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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Discurso sobre o método de René Descartes.

Robson Stigar

Introdução

Percebe-se no livro Discurso sobre o método de René Descartes que o mesmo é um filosofo cuja característica é o seu temperamento matemático, sua preocupação era com a ordem, a clareza e a distinção. Percebe-se que Descartes preocupava-se também em manter a sua filosofia positiva e concreta, contudo de modo simples e claro. Descartes propôs fazer uma ciência essencialmente pratica e não especulativa, queria disciplinar a ciência e isso seria possível com um bom método. Esse método seria universal, inspirado no rigor matemático e racionalista.

Suas obras principais são tidas como clássicas são elas: Regras para a orientação do espírito – 1628 (primeiros conceitos do método cartesiano), Geometria – 1637 - (estudos e reflexões sobre a matemática, a física e a geometria), Discurso do Método – 1637 (instruções de como conduzir a razão, como buscar a verdade na ciência), Meditações – 1641 (expande as reflexões do discurso do método cartesiano).

Pensamento

Descartes propôs que sempre devemos duvidar de tudo em todos os momentos. Afirmava que era necessário distinguir o verdadeiro do falso. O método cartesiano põe em dúvida tanto o mundo das coisas sensíveis quanto o das inteligíveis, ou seja, duvidar de tudo, As coisas só podem ser apreendidas por meio das sensações ou do conhecimento intelectual. A evidência da própria existência – o "penso, logo existo" – traz uma primeira certeza. A razão seria a única coisa verdadeira da qual se deve partir para alcançar o conhecimento. Diz Descartes "Eu sou uma coisa que pensa, e só do meu pensamento posso ter certeza ou intuição imediata".

Para reconhecer algo como verdadeiro, ele considera necessário usar a razão, o raciocínio como filtro e decompor esse algo em partes isoladas, em idéias claras e distintas, ou seja, propõe fragmentar, dividir o objeto de estudo a fim de melhor entender, compreender, estudar, questionar, analisar, criticar, o todo, o sistema. Enfim experimentar na esfera da ciência e da razão, isto é estudar empiricamente, cientificamente, historicamente e racionalmente.

Para garantir que a razão não se deixe enganar pela realidade, tomando como evidência o que de fato pode não passar de um erro de pensamento ou ilusão dos sentidos, Descartes formula sua segunda certeza: a existência de Deus. Entre outras provas, usa a idéia de Deus como o ser perfeito. A noção de perfeição não poderia nascer de um ser imperfeito como o homem, mas de outro ser perfeito, argumenta. Logo, se um ser é perfeito, deve ter a perfeição da existência. Caso contrário lhe faltaria algo para ser perfeito.

Portanto, Deus existe. Essas conclusões são possíveis a partir da sua metafísica. A metafísica de Descartes é buscar a identidade da matéria e espaço, o mundo tem uma extensão infinita, o mundo é constituído pela mesma matéria em qualquer parte, o vácuo é algo impossível.

"O poder de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso, o que é propriamente o que se denomina o bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens; e que assim a diversidade das opiniões não convém de serem uns mais razoáveis do que os outros, mas somente de que conduzimos nossos pensamentos por caminhos diversos e não consideramos as mesmas coisas"" (DESCARTES, 1637)

O método seria um instrumento, que bem manejado levara o homem a verdade, esse método consiste em aceitar apenas aquilo que é certo e irrefutável e conseqüentemente eliminar todo o conhecimento inseguro ou sujeito a controvérsias. O objetivo de Descartes era de abranger numa perspectiva de conjunto unitário e claro, todos os problemas propostos a investigação cientifica.

O fundamento principal da filosofia cartesiana consiste na pesquisa da verdade, com relação a existência dos "objetos", dentro de um universo de coisas reais. O método cartesiano esta fundamentado no principio de jamais acreditar em nada que não tivesse fundamento para provar a verdade. Com essa regra nunca aceitara o falso por verdadeiro e chegará ao verdadeiro conhecimento de tudo.

Descartes parte do cogito (pensamento) que faz parte do seu interior, colocando em duvida a sua própria existência para chegar a uma certeza sobre a concepção de homem, o qual faz um novo pensar sobre a problemática (homem) considerando duas principais substancias existentes, que são o corpo e a alma que se unem em uma união fundamental porem distintas entre si.

Sobre a questão do método Descartes afirma:

O primeiro era não receber jamais como verdadeira qualquer coisa sem antes a conhecer evidentemente como tal; isto é, evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e não incluir nos meus julgamentos nada que se não apresentasse tão clara e distintamente ao meu espírito que não tivesse nenhuma ocasião de o por em dúvida. O segundo, dividir cada uma das dificuldades que tivesse que examinar no maior número possível de parcelas que se tornassem necessárias para melhor as resolver. O terceiro, em boa ordem os meus pensamentos, começando pelos objetivos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir pouco a pouco, como por degraus, até ao conhecimento dos mais complexos, e admitindo mesmo certa ordem entre aqueles que não precedem naturalmente uns aos outros. E no último, fazer a propósito de tudo recenseamentos tão completos e revisões tão gerais que me sentisse certificado de nada omitir." (DESCARTES.1637)

O objetivo de Descartes é a pesquisa de um método adaptado a conquista do saber, descobre esse método que tem como objetivo a clareza e a distinção, ou seja, com isso quer ser mais objetivo possível, imparcial, quer fundamentar o seu pensamento em verdades claras e distintas. Para isso, de acordo com o seu método, devem ser eliminadas quaisquer influencias de idéias que muitas vezes não são verdadeiras, mas que são tidas como mitológicas e por fim muitas vezes acabamos aceitando tais mitos sem que nunca tenhamos comprovado de fato. Só devemos nos basear em enunciados claros e evidentes.

Essa metafísica cartesiana ou método cartesiano nos diz de que é feito e como é feito o mundo. O método cartesiano revoluciona todos os campos do pensamento de sua época, possibilitando o desenvolvimento da ciência moderna e abrindo caminho para o ser humano dominar a natureza. A realidade das idéias claras e distintas, que Descartes apresentou a partir do método da dúvida e da evidência, transformou o mundo em algo que pode ser quantificado. Com isso, a ciência, que até então se baseava em qualidades obscuras e duvidosas, a partir do início do século XVII torna-se matemática, capaz de reduzir o universo a coisas e mecanismos mensuráveis, que a geometria pode explicar. Descarte propõe uma espécie de ceticismo para as coisas, tudo tem que ser duvidado, experimentado.

