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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Shogun Tokugawa Ieyasu. O homem que unificou o Japão!

O Shogum Tokugawa Ieyasu.

Tokugawa Ieyasu, (1543-1616) foi o fundador e primeiro shogun  do shogunato Tokugawa do Japão , que perdurou desde a Batalha de Sekigahara em 1600 até a Restauração Meiji em 1868. Ieyasu tomou o poder em 1600, foi indicado shogun em 1603, abdicou do cargo em 1605, mas continuou no poder até a sua morte em Osaka, em 1615.

Começo da vida (1543-1556)

Tokugawa Ieyasu nasceu em 31 de Janeiro de 1543, na província de Mikawa. Originalmente chamado Matsudaira Takechiyo, ele era filho de Matsudaira Hirotada (1526-1549), o senhor de Mikawa, e Dai-no-kata,a filha de um lorde samurai chamado Mizuno Tadamasa. Estranhamente, seu pai e sua mãe eram meio-irmãos. Eles só tinham 17 e 15 anos quando Ieyasu nasceu. Dois anos mais tarde, Dai-no-kata foi mandada de volta para a sua família, e o casal nunca mais voltou a viver junto. Ambos casaram-se novamente, e ambos tiveram mais filhos, fazendo com que Ieyasu acabasse com 11 meio-irmãos e irmãs.

A família Matsudaira ficou dividida: um lado queria servir o clã Imagawa e o outro, o clã Oda. Como resultado, muitos dos anos da juventude de Ieyasu foram disperdiçados em perigo por causa das guerras entre o clã Oda e o clã Imagawa. O feudo da família foi o motivo do assassinato do pai de Hirotada, e avô de Ieyasu, Matsudaira Kiyoyasu (1511-1536). DIferente de seu pai, e da maioria da família Matsudaira, o pai de Ieyasu, Hirotada, preferia o clã Imagawa.

Em 1548, quando o clã Oda invadiu Mikawa, Hirotada foi à Imagawa Yoshimoto, o chefe do clã Imagawa, para que ajudasse a repelir os invasores. Yoshimoto concordou em ajudar com a condição de que Hirotada mandasse seu filho Ieyasu param Sunpu como refém. Hirotada concorda. Oda Nobuhide, líder do clã Oda, soube desse acordo e capturou Ieyasu no caminho para Sunpu. Ieyasu estava só com seis anos na época.

Nobuhide ameaça executar Ieyasu, a não ser que Hirotada acabasse com os laços com o clã Imagawa. Ignorando a recusa, Nobuhide decide não matar Ieyasu, e ao invés disso fica com Ieyasu como refém no Templo Manshoji, em Nagoya.

Em 1549, com 24 anos de idade, o pai de Ieyasu, Hirotada, morre de causas naturais. Na mesma época, Oda Nobuhide morre durante uma epidemia. As mortes foram um grande golpe ao clã Oda. Um exército, sob o comando de Imagawa Sessai, abriu cerco contra o castelo onde Oda Nobuhiro, o filho mais velho de Nobuhide e novo líder dos Oda, estava vivendo. Com o castelo prestes a cair, Imagawa Sessai oferece um acordo a Oda Nobunaga (segundo filho de Oda Nobuhide). Sessai ofereceu desistir do cerco se Ieyasu fosse devolvido ao clã Imagawa. Nobunaga concordou, e assim Ieyasu, agora com nove anos, foi levado como refém para Sunpu. Lá ele viveu uma boa vida como refém e potencial futuro aliado do clã Imagawa até os quinze anos.

Subida ao Poder (1556-1584)

Brasão Tokugawa.

Em 1556, Ieyasu ficou maior de idade,e , seguindo a tradição, mudou seu nome para Matsudaira Jirosaburo Motonobu. Um ano depois, quando tinha 16 anos, casou com sua primeira esposa, e mudou novamente de nome para Matsudaira Kurando Motoyasu. Com a permissão de retornar à sua terra natal, Mikawa, os Imagawa ordenaram que lutasse contra o clã Oda por várias vezes. Ieyasu ganhou a sua primeira batalha no Cerco de Terabe , e mais tarde teve sucesso ao entregar suprimentos para um forte de fronteira durante um ataque noturno.

Em 1560, a liderança do clã Oda passou para o brilhante líder Oda Nobunaga. Yoshimoto, liderando um enorme exército de Imagawa (talvez vinte mil homens) atacou o território do clã Oda. Ieyasu, com suas tropas de Mikawa, capturou um forte na fronteira e ali ficou para defendê-lo. Como resultado,Ieyasu e seus homens não estavam presentes na Batalha de Okehazama, onde Yoshimoto foi morto por um ataque surpresa de Oda Nobunaga.

