack", pelo qual ficaria conhecido na família e no círculo de amigos próximos durante toda a vida.


Quando eram adolescentes, Lewis e seu irmão Warren Lewis (1895–1973), três anos mais velho que ele, passavam quase todo o seu tempo dentro de casa dedicando-se à leitura de livros clássicos, e distantes da realidade materialista e tecnológica do século XX. Aos 10 anos, em 1908, a morte prematura de sua mãe fez com que ele ainda mais se isolasse da vida comum dos garotos de sua idade, buscando refúgio no campo de suas histórias e fantasias infantis.

Na sua adolescência encontrou a obra do compositor Richard Wagner e começou a se interessar pelas mitologias nórdica e grega, e por línguas, como o latim e o hebraico.

Sua educação foi iniciada por um tutor particular, ainda na Irlanda, sendo enviado a Malvern College, em Worcestershire, Inglaterra, aos 12 anos de idade. Em 1916, aos 18 anos, foi admitido no University College, em Oxford, Inglaterra. O serviço militar exigido pela Primeira Guerra Mundial (1914–18) interrompeu seus estudos. Em 1918, aos 20 anos, retornou à Oxford.

Durante a Primeira Guerra Mundial conheceu outro soldado irlandês, Paddy Moore, com quem travou amizade. Os dois fizeram uma promessa: se um deles falecesse durante o conflito, o outro tomaria conta da família respectiva. Moore faleceu em 1918 e Lewis cumpriu seu compromisso. Após o final da guerra, procurou a mãe de Paddy Moore, a senhora Janie Moore, com quem estabeleceu uma profunda amizade até a morte desta em 1951. Lewis viveu em várias casas arrendadas com Moore e a sua filha Maureen, facto que desagradou o seu pai. Por esta altura Clive já abandonara o cristianismo no qual fora educado.


Formando-se com louvor em letras e literatura aos 22, em 1920, em Oxford. Também se formou em teologia e linguística. De 1925 a 1954, lecionou no Magdalen College, também em Oxford, fazendo parte do corpo docente e servindo de consultor literário e teólogo da Universidade até sua morte, em 1963. Foi professor de Literatura Medieval e Renascentista na Universidade de Cambridge, em Cambrigde. Tornou-se altamente respeitado neste campo de estudo em toda a Europa, tanto como professor quanto como escritor. Seu livro A Alegoria do Amor: um Estudo da Tradição Medieval, publicado em 1936, é considerado por muitos seu mais importante trabalho, pelo qual ganhou o prêmio Gollansz Memorial de literatura. Em Oxford conheceu vários escritores famosos, como J. R. R. Tolkien (autor de O Senhor dos Anéis, de quem viria a se tornar grande amigo, discutindo com quem, numa noite em 1931, converteu-se ao cristianismo), T. S. Eliot, G. K. Chesterton e Owen Barfield.

Lewis voltou à fé cristã no início da década de 1930. Dedicou-se a defendê-la e permaneceu na Igreja Anglicana (o conhecido teólogo evangélico J. I. Packer foi clérigo na igreja que Lewis frequentava). Tornou-se popular durante a II Guerra Mundial, por suas palestras transmitidas pela rádio e por seus escritos, sendo chamado de "apóstolo dos céticos", especialmente nos Estados Unidos.


Lewis notabilizou-se por uma inteligência privilegiada, e por um estilo espirituoso e imaginativo. "O Regresso do Peregrino", publicado em 1933, "O Problema do Sofrimento" (1940), "Milagres" (1947), e "Cartas de um diabo ao seu aprendiz" (1942), são provavelmente suas obras mais conhecidas. Escreveu também uma trilogia de ficção científico-religiosa, conhecida como a "Trilogia Espacial": "Além do Planeta Silencioso" (1938), "Perelandra" (1943), e "Aquela Força Medonha" (1945). Para crianças, escreveu uma série de fábulas, começando com "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa" em 1950. Sua autobiografia, "Surpreendido pela Alegria", foi publicada em 1955.

É bastante conhecida sua influência sobre personalidades ilustres da nossa época, dentre elas Margaret Thatcher, ex primeira ministra do Reino Unido. Seus livros foram lidos pelos seis últimos presidentes americanos, e muitos de seus pensamentos foram citados em seus discursos. Venderam-se mais de 200 milhões de cópias dos 38 livros escritos por Lewis, os quais foram traduzidos para mais de 30 línguas, incluindo a série completa de Nárnia para o polonês, ainda durante a Guerra fria, e o russo. Entre 1996 e 1998, quando foi celebrado o seu centenário, foram escritos cerca de 50 novos livros sobre sua vida e seus trabalhos, completando mais de 150 livros desde o primeiro, escrito em 1949 por Chad Walsh: "C. S. Lewis: O Apóstolo dos Céticos". Deu-se seu nome a um asteróide, o 7644 Cslewis, descoberto em 4 de novembro de 1988 por Antonín Mrkos.


Lewis e Tolkien foram grandes amigos durante décadas, até a morte de Lewis (em 1963, aos 64 anos, quase dez anos antes da morte do próprio Tolkien), e essa amizade foi explorada no livro O Dom da Amizade: Tolkien e C. S. Lewis. De fato, Lewis contribuiu para a existência de O Senhor dos Anéis, sendo um dos primeiros a ler O Hobbit; Tolkien jamais deixou de admirar a grande inteligência e criatividade de Lewis, e vice-versa.

