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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Dicas de Leitura: História Concisa da Revolução Russa.


O presente livro é um resumo de Russian Revolution (1990) e Russia under the Bolshevik Regime (1994), que descrevem em detalhes e com farta documentação a história dos “Tempos turbulentos”, entre 1899 e 1924. Nesta obra Richard Pipes condensou o restante desses textos, mantendo o padrão. Todas as informações podem ser verificadas nas obras originarias. Novas informações têm suas fontes indicadas.

Sobre a obra:

Richard Pipes, analisa os períodos imediatamente anterior e posterior à Revolução Russa, revendo o assassinato da família Romanov e a política soviética de sufocar etnias, nacionalidades e combater religiões. Resultado de anos de pesquisa do autor, este livro destaca os principais eventos que culminaram na Revolução Russa e os desdobramentos deste importante fato na história do século XX. Os documentos no qual no qual Pipes se baseou para mostrar os indivíduos realizadores da Revolução Comunista na Rússia, nos mostra homens perseguindo seus próprios interesses e suas aspirações , incapazes ou não desejosos de fazer concessões às conveniências e aspirações dos demais. No século XIX, a Europa Testemunhou a emergência de revolucionários profissionais, intelectuais que devotavam tempo integral ao estudo da história de levantes anteriores, à procura de linhas de rebelião; quando os movimentos se desencadeavam, eles intervinham, procurando conduzir os sentimentos voluntários em objetivos conscientes. Esses intelectuais radicais anteviam um futuro marcado por conflitos violentos e o progresso condicionado à destruição do sistema tradicional de relações sociais. Sua meta era libertar a “verdadeira” natureza dos homens, suprimida pela propriedade e pelas instituições dela derivadas. Comunistas e Anarquistas imaginavam a revolução como um processo de completa transformação, não só de toda ordem política e socioeconômica preestabelecida, mas da própria existência humana. Segundo Liev Trótski, o que eles queriam era “virar o mundo”. Essa tendência alcançou o apogeu na Revolução Russa de 1917. Embora o colapso da monarquia tenha decorrido de fatores internos, os bolcheviques, vencedores da batalha pós-czarista pelo poder, eram internacionalistas, adeptos de ideias comuns a todos os intelectuais radicais do Ocidente.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PLÍNIO SALGADO: SÍNTESE CRONOLÓGICA


Plínio Salgado. Imagem: Casa de Plínio Salgado. 


1895 — Nascimento, a 22 de janeiro, na cidade paulista de São Bento do Sapucaí, filho do farmacêutico Francisco das Chagas Esteves Salga­do e da professora dona Ana Francisca Rennó Cortez. Quando criança, juntamente com seus irmãos, ouvia preleções de seu progenitor, chefe político do município, em torno de Caxias e outros grandes vultos da história pátria. Lia muito, principalmente os clássicos da língua.

1911 — Aos 16 anos, com o falecimento de seu pai, e estudando no Ginásio São José, em Pouso Alegre (Estado de Minas), teve de voltar para São Bento do Sapucaí a fim de cuidar de sua progenitora e dos quatro irmãos mais novos.

1913 — Aos 18 anos, cria o Partido Municipalista, juntamente com Gama Rodrigues, Machado Coelho, Agostinho Ramos e Joaquim Cortez, "para combater a ditadura do governo estadual" . Esta foi a primeira organização política brasileira a se voltar para a defesa do município. Aplica-se em sua cidade a diversas atividades, dirige um clube de futebol, um grupo teatral, pronuncia conferências é orador oficial em todas as solenidades,é defensor de réus quando faltavam advogados, funciona como topógrafo judicial e ocupa cargo de inspetor escolar no município. Lança o semanário local "Correio de São Bento".

1918 — Casa-se com a senhorita Maria Amélia Pereira, descendente de tradicional família sãobentista, a qual veio a falecer após um ano, dei­xando uma filha, Maria Amélia, com apenas 15 dias, que passou a ser zelada pela avó e tios.