Com a morte de Yoshimoto, Ieyasu decidiu se aliar com o clã Oda. Um acordo secreto foi necessário, porque a esposa de Ieyasu e seu filho, Hideyasu , eram reféns em Sunpu, presos pelo clã Imagawa. Em 1561, Ieyasu rompeu publicamente com o clã Imagawa e capturou a fortaleza de Kaminojo. Ieyasu podia então trocar sua esposa e filho pela esposa e pelo filho do governante do castelo de Kaminojo.

Nos próximos anos, Ieyasu se preocupou em reformar o clã Matsudaira e em pacificar Mikawa. Ele também fortificou os laços com seus principais vassalos, premiando-os com terras e castelos em Mikawa. Eles eram: Honda Tadakatsu, Ishikawa Kazumasa, Koriki Kyonaga, Sakai Tadatsugu e Sakakibara Yasumasa.

Em 1564, Ieyasu derrotou as forças militares do Mikawa Monto dentro da província de Mikawa. O Monto era um grupo de monges que governavam a província de Kaga e tinham muitos templos em todo o Japão. Eles se recusaram a obedecer os comandos de Ieyasu, e então ele foi à guerra contra eles, derrotando suas tropas e colocando seus templos abaixo. Em uma batalha, Ieyasu foi quase morto quando ele foi acertado por uma bala, que não penetrou sua armadura. Tanto as tropas de Mikawa, sob o comando de Ieyasu, quanto os Monto usavam armas de fogo (mosquetes), que os portugueses tinham introduzido no Japão apenas vinte anos antes.

Em 1567, Ieyasu mudou seu nome de novo, e seu novo sobrenome agora era Tokugawa, e seu nome pessoal era Ieyasu. Ao fazer isso, ele se declamou herdeiro do clã Minamoto . Nenhum documento que provasse sua descendência.

Ieyasu continuou aliado de Oda Nobunaga e seus soldados de Mikawa foram parte do exército de Nobunaga que capturou Kyoto  em 1568. Ao mesmo tempo, Ieyasu estava expandindo seu próprio território. Ele e Takeda Shingen, o líder do clã Takeda da Província de Kai forjaram uma aliança com o propósito de conquistar todo o território do clã Imagawa. Em 1570, as tropas de Ieyasu capturaram a Província Totomi, enquanto as tropas de Shingen capturavam a Província de Suruga (incluindo a capital dos Imagawa, Sunpu).

Ieyasu rompeu sua aliança com Takeda e abrigou seu ex-inimigo, Imagawa Ujizane; ele também se aliou com Uesugi Kenshin do clã Uesugi - inimigos do clã Takeda. Depois, no mesmo ano, Ieyasu liderou cinco mil de seus próprios homens ajudando Nobunaga na Batalha de Anegawa contra os clãs Asai e Asakura.

Em Outubro de 1571, Takeda Shingen, agora aliado ao clã Hojo, atacou as terras de Totomi, sob posse dos Tokugawa. Ieyasu pediu ajuda a Nobunaga, que mandou-lhe algo como três mil homens. Em 1571, os dois exércitos se encontraram na Batalha de Mikatagahara. As tropas de Nobunaga fugiram cedo, e o exército Takeda, sob o comando de Shingen, golpeou as tropas remanescentes de Ieyasu até que as formações romperam-se. Ieyasu fugiu com apenas cinco homens para um castelo próximo. Essa foi uma grande derrota para Ieyasu, mas Shingen não foi capaz de explorar a sua vitória, pois Ieyasu rapidamente juntou um novo exército e se recusou a enfrentar Shingen novamente no campo de batalha.

A sorte sorriu para Ieyasu um ano depois, quando Takeda Shingen morreu num cerco, em 1573. Shingen foi sucedido por seu incapaz filho Takeda Katsuyori. Em 1575, o exército Takeda atacou o castelo de Nagashino, na província de Mikawa. Ieyasu pediu ajuda a Oda Nobunaga, e o resultado foi que Nobunaga foi pessoalmente à frente de seu enorme exército (algo como trinta mil homens). A força Oda-Tokugawa de 38.000 homens teve uma gloriosa vitória em 28 de junho de 1575, na Batalha de Naghashino, mas Takeda Katsuyori sobreviveu à batalha e recuou até a província de Kai.

