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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Resenha do filme Ágora (Alexandria. Pt. Br.)


A atriz britânica Rachel Weisz, interpreta Hipátia. 

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Autor: Construtor CHH

O filme Ágora (que em grego significa assembleia ou lugar de reunião) passa-se na cidade de Alexandria no ano de 391 d.C, após Império Romano adotar o Cristianismo como religião oficial. Aonde muito oficiais romanos converteram-se unicamente por interesse de status e poder na sociedade romana. Podemos ver no filme segundo a visão do diretor e produtor grupos de cristãos da antiguidade que matavam os gregos politeístas e queimavam papiros e pergaminhos que continham dados antiquíssimos da história e ciências humanas. Mas o diretor deixa de abordar que me grande parte foi por ignorância, pois esses cristãos em sua maioria eram iletrados e não tinha ideia do prejuízo que estavam causando para a civilização humana.

A figura central do filme ‘Ágora’ é Hipátia, uma filosofa, matemática e astrônoma que era uma figura revolucionária para sua época principalmente por ser mulher e estar a frente da educação de homens. Em várias cenas aparece a biblioteca de Alexandria com seus escrito milenares, debates em praça pública entre cristãos e politeístas, aonde realizavam provas sobre qual Deus ou deuses era mais poderoso  e protegeria o seu seguidor de passar pelo fogo sem se ferir. Em um desses debates acaba em tragédia, pois o sacerdote politeísta não consegue passar pelo fogo como o cristão e acaba morrendo queimado. Os politeístas consideram o cristianismo um perigo para suas tradições e costumes.

O filme também aborda as relações da professora Hipátia com seu escravo Davus que demonstra grande interesse por filosofia, matemática e astronomia e ela como professora valoriza o interesse de Davus pelo conhecimento. Hipátia em suas aulas fala sobre a união e não a divisão entre seus discípulos mesmo que os cristãos e politeístas divirjam de opiniões e teorias.

 Por está época o Bispo Cristão de Alexandria era Theophilus e durante esse bispado o escravo Davus de Hipátia converte-se ao Cristianismo. Davus desde o inicio da trama demonstra gostar de Hipátia mais que uma professora e Orestes outro aluno de aluno deseja casar-se com ela, mas ela não deseja o casamento com homem algum prefere os estudos e as letras, pois o casamento lhe privaria dos mesmos.

Após o incidente na praça aonde um sacerdote politeísta acabou queimado em um desafio do Deus ou deuses mais poderosos os politeístas decidem organizar um ataque aos Cristãos e começam a distribuir espadas entre seus fieis, Hipátia demonstra grande desagrado com esses acontecimentos. Quando o ataque dos politeísta tem inicio o Bispo Theophilus estava pregando na ‘Agora’ da praça central, quando tem inicio o ataque dos politeístas que atacam homens, mulheres e crianças indefesos, matando e mutilando. No desenvolver desse evento Davus, o escravo de Hipátia escolhe seu partido na batalha ao lado dos Cristãos que ao final invertem o ataque por ser a maioria e os politeístas acabam tendo que recuar para dentro dos muros da Biblioteca de Alexandria, ficando sitiados.

  No decorrer dos dias de sitio que se passam começa a faltar comida para os politeístas que mesmo sitiados incitam e provocam os Cristãos por cima dos muros  com expressões como “pesão caixões para seu Deus carpinteiro!”. Durante o sitio sem ter o que fazer o filósofos começam a divagar sobre os corpos celestes, os Errantes (que são os planetas), as estrelas e as teorias sobre a Terra e seus ciclos  e o das estrelas errantes. Abordam a hipótese de Aristarco sobre a Terra se mover, dentre outros assuntos.

 O prefeito romano de Alexandria ao tomar conhecimento dos últimos acontecimentos na cidade, escreve um édito e envia a mesma. O édito é lido em frente aos portões da Biblioteca de Alexandria para que os politeístas e Cristãos possam ouvir. No Édito o prefeito de Alexandria perdoa os politeístas insurgentes e permite que eles saiam do Seapeum e deixem os Cristãos entrarem no Serapeum da Biblioteca e façam uso dele. Por ser iletrada a maioria não sabia a importância dos documentos presentes na biblioteca, pois achavam que estavam relacionados com os deuses do politeísmo e não com ciência, história e outras artes. Durante esse acontecimento Hipátia junto com alguns de seus alunos tenta salvar pergaminhos e papiros desesperadamente. O principal grupo cristão responsável pelo ataque à biblioteca de Alexandria foi a Ordem dos monges Parabolanos.

                   Davus, ex-escravo de Hipátia agora um monge parabolano, está dividido entre sua mestra e a fé Cristã, ele ataca Hipátia em certo momento do filme e  depois desiste entregando uma espada para que Hipátia o matasse por tê-la atacado, ela larga a espada no chão em um gesto de piedade e sai. Por esse período somente ritual cristão e judaico são permitidos em Alexandria. Foi quando falece o Bispo Theophilus e sobe ao bispado o Bispo Cirilo. Com o Bispo Cirilo tem inicio os confrontos com os judeus. Ao mesmo tempo Orestes ex-discipulo de Hipátia torna-se prefeito de Alexandria e converte-se ao cristianismo por interesses pessoais como ascensão ao poder.