Frases Famosas de C.S. Lewis

“O perdão vai além da justiça humana; é perdoar aquelas coisas que absolutamente não podem ser perdoadas.”

(C. S. Lewis)

“Se você está à procura de uma religião que o deixe confortável, definitivamente eu não lhe aconselharia o cristianismo.”

(C. S. Lewis)

“[Eu] Pensava que nós seguíamos caminhos já feitos, mas parece que não os há. O nosso ir faz o caminho.”

(C. S. Lewis)

“Eu acredito no cristianismo como eu acredito no sol, não por aquilo que ele é,mas que através dele eu posso ver tudo ao meu redor.”

(C. S. Lewis)

“Existem coisas melhores adiante do que qualquer outra que deixamos para trás.”

(C. S. Lewis)

“O carinho é responsável por nove-décimos de qualquer felicidade sólida e durável existente em nossas vidas. “

(C. S. Lewis)

“Cada vez que você faz uma opção está transformando sua essência em alguma coisa um pouco diferente do que era antes.”

(C. S. Lewis)

“Deus sussurra em nossos ouvidos por meio de nosso prazer, fala-nos mediante nossa consciência, mas clama em alta voz por intermédio de nossa dor; este é seu megafone para despertar o homem surdo.”

(C. S. Lewis)

“Se você está à procura de uma religião que o deixe confortável, definitivamente eu não lhe aconselharia o cristianismo.”

(C. S. Lewis)

“Os conservadores são pessimistas quanto ao futuro e otimistas quanto ao passado.”

(C. S. Lewis)

“O cristianismo, se for falso, não tem valor; se for verdadeiro, tem valor infinito. A única coisa que lhe é impossível é ser mais ou menos importante.”

(C. S. Lewis)

“Comecei uma dieta, cortei a bebida e comidas pesadas e, em catorze dias, perdi duas semanas.”

(C. S. Lewis)

“A questão é saber se você pode obrigar as palavras a querer dizer coisas diferentes. A questão é mostrar a elas quem manda...”

(C. S. Lewis)

“Mera mudança não é crescimento. Crescimento é a síntese de mudança e continuidade, e onde não há continuidade não há crescimento.”

(C. S. Lewis)

“Quando se trata de conhecer a Deus, toda a iniciativa depende dEle. Se Ele não se quiser revelar, nada do que façamos nos permitirá encontrá-lo.”
(C. S. Lewis)

“Eu... eu... nem eu mesmo sei, nesse momento... eu... enfim, sei quem eu era, quando me levantei hoje de manhã, mas acho que já me transformei várias vezes desde então.”

(C. S. Lewis)

“Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido.”

(C. S. Lewis)

“Mas os poços da fantasia acabam sempre por secar e o contador de histórias, cansado tentou escapar como podia: o resto amanhã... Já é amanhã.”

(C. S. Lewis)

“Eu acredito no Cristianismo como acredito no brilho do sol, não simplesmente porque eu o veja, mas porque, através dele, posso ver todas as outras coisas.”

(C. S. Lewis)

" O problema real da vida crista aparece onde as pessoas normalmente nao o procuram. Ele aparece no instante em que você acorda cada manha. Todos os desejos e esperanças para o dia correm para você como animais selvagens. E a primeira tarefa de cada manha consiste simplesmente em empurra-los todos para trás; em dar ouvidos a outra voz, tomando aquele outro ponto de vista, deixando aquela outra vida mais ampla, mais forte e mais calma entrar como uma brisa. E assim por diante, todos os dias. Mantendo distancia de todoas as inquietações e de todos os aborrecimentos naturais, protegendo-se do vento. No começo, nos somos capazes de faze-lo somente por alguns momentos. Mas então o novo tipo de vida estará se propagando por todo o nosso ser, porque então estamos deixando Cristo trabalhar em nos no lugar certo. Trata-se da diferença entre a tinta, que esta simplesmente deitada sobre a superfície, e uma mancha que penetra na. Quando Cristo disse "sede perfeitos", quis dizer isso mesmo. Ele quis dizer que temos que entrar no tratamento completo. Pode ser duro para um ovo se transforma e em um pássaro; seria uma visão deveras divertida, e muito mais difícil, tentar voar enquanto ainda se um ovo. Hoje nos somos como ovos. Mas você não pode se contentar em ser um ovo comum, ainda que decente. Ou sua casca se rompe ou você apodrecera."

(C.S Lewis) - Cristianismo Puro e Simples

“Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto , você não deve entregá-lo á ninguém , nem mesmo a um animal. Envolva o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro , sem movimento , sem ar - ele vai mudar. Ele não vai se partir – vai tornar se indestrutível, impenetrável , irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e pertubações do amor é o inferno.”

(C.S. Lewis) - Os quatro amores

 “O bem, quando amadurece, se mostra cada vez mais diferente, não só do mal, mas de qualquer outro bem. - O mal pode ser desfeito, mas não pode "transformar-se" em bem.”
(C.S. Lewis)

“Quando se trata de conhecer a Deus, toda a iniciativa depende dEle. Se Ele não se quiser revelar, nada do que façamos nos permitirá encontrá-lo.”
(C. S. Lewis)