Em pouco tempo, todas as secretárias do edifício estavam usando o que ela chamava de “erro fora”. Um vendedor de material de escritório encorajou-a a produzir industrialmente o líquido, mas as empresas de marketing não se impressionaram e as companhias (entre elas a IBM) recusavam terminantemente. Mas as secretárias continuavam gostando do produto, e a cozinha de Nesmith se transformou na primeira instalação de sua fábrica. Os pedidos começaram a chegar, e ela contratou um estudante universitária para ajudar a vender o produto. Mas não era fácil para suas vendedoras inexperientes. “As pessoas jamais vão pintar seus erros para apagá-los”, dizia um distribuidor.
Os arquivos relevam que, de agosto de 1959 a abril de 1960, a entrada total da companhia foi de US$ 1.142,71 e suas despesas foram de US$ 1.217,35. “Não sei como consegui”, disse Bette. Ela trabalhava em tempo parcial como secretária, conseguindo pagar a conta do armazém e ainda salvar US$ 200 para pagar um químico para desenvolver uma fórmula de secagem rápida.
Bette Nesmith. Mãe e empreendedora!
Depois do produto ter sido melhorado, Nesmith começou a percorrer o pais com seus vidrinhos brancos. Parava em cidades pequenas, médias e grandes. Ela escreveu que ao chegar a uma cidade: “pegava a lista telefônica e copiava o nome dos distribuidores. Depois telefonava. Ià a loja de cada distribuidor que aceitasse o produto e deixava 12 vidros”. Finalmente começava a chover pedidos, e a Corporação Liquid Paper levantou voo. Quando Bette vendeu a companhia em 1979, aquelas garrafinhas brancas estavam rendendo US$ 3,5 milhões por ano, em vendas brutas de US$ 38 milhões e a empresa Gillett & Cia pagou US$ 47 milhões pela firma.
As pessoas de maior sucesso na vida são frequentemente semelhantes a Bette Nesmith. Vivem uma vida bastante comum até que ocorre um pequeno exito. Neste momento, ao contrario da maioria das pessoas, elas transformam aquela vitória em um progresso maior. Possuem o que um consultor de administração chamou de “tendência a repetir”. Isto é uma vez que vêem a si mesmo tendo sucesso, elas decidem duplicar o progresso em ambientes mais amplos. Os especialistas em motivação encorajam esse sucesso, porque tem o efeito de uma bola de neve. Eles estudam as pessoas, procurando pelas qualidades que outros subestimaram; e depois, quando algum pequeno progresso começa a acontecer no trabalho da pessoa, eles sabem como transformá-lo em existos maiores. Um provérbio judeu recomenda: “Quando a sorte entra, ofereça-lhe uma cadeira!”
Você quer saber mais?
Allan Loy McGinnis, Como despertar o melhor das pessoas, 1993, Editora Sinodal
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