1919 — Muda-se para São Paulo onde ingressa como suplente de revi­sor ascendendo logo a redator, no "Correio Paulistano", porta-voz do governo estadual na época. Aí trava conhecimento com inúmeros inte­lectuais e políticos, a muitos ligando-se por sólida e profunda amizade.

1922 — Realização da Semana de Arte Moderna, cujos principais par­ticipantes. "apontaram novos caminhos, libertações integrais, nacionalismo espontâneo". Leitura absorvente de Marinetti, Soffici, Apollinaire, Cocteau,Max Jacob,Cendrars.

1924 — Indicado como Secretário da Coligação Paulista, presidida por Altino Arantes.

1926 — Publicação de O Estrangeiro. Preocupação com problemaspolíticos, leituras de Marx, Sorel, Lenin, Trotsky, Riazonov, Plekanov, Fuerbach. Falecimento de sua progenitora,

1927 — Insistentemente convidado pelo Presidente Júlio Prestes candidatou -se a deputado estadual e é eleito com grande votação.

1928 — Cria a Prefeitura Sanitária de Campos do Jordão e consegue leis favoráveis àagricultura paulista. Funda, com Menotti dei Picchia,Cassiano Ricardo e Motta Filho o Movimento Verde-Amarelista.

1929 — Em 31 de julho, como primeiro ocupante, toma posse da cadeira nº 6, da Academia Paulista de Letras, sendo patrono da mesma Couto de Magalhães. Posse conjunta de Plínio Salgado, Menotti del Picchia, Alfredo Ellis Jr., Cassiano Ricardo, Nuto Sant'Ana e Gofredo da Silva Teles.

1930 — Viagem à Europa e Oriente, como preceptor de um jovem paulistano. Vê as transformações políticas da Turquia, da Itália, da Alemanha, "lê uma vasta literatura comunismo que circulava em País", examina a pequena Bélgica, medita no Egito (sobre o imperialismo inglês), observa observa a anarquia dos espíritos nas Espanha e a nova ordem de Portugal: "tudo me mostrava a morte de uma civilização, o advento de uma nova etapa humana". Deflagrada no Brasil a revolução contra Washington Luis e o sistema político que este representava.

1931 — Fundação e direção de "A Razão". Artigos diários de doutrinação política e análise da situação brasileira e internacional.

1932 — Revolução Constitucionalista. Incêndio de "A Razão", Funda­ção da Sociedade de Estudos Políticos (SEP). Lançamento do Manifesto de Outubro, com que se iniciaram as atividades independentes da Ação Integralista Brasileira, antes um setor de orientação da SEP.

1935 — Intentona comunista no quartel da Praia Vermelha, ocasião em que foram assassinados covardemente pelos comunistas, na calada da noite, quando dormiam, indefesos oficiais do Exército Brasileiro, alguns adeptos do Integralismo. Por telegrama ao Presidente da República é oferecida a ajuda dos Integralistas.

1936 — Casa-se em segundas núpcias com a senhorita Carmela Patti pertencente a conceituada família radicada em Taquaritinga, Estado de São Paulo, não havendo filhos deste consórcio.

1937 — Candidatura à Presidência da República, concorrendo com José Américo de Almeida e Armando Salles Oliveira. Fechamento de todas as organizações políticas. É convidado para Ministro da Educação, que recusa por não concordar com os termos da nova constituição. É implantado o Estado Novo.

1938 — Revolta, denominada "integralista" (Dicionário de História do Brasil, Melhoramentos, São Paulo, 1976, 4ª edição, pág. 469), objetivando a restauração democrática no Brasil, e que   ocasionou inúmeras prisões e fuzilamentos de membros da Ação Integralista Brasileira e exílio dos principais lideres.

1939 — Prisão na Fortaleza de Santa Cruz. Exílio para Portugal.

1939-1946 — Intensa atividade cultural e religiosa em Portugal.

1942 — Publicação da Vida de Jesus, cuja primeira edição, lançada em São Paulo, é apreendida e logo após liberada.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Madrugada do Espírito: Epicuristas e Estóicos (1934).