Mesmo com todos esses eventos ocorrendo Hipátia continua suas pesquisas em relação aos Errantes (planetas).

Enquanto isso o atrito entre judeus e cristãos aumenta, após os judeus armarem uma cilada para os cristãos dentro de uma igreja aonde dezenas são mortos a pedradas por judeus. Após o Bispo Cirilo saber do incidente organiza uma resposta aos judeus. Grupos de cristãos sob ordens do Bispo Cirilo atacam os judeus e seus comércios.

O prefeito Oreste e os governantes de Alexandria não sabem o que fazer para acabar com os conflitos, pois não possuem legiões suficientes para deter as agressões mutuas dos grupos divergentes. Devido a isso os judeus fogem de Alexandria derrotados.

Hipátia que continua em seus estudos e descobre na visão do filme que os errantes seriam explicados através de elipses e não círculos. Ela tem esse vislumbre através do cone de Apolonio.

A partir de agora o Bispo Cirilo volta-se para Hipátia, pois vê nela uma oposição. Hipátia é acusada de ateísmo e bruxaria. Após ser levada para ser apedrejada pelo parabolanos, Davus, seu ex-escravo mata ela asfixiada sem que os outros parabolanos vejam e diz para eles que ela desmaiou,  pois não desejava que ela morresse apedrejada com muito mais sofrimento. Hipátia é apedrejada depois de morta, mas os parabolanos não souberam disso. 

O filme foi proibido no Egito pela censura, por conter cenas consideradas um insulto para a religião. O “Observatório Anti-difamação Religiosa” protestou contra o filme por "promover ódio ao cristianismo e reforçar falsos clichés sobre a Igreja Católica". O filme teve problemas de distribuição nos Estados Unidos da América e Itália.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

'Deuses' e heróis gregos: Ares, deus da Guerra.


Autor: Construtor CHH

Deus da guerra, uma das doze divindades do Olimpo. Filho de Zeus e Hera. De caráter brutal, amante da luta e semeador de desentendimentos entre os deuses e os mortais, Ares era desprezado pelos próprios olimpianos.

            Originário da Trácia, cujo povo era considerado pelos gregos como bárbaro, rude e inculto, jamais foi bem aceito pela sociedade helênica. Em suas batalhas, os gregos preferiam invocar Atena, deusa inspiradora de atos heroicos, executados com inteligência e astúcia. Enquanto as outras divindades participavam das lutas, protegendo um lado ou outro e salvaguardando a vida de seus heróis favoritos, Ares golpeava ao acaso; personificava a carnificina, o assassinato sem sentido, a violência gratuita. Revestido de couraça e capacete e armado de escudo, lança e espada, acompanhava-se de Deimos (o medo) e Fobos (o Terror), filhos gêmeos com a deusa Afrodite.

            Chegava num carro puxado por quatro cavalos, mas logo saltava, misturando-se aos guerreiros como qualquer mortal. Na guerra de Tróia, lutou ao lado de Heitor. Defrontando-se com Atena, que defendia o campo inimigo, insultou-a e arremessou sua espada contra a égide da deusa.  Esta afastou-se, apanhou uma pedra e lançou-a contra Ares, atingindo-o no pescoço. O deus caiu e suas armas espalharam-se no campo de batalha. Em outra ocasião, ferido por Diomedes, que graças a Atena, escapara a um golpe de sua lança, Ares fugiu para o Olimpo, onde Zeus mandou que o curassem. Raramente saía vencedor dos combates que empreendia.

            Assim aconteceu certa vez que os Aloídas, que eram gêmeos gigantes, Oto e Efialtes, filhos de Poseidon e Ifimedia para demonstrar sua força, encarceraram-no num pote de bronze, durante treze meses. Foi libertado por Hermes.

            Quando Hércules matou Cicno, um dos filhos do deus, este desafiou-o para a luta. Aproveitando-se de um descuido do adversário, o herói feriu-o gravemente na coxa. Ares, furioso, retirou-se para o Olimpo.

Em oposição à sociedade grega, que rejeitou Ares, os romanos tornaram-no a mais importante de suas divindades. Consideravam-no pai de Rômulo e Remo. Primitivamente, cultuavam-no como o deus das tempestades. Invocavam-no para impedir que seus efeitos maléficos – chuvas fortes, granizo, neve – destruíssem as plantações. Ares era uma divindade essencialmente agrícola.


