Mostrando postagens com marcador . Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador . Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Registros da Crucificação de Jesus fora do Novo Testamento.



Além dos Evangelhos e das Epístolas paulinas, outros testemunhos importantes a respeito da crucificação de Jesus são citadas pelo historiador judeu Flávio Josefo, pelo historiador romanoTacitus e pelo Talmude. Abaixo os detalhes de cada uma das fontes:

1-Flávio Josefo nasceu em Jerusalém, em 37 ou 38 d.C., e pertencia à aristocracia sacerdotal judaica. Na guerra judaica (66 – 70 d.C.), foi o responsável pela proteção de Jerusalém contra o exército romano. Diante do poderio das tropas imperiais Jerusalém foi totalmente destruída e Josefo foi feito prisioneiro. Após obter o perdão imperial (supostamente profetizou que Vespaziano seria imperador), recebeu cidadania romana (daí o nome latino Flavius Josephus), uma residência, terras e uma pensão imperial. As obras mais famosas de Josefo são: Antiguidades Judaicas,Guerras Judaicas, A Vida de Josefo (uma polêmica autobiografia) eContra Apion (uma apologia). O trecho em que Josefo cita Jesus parece ter sofrido interpolações cristãs (o trecho ficou conhecido como Testimonium Flavianum, Ant. 18,63s)[1], por isso citarei o texto colocando entre colchetes aquilo que, de acordo com Dominic Crossan[2], provavelmente representa acréscimo cristão:

“Por volta dessa época viveu Jesus, um homem sábio [se é que se deve chamá-lo de homem]. Pois ele era capaz de proezas surpreendentes e ensinava as pessoas a aceitar a verdade com alegria. Ele conseguiu converter muito judeus e muitos gregos. [Ele era o messias]. Quando Pilatos, ao saber que ele havia sido acusado pelos homens mais influentes entre nós, condenou-o a crucificação, aqueles que o amavam em primeiro lugar não desistiram por sua afeição por ele. [No terceiro dia ele apareceu-lhes recuperado para a vida, pois os profetas de Deus haviam previsto esta e inúmeras outras coisas maravilhosas sobre ele.] E a tribo dos cristãos, assim chamados por causa dele, não desapareceu até hoje.”
(Antiguidades Judaicas, 18,63).

2. P. Cornelius Tacitus era membro da aristocracia senatorial romana. Nascido por volta de 55, foi contemporâneo mais jovem de Flávio Josefo. São de sua autoria duas famosas obras: as Histórias (c. 105/110) e os Anais (c. 116/117). Tacitus tinha repulsa tanto pelos judeus como pelos cristãos.    Duas frases escritas por ele mostram isso: “com relação a qualquer outro povo [os judeus] sentem apenas ódio e inimizade” (Histórias 5.5.1); “[os cristãos são] uma classe de homens detestados por seus maus hábitos” (Anais 15.44). No intuito de explicar a origem do movimento cristão, ele fala da crucificação de Jesus:
“Este nome (christiani) vem de Cristo, que foi executado sob Tibério pelo procurador Pôncio Pilatus”.
(Anais, 15,44,3).

3. O Talmude (sec. III e IV d.C.), coleção de leis, preceitos, tradições e costumes judaicos, também faz referência à crucificação de Jesus. Muitas dessas referências representam respostas à provocações dos cristãos e é possível que algumas delas contenham algo de histórico. Uma merece especial atenção:

“Na véspera da festa de Páscoa suspenderam Ieshu. Quarenta dias antes gritou o arauto: ele será levado ao apedrejamento porque praticou feitiçaria e porque seduziu Israel e o fez apóstata. Quem tem algo a dizer em sua defesa que venha e o diga. Como nada foi apresentado em sua defesa, ele foi pendurado na véspera da festa de Páscoa...”
(Talmude Babilônico Sinédrio 43a). 

Referências bibliográficas:

GRELOT, Pierra. A esperança judaica no tempo de Jesus. São Paulo: Loyola, 1996.

THEISSEN, Gerd. O Jesus histórico, uma manual. São Paulo: Loyola, 2002.
VERMES, Geza. A paixão. Rio de Janeiro: Record, 2007.

CROSSAN, Dominic.  Quem matou Jesus? Rio de Janeiro: Imago Ed., 1995.

Notas:

[1] Uma ampla discussão a respeito da autenticidade do Testimonium Flavianum pode ser consultada na seguinte obra: THEISSEN, Gerd. O Jesus histórico, uma manual. São Paulo: Loyola, 2002, p. 85-94.

[2] Cf. CROSSAN, Dominic.  Quem matou Jesus?, p. 17,18.