Nos próximos sete anos, Ieyasu e Katsuyori travaram várias pequenas batalhas. As tropas de Ieyasu tomaram o controle da Província de Suruga do clã Takeda.

Em 1579, a esposa de Ieyasu, e seu filho mais velho,Tokugawa Nobuyasu , foram acusados de conspirar com Takeda Katsuyori para assassinar Nobunaga. A esposa de Ieyasu foi executada e Hideyasu foi forçado a cometer seppuku. Ieyasu então nomeou seu terceiro, e favorito filho, Tokugawa Hidetada, como herdeiro, já que seu segundo filho tinha sido adotado por outra figura emergente: Toyotomi Hideyoshi, o futuro governante de todo o Japão.

O fim da guerra com o clã Takeda veio em1582, quando uma força combinada de exércitos de Oda e Tokugawa atacou e conquistou a província de Kai. Takeda Katsuyori, assim como seu filho mais velho, Takeda Nobukatsu, foram derrotados na Batalha de Tenmokuzan  e então cometeram seppuku.

No final de 1582, Ieyasu estava perto de Osaka e longe de seu próprio território quando descobriu que Oda Nobunaga havia sido assassinado por Akechi Mitsuhide. Ieyasu fez uma perigosa jornada de volta à Mikawa, evitando as tropas de Mitsuhide no caminho, enquanto elas estavam procurando-o, para matá-lo. Uma semana depois que ele chegou à Mikawa, o exército de Ieyasu marchou para se vingar de Mitsuhide. Mas eles se atrasaram, Hideyoshi - ele mesmo - derrotou e matou Akechi Mitsuhide na Batalha de Yamazaki .

A morte de Oda Nobunaga significava que algumas províncias, sob o controle de vassalos de Nobunaga, estavam prontas para ser conquistadas. O líder da província de Kai cometeu o erro de matar um dos ajudantes de Ieyasu. Ele prontamente invadiu Kai e tomou controle da província. Hojo Ujimasa, líder do clã Hojo respondeu enviando um exército muito maior para Shinano, e então para Kai. Nenhuma batalha foi travada entre as forças de Ieyasu e o grande exército de Hojo e, depois de algum tempo de negociações, Ieyasu e os Hojo entraram em um acordo, que deixou Ieyasu com o controle das províncias de Kai e Shinano, enquanto Hojo tomou controle da província de Kazusa (assim como partes das províncias de Kai e Shinano).
Ao mesmo tempo (1583), uma guerra pelo comando de todo o Japão estava sendo travada entre Toyotomi Hideyoshi e Shibata Katsuie. Ieyasu não tomou partido neste conflito, construindo assim sua reputação de precaução e sabedoria. Hideyoshi derrotou Katsuie na Batalha de Shizugatake - com essa vitória, Hideyoshi se tornou o mais poderoso Daimyo  do Japão.

Ieyasu e Hideyoshi (1584-1598)

Tabuleiro em que Hideyoshi e Ieyasu jogavam Go.

Em 1584, Ieyasu decidiu ajudar Oda Nobuo, o filho mais velho de Oda Nobunaga, contra Hideyoshi. Esse foi um ato perigoso e poderia ter resultado na aniquilação dos Tokugawa.
As tropas de Tokugawa ocuparam o tradicional forte Oda de Owari, e Hideyoshi respondeu mandando um exército para Owari. A Campanha Komaki foi a única vez em que dois dos grandes unificadores do Japão se enfrentaram. Hideyoshi versus Ieyasu. No evento, Ieyasu venceu a única batalha notável da campanha, a Batalha de Nagakute. Depois de meses de marchas e tentativas sem resultado, Hideyoshi acabou com a guerra por meio de negociação. Primeiro ele fez paz com Oda Nobuo, e então ofereceu-a à Ieyasu. O acordo foi feito no final do ano, sendo que um dos termos de paz era que o segundo filho de Ieyasu, O Gi Maru, fosse adotado por Hideyoshi.

Em 1585, o grande aliado de Ieyasu, Ishikawa Kasumaza, escolheu se juntar ao eminente Daimyo do Japão, e mudou-se para Osaka, para estar com Hideyoshi. Porém, poucos dos outros aliados dos Tokugawa seguiram este exemplo.

A pouca confiança de Hideyoshi em Ieyasu era compreensível, e cinco anos se passaram antes que eles lutassem como aliados. Ieyasu e suas tropas participaram nas bem-sucedidas invasões de Hideyoshi à Shikoku e Kyushu.