Mais tarde, provavelmente identificando a ideia de força instintiva, contida na tempestade, com a violência das batalhas, os romanos transformaram-no num deus guerreiro. Essa evolução coincide com a própria evolução da história romana. Assim como a divindade passou de agrícola a guerreira, o cidadão de Roma passou de camponês a soldado. Os romanos fizeram de Ares ( os romanos o chamavam de Marte) o protetor de suas lutas e conquistas. Não planejavam qualquer empreendimento sem antes consultá-lo.

Ares não teve muito sucesso em seus amores. Perseguia deusas, Ninfas e mortais, e, quando estas o rejeitavam, violenta-as brutalmente. A mais célebre de suas aventuras amorosas foi a que envolveu Afrodite, esposa de Hefesto. De sua união nasceram Eros, Harmonia, Deimos e Fobos. Com a ninfa Aglauro, teve Alcipe; com Crisa, Flégias; com Pelópia, Cicno; com Harpina, Enômao; com Aeropa, Aeropo; com Astioquéia, Ascálafo e Iálmeno; com Pirene, Diomedes e Licaão; com Astínome, Calidão; com Protogênia, Oxilo. De modo geral, os filhos de Ares eram homens violentos, que atacavam os viajantes e praticavam atos de crueldade.

O culto de Ares não foi muito difundido na Grécia; de seus poucos santuários, o mais célebre era o Areópago. Já em Roma havia numerosas festas em seu louvor. Nas Ambarválias, celebradas no mês de maio, Ares aparecia como divindade agrícola. Essas comemorações tinham um caráter de purificação, pois os romanos acreditavam que a natureza ficava mais limpa e pura após uma forte tempestade. Depois de cada batalha vitoriosa, realizavam-se festas que destacavam o caráter militar da divindade. Os animais consagrados a Ares eram o cão e o abutre.

Inicialmente ele era representado como um guerreiro barbudo, de capacete de alto penacho e revestido de pesada armadura. Mais tarde, figuravam-no sob a forma de um jovem seminu, cujos únicos atributos de guerra eram o capacete e a lança.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Demócrito de Abdera


Nascido 460 a.C em Abdera (Grécia), falecido 370 a.C (local desconhecido).

Demócrito de Abdera é certamente mais conhecido por sua teoria atômica, mas ele também foi um excelente geômetra. Pouco sabe-se de sua vida, mas sabemos que ele foi discípulo de Leucipo.

Demócrito foi um homem viajado. Historiadores apontam sua presença no Egito, Pérsia, Babilônia e talvez mesmo Índia e Etiópia.

O próprio Demócrito escreveu:

“De todos os meus contemporâneos, fui eu quem cobriu a maior extensão em minhas viagens, fazendo as mais exaustivas pesquisas; eu vi a maioria dos climas e países e ouvi o maior número de homens sábios.”

Conta-se que certa vez, tendo indo a Atenas, Demócrito desapontou-se porque ninguém na cidade o conhecia. Qual não seria sua surpresa hoje ao descobrir que o acesso principal da cidade passa pelo Laboratório Demócrito de Pesquisa Nuclear!

Muito de Demócrito é conhecido por meio de sua física e filosofia. Apesar de não ter sido o primeiro a propor uma teoria atômica, sua visão do mundo físico foi muito mais elaborada e sistemática do que a de seus predecessores. Do ponto de vista filosófico, sua teoria atômica deu origem a uma teoria ética, baseada em um sistema puramente determinístico, eliminando assim qualquer liberdade de escolha individual. Para Demócrito, liberdade de escolha era uma ilusão, já que não podemos alcançar todas as causas que levam a uma decisão.

Já sua matemática é pouco conhecida. Sabemos que ele escreveu sobre geometria, tangentes, aplicações e números irracionais, mas nenhum desses trabalhos chegou ao nosso tempo.

O que podemos afirmar com certeza é que ele foi o primeiro a propor que o volume de um cone é um terço do volume de um cilindro de mesmas base e altura, e que o volume de uma pirâmide é um terço do volume de um prisma de mesmas base e altura.


Outro fato curioso proposto por Demócrito (como relatado por Plutarco), é o seguinte dilema geométrico:

Se cortarmos um cone por um plano paralelo à base, como serão as superfícies que formam essas seções? São elas regulares ou não? Se forem irregulares, farão o cone irregular, com reentrâncias e degraus; mas, se são regulares, as seções serão todas iguais, e o cone terá a mesma propriedade do cilindro, de ser feito de círculos similares, o que é um absurdo.

domingo, 4 de outubro de 2015

Relatório sobre o filme ‘Hans Staden’.