Jones Mendonça
COPYRIGHT ATRIBUIÇÃO - NÃO COMERCIAL © 
Copyright Atribuição –Não Comercial© construindohistoriahoje.blogspot.com. Este texto está sob a licença de Creative Commons Atribuição-Não Comercial.  Com sua atribuição, Não Comercial — Este trabalho não pode ser usado  para fins comerciais. Você pode republicar este artigo ou partes dele sem solicitar permissão, contanto que o conteúdo não seja alterado e seja claramente atribuído a “Construindo História Hoje”. Qualquer site que publique textos completos ou grandes partes de artigos de Construindo História Hoje tem a obrigação adicional de incluir um link ativo para http:/www.construindohistoriahoje.blogspot.com.br. O link não é exigido para citações. A republicação de artigos de Construindo História Hoje que são originários de outras fontes está sujeita às condições dessas fontes e seus atributos de direitos autorais.
Você quer saber mais? 



















terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Registros da Crucificação de Jesus fora do Novo Testamento.




Além dos Evangelhos e das Epístolas paulinas, outros testemunhos importantes a respeito da crucificação de Jesus são citadas pelo historiador judeu Flávio Josefo, pelo historiador romanoTacitus e pelo Talmude. Abaixo os detalhes de cada uma das fontes:

1-Flávio Josefo nasceu em Jerusalém, em 37 ou 38 d.C., e pertencia à aristocracia sacerdotal judaica. Na guerra judaica (66 – 70 d.C.), foi o responsável pela proteção de Jerusalém contra o exército romano. Diante do poderio das tropas imperiais Jerusalém foi totalmente destruída e Josefo foi feito prisioneiro. Após obter o perdão imperial (supostamente profetizou que Vespaziano seria imperador), recebeu cidadania romana (daí o nome latino Flavius Josephus), uma residência, terras e uma pensão imperial. As obras mais famosas de Josefo são: Antiguidades Judaicas,Guerras Judaicas, A Vida de Josefo (uma polêmica autobiografia) eContra Apion (uma apologia). O trecho em que Josefo cita Jesus parece ter sofrido interpolações cristãs (o trecho ficou conhecido como Testimonium Flavianum, Ant. 18,63s)[1], por isso citarei o texto colocando entre colchetes aquilo que, de acordo com Dominic Crossan[2], provavelmente representa acréscimo cristão:

“Por volta dessa época viveu Jesus, um homem sábio [se é que se deve chamá-lo de homem]. Pois ele era capaz de proezas surpreendentes e ensinava as pessoas a aceitar a verdade com alegria. Ele conseguiu converter muito judeus e muitos gregos. [Ele era o messias]. Quando Pilatos, ao saber que ele havia sido acusado pelos homens mais influentes entre nós, condenou-o a crucificação, aqueles que o amavam em primeiro lugar não desistiram por sua afeição por ele. [No terceiro dia ele apareceu-lhes recuperado para a vida, pois os profetas de Deus haviam previsto esta e inúmeras outras coisas maravilhosas sobre ele.] E a tribo dos cristãos, assim chamados por causa dele, não desapareceu até hoje.”
(Antiguidades Judaicas, 18,63).

2. P. Cornelius Tacitus era membro da aristocracia senatorial romana. Nascido por volta de 55, foi contemporâneo mais jovem de Flávio Josefo. São de sua autoria duas famosas obras: as Histórias (c. 105/110) e os Anais (c. 116/117). Tacitus tinha repulsa tanto pelos judeus como pelos cristãos.    Duas frases escritas por ele mostram isso: “com relação a qualquer outro povo [os judeus] sentem apenas ódio e inimizade” (Histórias 5.5.1); “[os cristãos são] uma classe de homens detestados por seus maus hábitos” (Anais 15.44). No intuito de explicar a origem do movimento cristão, ele fala da crucificação de Jesus:
“Este nome (christiani) vem de Cristo, que foi executado sob Tibério pelo procurador Pôncio Pilatus”.
(Anais, 15,44,3).

3. O Talmude (sec. III e IV d.C.), coleção de leis, preceitos, tradições e costumes judaicos, também faz referência à crucificação de Jesus. Muitas dessas referências representam respostas à provocações dos cristãos e é possível que algumas delas contenham algo de histórico. Uma merece especial atenção:

“Na véspera da festa de Páscoa suspenderam Ieshu. Quarenta dias antes gritou o arauto: ele será levado ao apedrejamento porque praticou feitiçaria e porque seduziu Israel e o fez apóstata. Quem tem algo a dizer em sua defesa que venha e o diga. Como nada foi apresentado em sua defesa, ele foi pendurado na véspera da festa de Páscoa...”
(Talmude Babilônico Sinédrio 43a). 

Referências bibliográficas:

GRELOT, Pierra. A esperança judaica no tempo de Jesus. São Paulo: Loyola, 1996.

THEISSEN, Gerd. O Jesus histórico, uma manual. São Paulo: Loyola, 2002.
VERMES, Geza. A paixão. Rio de Janeiro: Record, 2007.