Em 1590, Hideyoshi atacou o último Daimyo independente do Japão, Hojo Ujimasa. O clã Hojo governava oito províncias da região de Kanto, no nordeste do Japão. Hideyoshi ordenou que eles se submetessem à sua autoridade, e eles se recusaram. Ieyasu, mesmo sendo amigo e ocasionalmente aliado de Ujimasa, juntou seu grande exército de 30000 samurai com o enorme exército de Hideyoshi, que contava com algo como 160000. Hideyoshi atacou vários castelos nas fronteiras das terras do clã Hojo, com grande parte de seu exército abrindo cerco contra o castelo em Odawara. O exército de Hideyoshi capturou Odawara depois de seis meses (mesmo com todo esse tempo de cerco, as mortes em ambos os lados foram poucas). Durante o cerco, Hideyoshi ofereceu à Ieyasu um acordo radical. Ele ofereceu à Ieyasu as oito províncias de Kanto, que ele estava prestes a tomar do clã Hojo, em troca das cinco províncias que Ieyasu cotrolava (incluindo Mikawa). Ieyasu aceitou a proposta. Não conseguindo derrotar a enorme força de Hideyoshi, o clã Hojo aceitou a derrota, os líderes do clã se suicidaram, e Ieyasu marchou e tomou controle de suas províncias, acabando com o reinado de 450 anos do clã.

Ieyasu tinha aberto mão do controle de cinco províncias (Mikawa, Totomi, Suruga, Shinano e Kai), e moveu todos os seus soldados e vassalos para a região de Kanto. Ele mesmo ocupou o castelo na cidade fortificada de Edo, em Kanto. Esse foi provavelmente a mais arriscada ação que Ieyasu tomou - deixar as suas terras e confiar nos não muito confiáveis samurais dos Hojo em Kanto. Na época, isso funcionou perfeitamente para Ieyasu. Ele reformou as províncias de Kanto, controlou e pacificou os samurais dos Hojo e melhorou a infraestrutura econômica das províncias. Também, porque Kanto era de certa maneira isolada do resto do Japão, Ieyasu foi capaz de manter um único nível de autonomia do governo de Hideyoshi. Em poucos anos, Ieyasu tinha se tornado o segundo mais poderoso daimyo do Japão. Há um provérbio japonês que se refere provavelmente ao evento: "Ieyasu ganhou o Império recuando".

Em 1592, Hideyoshi invadiu a Coréia, como um prelúdio do seu ataque à China. Os samurais Tokugawa nunca tomaram partido nessa campanha. No começo de 1593, Ieyasu foi chamado à corte de Hideyoshi em Nagoya, como um conselheiro militar. Ele lá ficou, entrando e saindo nos próximos cinco anos. Mesmo com a sua frequente ausência, os filhos de Ieyasu, vassalos leais, foram capazes de controlar e melhorar Edo e as outras novas terras Tokugawa.

Em 1593, Hideyoshi foi pai de um menino, sendo assim, um novo herdeiro, Toyotomi Hideyori. Em 1598, com a sua saúde claramente decaindo, Hideyoshi fez uma reunião que iria determinar o Conselho dos Anciãos, que seria responsável por governar no lugar de seu filhos após a sua morte. Os cinco que foram escolhidos como regentes para Hideyoshi eram Maeda Toshiie, Mori Terumoto, Ukita Hideie, Uesugi Kagekatsu, e Tokugawa Ieyasu. Ieyasu era o mais poderoso dos cinco.

A Batalha de Sekigahara (1598 - 1603)

Brasão do Clã Tokugawa
Hideyoshi, depois de três meses de doenças cada vez maiores, morreu em 18 de agosto de 1598. Ele foi sucedido nominalmente pelo seu filho Hideyori, mas este só tinha cinco anos na época, então o verdadeiro poder ficou nas mãos dos regentes. Nos próximos dois anos, Ieyasu fez alianças com vários Daimyo, especialmente com aqueles que não tinham amor nenhum por Hideyoshi. Felizmente para Ieyasu, o mais velho e mais respeitado dos regentes morreu após apenas um ano. Com a morte do regente Toshiie em 1599, Ieyasu liderou um exército até Fushimi e tomou controle do Castelo de Osaka, a residência de Hideyori. Isso irritou os três regentes restantes, e planos foram feitos dos dois lados da guerra.