Autor: Contrutor CHH

            Hans Staden fez duas viagens ao Brasil, uma em 1548 e outra em 1550. Possuía um escravo chamado Guaramirim. Hans foi capturado quando procurava seu escravo o índio Guaramirim, mas Hans acaba nas mãos dos Tupinambás. Uma tribo inimiga dos portugueses, mas aliada dos franceses. Eles confundem Hans com um português e levam ele para aldeia para passar por todos os rituais antes de ser servido como alimento de vingança pela morte dos tupinambás nas mãos dos portugueses. Ao se aproximarem da aldeia todos começam a gritar ‘ ai vem chegando nossa comida’, pintam seus corpos e enfeitam-se com vários adereços, dançam e cantam ao redor de Hans Staden que está apavorado. Os homens da aldeia realizam rituais com chocalhos na tenda onde Hans é colocado e realizam uma espécie de interrogatório com ele insistindo ser ele português, enquanto Hans nega veementemente não ser português, mas eles não acreditam nele. Os índios Tupiniquins são inimigos dos Tupinambás, pois os tupiniquins apoiam e lutam ao lado dos portugueses. Hans tenta explicar o mal entendi e diz ser amigo dos franceses e não dos portugueses, pois os franceses tem aliança com os tupinambás. Hans procura refúgio em orações em sua língua natal o alemão. Após algum tempo as índias pegam Hans e raspam sua barba enquanto cantam. Os tupinambás cuidam da alimentação de Hans para que ele esteja saldável quando ser realizado o ritual antropofágico.

            Hans tenta rejeitar a comida, mas é obrigado a comer, pois senão irão sacrifica-lo e come-lo antes que emagreça. No filme podemos ver que as índias cuidam  da limpeza da aldeia, os pajés são homens, os homens da tribo é que escoltam Hans  a vários lugares. Ele bebe junto aos índios o Cauim uma bebida fermentada, feita com mandioca ou milho primeiramente mastigado pelas índias e depois cuspido em um tacho aonde a fermentação ocorre devido as enzimas presentes na saliva humana. Os tupinambás explicam a Hans que comer o inimigo é um gesto de vingança. Os índios ficam bêbados com o Cauim e Hans tem alucinações devido a bebida.

            Então Hans decide construir uma cruz para orar ao seu Deus e prática a sua fé diante da quase certa morte. Ele se ajoelha diante da cruz e ora, a noite ele interage com os índios em volta da fogueira. Tem inicio uma epidemia na aldeia, e os nativos temem que seja o Deus branco de Hans que está punido eles por terem preso seu fiel. Esperto Hans aproveita a oportunidade e utiliza a superstição dos índios e instiga a sua crença que seu Deus está deixando os tupinambás doentes. Agora eles pedem ajuda a Hans que os cure e eles não lhe faram mais mal e nem zombaram dele mais.

            Vemos que outra função das mulheres na aldeia é lamentar os mortos. Pois diante da epidemia muitos nativos morrem e o povo da aldeia encontra-se a beira do desespero. Os índios homens fabricam arcos e flechas para guerra e para a caça enquanto as mulheres fazem a comida.

            Chega então a aldeia um francês que já é amigo antigo dessa tribo tupinambá e diz que Hans é francês para o ajudar e diz que Hans não é português, Hans por ser um homem culto fala alemão, português e o tupinambá, mas não sabe falar francês o que deixa os índios com certeza de ele não ser francês e ajuda do francês acaba não sendo muito útil, principalmente pelo fato de negarem leva-lo junto com eles no navio.

            As mulheres cantam músicas para o ritual antropofágico e desenham na clava que deve ser usada no ritual para mata-lo e um guerreiro deve ser escolhido para usar a clava.

            Chega a aldeia um grupo de guerreiros que capturaram um tupiniquim seus inimigos e logo iniciam os rituais para realizar a refeição com o corpo do inimigo. Eles matam e cozinham o tupiniquim e todos comem sua carne menos Hans.
            Um grupo de portugueses vai em resgate de Hans Staden e deixam um baú com vários badulaques que os índios gostam. Os portugueses estão tentando se aproximar dos tupinambás para resgatar Hans. Os homens indígenas é que fazem as trocas com os europeus. Os tupinambás levam Hans com eles ao atacarem índios de tribos adversárias ou portugueses. Os tupinambás pegavam os portugueses que  haviam tentado resgatar Hans antes. Ao retornar a aldeia os índios haviam destruído a cruz que Hans havia construído.

            Como a epidemia se agrava entre os índios e mais deles são vitimados pela doença, os próprios índios reconstroem a cruz achando que o Deus que Hans acredita os está punindo e além de uma chuva constante que assola a região. Hans então ciente da oportunidade ora e logo após a chuva para e os nativos dão os méritos ao Deus que Hans acredita.

            A aldeia tupinambá que capturou Hans da ele de presente a outra aldeia tupinambá. Mas Hans não gosta da ideia, pois já havia escolhido uma índia da outra tribo por esposa. Então o cacique da outra tribo diz que ele deverá escolher uma dentre as mulheres de sua aldeia como esposa também.

            Então os franceses vêm buscar Hans e trazem consigo uma camisa. Tem ordens de levar Hans a todo custo para a Europa, ele já está a 9 meses com os tupinambás. Os índios da nova aldeia de Hans vão com ele até o navio francês esperando receber a promessa das mercadorias que lhes foi feita.  Hans explica para o cacique que voltará para seu país, mas retornará novamente.