Descartes dividiu a realidade em res conngitas (consciência e mente) e res extensa (corpo e matéria). Acreditava que Deus criou o universo como um perfeito mecanismo. Em relação à ciência, Descartes desenvolveu uma filosofia que influenciou muitos, até ser passada pela metodologia de Newton. Ele propunha, por exemplo, que o universo era pleno e não poderia haver vácuo, o vácuo é algo impossível. Descartes acreditava que a matéria não possuía qualidades inerentes, mas era simplesmente o material bruto que ocupava o espaço. Descartes propunha a criação de um método para chegar a verdade cientifica, pois a duvida não pode jamais existir, tem que haver certeza, lógica e razão na ciência.

Para Descartes, nem os sentidos, que podem enganar-nos, nem as idéias, que são confusas, podem nos dar certezas e, portanto, nos conduzir ao entendimento da realidade. Por isso, com a finalidade de estabelecer um método de pensamento que permita chegar à verdade, desenvolve um sistema de raciocínio que se baseia na dúvida metódica e não pressupõe certezas e verdades. Com base nisso reconstrói o universo da metafísica clássica com a idéia de que a essência do ser humano esta no pensamento.

Conclusão

A ciência cartesiana busca de maneira analítica estudar as partes de um todo, ou seja, estudar apenas a parte de um objeto, deixando de lado o todo, isto é dividir, fragmentar. Porem essa ciência cartesiana, não foi a ciência que Descartes procurou desenvolver, Descartes propôs sim a fragmentação, a divisão, a particularidade, mas sempre pensando no todo, num ser completo.

A ciência e os racionalistas de maneira geral perderam essa idéia de totalidade, sempre em buscas de avanços tecnológicos e científicos foram cada vez mais se especializando em algo e esquecendo a totalidade.

Bibliografia

ABAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Ed. Martins Fontes. São Paulo. 1998.

VALÉRY, Paul. O pensamento vivo de Descartes. Coleção O Pensamento Vivo. Martins Fontes, SP. 1967

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Satélite Planck revela novos aglomerados de galáxias

Precisão do satélite Planck permite a observação de galáxias escondidas

Astrofísicos europeus anunciam a descoberta de conjuntos de galáxias distantes bilhões de anos-luz da Terra. Dados coletados pelo satélite europeu Planck ajudam a entender a evolução do Universo.

O satélite Planck, lançado em 2009 pela Agência Espacial Europeia (ESA) com a finalidade de pesquisar radiação cósmica de fundo em microondas, tem rendido novas descobertas astronômicas, afirmaram astrônomos europeus esta semana.

Distante 1,5 milhão de quilômetros da Terra, a sonda espacial tem apresentado evidências da existência de um aglomerado de galáxias escondido a bilhões de anos-luz e que produz estrelas numa velocidade muito maior do que o conhecido.

"O que acontece é que, em galáxias empoeiradas, temos a formação de estrelas, [e estas passam] a maior parte do tempo cobertas pela poeira, dentro da galáxia que você está observando", explica David Clements, professor de física no Imperial College London.

Com o satélite Planck, os cientistas são capazes de fazer uso dessa poeira, que "reprocessa" a energia da estrela e a devolve como energia infravermelha, acrescenta Clements.

Outros telescópios, como o Hubble, observam a formação de estrelas fazendo uso apenas da luz visível (luz branca). Isso quer dizer que, com os telescópios tradicionais, cientistas podem ver apenas a metade do total de energia produzido pelos fenômenos estelares do universo.

"É uma forma direta de relatar a evolução das galáxias nessa metade perdida", diz o professor. "Você pode completar a história oculta do universo, porque existe essa quantidade de energia surgindo da poeira, há esse monte de estrelas se formando, as quais você não pode ver com a luz visível", explica.

O satélite Planck pode detectar "poeira fria", ou partículas de poeira com uma temperatura de aproximadamente 20 graus Kelvin, ou -243 graus Celsius, e que representam os primeiros estágios do desenvolvimento estelar. O Planck descobriu mais de 900 agrupamentos de poeira fria na Via Láctea.

Entre outros resultados, o satélite também coletou dados sobre aglomerados de galáxias (conjuntos que reúnem inúmeras galáxias), incluindo 20 novos aglomerados antes desconhecidos. Essas informações ajudam os astrofísicos a determinar o formato, a natureza, o volume e a evolução do universo.

A próxima data para a divulgação de dados enviados pelo Planck está programada para 2013. Ela deverá descrever numa riqueza de detalhes até então desconhecida a radiação cósmica de fundo. Com isso, os cientistas esperam lançar luz sobre os estágios iniciais do Universo.

"Estes novos resultados são partes essenciais de um quebra-cabeça que pode nos dar uma visão completa da evolução tanto do nosso 'quintal' cósmico, ou seja, a Via Láctea em que vivemos, como também da origem do Universo", disse David Parker, diretor de ciência espacial e exploração da agência espacial do Reino Unido.

Autor: Cyrus Farivar (df)
Revisão: Alexandre Schossler

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http://www.dw-world.de/


Admirável Mundo Novo: Carteira de Identidade Única .

Autor: Klauber Pires

Prepare seus dados particulares: lá vem o Registro de Identificação do Cidadão (RIC) (Lei nº 9.454/97). Por ele, por meio de um único cartão magnético, segundo a Agência Senado, promete-se um fim à necessidade de se portar vários documentos.. Você cai nessa?

Os fatos estão aí: o presente governo, e não foi só uma vez, já foi o protagonista direto do vazamento de dados fiscais e civis (refiro-me aos dados privados dos estudantes que o Ministério da Educação recentemente divulgou em seu site). Bom, estamos falando do que é notícia: no mais, os dados fiscais de qualquer cidadão podem ser comprados em qualquer praça, de qualquer camelô.