A oposição à Ieyasu se centrava em Ishida Mitisunari, um poderoso Daimyo, mas não um dos regentes. Ishida planejou a morte de Ieyasu, e notícias de sua trama chegara aos ouvidos de alguns dos generais de Ieyasu. Eles tentaram matar Ishida, mas ele fugiu e ganhou proteção de ninguém além de o próprio Ieyasu. Não é claro o porque Ieyasu protegeu um poderoso inimigo de seus próprios homens, mas Ieyasu era um mestre estrategista, e ele deve ter concluído que seria melhor ter o exército sob o comando de Ishida do que de um dos regentes, que teria mais legitimidade.

Quase todos os Daimyo e Samurai do Japão aora estavam divididos em duas facções - o "campo oriental" apoiava Ieyasu, enquanto o "campo ocidental" apoiava Ishida Matsunari. Os aliados de Ieyasu eram os clãs Date, Mogami, Sataki e Maeda. Mitsunari se aliou com os outros três regentes: Ukita Hideie, Mori Terumoto, e Uesugi Kagekatsu, assim como vários outros Daimyo do final de Honshu.

Em Junho de 1600, os aliados de Ieyasu derrotaram o clã Uesugi. Ieyasu então liderou a maioria de seu exército para o oeste, em direção à Kyoto. No final do verão, as forças de Ishida capturaram Fushimi.

Na Pronvíncia de Shimano, Ieyasu estacionou 36000 homens comandados por Tokugawa Hidetada. Ieyasu sabia que o clã Kobayakawa, liderado por Kobayakawa Hidetada, estava planejando deixar o lado de Ishida, e que o clã Mori também queria juntar-se às suas forças. O exército de Hidetada foi preparado para ter certeza de que esses clãs fossem para o lado dos Tokugawa.

Esta batalha foi a maior e mais provavelmente a mais importante batalha da história Japonesa. Ela começou em 21 de outubro de 1600, com um total de 160000 homens se enfrentando. A Batalha de Sekigahara acabou com uma completa vitória de Tokugawa. O bloco ocidental foi esmagado e nos dias posteriores Ishida Mitsunari e muitos outros nobres foram mortos. Tokugawa Ieyasu era agora o verdadeiro governante do Japão.

Imediatamente após a vitória em Sekigahara, Ieyasu redistribuiu as terras para os vassalos que serviram a ele. Ieyasu deixou alguns Daimyo não afetados, como o clã Shimazu, mas muitos outros foram completamente destruídos. Toyotomi Hideyori ( o filho de Hideyoshi ) teve permissão de se tornar um cidadão comum concedida, e nos próximos 10 anos ele viveu uma vida calma no castelo de Osaka, enquanto Ieyasu governava o Japão. Nos anos posteriores os vassalos que haviam feito aliança com Ieyasu antes da Batalha de Sekigahara ficaram conhecidos como Fudai Daimyo, enquanto os que haviam se aliado a ele após a batalha, ou seja, quando seu poder era inquestionável, ficaram conhecidos como Tozama Daimyo. Os Tozama Daimyo eram considerados inferiores aos Fudai Daimyo.

Tokugawa Ieyasu como Shogun (1603-1605)

Em 1603, Tokugawa Ieyasu recebeu o título de Shogun do imperador Go-yozei. Ieyasu tinha 60 anos na época. Ele tinha ultrapassado todos os grandes homens de sua época: Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi, Shingen Takeda. Ele era o Shogun, e usou os seus anos restantes para solidificar o Shogunato Tokugawa, o terceiro governo shogunal do Japão (depois do Minamoto e do Ashikaga). O Shogunato Tokugawa governaria o Japão pelos próximos 250 anos.

Seguindo um bem estabelecido padrão Japonês, Ieyasu abdicou da sua posição oficial como Shogun em 1605. O seu sucessor era o seu filho e herdeiro, Tokugawa Hidetada. Isso foi feito, em parte, para evitar estar "amarrado" em deveres cerimoniais, e em parte para fazer com que fosse mais difícil os inimigos atacarem o verdadeiro centro de poder. A abdicação de Ieyasu não teve efeito no seu governo; ele controlou o Japão pelo resto de sua vida.

O Shogun Ieyasu Aposentado (1605-1616)
Ieyasu, agindo como Shogun enclausurado (Ogosho), era o governante efetivo do Japão, sendo assim até a sua morte. Ieyasu se mudou para Sumpu, mas também supervisionou a construção do Castelo de Edo, uma construção massiva que perdurou pelo resto da vida de Ieyasu. O resultado final foi o maior castelo do Japão, com o custo da construção pago por todos os outros Daimyo, enquanto Ieyasu pegava todos os lucros. O castelo ainda está de pé hoje em dia, no centro de Tokyo, e é agora conhecido como o Palácio Imperial.