Manual de Persuasão do FBI. Livro completo.




Descrição do livro

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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O Ramayana e a ponte mais antiga do mundo.



Para um melhor entendimento desta postagem leia também o texto: "A ponte de Adão ou a Ponte de Rama citada no Ramáiana é localizada."

A Ponte, Adão e a NASA.

A NASA disponibilizou uma foto obtida pela missão Space Shuttle 59 na qual se constata a existência de uma ponte, sob o Oceano Índico construído artificialmente, ligando a Índia ao Sri Lanka.

Esta ponte antiga e misteriosa fica no  Palk Strait e unia a Índia ao Sri Lanka. A ponte recentemente descoberta foi chamada de "Ponte de Adão", é feita por uma cadeia de baixios e tem 30 quilômetros de comprimento. A curvatura da ponte e a sua composição revelam que foi construída pelo homem.

 As lendas, como também alguns estudos arqueológicos, revelam que os primeiros sinais de habitantes humanos na região do Sri Lanka datam de 1.750.000 anos atrás. O que, alias, é a idade estimada da ponte. O Ramayana, um velho texto iniciático hindu, fala de acontecimentos ocorridos na época de Tetra Yuga (mais de 1.700.000 anos atrás).  Nesta epopeia, há uma menção sobre uma ponte que foi construída entre Rameshwaram (a Índia) e Srilankan, sob a supervisão de uma figura dinâmica e invencível chamada Rama que é dizem ser a encarnação do supremo.

Como tudo começou

A história principal você já deve conhecer. Primeiro homem, primeira mulher a velha serpente, o pecado, o castigo. Depois vieram os filhos. Um mata o outro e ganha o mundo. O que você não conhece é o resto da história. Segundo uma lenda muçulmana o pobre Adão, cansado de tantos problemas, amargurado e arrependido, também ganhou o mundo. E batendo aqui, batendo ali, acabou no topo da montanha Sinhalese Samanalakanda no Sri Lanka e lá, em pé, chorou seus pecados, parado no mesmo lugar por mil anos olhando aos céus em busca de redenção.


Sinhalese Samanalakanda, ou Montanha das Borboletas, fica na região central do Sri Lanka. Há no topo da montanha uma rocha, com 1,8 m onde está à pegada de Adão, segundo a tradição Muçulmana, de Buda segundo a tradição budista ou de Shiva segundo a tradição Tamil. Graças à tradição muçulmana o monte também é conhecido como Pico de Adão.

Uma outra tradição, também ligada aos muçulmanos da área, narra que a pegada foi deixada por Adão, não em mil anos, não em uma tentativa de expiração mas sim no momento em que ele tocou a terra pela primeira vez, assim que foi expulso do Éden. Segundo esta tradição, o Éden não ficava muito longe dali. O Sri Lanka era o paraíso.

Vamos, só para facilitar, ficar com a primeira tradição. E vamos voltar o Éden para a Mesopotâmia, ou na Turquia de hoje. Em fim, em algum lugar do oriente médio próximo, onde, segundo a nossa tradição ocidental, deveria estar. Se assim for, como Adão poderia ter chegado ao Sri Lanka?

A nado? Se a geografia não estiver afiada, lembro que o Sri Lanka é uma ilha, no sul da Índia. Muito bonito, grande, misterioso e milenar. Ainda assim, uma ilha. Agora chegamos em Marco Polo.

Marco Polo

Agora, para continuar nossa história, teremos que dar um pulinho de alguns milhares de anos e viajar até a China, ou quase, na comitiva de Marco Polo. Em seu diário de viagem, o explorador Veneziano, dá conta de uma linha de bancos de areia e recifes de coral chamada de Ponte de Rama ou Ponte de Adão, ligando o Sri Lanka à Índia. Não satisfeito, completa: “Agora, Está fora de uso mas, pode ser encontrada no trabalho de todos os geógrafos e historiadores orientais que tenham tratado desta parte da Índia”. Este trecho está na tradução, século XIX, do diário das viagens realizadas por Marco Polo entre os anos de 1271 e 1295.


A história não para ai. A Nasa entrou na dança.

Em 1994, durante a missão sts-59 do Edeavour, da Nasa divulgou imagens da área da ponte, onde é possível ver, claramente, uma marca do que poderia ter sido a ponte, com 30km de extensão, ligando a Índia ao Sri Lanka. Vista do alto em um dia claro e sem nuvens parece ser inegável que esta ligação por terra realmente existiu.

Do ponto de vista das religiões da Índia, a ponte foi criada por Rama para recuperar sua esposa que havia sido sequestrada. Recentemente a ponte tornou-se um objeto de adoração e acabou no tribunal com um porta voz do governo Indiano que afirmou categoricamente que a ponte não foi criada pelo homem.

Uma ponte “pré-diluviana”

Parece que os pesquisadores confirmaram que a "Ponte de Adão" é na verdade uma ponte artificial construída há 1.700 milhões de anos atrás. Localizada no Estreito de Palk, no Oceano Índico, há uma área geográfica particular, uma estreita faixa de terra que liga o sul da Índia com o Sri Lanka. Ela é chamada de "Ponte de Adão".