Democracia Corporativa. Imagem: Comunidade da Frente Integralista Brasileira no Facebook. Adaptação: CHH.

O que distingue a liberal-democracia como aspecto de civilização é a coexistência de dois pensamentos filosóficos, ambos materialistas, ambos presos aos dias remotos da antiga Grécia.

A liberal-democracia é , ao mesmo tempo, “estoica” e “epicurista”.

Em última análise, toda a obra dos pensadores e filósofos anteriores à Revolução Francesa, está impregnada dessas duas orientações do naturalismo helênico. Ambas negadoras do Espírito, ambas ateístas.

A subordinação ás chamadas leis naturais informa toda a cultura política moderna. Desde o otimismo de Locke e da apologia do “homem natural” de J.J. Rousseau, até às mais recentes doutrinas sociais, a ausência de um “fim moral” teve como consequência a generalização de um epicurismo baseado nos apetites do indivíduo e na liberdade licenciosa.

A filosofia do êxito, traduzida no pragmatismo inspirador da pedagogia e das realizações pessoais, não passa, examinada a fundo, de uma tradução atualizada da filosofia do prazer, ensinada pelo velho Epicuro.

Ora, uma sociedade epicurista, materialista, gozadora individualista, libertária, como poderia conceber o governo?

Evidentemente que, pesando a concha da balança para o lado da sociedade, eleva-se a outra, que está do lado do poder público. À áreas de excessivas liberdades facultadas ao individualismo correspondem restrições de âmbitos de ação para os governos.

Daí o motivo por que, em matéria de Economia, o estudioso encontra, nítidas e paralelas, as duas orientações: ao Estado estóico corresponde uma Sociedade epicurista.

Quanto Turgot destrói as corporações e com elas a estrutura moral e social das monarquias, esboça em matéria econômica, o ressurgimento das velhas filosofias gregas. São os fisiocratas que focalizam o organismo nacional segundo o mesmo critério experimentalista com que apreciavam o funcionamento dos órgãos do corpo humano.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Escritor Philip Kindred Dick, o mestre da ficção cientifica.


Escritor Philip K. Dick. Imagem: http://www.philipkdick.com/.

Philip Kindred Dick nasceu nos Estados Unidos em 1928. Embora não tenha tido o justo reconhecimento em vida, a excelência de sua obra tornou Philip K. Dick é uma referência da ficção científica do século XX. Vários de seus trabalhos tornaram-se mundialmente conhecidos ao serem roterizados e transformados em grandes sucessos do cinema, como Blade Runner: o caçador de androides, O Vingador do Futuro, Minority Report: a nova lei e O Pagamento.

É autor de cinco coletâneas de contos e 36 romances, dentre eles O Homem do Castelo Alto , VALIS, Ubik e Os Três Estigmas de Palmer Eldritch. Morreu em 1982, aos 53 anos.
Ele também era conhecido pelas iniciais PKD, foi um escritor de ficção científica que alterou profundamente este gênero literário. Apesar de ter tido pouco reconhecimento em vida, à adaptação de várias das suas novelas ao cinema acabou por tornar a sua obra conhecida de um vasto público, sendo aclamado tanto pelo público como pela crítica.

Filho de um funcionário do governo federal, a sua irmã gêmea morreu quase à nascença. Os seus pais divorciaram-se quando Philip contava quatro anos de idade. Acompanhou a mãe na sua mudança para a Califórnia, onde estudou, ingressando na Escola Secundária de Berkeley, onde permaneceu até 1945. Matriculou-se então na Universidade da Califórnia, onde estudou Filosofia e Alemão, abandonando o curso para trabalhar como disc-jockey numa emissora de rádio, mantendo, ao mesmo tempo, uma loja discográfica.

Começou a escrever nesta época, publicando o seu primeiro conto de ficção científica na revista Planet Stories. Chegou a terminar alguns romances de índole autobiográfica, mas não conseguiu encontrar quem os editasse. Decidiu portanto dedicar-se inteiramente à ficção científica, convicto de que este gênero poderia melhor abarcar as suas especulações filosóficas.