Ieyasu também supervisionou assuntos diplomáticos com a Holanda e Espanha, e decidiu distanciar o Japão deles começando em 1609, mesmo dando aos holandeses o direito exclusivo a um posto de comércio.

Em 1611, Ieyasu, liderando 50 mil homens, visitou Kyoto para testemunhar a coroação do imperador Go-Mizunoo. Em Kyoto, Ieyasu ordenou a remodelação da côrte e dos edifícios imperiais, e forçou os daimyo restantes do oeste assinaremum tratado de fidelidade a ele. Em 1603, ele compôs o Kuge Shohatto, um documento que colocava os daimyo da côrte sob estrita supervisão, deixando-os como meras figuras cerimoniais. Em 1614, ele assinou o Edito de Expulsão Cristã, que baniu a cristindade, todos os cristãos e estrangeiros, e proibiu os cristãos de praticarem a sua religião. Como resultado, muitos cristãos japoneses fugiram para as Filipinas Espanholas.

Em 1615, ele preparou o Buke Shohatto, um documento que ajustava o futuro do regime Tokugawa.

Cerco de Osaka 

Túmulo de Ieyasu em Tosho-gu.

O clímax da vida de Ieyasu foi o cerco ao Castelo de Osaka (1614-1615). A última ameaça ao governo Ieyasu era Hideyori, filho e herdeiro por direito de Hideyoshi. Ele era agora um jovem homem, vivendo no Castelo de Osaka. Muitos samurai que se opuseram a Ieyasu se reuniram em volta de Hideyori, clamando o fato de ele ser o verdadeiro governante do Japão, por direito. Ieyasu usou uma luta menor contra os aliados de Hideyori e seus samurai como pretexto para matar o último da família de HIdeyoshi. Inicialmente, as forças de Tokugawa foram vencidas pelos aliados de Hideyori, mas Ieyasu tinha recursos massivos para revidar. Os Tokugawa, com um exército gigantesco liderado por Ieyasu, abriram cerco ao Castelo de Osaka. O cerco durou mais de dois anos,Ieyasu liderou 50 mil homens,contra um grande exército liderado por Toyotomi Hideyori, Ieyasu venceu a batalha,mas logo no fim, foi golpeado por Sanada Yukimura, o qual esava a beira da morte, e o golpe de Yukimura foi não muito grave, deixando poucas feridas em Ieyasu, um mês após o Cerco de Osaka, Ieyasu morreu por uma doença e foi enterrado em Nikko Toshogu.

Você quer saber mais?

Hall, J. W. El imperio japonés. Historia Universal Siglo XXI, Madrid, 1993 (1ª edición,Fránfort del Meno, 1968).

Collcut; Jansen; Kumakura. Japón. El imperio del sol naciente. Atlas Culturales del Mundo, Ediciones Folio, Barcelona, 1995.

Mikiso, H. Breve historia de Japón. Alianza Editorial, Madrid, 2003 (1ª edición, 2000).

Buruma, I., La creación de Japón, 1853-1964. Mondadori, Barcelona, 2003.





sexta-feira, 20 de abril de 2012

O Impacto da Maçonaria na Igreja Parte 2: A Implicação Desse Segundo Cenário Tem Grande Alcance.


 Na Maçonaria, 'Grande Arquiteto do Universo', também chamado de 'G.A.D.U.' ou 'G.A.U.' (na forma abreviada), é o Ser Supremo ou Grande Geômetra, título dado ao seu deus.

Como o deus da Maçonaria é um opositor do Deus Judaíco-Cristão um dos propósitos principais da Maçonaria é a adoração, todos os maçons estão envolvidos em idolatria. A Bíblia é clara, os idólatras não herdarão o reino de Deus:

"Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus." [1 Coríntios 6:9-10].

As conseqüências de participar na promoção de um falso evangelho, encontradas em Gálatas 1:8-9, foram discutidas anteriormente. Como a Maçonaria envolve o homem na promoção de um falso evangelho, acoplado com a idolatria, é questionável se qualquer maçom será recebido no céu. A única esperança possível é se um homem não sabe com o que está envolvido. Poucos poderão alegar ignorância. É muito perigoso ensinar que um homem pode participar na promoção de um falso deus e que ainda assim será recebido nos céus. Esse ensino anula a necessidade de arrependimento. Jesus Cristo deixou pouca dúvida sobre a necessidade de arrependimento:

"Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis." [Lucas 13:5].