Para quem não dá muita importância ao assunto, remeto ao caso do jornalista lulista e chapa-branca Ricardo Kotscho, que o jornalista Reinaldo Azevedo tem denunciado como aquele que quer identificar quem são os 5% de cidadãos que consideram o governo “ruim ou péssimo” em todas as pesquisas de opinião, “remando contra a maré”. Nos países onde a revolução socialista está a alguns passos adiante, como na Venezuela, esta parcela do eleitorado já foi fichada e perdeu empregos, propriedades e até direitos básicos, como o de ir e vir. Como muito bem evocado pelo brilhante jornalista, não devemos nos esquecer dos judeus da Alemanha nazista, obrigados a portarem estrelas de Davi bordadas nas roupas, ou mesmo números de identificação marcados a ferro quente no corpo.

Em um momento grave como o que estamos passando, deveríamos estar refletindo sobre a real necessidade de expormos de forma tão vulnerável as nossas vidas. Nossos dados pessoais foram obtidos praticamente à força sob a garantia sagrada (sagrada?) pelos agentes do estado de que não seriam divulgados. Pois foram e tem sido arreganhados e pior do que isto, usados para os propósitos mais vis.

Antes que o discurso diversionista peça a palavra para, por exemplo, citar a constitucionalidade da necessidade de “identificação do patrimônio, dos rendimentos e da atividade econômica do contribuinte” (CF/88, art. 145, § 1º) pelo fato previsto pela redação do mesmo artigo de os impostos serem (e devendo ser), tanto quanto possível, pessoais, invoco os tempos do Império, em que as liberdades dos cidadãos, apesar disto, eram muito mais respeitadas, para citar o Código Comercial (Lei nº 556, de 25 de junho de 1850), que determinava, em seu artigo 17º: “Nenhuma autoridade, juízo ou tribunal, debaixo de pretexto algum, por mais especioso que seja, pode praticar ou ordenar alguma diligência para examinar se o comerciante arruma ou não devidamente seus livros de escrituração mercantil, ou neles tem cometido algum vício.

O fato é que os tributos cobrados no tempo do Império eram primordialmente caracterizados por terem seus respectivos fatos geradores, como eu diria, “da porta pra fora” das respectivas casas de comércio. Assim, eles podiam ser fiscalizados nos cartórios, em entrepostos alfandegários e em barreiras ocasionalmente montadas nas estradas. Se tudo funcionava tão bem naquele tempo em que a tecnologia era tão primitiva, porque muito mais não poderia ser aplicada com sucesso hoje em dia?

Os tributos atuais, pelo contrário, ligam-se ao faturamento, ao lucro e até mesmo às pessoas físicas, daí exigindo a necessidade da bisbilhotice estatal mais enxerida, inclusive com grave risco para a espionagem industrial e comercial, bem como para a manipulação desde cima do poder, de cujo exemplo podemos citar a denúncia do dono dos refrigerantes Dolly, amplamente veiculada nos meios de comunicação à época em que ocorreram, segundo o qual o fisco supostamente teria baixado uma portaria a exigir das fábricas de embalagens que divulgassem seus clientes, para estratégico conhecimento por parte da Coca-cola, que pretendia sufocar os fabricantes das chamadas “tubaínas”.

Com relação ao vazamento dos dados dos estudantes, se eu for até o âmago da questão, já começaria por indagar qual a necessidade de um “ministério da educação”. No Brasil, nos seus quase oitenta anos de existência, só o que fez foi formar a maior massa de analfabetos funcionais da nossa história, aqui e em todos os países onde foi implantado, até mesmo nos Estados Unidos. Um desastre total. Todavia, só e somente só para responder ao problema dos dados particulares das pessoas, afirmo peremptoriamente que jamais o estado teria a necessidade de coletar tais informações para cumprir a sua auto-atribuída missão.

Com a entrada em vigor do tal “Registro de Identificação do Cidadão”, (note a demagogia presente no nome), um só documento passará a agregar os números da Carteira de Identidade (RG), do Cadastro de Pessoa Física (CPF), do Título de Eleitor e do PIS/Pasep, entre outros – olhe lá: “entre outros” -, e com ele, a partir de um único clique, todas as informações civis, criminais, eleitorais, fiscais, bancárias, financeiras, previdenciárias e sei lá mais também o quê.

Em Portugal, a própria constituição proíbe a instituição de um número de identificação único nacional, naquele país que é menor do que Santa Catarina. Aqui vamos de marcha ré: agradeçamos por mais esta vitória do Big Brother ( leia o livro "O Grande Irmão de George Orwell") sobre os indivíduos ao seu autor, o senador Pedro Simon (PMDB-RS).

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http://www.imil.org.br/

http://construindohistoriahoje.blogspot.com/2010/10/etiquetando-humanos-parte-i-historia.html

http://construindohistoriahoje.blogspot.com/2010/10/etiquetando-humanos-parte-ii-mondex.html

http://construindohistoriahoje.blogspot.com/2010/10/etiquetando-humanos-parte-iii-biometria.html

Troca do RG pela nova identidade com chip começa na próxima segunda.

Brasília - A troca da cédula de identidade (RG) pelo novo cartão do Registro de Identidade Civil (RIC) vai começar no próximo dia 17. As pessoas selecionadas serão convocadas por carta a partir desta semana.

De acordo com o Ministério da Justiça, os habitantes de Brasília, Rio de Janeiro e Salvador serão os primeiros a receber as cartas. As cidades de Hidrolândia (GO), Ilha de Itamaracá (PE), Nísia Floresta (RN) e Rio Sono (TO) também fazem parte do projeto piloto, e o início da convocação terá início ainda no primeiro semestre.

A nova identidade foi lançada em dezembro, mas o período de transição de governo atrapalhou o início do processo de troca. Segundo o Ministério da Justiça, os cartões das pessoas selecionadas já estão prontos, pois foram feitos com base nos cadastros repassados pelos estados.

O ministério também informou que os cidadãos escolhidos para a troca do documento foram escolhidos aleatoriamente pelos estados. A estimativa é que este ano 2 milhões de brasileiros façam a substituição.