Acredita se ser os restos de uma antiga ponte pré-diluviana. Possivelmente, a primeira ponte já construída na Terra.

Apesar de historiadores, arqueólogos e pesquisadores acreditarem que as primeiras civilizações complexas apareceram na Terra cerca de 5000 anos atrás, hoje, com todas as descobertas que foram feitas, sabemos que a humanidade existiu muito antes do que os estudiosos tradicionais nos dizem. Através do estudo de descobertas como esta, podemos entender a complexidade de nosso passado distante. Esta ponte antiga era declaradamente transitável a pé até o século XV até tempestades aprofundaram o canal: registros do templo parecem dizer que a Ponte de Adão ficava completamente acima do nível do mar, até que quebrou em um ciclone em 1480 AD.

Vários pesquisadores não compartilham os pontos de vista tradicionais da ciência.  Pesquisadores como Robert Bauval e Graham Hancock propuseram que monumentos como os encontrados no platô de Giza são muito mais velhos do que a história está nos dizendo. Portanto, suas teorias são rotuladas como impossíveis e nem sequer são levadas em consideração. Ai está onde a ciência falha miseravelmente. Mas, que há outras dezenas de descobertas incríveis que a ciência tem rotulado como impossível, já que eles não parecem encaixar-se o ponto de vista estritamente seletivo da comunidade científica.

No entanto, existem muitas culturas antigas que falam sobre eventos catastróficos como inundações. Exemplo à civilização; Suméria, grega, chinesa, nativo americana. E muitas outras culturas. O Chimalpopoca descreveram as condições durante o Grande Dilúvio e se relacionam como pessoas tentaram escapar do desastre:

"O céu se aproximou da Terra e no espaço de um dia tudo foi alagado. Os próprios montes foram cobertos com água. ... .Um Enorme furacão destruiu árvores, montes, casas e edifícios maiores, não obstante, que muitos homens e mulheres escaparam, principalmente em cavernas e lugares onde o grande furacão não poderia alcançá-los. "

Acredita-se também que a evidência de um grande dilúvio foi gravado em monumentos ao redor do globo. Os pesquisadores sugerem que locais antigos, como o planalto de Gizé, parece ter impressionado em suas montarias, uma referência cronológica que aponta para uma catástrofe global que ocorreu mais de 13.000 anos atrás.

Dr. Badrinarayanan, o ex-diretor do Serviço Geológico da Índia realizou um levantamento desta estrutura e concluiu que era feita pelo homem. Dr. Badrinarayanan e sua equipe perfurou 10 poços ao longo do alinhamento da Ponte de Adão. O que ele descobriu foi surpreendente. Cerca de 6 metros abaixo da superfície, ele encontrou uma camada consistente de pedra calcária areia e corais como materiais. Sua equipe ficou surpresa quando descobriram uma camada de areia solta, algumas 4-5 metros mais para baixo e depois formações de rocha dura abaixo.

Uma equipe de mergulhadores desceram para examinar fisicamente a ponte. Os pedregulhos que observaram não foram compostos de uma formação marinho típica.  Dr. Badrinarayanan também indica que há evidência de pedreiras antigas nestas áreas. Sua equipe concluiu que os materiais de cada margem, foram colocados sobre o fundo arenoso da água para formar a calçada.

Como a tecnologia tem avançado, a pesquisa tornou-se muito mais fácil para os arqueólogos. Isto permitiu-lhes descobrir um número significativo de estruturas antigas, muitos dos quais não podem ser explicados com a metodologia comumente aceite por pesquisadores principais. É possível que esta recente descoberta seja mais uma evidência de que o diluvio não é um mito?

Nos últimos anos, inúmeras descobertas foram feitas que desafiam história e arqueologia. Algumas destas descobertas foram firmemente rejeitadas por pesquisadores desde que elas não parecem se encaixar na história moderna.

Uma das descobertas mais incríveis nos últimos anos tornou-se possível graças a imagens de alta definição da Terra a partir do espaço, o Google Earth é outra ótima ferramenta nos últimos anos. Segundo alguns pesquisadores, uma das peças mais marcantes de evidências de uma civilização que floresceu antes do cataclismo, 13 mil anos atrás, é representado pelo que é a "Ponte de Adão".

De acordo com a tradição hindu, este "faixa de terra" é uma ponte construída pelo deus hindu Rama, como disse no épico hindu Ramayana. Na verdade, desde os tempos antigos, é conhecida como a "Ponte de Rama" ou "Rama Setu".

O épico indiano Ramayana conta a história da ponte da terra e como ela foi construída para servir ao deus hindu Rama, a fim de ajudá-lo a atravessar a água para alcançar a grande ilha e resgatar sua amada das garras do rei demônio Ravanna. É uma história de amor, atos de coragem e construções incríveis como parece.