CROSSAN, Dominic.  Quem matou Jesus? Rio de Janeiro: Imago Ed., 1995.

Notas:

[1] Uma ampla discussão a respeito da autenticidade do Testimonium Flavianum pode ser consultada na seguinte obra: THEISSEN, Gerd. O Jesus histórico, uma manual. São Paulo: Loyola, 2002, p. 85-94.

[2] Cf. CROSSAN, Dominic.  Quem matou Jesus?, p. 17,18.

Jones Mendonça
COPYRIGHT ATRIBUIÇÃO - NÃO COMERCIAL © 
Copyright Atribuição –Não Comercial© construindohistoriahoje.blogspot.com. Este texto está sob a licença de Creative Commons Atribuição-Não Comercial.  Com sua atribuição, Não Comercial — Este trabalho não pode ser usado  para fins comerciais. Você pode republicar este artigo ou partes dele sem solicitar permissão, contanto que o conteúdo não seja alterado e seja claramente atribuído a “Construindo História Hoje”. Qualquer site que publique textos completos ou grandes partes de artigos de Construindo História Hoje tem a obrigação adicional de incluir um link ativo para http:/www.construindohistoriahoje.blogspot.com.br. O link não é exigido para citações. A republicação de artigos de Construindo História Hoje que são originários de outras fontes está sujeita às condições dessas fontes e seus atributos de direitos autorais.
Você quer saber mais? 



















domingo, 28 de outubro de 2018

Jesus Cristo e a Arqueologia




Seguindo um ponto tradicional, o objeto de estudo da arqueologia seria apenas o estudo das "coisas", particularmente os objetos criados pelo trabalho humano (os "artefatos"), que constituiriam os "fatos" arqueológicos reconstituíveis pelo trabalho de escavação e restauração por parte do arqueólogo. Essa concepção encontra-se muito difundida entre aqueles que consideram ser a tarefa do arqueólogo simplesmente fazer buracos no solo e recuperar objetos antigos. Na verdade, a palavra arqueologia deriva do grego e significa "conhecimento dos primórdios" ou "relato das coisas antigas". Tive inclusive em Janeiro de 2011 o privilégio de participar de uma escavação arqueólogica em Israel e digo com toda a certeza que arqueologia não é Indiana-Jones. A arqueologia tem, nos últimos anos, alargado seu campo de ação para o estudo da cultura material de qualquer época, passada ou presente. A arqueologia industrial, por exemplo, estuda construções e objetos ligados à indústria, no passado e no presente. A arqueologia histórica constitui outro exemplo do estudo do passado recente e do próprio presente, pela arqueologia contemporânea. Mas existe uma outra parte da arqueologia divulgada muito mais nas últimas décadas pela quantidade de achados que estão ajudando a sua teoria a ser comprovada:
A arqueologia bíblica.

A arqueologia bíblica estuda restos materiais relacionados direta ou indiretamente com os relatos bíblicos e com a história das religiões judaico-cristãs. E é sobre a sua relação com a veracidade histórica de Cristo que iremos falar hoje neste artigo.

Jesus existiu?

"Flávio Josefo (37-100 d.C), um historiador judeu que se aliou aos romanos, escreveu um clássico tratado sobre a história dos judeus, desde os primórdios até o primeiro século d.C., período em que ele mesmo vivera. Ele menciona nominalmente Jesus em pelo menos 3 ocasiões, embora a última seja reconhecidamente uma interpolação tardia e, portanto, não merece ser avaliada.
Mas, numa designação muito clara do ministério de Jesus, ele escreveu:
'Por esse tempo, surgiu Jesus, homem sábio (se é que na realidade se pode chamar de homem). Pois era obrador de feitos extraordinários e mestre dos homens que aceitam alegremente coisas estranhas. Ele arrastou após si muitos judeus e muitos gregos. Era considerado o Messias. Embora Pilatos, por acusações de nossos chefes, O condenasse à cruz, aqueles que O tinham amado desde o princípio não cessaram de proclamar que, passado o terceiro dia, Ele apareceu-lhes novamente vivo. Os profetas de Deus tinham respeito por Ele. Ademais, até o presente, a estirpe dos cristãos, assim chamada por referência a Ele, não cessou de existir.' "

Nesse texto podemos ver claramente a visão de Josefo sobre o mestre e seus milagres. Ele não era seu seguidor e portanto não teria porque repetir o testemunho de seus feitos. Josefo, provavelmente não teria visto pessoalmente nenhum dos milagres (ele nasceu depois de sua morte), mas conheçeu testemunhas pessoais dos fantásticos acontecimentos relacionados ao ministério dEle.

Mas, será que existe algum relato romano sobre cristo?

O historiador Tácito que, por volta do ano 115 mencionou o incêndio de Roma de 64 d.C. e mencionou a perseguição de Nero aos cristãos e o nome de Cristo que, segundo ele, não era um título mas um nome.

