Amostra da aula dada aos seus alunos da oitava série. Clique na imagem para ampliar. Imagem: https://www.facebook.com/AnaCampag
Não é raro encontrar pessoas que, inocentemente, afirmam que Nazismo é de direita e que não era Socialista. Nem sei o que pensar de pessoas assim. Recentemente uma professora de história chamada Ana Caroline deu uma verdadeira aula de historia para seus alunos da oitava série.
Abaixo a transcrição do texto:
A ideologia
nazista era baseada no comunismo como afirmava o próprio Hitler ao dizer:
“aprendi muito com o comunismo.” Podemos encontrar muitas das ideias do nazismo
descritas no livro “Mein Kampf” (Minha Luta) do chanceler da Alemanha. Iniciado
na Alemanha uma década após a Revolução Socialista da Rússia, a ideologia
nazista se assemelhava profundamente ao comunismo. Na Rússia encontramos um
socialismo que pretendia ser internacional, enquanto o socialismo alemão era
nacional. Enquanto o comunismo pretende criar um novo homem baseado numa falsa
sociologia, o nazismo espera o surgimento de um novo homem com base em uma
falsa biologia. Os dois, no entanto, ambicionam ser científicos (ter respaldo na
ciência).
A professora nada mais fez que desenterrasse
os discursos de Adolf Hitler, socialista e pai, óbvio, do Nazismo. Veja:
“Eu aprendi muito do marxismo, e eu não sonho esconder isso. (…) O
que me interessou e me instruiu nos marxistas foram os seus métodos (…) Todo o
Nacional Socialismo está contido lá dentro (…) O nacional socialismo é aquilo
que o marxismo poderia ter sido se ele fosse libertado dos entraves estúpidos e
artificiais de uma pretensa ordem democratica”
(Adolfo Hitler, apud Hermann Rauschning,
Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, pp.211- 212).
Em tempo:
“Eu não sou apenas o
vencedor do marxismo. Se se despoja essa doutrina de seu dogmatismo
judeu-talmúdico, para guardar dela apenas o seu objetivo final, aquilo que ela
contém de vistas corretas e justas, eu sou o realizador do marxismo”.
(Adolfo Hitler, apud Hermann
Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, pp. 211).
Claro
que os socialistas, terroristas de plantão que são, querem por tudo infernizar
a vida da jovem professora anticomunista, antifeminista e uma digna e bela
mulher que apenas ama a verdade.
Marxistas,
humanistas, progressistas, obamistas e neo ateus (o que dá tudo no mesmo)
adoram fantasiar o passado da Alemanha Nazista para chamá-los de “extrema
direita”. E o que faz um cético político? Obviamente, vai investigar a
alegação.
Nada
melhor que começar com uma análise do PROGRAMA DO PARTIDO NACIONAL SOCIALISTA DOS TRABALHADORES
ALEMÃES, publicado em 24 de fevereiro
de 1920, no Hofbrauhaus-Festsaal em Munique. Esse é o paradigma que deu
sustentação à todas as ações de Hitler, incluindo o Holocausto Judeu. Não há
nada melhor para estudar o cerne da mente nazista do que estudar este
documento.
Para cada um dos 25 termos do
programa, iniciarei meus comentários com a explicitação de com
qual ideologia o nazismo se alinha, podendo ser “Neutro”, “Direita”
ou “Esquerda”. (É
interessante notar que os pontos iniciais são neutros, mas do décimo para
frente à coisa definitivamente se avermelha de vez).
Politicamente irmãos. Imagem: http://liberdadeeconomica.com/home/2013/06/01/ana-caroline-esta-sim-e-uma-professora-de-historia/
Comecemos:
25 TERMOS DO PROGRAMA DO
PARTIDO NACIONAL SOCIALISTA DOS TRABALHADORES ALEMÃES.
1. Nós
exigimos a união de todos os alemães numa Grande Alemanha com base no princípio
da autodeterminação de todos os povos.
Neutro. Não é possível
qualificar o ponto acima como algo relacionado nem a Esquerda como à Direita.
2. Nós
exigimos que o povo alemão tenha direitos iguais àqueles de outras nações; e
que os Tratados de Paz de Versalhes e St. Germain sejam abolidas.
Neutro. É, como se nota, o
esquerdismo ainda não se manifestou, mas muito menos uma concepção de mundo que
possa ser qualificada como “de direita”.
3. Nós
exigimos terra e território (colônias) para a manutenção do nosso povo e o
assentamento de nossa população excedente.