Ensinar que um homem pode continuar em uma atividade que é idólatra e que promove um falso evangelho seria desviar-se dos ensinos de Jesus Cristo e dos apóstolos. O que João diz sobre aqueles que não perseverem nos ensinos de Cristo? Ele advertiu que eles podem não ter a Deus: 

"Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho." [2 João 9].

Vemos que esse cenário poderia facilmente resultar em uma situação em que Jesus Cristo exige o arrependimento: 

"Lembra-te, pois de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." [Veja Apocalipse 2:5].

O Cenário do Pior Caso Ocorreu na Convenção Batista do Sul dos EUA

Ilustração representando Hirão-Abi, o artífice do Templo de Salomão e segundo os maçons seu salvador ressurreto!
 
A Lenda de Hirão-Abi ou Lenda de Hiram Abiff, é um ritual do terceiro grau da maçonaria que segundo eles surgiu em referência a construção do Templo de Salomão, quando o rei de Tiro, que também tinha o nome de Hirão, fez acordos comerciais com Salomão, enviando para a Terra Santa ouro, prata, madeira de cipreste e cedro, além de pedreiros e desse “sábio” artífice Hirão-Abi.

O mesmo era descendente de Dã por parte de mãe e filho de um homem fenício.
A lenda apresenta Hirão-Abi como salvador maçônico, e apregoa um rito de morte e ressurreição do seu salvador

Na lenda, Hirão-Abi é abordado três vezes para revelar o segredo de um Mestre Maçom, no projeto do Templo, senão perderá sua vida. Por duas vezes Hirão-Abi recusa com a frase: "Perco minha vida, mas não revelo os segredos", e por essa recusa é ferido. Na terceira vez, negando novamente os segredos a um terceiro enviado para obtê-los, Hirão-Abi é morto. No dia seguinte, Salomão envia um grupo para investigar e descobrir a respeito de Hirão-Abi. Quando Hirão-Abi é encontrado, ressuscita da sepultura.
(será que somente eu vejo algo de errado e estranho nessa afirmação. É uma cópia do deus maçônico (G.A.D.U) para seu salvador substituindo Jesus Cristo por Hirão-Abi!)
“Finalmente, então, meus irmãos, imitemos nosso Grande Mestre, Hirão-Abi, em sua conduta virtuosa, sua piedade genuína a Deus, em sua inflexível fidelidade ao que lhe está confiado, para que, como ele, possamos receber o severo tirano, a Morte, e recebê-lo como um gentil mensageiro enviado por nosso Supremo Grande Mestre, para nos transportar desta imperfeita para perfeita, gloriosa e celestial Loja lá em cima, em que o Supremo Arquiteto do Universo preside.” (Blasfêmia só existe um salvador Jesus Cristo).
 
 Em 1992-1993, a Convenção Batista do Sul dos EUA investigou a Maçonaria e publicou um estudo intitulado A Study on Freemasonry e o relatório A Report on Freemasonry, que continha a seguinte recomendação:

"À luz do fato que muitos dogmas e ensinos da Maçonaria não são compatíveis com o cristianismo e com a doutrina batista sulista, enquanto outros são compatíveis com o cristianismo e com a doutrina batista sulista, recomendamos, portanto, que de acordo com as profundas convicções da nossa denominação com relação ao sacerdócio dos crentes e à autonomia da igreja local, a participação como membro da Ordem Maçônica seja uma questão de consciência individual. Portanto, exortamos os batistas sulistas a avaliarem cuidadosamente a Maçonaria, com muita oração, à luz do senhorio de Cristo, dos ensinos das Escrituras, e das análises deste relatório, sob a direção do Espírito Santo de Deus."

O estudo e o relatório foram produzidos pela Junta de Missões Nacionais (Home Missions Board) da Convenção Batista do Sul dos EUA. Os membros da Junta (aproximadamente oitenta pessoas) foram notificados por escrito da existência de um salvador maçônico antes de revisarem o relatório, que continha a recomendação que a participação como membro fosse uma questão de consciência pessoal. Mesmo com a evidência direta que a Maçonaria tem um salvador secreto, os membros da Junta votaram e aprovaram a posição herética. O relatório foi levado diante de toda a Convenção em 1993 e aprovado pelos mensageiros das várias igrejas. Nesse ponto, a Convenção Batista do Sul, como denominação, votou continuar permitindo que os maçons usem as igrejas como uma cobertura enquanto se reúnem em segredo na loja para ensinar salvação com base na imitação de Hirão-Abi. Desde aquele tempo, a Junta foi renomeada como North American Mission Board (Junta de Missões Norte-Americanas). A NAMB distribuiu o relatório emitido pela HMB após a mudança de nome.