O RIC é um cartão magnético, com impressão digital e chip eletrônico, que incluirá informações como nome, sexo, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade e assinatura, entre outros dados. O Ministério da Justiça estima que a substituição da carteira de identidade será feita, gradualmente, ao longo de dez anos.

A emissão do RIC em 2011 será custeada pelo Ministério da Justiça, por isso, a pessoa não precisará pagar pela troca. Segundo o ministério, o investimento no primeiro ano será de cerca de R$ 90 milhões.

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http://odia.terra.com.br/

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ann Blair e o excesso de informação agora e no passado

"Preocupe-se com a sobrecarga de informação se tornou um dos tambores de nosso tempo. O mundo de livros estão sendo digitalizados, revistas e jornais em linha e trabalhos acadêmicos são constantemente reforçada por uma corrente sem fim de posts de blogs e feeds do Twitter e os dispositivos para manter-nos participantes na avalanche digital são mais numerosos e sofisticados. O montante total das informações é criado em dispositivos eletrônicos do mundo deve superar a marca zettabyte este ano (um pouco concebível com 21 zeros depois dele). "Leia o artigo completo em Boston.com .

"Sentir-se oprimido pela quantidade de informação também? O que há de novo? A quantidade de dados digitais disponíveis em todos os dias da Web atinge proporções de registros agora mais do que um zettabyte (10 21 bytes) e, presumivelmente, acumulando em um ritmo cada vez maior, estimado em 30 por cento de crescimento ao ano de 1999 a 2002. "Leia o artigo completo no The Chronicle of Higher Education .

Prof Blair também apareceu em NPR's Talk of the Nation em 29 de novembro. A transmissão pode serassistido a partir 29 de novembro de 2010 às 6:00 pm.

O novo livro de Blair Prof, Muito do saber: Gerenciamento de Acesso Livre à Informação antes da Idade Moderna , que foi recentemente publicado pela Yale University Press, aborda a história da gestão da informação na Europa antiga e medieval e no mundo islâmico e na China.

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http://history.fas.harvard.edu/news/?p=635

Veja a lista das piores enchentes globais dos últimos dez anos

Cheias no Paquistão em 2010

Chuvas afetaram um quinto do Paquistão no ano passado

As chuvas recentes na região serrana do Rio de Janeiro deixaram, segundo cálculos de autoridades estaduais, mais de 200 mortes, a maioria delas nas cidades de Teresópolis e Nova Friburgo.

Recorrentes no Brasil durante os meses do verão, as enchentes e os deslizamentos também provocam historicamente tragédias em diversos países do mundo. Em países como Índia e China, essas tragédias costumam se repetir por anos seguidos.

A mais mortal enchente de que se tem notícia, desde 1900, segundo o site International Disaster Database (EM-DAT, que compila informações globais de desastres), ocorreu na região central da China, em 1931: estima-se que 3,7 milhões de pessoas tenham morrido nas inundações.

Veja, a seguir, a compilação do International Disaster Database das dez mais graves enchentes ocorridas nos últimos dez anos.

O site contém informações de desastres globais em que houve no mínimo dez mortes e uma centena de afetados, pedido por ajuda internacional ou declaração de estado de emergência.

Haiti sofreu com dias seguidos de chuva

Haiti – maio de 2004 – 2,6 mil mortes

Dias seguidos de chuva forte fizeram com que rios transbordassem no Haiti e na vizinha República Dominicana, deixando milhares de desabrigados e de casas destruídas.

Paquistão – julho de 2010 – 1,9 mil mortes

As cheias afetaram um quinto do território do país e deixaram 4,6 milhões de paquistaneses desabrigados. As chuvas arrasaram as colheitas do país, elevando em 15% o preço dos cereais no Paquistão.

China – maio de 2010 – 1,7 mil mortes

As águas provocaram enchentes e deslizamentos no sul da China, destruindo casas e plantações e dificultando o abastecimento de água potável na região.

Índia – julho de 2005 – 1,2 mil mortes

Chuvas de monções no oeste da Índia provocaram cheias recordes na época. A tragédia aumentou com rumores, em 28 de julho, de que uma represa havia cedido à pressão da água, o que levou a uma debandada de pessoas. A confusão resultou em outras 15 mortes.

Bangladesh – julho de 2007 – 1,1 mil mortes; Índia – julho de 2007 – 1,1 mil mortes

Chuvas constantes por quase três semanas no sul da Ásia provocaram enchentes em diversos países da região e deixaram quase 20 milhões de desabrigados. Além de China e Bangladesh, as águas afetaram também Nepal, Butão e Paquistão.

Enchente na Índia

Enchentes foram constantes na Índia nos últimos anos

Índia – junho de 2008 – mil mortes

Chuvas fortes no noroeste do país fizeram com que rios transbordassem e deixassem milhares de aldeias submersas. Calcula-se que as cheias tenham afetado 8 milhões de indianos.

Índia – julho de 2009 – 992 mortes

Uma forte temporada de chuvas de monções afetou diversos Estados indianos, deixando estimadas 500 mil casas inundadas.

Índia – junho de 2004 – 900 mortes

O sul da Ásia foi atingido por fortes chuvas no verão (do hemisfério Norte) de 2004, que afetou 70 milhões de pessoas, grande parte delas na Índia. Na época, a Cruz Vermelha britânica disse que “milhões de pessoas perderam não apenas suas casas, mas seus meios de sobrevivência, suas colheitas e suas terras”.

China – junho de 2002 – 793 mortes

A quantidade de chuvas superou as previsões das autoridades chinesas, que foram forçadas a organizar a evacuação de 12 mil pessoas em áreas de risco na Província de Jiangxi, no sudeste do país.

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http://www.bbc.co.uk/

Onde está Deus na hora da dor.

Reconstruindo a fé e restaurando os sonhos

Áreas da região serrana produtoras de alimentos que abastecem a cidade do Rio de Janeiro ficaram completamente destruídas após as enchentes e deslizamentos.