Neutro, tendendo à Esquerda. Por
enquanto, temos apenas um país reconhecendo seu aspecto belicista, e avisando
que vai botar para quebrar, o que qualifica o ponto acima como parcialmente
neutro. Entretanto, a promessa de “garantir a manutenção do povo”, através da
ação do estado, é uma abordagem esquerdista.
4. Somente
aqueles que são nossos compatriotas podem se tornar cidadãos. Somente aqueles
que têm sangue alemão, independente do credo, podem ser nossos compatriotas.
Por esta razão, nenhum judeu pode ser um compatriota.
Neutro. A filosofia do
período, tanto esquerdista quanto de direita, não pregava a exclusão dos
judeus. Alguns poderiam dizer que Marx teria dito que os judeus “pereceriam no
holocausto”, mas ele queria dizer com isso que os judeus deixariam de ter uma
identidade de povo (como todos os outros povos deveriam fazê-lo) para se juntar
à revolução. Marx não tinha nada contra os judeus, apenas contra o fato de
terem uma “identidade judaica”, quando para ele deveriam ter uma identidade de
classe (proletários X burgueses). Mesmo assim, a qualificação de um grupo (os
judeus) como bodes expiatórios de todos os males é uma extensão da filosofia de
guerra de classes de Marx. Mas, por questão de caridade, deixarei este ponto
como neutro.
5. Aqueles
que não são cidadãos devem viver na Alemanha como estrangeiros e devem ser
sujeitos à lei de estrangeiros.
Neutro. Alguns difamadores da
esquerda diriam que esta é uma proposta de direita, principalmente pelo fato de
alguns Republicanos nos Estados Unidos terem sido contra a imigração ilegal.
Entretanto, coibir a imigração ilegal não é o mesmo que definir os estrangeiros
como não-cidadãos.
6. O
direito de escolher o governo e determinar as leis do Estado pertencerá somente
aos cidadãos. Nós portanto exigimos que nenhuma repartição pública, de qualquer
natureza, seja no governo central, na província, ou na municipalidade, seja
ocupada por qualquer um que não seja um cidadão. Nós combatemos a
administração parlamentar corrupta pela qual homens são indicados para vagas
por favor do partido, não importando caráter e aptidão.
Neutro. É a extensão do ponto
anterior.
7. Nós exigimos
que o Estado especialmente se encarregará de garantir que todos os cidadãos
tenham a possibilidade de viver decentemente e recebam um sustento. Se não
puder ser possível alimentar toda a população, então os estrangeiros (não
cidadãos) devem ser expulsos do Reich.
Esquerda. Enfim, começou a
ladainha. Aqui temos a criação de bodes expiatórios para, no caso da população
precisar de sustento, jogar neles as culpas pela penúria que porventura a
população passasse. Este truque (o da guerra de classes) é essencialmente
esquerdista.
8. Qualquer
imigração adicional de não alemães deve ser prevenida. Nós exigimos que todos
os não alemães que entraram no país desde 2 de Agosto de 1914 sejam forçados a
deixar o Reich imediatamente.
Neutro. Esta medida era contextual,
em um período que a Alemanha passava dificuldades após a Primeira Guerra
Mundial. Uma medida abjeta, diga-se, mas que não é diretamente sustentada nem
pela filosofia de direita e nem a de esquerda.
9. Todos
os cidadãos devem possuir iguais direitos e deveres.
Direita. Esta é uma abordagem
essencialmente direitista. Já os esquerdistas pregam que alguns devem ter mais
direitos que os outros. Um exemplo está na recente questão da causa gayzista, a
PL 122. Com essa proposta, os gayzistas querem que seja proibida a crítica aos
gays. Isso é dar mais direito a um grupo em detrimento de outro. Podemos (e
devemos) contestar os critérios que os alemães usaram para definir quem seria
um cidadão – e, como falarei mais profundamente na conclusão, este foi um truque
para usar o princípio de forma distorcida. Mas, em essência, dar direitos e
deverem iguais para todos os cidadãos é uma ação com o DNA da direita.
10. O
primeiro dever de todo cidadão deve ser trabalhar mental ou fisicamente. Nenhum
indivíduo fará qualquer trabalho que atente contra o interesse da comunidade
para o benefício de todos.
Esquerda. Coletivismo em detrimento do individualismo é uma
manifestação 100% esquerdista. Isso pode ser evidenciado na idéia obsessiva de
Karl Marx da guerra de classes, em que ele visualizava grandes “blocos
coletivos”, ao invés de indivíduos lutando por seus interesses.