Os essênios e o Cristianismo

Seguindo o entusiasmo inicial provocado pela descoberta dos rolos do Mar Morto e a publicação das obras principais dos essênios, vários estudiosos procuraram estabelecer paralelos entre as ideias religiosas e as práticas dos essênios e a igreja cristã primitiva.

Mas se há alguma semelhança entre os ensinos de cristo e a seita, é porque ambos remontam à mesma fonte: o velho testamento.

Não há nenhuma evidência de contato entre Jesus e a comunidade de Qumram, por outro lado, João Batista, durante sua longa permanência no deserto poderia ter algum contato com os essênios. Isto não quer dizer que João aprendeu algo com os essênios.

Os Essênios não eram os únicos a advogar uma vida de ceticismo ou a praticar o batismo. Se João partilhava com os essênios a expectativa do Messias, a qual se considerava o precursor, havia inúmeros outros israelitas que acariciavam a mesma esperança. Convém mostrar que em contraste com os essênios que viviam no deserto, João dirigia sua palavra a todos e não apenas a uma elite espiritual. Além disso, o batismo realizado por João era feito uma só vez e não várias vezes como os essênios faziam.

Baixo império-romano: o início da perseguição

Jesus pregou suas ideias durante o governo de Otávio Augusto (27 a.C. - 14 a.C). Após a morte de Jesus, as ideias cristãs se propagaram por todo o império, conquistando um considerável número de adeptos.

Mas porque a propagação do cristianismo tornou-se um problema para Roma?
As idéias defendidas por Cristo eram completamente opostas a religiao romana, inclusive colocando em dúvida o caráter divino do imperador. O cristianismo foi abraçado pela maioria da população, especialmente por escravos , que se identificaram com o princípio de igualdade entre os homens diante de um único Deus.

ICHTUS?

Se você pensa que a cruz de cristo é o símbolo cristão mais antigo, está errado. Na verdade a cruz nem símbolo cristão é.
A cruz, era um dos métodos mais cruéis e brutais de morte criado pelos romanos, o que não se adapta muito a uma religião que prega o amor de uns aos outros, não acha?

O peixe, o verdadeiro símbolo cristão. Os cristão primitivos usavam o desenho de um peixe como código de identificação. A palavra ICHTUS, "peixe" em grego, servia para traduzir a expressão Jesus (Iesous) Cristo (CHristos) Filho de Deus (THeou Uios) Salvador (Sôter).
A Destruição de Jesrusalém

Lucas 21:6 Quanto a estas coisas que vedes, dias virão em que não se deixará pedra sobre pedra, que não seja derrubada.

No ano de 66 d.C. a revolta judaica começou inicialmente devido a tensões religiosas entre gregos e judeus com protestos anti-taxações e ataques a cidadãos romanos. Terminou quando as legiões romanas sob o comando de Tito sitiaram e destruíram o centro da resistência rebelde em Jerusalém e derrotaram as restantes forças judaicas.

Segundo Josefo, os romano ficaram horrorizados ao verem que com o cerco "mães se alimentavam da carne de seus próprios filhos para poderem sobreviver". As pessoas pensaram que se refugiando no templo estariam a salvo já que a ordem de Tito era de não o destruir. Mas um soldado no quente da batalha atirou uma flecha flamejante no templo e assim segundo Josefo, o sangue escorria pelas paredes como água. O templo era feito de ouro e os soldados no dia seguinte tentaram tirar o ouro de dentro das pedras e assim a profecia acaba se cumprindo. Outra vez, as muralhas e o templo de Jeová (que o rei Herodes ampliara e embelezara, tornando-o portentoso) foram destruídos, e o resto da cidade voltou a ficar em ruínas.

Conclusão

Por mais que arqueologia possa provar a veracidade do Jesus histórico, nada vai mudar em sua vida se você não tiver fé e acreditar que sua vida pode ter um rumo diferente. "Ele há de voltar assim como prometeu e mesmo que a arqueologia não possa 'provar' isso, podemos verificar nos rastros do passado as evidências e os passos de um Deus que se aproxima. Vislumbrar Sua face entre as nuvens e anjos no céu será, sem dúvida, o maior de todos os achados!"

Wesley Alfredo G. de Arruda é estudante,fascinado por Arqueologia e também pela Bíblia. Visitou diversos sítios arqueológicos no mundo como na Jordânia (Numeira e Bab Edh-ra) e no Egito (Saqqara, Giza). Também foi colaborador de um projeto de pesquisa israelense, o Temple Mount Sifting Project, localizado em Jerusalém.

domingo, 9 de setembro de 2018

Ave-Maria está na Bíblia?