Rama é uma das manifestações do deus Supremo e é reconhecida como a imagem, o espírito e a consciência do hinduísmo, uma das religiões mais antigas do mundo.

As histórias que são muitas vezes interpretadas como fatos da vida de Rama, são narrados no Ramayana, uma epopeia antiga em sânscrito, literalmente traduzido para "A viagem de Rama", que fala de um tempo em que os deuses a bordo de navios (Vimanas) e gigantes andaram na terra.

Dr. TS Badrinarayanan, ex-diretor do Serviço Geológico da Índia, realizou uma análise da estrutura e concluiu que é de origem artificial. Sua equipe concluiu que os materiais dos dois bancos foram colocados no fundo de areia para formar uma ponte. Este é aparentemente visível nas imagens fornecidas pela NASA.

A parte mais interessante é que "A ponte de Rama", como tem sido chamada, tem atraído à atenção de empresas de construção e até um prefeito que já identificou o seu potencial incrível. O governo indiano parece ser extremamente interessado também. Alguns acreditam que esta ponte "artificial" precisa ser "renovada" e uma vez que recuperar a sua antiga função, ela pode proporcionar muitos benefícios econômicos e sociais para a região.

Seguindo a linha da ponte algum tipo de canal pode ser construído, facilitando o tráfego marítimo nas águas difíceis relativas da região. A ponte tornaria possível criar estradas e ferrovias e poderia servir como base para um gigantesco centro de marés, aproveitando as forças de maré que gerariam grandes quantidades de eletricidade.


terça-feira, 29 de setembro de 2015

A “Ponte de Adão” ou “Ponte de Rama” citada no Ramáiana é localizada.


"Ponte de Adão" ou "Ponte de Rama."

A NASA capturou imagens de uma misteriosa e antiga ponte entre a Índia e o Sri Lanka. A ponte era transitável a pé supostamente até 1480 d.C, quando um ciclone de  areia  a destruiu.

Esta ponte recém-descoberta tem-se verificado ser feita de uma cadeia de calcário. Sua curvatura única e composição por idade revela que é feita pelo homem. Atualmente, a ponte nomeada como Ponte de Adão (mais popularmente conhecido como Setubandha) possuí cerca de 18 milhas (30 km) de comprimento.


A "Ponte de Rama" fica entre a ilha de Pamban na Índia e a Ilha de Mannar no Sri-Lanka.

A ponte de Adão também é chamada ponte de Rama porque está escrito no Ramáiana que foi construída para permitir a Rama atingir a ilha de Lanka onde a sua esposa Sita estava prisioneira do rei-demônio Ravana.

Esta informação é um aspecto crucial para uma visão sobre a lenda misteriosa chamada Ramayana, segundo a qual a ponte foi construída sob a supervisão de Rama.


Ilha de Danush Kodi, fim do subcontinente indiano frente ao Sri Lanka.

Esta ponte começa na Índia, na ilha de Dhanushkodi Pamban e termina na ilha de Mannar no Sri Lanka. A profundida entre a Índia e o Sri Lanka é de apenas 3 a 30 pés (1-10 metros) de profundidade. Devido às águas rasas, esta ponte apresenta um problema para a navegação de grandes navios que não podem viajar nas águas rasas do canal Pamban.

A ponte foi mencionada por Ibn Khordadbeh no seu Livro de Estradas e Reinos chamando-lhe Set Bandhai ou "Ponte do Mar". Mais tarde surge referida em trabalhos do século XI, por Al-Biruni.


Vista aérea da "Ponte de Adão".

O nome Ponte de Adão provavelmente provém de uma lenda islâmica, de acordo com a qual Adão teria usado a ponte para atingir o Pico de Adão no Sri Lanka, onde ficou apoiado sobre um só pé durante um milhar de anos, deixando uma grande marca que se assemelha a uma pegada. Tanto o pico como a ponte receberiam, pois o nome de Adão por causa desta lenda. O nome Ponte de Rama ou Rama Setu (sânscrito; setu: ponte) foi dado a esta ponte de baixios em Rameshwaram, na mitologia hindu identificando-a com a ponte construída pelo exército de Rama formado por homens-macacos ditos Vanara, usado para chegar a Ceilão para salvar a sua esposa Sita do rei Rakshasa, Ravana, como descreve o épico sânscrito Ramáiana


Índia ao norte, Sri Lanka ao sul.

O mar que separa Índia e Ceilão é chamado Sethusamudram "Mar da Ponte". Mapas de um cartógrafo neerlandês de 1747, disponíveis em Tanjore na biblioteca Saraswathi Mahal designam a área de Ramancoil, forma coloquial do termo tamil Raman Kovil (templo de Rama) Outro mapa da Índia Mogol de J. Rennel em 1788, na mesma biblioteca, chama a área de "Rama Temple". Muitos outros mapas presentes no atlas histórico Schwartzberg's  e outras fontes chamam à área nomes como Koti, Sethubandha e Sethubandha Rameswaram, entre outros. Valmiki Ramayan chamou à ponte construída por Rama Setu Bandhanam no verso 2-22-76.