Por: H. Guther Faggion

Muitas pessoas acham que a conversão espiritual é uma passagem de primeira classe para um mundo perfeito, onde inexiste dor e sofrimento. Afinal de contas, o Senhor é bom, e isto é um fato incontestável. No entanto, mesmo o cristão mais fiel já passou pela experiência do sofrimento. Nestes momentos, não podemos evitar a pergunta: como explicar que o Deus Todo-Poderoso não se dignou a usar um pouco de seu poder para ajudar? "Ninguém pode contestar a opinião de que a vida é pontuada de dificuldades, angústias e problemas. A maioria de nós aprendeu a enfrentar a realidade de que a vida é difícil. Mas será injusta? Alguma coisa nos golpeia, bem no fundo, tornando quase intolerável para nós aceitar e resistir às injustiças. Nosso impulso de justiça supera nossa paciência com o sofrimento", escreve Charles Swindoll em Jó - um homem de tolerância heróica.

O sofrimento é definitivamente um dos temas universais mais complexos e abrangentes da história da humanidade. Esse sentimento tem sua expressão maior - não se limitando ao sentido religioso da questão - em Jó. E de todos os tipos de sofrimento que possamos imaginar, aquele que acometeu esse personagem bíblico foi dos piores: o martírio de Jó não é decorrência de seu erro, não se justifica por sua história de homem íntegro e reto. A seqüência de tragédias na vida desse homem próspero causou-lhe a perda da saúde, da família e dos bens materiais. Entretanto, a fé de Jó, mesmo diante dos conselhos de sua esposa - "Amaldiçoa a Deus e morre" (Jó 2:9) - e de seus supostos amigos, continuou incrivelmente inabalável. Isso nos remete a uma inevitável indagação: como é possível sofrer tudo isso e ainda acreditar que Deus nos observa e se interessa por nós?
Justificar
CRISE ESPIRITUAL - Lidar com o sofrimento é o mais duro teste para a fé. A princípio, pode parecer uma contradição: por que Deus permite situações de tamanha calamidade pessoal na vida de pessoas que se dispõem a crer e confiar nele? Invariavelmente, todos os dias muitas pessoas não resistem a esses testes e caem. "Descobri que para muitas pessoas existe um grande abismo entre o que esperam de sua fé cristã e o que de fato acontece. A partir de um verdadeiro mundo de livros, sermões e testemunhos, todos prometendo vitória e sucesso, elas aprendem a esperar que Deus atue de modo impressionante em suas vidas. Se não enxergam tais intervenções, sentem-se desapontadas, traídas e freqüentemente culpadas", escreve Philip Yancey no livro Decepcionado com Deus.

A Bíblia naturalmente é farta no que tange a exemplos de sofrimento - justo ou injusto. Diversos salmos foram visivelmente inspirados em um momento de profunda angústia e dor. Histórias como a de Ester ou da maior de todas as dores, o sacrifício vicário de Jesus Cristo. No entanto, por que nos últimos tempos pouco se ouve falar dessa relação entre a fé e o sofrimento, a crença e o martírio? As pregações preparam os cristão para que eles encontrem a Deus na alegria tanto quanto na dor? Larry Crabb, em seu livro Sonhos despedaçados, argumenta: "O sofrimento causado pela destruição dos sonhos não deve ser considerado algo a ser - se possível - aliviado, nem algo a ser suportado caso não haja outra saída. É uma oportunidade a ser aproveitada, uma chance de descobrir nosso desejo pela bênção mais elevada que Deus deseja nos dar - um encontro com ele".
ALÉM DO SOFRIMENTO - Crer em Deus em meio ao sofrimento não é tarefa simples, principalmente para aqueles que ousam exercer uma fé questionadora. Pessoas com esse perfil costumam passar por conflitos espirituais, a maioria experimentada em situações de desespero e luta interna. "Todo ser humano sofre. É parte da condição humana. Porém, quem sabe o que fazer em relação ao sofrimento? Deus sabe! Entretanto, muitas vezes, parece que para Deus a questão não está em como solucionar o sofrimento, mas em entender que o sofrimento é a solução", escreve o pastor Ariovaldo Ramos no prefácio de O caminho de Jeremias, de Marson Guedes, que fala da vida do profeta que sublimou a dor diante da missão divina. "Fiquei aturdido ao descobrir que Jeremias se sentia violentado por Deus e não conseguia entender por que Ele escolheu uma pessoa tão sensível para dizer palavras tão duras ao povo que amava", conta Guedes. "Não se pede de nós que gostemos do sofrimento, mas que não nos deixemos vencer por ele, porque nosso Deus o venceu", conclui. Afinal, mesmo em meio ao sofrimento, sempre há a esperança que vem do alto.

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http://www.mundocristao.com.br/

História da Cidade de Porto Alegre.

Usina do Gasômetro

OS PRIMITIVOS HABITANTES


Os grupos silvícolas que habitaram a região onde surgiria Porto Alegre pertenciam ao grande grupo indígena guarani. Ao sul, pelas margens do Guaybe haviam grupos da tribo guarani. Ao norte, pelas margens do Gravataí (atual Passo da Areia) localizavam-se os Tapi-mirim (moradores da pequena aldeia), adversários dos Tapi-guaçú (moradores da grande aldeia), residentes outra margem do Rio Gravataí.
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A LENDA DE OBIRICI

O filho do cacique dos Tupi-mirim freqüentemente fazia visitas à tribo Tupi-guaçu. Jovem e de boa aparência, conquistou o amor de duas cunhãs (moças) tipi-mirins. A bela Obirici, filha do cacique, e outra moça, filha de um índio simples. Para decidir com quem ficaria, o jovem tupi-mirim fez um torneio entre as duas: a que acertasse maior número de flechaços em um alvo seria sua eleita. Obirici perdeu, e vencida pela tristeza, passou a chorar. Suas lágrimas, inundaram a região, formando um riacho que correu pelas areias até o Rio Gravataí. Nasceu o Ibicuiretã. Hoje na região localiza-se o próspero bairro Passo da Areia, onde foi construído um viaduto que foi batizado como Viaduto Obirici, homenagem à bela índia tupi-mirim.
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O PRIMEIRO POVOADO

No século XXVII o Rio Grande do Sul era grande produtor de gado. Por isso, vinham de São Paulo, tropeiros, em busca dessa riqueza. Em suas andanças pelo Rio Grande usavam certas localidades para seus pousos, que paulatinamente transformavam-se em povoados. Porto Alegre nasceu dessa forma.