Vamos ler Lucas-/,26-28. Como vimos o Próprio Anjo Gabriel, enviado por Deus, saúda Maria assim:
“AVE. CHEIA DE GRAÇA. O SENHOR É CONTIGO”(Lc 1.28).

Ele, enviado de Deus a declara  CHEIA DE GRAÇA.

Vamos ír agora em Lc 1,39-42. Você percebeu que Isabel, cheia do Espírito Santo exclamou:

“BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES E BENDITO É O FRUTO DO TEU VENTRE”. Se você notar bem, vai perceber que Isabel proclamou isso estando ela cheia do Espírito Santo, ou seja, o próprio Espírito Santo chama Maria de bendita. E mais, o mesmo adjetivo que o Espírito Santo (através de Isabel) usa para Maria (=bendita), usa para o fruto com seu ventre, que é o próprio Jesus (=bendito). Ora, meu irmão, se o Espírito Santo declarou Maria bendita, quem poderá dizer o contrário? Não tenha medo de bendizer (=dizer bem, falar bem de…) a mãe de Jesus. Da mesma forma que você fala bem de Jesus, fale bem também de Maria, sua mãe.

“SANTA MARIA”, como amava chamá-la Lutero fundador da Igreja Evangélica alemã. A palavra “Santa”, que quer dizer: ESCOLHIDA, SEPARADA PARA DEUS! Lembremos que São Paulo costumava chamar todos os cristãos de “Santos” (Co/ 3,12) e a Carta aos Hebreus diz: ” Por isso, irmãos santos, vocês participam de um chamado que vem do céu” (Heb 3, 1 j. Se todos os cristãos são “santos”, porque não posso honrar Maria com este nome?

Finalmente, quem é Jesus? Não é Deus Feito Carne! Se Maria é a mãe de Jesus, então podemos dizer dela que é também a “MÃE DE DEUS” encarnado. A esta mulher tão cheia de Deus, tão perto de Deus, não podemos pedir que ore por nós, que somos pecadores. Como já meditamos no episódio das Bodas de Cana, Maria é uma potente intercessora porque pedindo, consegue que Jesus faça um milagre que não quer. Existe uma intercessora mais potente daquela que consegue mudar até os planos de Jesus!

Com confiança, podemos concluir: “Rogai por nós, pecadores, agora e no hora de nossa morte, amém?”

Juntando todas estas frases bíblicas você vai construir a Ave Maria e é bom a gente orar com as Palavras da Bíblia quanto mais puder! AVE MARIA, CHEITA DE GRAÇA, O SENHOR É CONTIGO. BENDITA SOIS VÓS ENTRE AS MULHERES E BENDITO É O FRUTO DO TEU VENTRE JESUS. SANTA MARIA, MÃE DE DEUS, ROGAI POR NÓS PECADORES AGORA Ë NA HORA DA NOSSA MORTE AMÉM!
Você tem coragem de falar para Jesus que sua mãe era uma “mulher qualquer”!

Cada um de nós tem uma mãe nesta terra e, depois de Deus, ela é o ser que mais amamos, junto ao nosso pai. Cada um de nós ficaria muito sentido se alguém falasse que sua mãe é uma “mulher qualquer”. Imagine o que Jesus sente quando uma pessoa fala de Maria, a sua mãe, como de uma “mulher qualquer” (coisa que infelizmente muitos “crentes” dizem). S e o anjo Gabriel, enviado por Deus a engrandeceu com palavras sublimes: “Alegre-se, cheia de graça! O Senhor está com você! “, “Não tenha medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus. Eis que você vai ficar grávida, terá um filho, e dará a ele o nome de Jesus. ” (Lc 1,28- 31), não é admitido chamá-la de “mulher qualquer”. Se a Sagrada Escritura, pela boca de Isabel, a chama de “Bendita entre todas as mulheres” (Lc 1,42) quem poderá rebaixar esta sublime filha de Deus, que chamamos “Mãe de Deus” porque deu a vida, criou e educou Jesus, Verbo encarnado. Deus feito homem. Você já pensou com quanto carinho Maria cuidou de Jesus, ensinou-lhe a caminhar e a falar?






quinta-feira, 12 de abril de 2018

O Livro de Jasher, o justo.



O Livro de Jasher é um apócrifo que relata de forma paralela ao Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia), os eventos ocorridos entre a criação do homem e os dias de Josué. Pode ser facilmente encontrado na Internet para download ou ser adquirido impresso na língua inglesa no site Amazon.com.

Em termos cronológicos, Jasher é um escrito posterior ao Êxodo, conforme relata ele próprio em seu capítulo 73 (Jasher 73:28-29): “E Balaão, o mágico, quando viu que a cidade fora tomada, abriu o portão, e ele e seus dois filhos, e oito irmãos, fugiram e retornaram ao Egito, a Faraó, rei do Egito. Estes são os feiticeiros e mágicos que são mencionados no Livro da Lei, que ficaram contra Moisés quando o Senhor trouxe as pragas ao Egito”. O Livro da Lei, neste caso, se refere ao Êxodo, onde se relatam os dez mandamentos.