Solar Lottery, primeira obra publicada por Philip K. Dick em 1955. Image:  http://www.philipkdick.com/. 

A sua primeira obra publicada foi Solar Lottery de 1955. A ação da obra decorria no século XXIII, num tempo em que a democracia como forma de eleição foi substituída por um sistema de loteria que decide as funções dos indivíduos na sociedade. No entanto, vem-se a descobrir que a sorte está viciada. Após o aparecimento de obras como Eye In The Sky de 1956, Dr Futurity de 1960 e Vulcan's Hammer de 1960, Philip K. Dick conseguiu ser reconhecido como escritor, sobretudo com a publicação de The Man In The High Castle (O Homem do Castelo Alto) de 1962. O romance recriava um mundo em que a Alemanha e o Japão haviam vencido a Segunda Guerra Mundial.

Vulcan's Hammer de 1960obra publicada por Philip K. Dick em 1955. Imagem: http://www.philipkdick.com/.

A visão quase paranóica da realidade que Dick demonstrou em muitos dos seus trabalhos não seria portanto de todo infundada. Inspirando-se em ideias do Budismo, Cabalismo, Gnosticismo e outras doutrinas herméticas, e combinando-as com certos aspectos das novas crenças na parapsicologia, extraterrestres e percepção extra-sensorial, o autor criou mundos alternativos nos quais acabou eventualmente por julgar viver. O autor acreditava ter sido contatado, em março de 1974, por uma "mente racional transcendental", o que ele julgava ser uma teofania. Detalhes sobre este evento são detalhados no romance Valis, publicado em 1978.

Philip K. Dick em meados dos anos de 1970. Imagem:http://www.philipkdick.com/.

PKD explorou em muitas das suas obras temas como a realidade e a humanidade, utilizando normalmente como personagens pessoas comuns e não os normais heróis galácticos de outras obras do gênero. Precursor do gênero cyber punk, o seu livro Do Androids Dream of Electric Sheep? Inspirou o filme Blade Runner que, já perto da sua morte por um AVC (Acidente Vascular Cerebral), serviu como introdução a Hollywood e levou a que outras obras suas fossem adaptadas ao cinema.

O Romance de Ficção Androids Dream of Electric Sheep? De Philip K. Dick,  Inspirou o filme Blade Runner. Imagem:http://www.philipkdick.com/.

domingo, 25 de novembro de 2012

Selo messiânico (cristianismo messiânico)


Inscrição em pedra do primeiro século da Era Cristã. Imagem: Acervo Pessoal CHH.

O “Selo Messiânico”, foi adotado como um emblema do movimento messiânico cristão. Trata-se de grupos religiosos cristãos que adotam certas práticas judaicas em uma tentativa de praticar uma anterior, suposta mais pura, forma de cristianismo, e muitas vezes o foco (geralmente sem sucesso) sobre a conversão de judeus ao cristianismo, uma prática considerada altamente ofensiva por muitos seguidores do judaísmo.
Recipiente para unção, datado do Primeiro século da Era Cristã. Imagem: Acervo Pessoal CHH.

sábado, 24 de novembro de 2012

Entendendo o Monograma IHS



Ostensório, representa mais comumente na atualidade a hóstia da comunhão. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.

IHS é uma monograma simbólica do Cristo usada pela Igreja Católica Romana. Este monograma consiste nas letras gregas iota, eta e sigma, as três primeiras letras do nome Iesous (Jesus, em grego), também são usados ​​para soletrar a frase em latim "Salvator Hominem Iesous", "Jesus, salvador do homem ." Relaciona-se com a história de Constantino, cuja visão da Chi-Rho foi gravada por Eusébio Padre da Igreja. Na visão, Constantino relata ter ouvido uma voz proclamar: "Por este símbolo, tu conquistarás." Portanto, a IHS também ficou para "In Hoc Signo"por este símbolo.