Mary Leakey (Londres, 6 de fevereiro de 1913 – 9 de dezembro de 1996)
foi uma arqueóloga e antropóloga do Reino Unido.
Descobriu os primeiros fósseis do Proconsul, um gênero de primatas
fósseis que viveram no Mioceno africano, de 14 a 18 milhões de anos atrás. O
proconsul é considerado um antropoide muito primitivo que já apresentava traços
dos símios, como a ausência de cauda, mas ainda conservava alguns dos macacos.
Leakey nasceu em 6 de fevereiro de 1913, em Londres e morreu em 9 de
dezembro de 1996 no Quênia. As primeiras pesquisas e descobertas da arqueóloga
foram publicadas pelo seu marido, Louis S. B. Leakey.
Era filha de um pintor que viajava o mundo retratando paisagens, Mary
Leakey desenvolveu gosto pela aventura logo cedo. Em 1925, aos 12 anos, começou
a escavar uma caverna na França, onde sua família estava morando. Seu interesse
pela pré-história foi desperto, e ela passou a colecionar as ferramentas que
encontrava, criando seu primeiro sistema de classificação. Por parte de mãe,
Leakey era prima de um arqueólogo.
Mary Leakey também fazia ilustrações dos objetos que encontrava. Em
1932, seu trabalho chamou a atenção da famosa arqueóloga Gertrude
Caton–Thompson, que a convidou para acompanhá-la em suas jornadas. Como artista
e arqueóloga amadora, a britânica participou de expedições; em uma delas,
conheceu Louis Leakey, que precisava de uma ilustradora. Enquanto trabalhavam
juntos, eles se apaixonaram e mantiveram um romance, apesar de Louis estar
casado à época.
Louis e Mary Leakey tiveram três filhos ao longo da década de 1940. Os
garotos passaram a maior parte da infância em sítios arqueológicos. Os Leakeys
faziam escavações e explorações como uma família. Em 1960, ela se tornou
diretora de escavações na garganta de Olduvai, na África. Com a morte do
marido, em 1972, Mary e os três filhos mantiveram vivo o interesse pela
arqueologia, criando uma tradição na área como a família Leakey.
Mary morreu em 9 de Dezembro de 1996, 83 anos de idade, paleoantropóloga
de renome, que não só realizou uma pesquisa significativa de sua própria, mas
tinha sido de valor inestimável para as carreiras de investigação de seu marido
Louis Leakey e seus filhos Richard, Philip and Jonathan.
Em
1948, Maria encontrou o primeiro fóssil verdadeiramente importante de sua
carreira como arqueóloga, o Proconsul africanus. O fóssil consistia de metade do
crânio, as maxilas superior e inferior, e todos os dentes.
Mary e Louis examinando fóssil de Zinjanthropus boisei. Imagem: Notícias Terra.
A
primeira grande descoberta de Mary revelou um símio extinto, que se acredita
ser um ancestral muito antigo dos seres humanos. O gênero Proconsul de primatas hoje tem quatro espécies
conhecidas.
Em
1959, Mary descobriu um crânio de hominídeo, que ela reconstruiu a partir de
centenas de fragmentos, e seu marido chamou de Zinjanthropus Bosei (mais tarde reclassificado para Australopithecus boisei).
O
fóssil mostrou pela primeira vez a grande antiguidade dos hominídeos na África.Australopithecus bosei foi datado com 1,75 milhão de anos, e
mudou radicalmente o conceito da linha do tempo da evolução humana. A
descoberta de Mary foi importante, na medida em que chamou a atenção e
financiamento da Sociedade Nacional de Geografia nos EUA, garantindo a
continuação de sua investigação.
Em
1961, Mary encontrou restos de um grande hominídeo com cérebro que viveu ao
mesmo tempo que o Australopithecus, mas pertencente ao gênero Homo, chamado de
Homo habilis, o primeiro que usava ferramentas. Após
a morte de seu marido Louis, em 1972, Mary viveu o momento mais emocionante de
sua carreira, nos anos de 1976 e 1977.
Cerca
de 48 quilômetros ao sul da Garganta de Olduvai (leste da África) em um local
chamado Laetoli (Tanzânia), Mary e sua equipe encontraram pegadas de hominídeos
surpreendentemente bem preservadas em camas vulcânicas. As pegadas pareciam
combinar com os fósseis encontrados na mesma área, que pertenciam à espécieAustralopithecus afarensis (2,9 a 3,5 milhões de anos atrás). A
descoberta provou além de qualquer dúvida razoável que os extintos
australopitecos andavam eretos.
Durante este mesmo período de tempo, Mary e sua equipe também
encontraram restos de 25 hominídeos ancestrais e um conjunto de 15 novas
espécies de animais, uma das mais abundantes descobertas de fósseis da
história.
LIVROS PUBLICADOS
Excavations at Njoro River Cave, 1950, with Louis.
Olduvai Gorge: Excavations in Beds I and II, 1960-1963, 1971.
Olduvai Gorge: My Search for Early Man, 1979.
Africa's Vanishing Art: The Rock Paintings of Tanzania, 1983.
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