Vista geral da "Ponte de Adão" ou "Ponte de Rama."

O mapa mais antigo que chama à zona "Ponte de Adão" foi concebido por um cartógrafo britânico em 1804.

Há um impasse entre os geólogos. Alguns geólogos argumentam que esta estrutura é natural enquanto outros sustentam que é feita por mão humana. O Supremo Tribunal de Madras afirmou numa ocasião que a estrutura era artificial.
A descoberta desta ponte não é apenas importante para os arqueólogos, mas também dá uma oportunidade para que o mundo saiba uma história antiga ligada à mitologia indiana.


domingo, 27 de setembro de 2015

As Crônicas de Nárnia. Vol. VII. A Última Batalha. Livro completo.


Nos últimos dias de Nárnia, lá para as bandas do Ocidente, depois do Ermo do Lampião e bem pertinho da grande cachoeira, vivia um macaco. Ele era tão velho que ninguém se lembrava quando foi que aparecera por aquelas bandas. E era o macaco mais enrugado, feio e astuto que se pode imaginar. Ele morava numa casinha de madeira coberta de folhas, empoleirada num dos galhos mais altos de uma grande árvore. Seu nome era Manhoso. Naquele recanto da floresta havia bem poucos animais falantes, homens, anões ou qualquer tipo de gente. Apesar disso, Manhoso tinha um vizinho, que era também seu amigo, um jumento chamado Confuso.






As Crônicas de Nárnia. Vol. VI. A Cadeira de Prata. Livro completo.



Era um dia tristonho de outono e Jill Pole estava chorando atrás do ginásio de esportes. Chorava porque alguém andara mexendo com ela. Como não vou contar uma história de escola, tratarei de falar o mais depressa possível sobre o colégio de Jill, assunto que não é nada simpático. Era um “colégio experimental” para meninos e meninas. Os diretores achavam que as crianças podiam fazer o que desejassem. Infelizmente, porém, havia uns dez ou quinze da turma que só queriam atormentar os outros. Lá acontecia de tudo: coisas horríveis que, numa escola comum, seriam descobertas e punidas. Mas ali, não.


As Crônicas de Nárnia. Vol. V. As viagens do Peregrino da Alvorada. Livro completo.



Era uma vez um garoto chamado Eustáquio Clarêncio Mísero, e na verdade bem merecia esse nome. Os pais diziam Eustáquio Clarêncio, e os professores, apenas Mísero. Não posso dizer como era chamado pelos amigos, pois não tinha amigos. Não tratava o pai e a mãe por papai e mamãe, mas por Arnaldo e Alberta. Os pais eram gente moderna, de ideias abertas.  Vegetarianos, não fumavam nem bebiam, e usavam roupa de baixo de fabricação especial. Havia muito pouca mobília em sua casa, pouquíssima roupa de cama e mantinham sempre as janelas escancaradas.


As Crônicas de Nárnia. Vol. IV. O Príncipe Cáspian. Livro completo.


Era uma vez quatro crianças – Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia – que se meteram numa aventura extraordinária, já contada num livro que se chama O leão, a feiticeira e o guarda-roupa. Ao abrirem a porta de um guarda-roupa encantado, viram-se num mundo totalmente diferente do nosso, e nesse mundo, um país chamado Nárnia, tornaram-se reis e rainhas. Durante a permanência deles em Nárnia acharam que tinham reinado anos e anos; mas, ao regressarem pela porta do guarda-roupa à Inglaterra, parecia que a aventura não tinha levado quase tempo algum. Pelo menos ninguém notara a sua ausência, e eles nunca contaram nada a ninguém, a não ser a um adulto muito sábio. Tudo isso tinha acontecido havia um ano.


As Crônicas de Nárnia. Vol. III. O Cavalo e seu Menino. Livro completo.



Conta-se aqui uma aventura que começou na Calormânia e foi acabar em Nárnia, na Idade do Ouro, quando Pedro era o Grande Rei de Nárnia e seu irmão também era rei, e rainhas suas irmãs. Vivia naqueles tempos, numa pequena enseada bem ao sul da Calormânia, um pobre pescador chamado Arriche; com ele morava um menino que o chamava de pai. O nome do menino era Shasta. Quase todos os dias, Arriche saía de manhã para pescar e, à tarde, atrelava o burro a uma carroça e ia vender os peixes no vilarejo que ficava cerca de um quilômetro mais para o sul. Quando a venda era boa, ele voltava para casa com o humor um pouco melhor e nada dizia a Shasta. Mas quando a venda era fraca descobria defeitos no menino e às vezes até o espancava. Sempre havia motivos para achar malfeitos, pois Shasta vivia cheio de coisas para fazer: remendar ou costurar as redes, fazer a comida, limpar a cabana em que moravam...