Jasher é mencionado diretamente duas vezes no Antigo Testamento, a saber, em Js 10:13: “E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isto não está escrito no livro de Jasher? O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro”; Em 2 Sm 1:18: “Dizendo ele que ensinassem aos filhos de Judá o uso do arco. Eis que está escrito no livro de Jasher”.

Há também ao menos uma referência não direta ao mesmo livro no Novo Testamento, em II Tm 3:8 que relata: “como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé”. Estes personagens não são mencionados em nenhuma passagem do Antigo Testamento, mas eram conhecidos de Paulo, que tinha, portanto, tido acesso ao Livro de Jasher, onde o assunto é detalhado no seu capítulo 79.

É bom que se mencione que Jasher merece o título de apócrifo, pois há nele, inúmeros textos que claramente indicam sua falta de inspiração, uma vez que reporta usos e costumes contrários à lei de Moisés, quando relata casos de necromancia, feitiçaria, lendas, controle sobre a mente de demônios, entre outros.

Em termos cronológicos, no entanto, quando sincronizado com os eventos datados na Bíblia, Jasher é absolutamente correto e desta forma, pedimos ao leitor licença para utilizá-lo, certo de que entenderá que não tentamos utilizar de forma tendenciosa qualquer informação nele contida, mas sim, aproveitar as informações valiosas nele contidas.

Há relatos bíblicos, por exemplo, em Gênesis, que não se encontram em Jasher e vice-versa. Quanto aos relatos coincidentes, as datas são absolutamente as mesmas. Jasher parece uma redação baseada nos escritos do Pentateuco, acrescida de relatos que possivelmente vieram da cultura oral dos hebreus, que como em qualquer outra cultura, faz agregar à história, as crendices e exageros naturais do folclore.

Não deve por isto ser desprezado, pois acaba por esclarecer ou ao menos lançar luzes sobre certos fatos pouco detalhados na Bíblia, fatos estes, que se por sua vez não forem o retrato da verdade, são no mínimo uma boa sugestão sobre o que pode realmente ter acontecido. Exemplo: Sara, depois do nascimento de Isaque pede que Abraão se livre de Agar e Ismael, no que Abraão lhe ouve, conforme relato de Gn 21.

Em Gênesis, tal relato nos dá a impressão de ser uma atitude de uma mulher ciumenta e de pouca paciência, mas Jasher esclarece o fato mostrando que Ismael tencionava matar Isaque, fato que foi presenciado por Sara, que não teve outra alternativa senão fazer o que fez.

Outro exemplo trata de um acontecimento ocorrido quando Moisés retornava ao Egito a fim de libertar o povo, conforme Gn 4:24-26: “E aconteceu no caminho, numa estalagem, que o Senhor o encontrou, e o quis matar. Então Zípora tomou uma pedra aguda, e circuncidou o prepúcio de seu filho, e lançou-o a seus pés, e disse: Certamente me és um esposo sanguinário. E desviou-se dele. Então ela disse: Esposo sanguinário, por causa da circuncisão”.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Herói improvável: Desmond Doss


Desmon Doss

Fonte: http://www.adventistaseuropa.org/heroi-improvavel/, Texto publicado originalmente em RevistaAdventista.com.br
Adaptado em 02/042018
Origens

Desmond Thomas Doss nasceu em Lynchburg, Virgínia, em 1919. Seu pai era carpinteiro e a mãe trabalhava em uma fábrica de sapatos. Durante a infância de Doss, um quadro ilustrado dos Dez Mandamentos, que ficava na sala da sua casa, mexeu muito com ele. O que mais chamava a atenção de Doss era a cena de Caim, com um grande pedaço de pau, matando Abel. Ao olhar a gravura, ele se perguntava muitas vezes: “Como alguém pode fazer isso com o próprio irmão?” (veja mais no documentário The Concientious Objector).

Quando Doss ainda era criança, viu seu pai bêbado discutir com seu tio, e depois buscar uma arma de fogo. A mãe de Desmond, prevendo uma tragédia, corajosamente entrou no meio da briga, tomou a arma do marido e, antes que ele matasse o próprio irmão, pediu que Doss levasse a arma para bem longe do pai. Ele correu por dois quarteirões e, enquanto corria, decidiu que, a partir daquele momento, nunca mais pegaria em uma arma. Aqueles foram os primeiros 200 metros do restante de uma vida. Durante as grandes batalhas da II Guerra Mundial, Doss correria muitas outras vezes desarmado em meio ao fogo cruzado, a fim de salvar, enquanto outros matavam.