Um tropeiro, chamado Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos, originário da Ilha da Madeira, casado com Lucrécia Leme Barbosa, instalou-se, por volta de 1732, nos Campos de Viamão, às margens da Lagoa de Viamão (Guaybe dos indígenas). Assim o fazendo, Jerônimo conquistou direitos sobre essas terras. Em 1939 requereu a posse das terras, recebendo a carta de sesmaria em 5 de novembro de 1740. Jerônimo trouxe, assim, para cá seus parentes e agregados, firmando uma comunidade de aproximadamente 100 almas, construindo sua casa no alto do Morro Santana.
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AS TRÊS SESMARIAS QUE DERAM ORIGEM A PORTO ALEGRE

Em 1732 Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos estabeleceu-se no Porto de Viamão, no Morro Santana. Em 5 de novembro de 1740 Jerônimo obteve a legalidade de sua posse. A Sesmaria de Santana foi destinada à criação de gado, e tinha uma área aproximada de 14.000 hectares. A Sesmaria foi vendida mais tarde a Inácio Francisco de Melo, e desapropriada, em abril de 1769, pelo governador do Rio Grande, José Marcelino de Figueiredo, para a fundação da cidade de Porto Alegre.

A Sesmaria de São José pertenceu a Sebastião Francisco Chaves, que em maio de 1733 requereu os direitos sobre as terras situadas logo ao sul do Arroio Jacareí, recebendo a concessão em 30.3.1736. A sede da sesmaria era próximo ao local onde hoje se situa a Gruta da Glória. Tinha duas léguas da frente a fundos. Estão compreendidos nessa extensão os atuais bairros Praia de Belas, Menino Deus, Azenha, Santana, Partenon, Santo Antônio, Medianeira, Glória, Teresópolis, Nonoai, Santa Teresa e Cristal. Dionísio Rodrigues Mendes era o dono da Sesmaria de São Gonçalo, com sede no local onde se formou Belém Velho. Tinha duas léguas de frente a fundos, e correspondia aos atuais bairros da Vila Assunção, Vila Conceição, Pedra Redonda, Camaquã, Cavalhada, Tristeza, Ipanema (parte), Vila Nova e Belém Velho.
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A CHEGADA DOS AÇORIANOS

Em 1745, devido à insistência do Brigadeiro José da Silva Paes, governador da Capitania de Santa Catarina, o Rei de Portugal autorizou a emigração dos primeiros casais oriundos das Ilhas dos Açores, naquela época com excesso de população. O Rio Grande do Sul, todavia, não foi beneficiado, pois aqui ainda ocorriam lutas entre lusos-brasileiros e espanhóis. Somente mais tarde, após a celebração do Tratado de Madrid, o Governo Metropolitano de Lisboa ordenou ao novo governador de Santa Catarina, Manoel Escudeiro de Souza, que enviasse ao povoado da Lagoa do Viamão alguns casais que estavam por chegar ao Brasil. Em vez disso, o Manoel Escudeiro mandou casais já radicados em Santa Catarina, no que foi censurado pelo rei. Foi então que um grupo de açorianos deixou a Vila do Desterro (hoje Florianópolis) em meados de abril de 1751, chegando no porto do Rio Grande, expalhando-se pelo interior.

Somente um casal decidiu seguir até o Porto do Dorneles: Francisco Antônio da Silveira, o Chico da Azenha, que recebeu um lote de terras além do Arroio Dilúvio, construindo sua casa onde mais tarde seria construído o Cinema Castelo. Francisco também construiu uma azenha (moinho movido a água) para moagem do trigo (daí a origem do nome do bairro Azenha), no local onde está o Hospital Ernesto Dorneles, plantando toda a região, até a beira do morro onde atualmente se encontram os cemitérios.

No final de 1751 chegou ao Desterro novo grupo de açorianos. O Governador Manoel Escudeiro selecionou, então, sessenta casais, que com seus filhos formava um grupo de aproximadamente 300 pessoas, que no início do ano seguinte seguiram para o Rio Grande do Sul, na nau Nossa Senhora da Alminha. No final de janeiro desembarcavam todos no Porto do Dorneles indo instalar-se no Morro de Santana e adjacências. O local, contudo, tinha pouca água. Em razão disso terminaram por se deslocar para as margens da Lagoa do Viamão, estabelecendo chácaras próximas ao povoado e estâncias um pouco mais longe.
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O PORTO DE SÃO FRANCISCO DOS CASAIS

No início o Porto de Viamão constituía-se por um aglomerado de casas de palha ao longo de três ou quatro ruas, que tinham os nomes do principal morador ou do mais antigo. Entretanto, quando chegaram os casais açorianos passaram a construir olarias, surgindo então as primeiras casas de pedra, cobertas de telhas, que se foram localizando na Rua da Praia, próximo à atual ponta do Gasômetro, naquele tempo conhecida como Ponta de Pedra.

Começou a surgir a São Francisco dos Casais, com ruas e suas casinhas brancas com janelas e portas azuis. O povoado localizava-se onde atualmente se encontram a Rua dos Andradas, a Washington Luiz, a Duque de Caxias e Riachuelo. Mais tarde surgiram chácaras ao longo da Estrada da Azenha, até a ponte de madeira construída por Chico da Azenha, ocupando um e o outro lado do atual Parque Farroupilha.

A primeira igrejinha do povoado foi construída onde atualmente está a Praça da Alfândega. Ali também ficava o porto. Alguns casais instalaram suas casas nos altos da atual Avenida Independência, onde plantavam e moiam trigo. Os moinhos que construíram é que deram nome ao bairro Moinhos de Vento.
Na Praia de Belas, já no século XIX, estabeleceu-se com uma chácara Antônio Rodrigues de Belas, que deu nome ao lugar.

O Guaíba, então, ia até a Praça da Alfândega (hoje Senador Florêncio). Sua margem prosseguia por onde passa atualmente a Rua Siqueira Campos, prosseguindo até o Navegantes junto a Rua Voluntários da Pátria (antigo Caminho Novo).
Nos atuais bairros do Partenon, Medianeira, Glória, até Itapuã haviam estâncias, de onde vinha a carne e o leite para o povoado. Assim, o primitivo Porto do Viamão deu lugar ao povoado do Porto do Dorneles, ao qual seguiu-se a Freguesia do Porto de São Francisco dos Casais.
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A NOVA CAPITAL

Quando José Marcelino de Figueiredo tomou posse da Comandância da Capitania de São Pedro do Sul, em 23 de abril de 1769, não lhe agradou do local onde estava a capital. Foi então visitar o Porto dos Casais. Desde então passou a trabalhar para que ali se instalasse a capital. Em 1771 foi autorizado pelo então Vice-Rei para preparar a localidade para sediar a capital.

José Marcelino então determinou que seu substituto, o Ten. Cel. Antônio da Veiga de Andrada passasse a tratar da urbanização do Porto dos Casais. O Cap. Eng. Alexandre José Montanha ficou encarregado dessa tarefa. Foi preciso desapropriar as terras de Inácio Francisco, localizadas na colina, o melhor ponto para a construção da Igreja Matriz, do Palácio e da casa da Real Fazenda. As obras passaram a ser realizadas, enquanto que José Marcelino, no Rio, procurava obter as leis necessárias à instalação da nova capital.

Finalmente foi assinada a Provisão Régia de 26 de março de 1772, desmembrando o Porto dos Casais de Viamão, criando a freguesia do Porto dos Casais e anexando Viamão à nova freguesia. No mesmo dia foi editada a Provisão Eclesiástica, sendo nomeado primeiro vigário da nova freguesia o padre José Gomes de Farias, que iniciou suas atividades no dia 29 de setembro do mesmo ano. Em 18 de janeiro de 1773 foi publicado o Edital Eclesiástico mudando o orago de São Francisco dos Casais para Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre, que por alvará de 20 de outubro de 1795 passou a ser Paróquia Perpétua.

José Marcelino de Figueiredo renomeado em 5 de abril de 1773, retornou do Rio, realizando detalhada inspeção nas obras de transferência da capital, transferindo sua residência para o Porto dos Casais, no dia 25 de julho de 1773, data em que a localidade transformou-se em capital da província.
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A CRIAÇÃO DA VILA DE PORTO ALEGRE

Porto Alegre transformou-se em capital da capitania quando ainda era mera freguesia. Isso perdurou até 1808. Foi o Governador Paulo José da Silva Gama quem, através de cartas dirigidas à Coroa, obteve uma Carta Régia, datada de 19 de agosto de 1806, autorizando-o a regulamentar as quatro vilas que integrariam a capitania: Rio Grande, Vila Príncipe (Rio Pardo), Vila Anádia (Santo Antônio de Patrulha) e Porto Alegre. Entretanto, antes da criação das quatro vilas, O Príncipe D. João elevou a capital da capitania à categoria de vila, pelo Alvará de 23 de agosto de 1808. Todavia, a instalação da nova vila só ocorreu em 11 de dezembro de 1810, quando a Câmara Municipal lavrou o “Auto de Criação desta Vila de Porto Alegre”. E no dia 13 do mesmo mês foi lavrado o “auto de Demarcação e Declaração dos limites que ficam pertencendo a esta Vila de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre”.
No ato de instalação da vila, levantou-se um pelorinho. Tosco, de pedra bruta, não tinha mais do que um metro e meio. Ignora-se onde foi localizado.
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ORIGEM DO NOME PORTO ALEGRE

Nossa cidade teve diversos nomes: Primeiramente, Porto do Viamão, depois Porto do Dorneles, em seguida Porto de São Francisco dos Casais, ou Porto dos Casais, e, ao ser criada a Freguesia, Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre. Não se sabe ao certo como surgiu a expressão Porto Alegre na denominação da freguesia, de onde, por certo, veio o nome de nossa cidade.

Segundo o historiador Walter Spalding, Porto dos Casais passou a se denominar Porto Alegre “por inspiração patriótica portuguesa, e religiosa” escolhidos por D. Frei Antônio do Desterro, que assinou o ato de criação da Freguesia. Na época, a cidade de Portoalegre, localizada no Alto Alantejo, em Portugal, se notabilizara pela luta entre portugueses e espanhóis pelas fronteiras dos dois países. Por isso teria seu nome sido lembrado para a nova freguesia. Há historiadores que afirmam, entretanto, que a origem do nome está na bela localização à margem do Guaíba e no encantamento dos morros que cercam a cidade.
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PORTO ALEGRE SE TORNA CIDADE

Pela Carta de Lei, de 14 de novembro de 1822, o Imperador D. Pedro I elevou a Vila de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre à categoria de cidade. Apesar da importância do evento para a cidade não houve qualquer solenidade, como também não foi lavrada nenhuma ata de elevação da vila à categoria de cidade.

Nessa época Porto Alegre ainda era uma vila colonial, com cerca de 12.000 habitantes. Ainda existiam os muros da cidade, mandados construir por José Marcelino de Figueiredo, para defesa contra as incursões espanholas. Já o portão colonial, localizado onde atualmente situa-se o Viaduto José Loureiro da Silva encontrava-se parcialmente destruído. Além dos muros, chácaras, pelas estradas da Azenha, da Aldeia, Praia de Belas e Moinhos de Vento. A vida social se resumia a bailes e teatro amador.
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A REVOLUÇÃO FARROUPILHA EM PORTO ALEGRE

Na madrugada de 20 de setembro de 1835 travou-se o primeiro combate, na Ponte do Chico da Azenha. A resistência dos legalistas todavia foi de pouca monta. Assim, no dia seguinte os farrapos entravam na cidade, chefiados pelos coronéis José Gomes de Vasconcelos Jardim e Onofre Pires da Silveira.

Ao se aproximarem da entrada da cidade, os insurrentos tiveram uma surpresa: O 8º BC a eles se uniu em lugar de combatê-los. Com isso, o Presidente Rodrigues Braga e todos os seus auxiliares, entre os quais o Comandante de Armas e o Chefe de Polícia, meteram-se em debandada, seguindo para o Rio de Janeiro.