Carreira militar

Em 1942, quando Doss se alistou no exército, a única arma que carregava era uma Bíblia de bolso. Ele sofreu perseguição durante os treinamentos militares devido a sua devoção à oração, por se recusar em pegar em armas, por não comer carne e também por guardar o sábado (leia mais em Dictionary of Virginia Biography). Algumas vezes, quando Doss se ajoelhava ao lado de sua cama para orar, seus colegas de exército atiravam sapatos nele. Um oficial ameaçou levá-lo para a corte marcial e até tentaram dispensá-lo do exército, sob a alegação de que ele tinha problemas mentais.

A insistência de Doss em não tocar em armas deixou irados muitos companheiros do campo de treinamento. Como publicou o site do jornal Los Angeles Times, um soldado chegou a dizer: “Doss, quando estivermos no campo de batalha, eu mesmo irei atirar em você!”

Atos heroicos

Mas, na linha de frente da guerra, tudo mudou. Como médico da 77ª Divisão de Infantaria, da 307ª Infantaria do exército americano nas batalhas do Pacífico, Doss conquistou rapidamente o respeito de seus companheiros. Combate após combate, ação após ação, havia sempre alguma história sobre Desmond T. Doss, o médico que, mesmo sob risco de morte, recusava-se a abandonar soldados feridos.
Doss segurando uma Bíblia

Mesmo em meio ao clima infernal da guerra, Doss conseguia manter a coragem, resgatando soldados sob fogo inimigo, chuva torrencial e lama. Pela constante bravura, em Guam, em 1944, e nas Filipinas, entre 1944 e 1945, ele recebeu duas estrelas de bronze (Conscientious Objector, Medical-Aid Man, Awarded Medal of Honor, Review and Herald, 1º de novembro de 1945, p. 2).

A batalha de Okinawa

O paramédico americano era o homem mais odiado pelos soldados japoneses de Okinawa. Para um soldado nipônico, matar um médico significava destruir a esperança do exército inimigo, porque se um soldado fosse ferido, não haveria mais ninguém para cuidar dele. Todos os médicos americanos que estavam naquela ilha portavam armas, menos Desmond Doss, segundo lembrou o jornal The Telegraph, em reportagem publicada recentemente. No lugar de uma pistola, ele carregava um Bíblia de bolso. Quando não estava cuidando dos feridos, Doss lia as Escrituras. Os textos da Bíblia que lhe traziam coragem eram Apocalipse 3:10 e Salmo 91. Na sua experiência de guerra, literalmente “mil caíram ao seu lado, e dez mil à sua direita, mas ele não foi atingido”, pelo menos não mortalmente (Heroes Have Backgrounds, The Youth’s Instructor, 3 de julho de 1945, p. 13).

Entre 29 de abril e 21 de maio de 1945, Desmond Doss cuidou dos soldados de Okinawa, atendendo, em algumas ocasiões, até mesmo soldados inimigos. Com determinação inflexível diante de condições desesperadamente perigosas, Doss avançou inúmeras vezes através das linhas japonesas e trouxe os homens feridos para áreas seguras (Conscientious Objector, Medical-Aid Man, Awarded Medal of Honor,Review and Herald, 1º de novembro de 1945, p. 2).

Até o último homem
Local por onde Doss, após salvar desceu 75 de seus colegas feridos.

Em 5 de maio de 1945, a unidade militar da qual Desmond Doss fazia parte, recebeu a missão de capturar a Escarpa Maeda, uma parede de 120 metros que cercava a frente da ilha de Okinawa e que servia de quartel-general para os militares japoneses. Através de escadas feitas de cordas, a companhia de 155 soldados chegou sem dificuldades até o lugar mais alto do penhasco. Mas era uma armadilha. Os japoneses conseguiram emboscar 100 soldados americanos.

Depois de uma luta terrível, o comandante da companhia deu ordem para que, aqueles que pudessem, abandonassem o cume da serra. Assim, eles recuaram para a base. Todos os que podiam fugiram, mas Doss decidiu ficar porque sabia que muitos soldados estavam gravemente feridos. Na parte de baixo ele foi procurado por vinte minutos, então alguém gritou e apontou para a serra. Doss era o único homem que permanecia de pé no alto da Escarpa Maeda. Ele gritava para que os homens que estavam na base recebessem os feridos que ele descia delicadamente através de cordas até as mãos de amigos (There’s a War to Be Won, 1997, p. 480).

Por cerca de doze horas, e totalmente desarmado, Desmond Doss enfrentou metralhadoras, rifles e morteiros japoneses, descendo soldado após soldado, até o último homem, para a base americana do penhasco. Como apoio, usou apenas um toco e uma corda. Durante esse tempo, o único pensamento de Doss era uma oração: “Senhor, ajude-me a salvar mais um. Apenas mais um!” O resgate aconteceu num sábado.