No dia 25 de setembro de 1835 entrou solenemente em Porto Alegre o General Bento Gonçalves da Silva, sendo então empossado o novo presidente, Dr. Marciano Pereira Ribeiro, que foi empossado pela Câmara Municipal e a Assembléia Provincial Legislativa. Somente em 15 de junho de 1836 a cidade foi definitivamente retomada pelos legalistas.

No período da invasão ocorreu uma insurreição de escravos, que passaram a fugir de seus donos para incorporar-se a unidades militares negras criadas pelos farroupilhas, que prometiam liberdade em troca do serviço militar.
Este trabalho foi feito com base nas seguintes fontes bibliográficas:
Pequena História de Porto Alegre, de Walter Spalding.
Porto Alegre, A Cidade e sua Formação, de Clóvis Silveira de Oliveira

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http://www.poasite.com/

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/

http://www.observapoa.palegre.com.br/default.php?p_secao=4


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A tradição - Gustavo Barroso

A tradição
Por Gustavo Barroso

Tradição é uma coisa; saudosismo, outra. A tradição vivifica; o saudosismo mata. A tradição é um olhar que se deita para trás, a fim de buscar inspiração no que os nossos maiores fizeram de grande e imitá-los ou superá-los. O saudosismo é o olhar condenado da mulher de Lot, que transforma em estátua de sal. A tradição é um impulso que vem do fundo das idades mortas dado pelas grandes ações dos que permanecem vivos no nosso culto patriótico. O saudosismo é um perfume de flores fanadas que envenena e enerva. A tradição educa. O saudosismo esteriliza.

Amar as tradições da terra, da raça, dos heróis é buscar nos exemplos do passado a fé construtiva do futuro. Mergulhar dentro delas para carpir a pequenez do presente diante de sua grandeza é confessar a própria impotência e a própria incapacidade.

Da tradição nos vêm gritos de incitamento. Do saudosismo nos vêm lamentos e jeremiadas. Uma nação se constrói com aqueles gritos e se perde com essas lamentações.

Por isso, o Integralismo é tão tradicionalista quanto é antissaudosista.

(BARROSO, Gustavo. Espírito do século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira S/A, 1936, pp. 263-264).

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JULGAMENTO DA HISTÓRIA. O NACIONALISMO!

Um dos grandes erros cometidos rotineiramente por leigos ou até mesmo historiadores é abordar o estudo do passado com o pensamento e seus conhecimentos do presente. Isto é um “pecado histórico”, pois quando olhamos para o passado não podemos julgar os acontecimentos daquele período com as questões morais da atualidade por que aqui neste instante temos um ponto de vista privilegiado. Sabemos como começou, sabemos como desenvolvesse e em alguns casos até como terminou, mas alguns se esquecem de que estão avaliando de um ponto de vista que os envolvidos nos fatos em questão não possuíam. Quando avaliamos o passado dessa forma estamos agindo como deuses do passado, mas na verdade não somos e em grande parte dos casos possuímos pedaços de um todo e avaliarmos um todo apenas por pequenos pedaços corremos com toda certeza um grande risco de realizar um julgamento histórico sem contexto.

Vamos seguir a linha de pensamento envolvida nos movimentos nacionalistas que se desenvolveram praticamente no mundo inteiro no inicio do século passado. A grande verdade é que 90% das pessoas lembraram e relacionaram qualquer evento nacionalista desse período com o nacional-socialismo alemão. Um grande erro! Pois cada nação desenvolveu seu espírito nacionalista conforme a opressão que estavam recebendo e criaram dentro do movimento uma espécie de porto seguro para a solução dos problemas de toda a nação. Identificaram inimigos comuns de todo o povo identificou e reuniu as forças do estado em direção de soluções para os problemas nacionais como um todo. E como não era de se esperar são raríssimos os livros que abordam as soluções trazidas para suas nações pelos movimentos nacionalistas, mas o estranho é que não faltam livros mostrando as soluções trazidas pelo comunismo, mesmo que o dito não se ache “nacionalista”, mas um movimento internacional que objetivava o estabelecimento de um mundo regido pelo comunismo. Vemos que cada nação que adotou ou lhe foi imposta o regime comunista tinha suas particularidades e aparente espírito nacionalista bem desenvolvido (lembre-se dos desfiles militares na ex-URSS e atualmente na China).

Ah, muitos me dirão que os movimentos nacionalistas do inicio do século passado mataram milhões de pessoas e foram os responsáveis pela Segunda Grande Guerra. Não estou defendendo o maldito nacional-socialismo alemão estou afirmando que estão colocando todos os grupos nacionalista no mesmo movimento sem entenderem que pessoas de mesmo período histórico tendem a agir de forma semelhante, ma não igual (exemplo: EMO é a mesma coisa que DARK?). Voltemos à questão de afirmarem serem os movimentos nacionalistas responsáveis pela morte das 50 milhões de vidas humanas perdidas na Segunda Grande Guerra. O Nazismo e a ganância de um líder mentalmente atormentado pelo poder, que acreditava se capaz de levar seu sistema político ao mundo por meio de conquista militares (isso me lembra o que a URSS fez com o leste europeu) acabou amaldiçoando todo o legado nacionalista pelo mundo por meio daqueles que unanimemente todos os nacionalistas combatiam o comunismo internacional.

E então me vem à questão! Por que ninguém lembrar aos comunistas da atualidade e até aos comunistas camuflados que o comunismo matou 30 milhões de pessoas só na URSS durante os expurgos de Stalin (Sigo a linha de historiadores que acreditam em um número bem superior ao realmente aceito que seria a metade). As atrocidades do comunismo são tantas e iguais as cometidas pelo maldito nacional-socialismo alemão a diferença é que existem grupos e sociedades que possuem muito dinheiro e essas sociedades e grupos sabem se você repetir algo durante anos e anos, imprimirem muitos livros, falarem e gritarem durante anos que um único evento foi responsável por todo o mal do mundo as pessoas iram acreditar.

Se julgarmos o comunismo pelo julgamento da História sem o dinheiro das sociedades e dos seus grandes empreendedores o comunismo estaria colocado lado a lado com o maldito Nacional-socialismo e então todos diriam sem temor maldito comunismo assassino de milhões!

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