Usando uma arma, uma única vez

No dia 21 de maio, em um ataque noturno, Doss permaneceu exposto em campo aberto enquanto os demais soldados de sua companhia fugiram. Mesmo sob o risco de ser confundido com um soldado japonês infiltrado, ele cuidou dos feridos, até que a explosão de uma granada feriu gravemente suas pernas. Em vez de chamar outro médico para tirá-lo da zona de batalha, ele mesmo cuidou de seus ferimentos e esperou cinco horas até que os maqueiros o encontrassem e o levassem para uma área segura. O trio foi surpreendido por um ataque de tanque japonês, e Doss, vendo um homem com ferimentos mais graves próximo a ele, arrastou-se para fora da maca e pediu que os maqueiros cuidassem primeiro do outro homem.

Enquanto esperava o retorno da maca, ele foi novamente atingido, dessa vez por um franco-atirador, e sofreu uma fratura múltipla no braço esquerdo. Com impressionante perseverança, ele atou a coronha de um rifle ao seu braço quebrado para formar uma tala e, mesmo ferido, arrastou-se por quase 300 metros até um local seguro, onde poderia ser ajudado (Conscientious Objector, Medical-Aid Man, Awarded Medal of Honor, Review and Herald, 1º de novembro de 1945, p. 2). Esta foi a única vez em que ele usou uma arma.

O resgate da Bíblia de Doss

Alguns dias depois, num barco-hospital, próximo à costa da ilha de Okinawa, Desmond procurou sua Bíblia no bolso da camisa, mas ela não estava mais lá. A Bíblia que ele havia recebido como presente da esposa o manteve de pé durante os meses de treinamento, quando ele era ridicularizado pelos colegas de acampamento. O mesmo livro também lhe servira de conforto constantemente durante os meses de combate em Guam, Leyte e Okinawa. Provavelmente o exemplar tivesse sido perdido em algum lugar no cume do penhasco onde, com o uniforme encharcado de sangue, ele salvou dezenas de soldados. Ele implorou: “Por favor, alguém diga para os meus companheiros de batalha que eu perdi a minha Bíblia!”

Os soldados, que antes criticavam o adventista do sétimo dia, receberam a mensagem na ilha e voltaram para a Escarpa Maeda com uma nova missão: resgatar a bíblia de Desmond Doss. Eles a encontraram, e enviaram pelo correio até a casa de Doss (World War II Medal of Honor Recipients, 2010, p. 192).

Lições a ser seguidas


Doss morreu em 2006, aos 87 anos de idade.

Para Doss, a salvação vinha da oração a Deus. No fim de abril de 1945, antes que sua unidade militar subisse um penhasco em Okinawa, ele pediu ao tenente da companhia autorização para orar. Doss disse ao comandante: “A oração é a maior salvadora de vidas. Não é melhor pararmos e orar?” As palavras de Doss fizeram com que o tenente interrompesse toda a companhia militar, que estava à beira de um ataque que parecia ser a morte certa. Naquele dia, a companhia B, da qual Doss fazia parte, subiu pelo lado sul do penhasco e não houve nenhuma baixa, mas a companhia A foi dizimada pelos japoneses (Conscience Honored, Signs of the Times, 4 de dezembro de 1945, p. 2).

A lei de Deus sempre estava no coração de Doss, ele chegou a dizer que, quando criança, ao olhar para o quadro dos Dez Mandamentos, era como se Deus falasse para ele: “Desmond, se você me ama, não matará ninguém.”

Outra qualidade de Desmond Doss era sua humildade. Em novembro de 1945, ele recebeu a Medalha de Honra do Congresso, a mais alta condecoração militar dos Estados Unidos. Ainda assim, não se orgulhava do que fez, mas tinha orgulho de Deus tê-lo usado para salvar muitas vidas. Ele dizia: “Eu não queria ser um herói. Mas eu era como a mãe que corre para dentro de uma casa pegando fogo a fim de resgatar seus filhos. No campo de batalha, eu era como a mãe que não abandona seus filhos. Eu amava os meus amigos, e eles me amavam. O que eu fiz foi um serviço de amor”, publicou o jornal The Washington Post, no dia 26 de março de 2006, por ocasião da morte do herói adventista.

Foi esse amor que fez de Doss um grande missionário no tempo e no lugar mais improvável da história. Ele se tornou conhecido entre seus companheiros como o anjo da misericórdia, e sua oração, que também deve ser a nossa, era: “Senhor, ajude-me a salvar mais um. Apenas mais um!”

O Filme "Até o Último Homem"



Em Até o Último Homem,  Mel Gibson faz um filme de conciliação. Numa época em que parece um tanto feio exaltar personagens guerreiros, toma um herói de guerra que jamais segurou um fuzil em suas mãos. E, no entanto, foi condecorado por seus feitos. A história baseia-se em personagem real. E a produção está indicada em seis categorias do Oscar, incluindo melhor filme, direção e ator (Andrew Garfield).