A maioria das igrejas que fazem parte da Convenção adotou a posição e continua a permitir que os maçons não somente sejam membros, mas também pastores, diáconos e professores nas congregações. Um número relativamente pequeno discordou do estudo e do relatório e tomou uma posição contrária à Maçonaria. Algumas igrejas excluem os maçons do rol de membros. Outras os excluem dos cargos de liderança, como se fosse aceitável para os membros reunirem-se nas lojas e participarem em rituais que ensinam salvação com base em outro salvador.

A Igreja Batista de Northside, em Indianápolis, é uma congregação representativa da SBC que decidiu apoiar e até mesmo defender a Maçonaria. Ela fez isso, embora tenha visto evidências que substancie a existência de um salvador maçônico. A liderança examinou exemplares dos Monitores Maçônicos, incluindo o Kentucky Monitor, que diz que Jesus é o salvador dos cristãos, enquanto que Hirão-Abi é o salvador dos maçons. 

A congregação recebeu diversas correspondências que documentavam os fatos. Nosso folheto Devemos Ignorar o Salvador Secreto Deles Para Manter a Unidade na Igreja? foi oferecido àqueles que estavam no cadastro de mala direta da igreja. Além disso, foram oferecidas cópias xerográficas dos Documentos da Grande Loja, que documentavam a existência de um salvador maçônico, Hirão-Abi. Uma carta final foi publicada no nosso boletim informativo e enviada para eles durante o mês de setembro de 1999. Um cópia do Boletim Com Documentos de Apoio, que substancia a natureza luciferiana da Maçonaria e a existência do salvador maçônico pode ser obtida no formato PDF no site apocalink.

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Impacto da Maçonaria na Igreja. PARTE 1!


A crença  maçônica no Grande Arquiteto do Universo que estava sentado, meditando á sombra de uma árvore frutífera e criou tudo, não é o mesmo Deus Judaíco-Cristão. 

A Natureza Zelosa do Nosso Deus

Nosso Deus é um Deus ciumento; ele detesta a adoração aos deuses falsos. Quando o povo de Israel estava para entrar na terra prometida, recebeu instruções específicas de Deus, que se encontram no livro de Êxodo:
"Guarda o que eu te ordeno hoje; eis que eu lançarei fora diante de ti os amorreus, e os cananeus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus e os jebuseus. Guarda-te de fazeres aliança com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que não seja por laço no meio de ti. Mas os seus altares derrubareis, e as suas estátuas quebrareis, e os seus bosques cortareis. Porque não te inclinarás diante de outro deus; pois o nome do SENHOR é Zeloso; é um Deus zeloso. Para que não faças alianças com os moradores da terra, e quando eles se prostituírem após os seus deuses, ou sacrificarem aos seus deuses, tu, como convidado deles, comas também dos seus sacrifícios, e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e as suas filhas, prostituindo-se com os seus deuses, façam que também teus filhos se prostituam com os seus deuses." [Êxodo 34:11-16].

A Penalidade Por Pregar um Falso Evangelho

Os falsos evangelhos não são uma coisa nova; já existiam no primeiro século. Paulo tratou da questão e falou sobre a conseqüência de ensinar um falso evangelho em sua carta aos Gálatas:
"Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho, além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema." [Galátas 1:8-9].

Considere a Questão da Maçonaria Dentro da Igreja de Duas Perspectivas

Ex-maçons para Jesus! Tranqueira maçonica para o lixo!

Primeiro, Vamos Assumir Que os Maçons na Igreja Realmente Sejam Cristãos
Os maçons cristãos fizeram aliança com o povo pagão que adora outro deus, isto é, os hindus, muçulmanos, budistas e todas as outras falsas religiões. Eles se reúnem em volta de um altar estranho, o altar da Maçonaria, e adoram a um deus chamado Grande Arquiteto do Universo (GADU). Se um pagão oferece uma oração na loja ao GADU, está orando ao Deus da Bíblia? É claro que não; está adorando a um demônio. 

Em 1 Coríntios 10:20, o apóstolo Paulo diz: "Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios." A Maçonaria discorda do ensino da Bíblia e afirma que os pagãos estão orando ao mesmo Deus que os cristãos adoram. Somente esse fato demonstra que a Maçonaria não conhece o Deus da Bíblia. Se ela não conhece o Deus da Bíblia, como pode o deus dela, o GADU, ser realmente o Deus da Bíblia? Se o GADU for um demônio, o maçom cristão está se reunindo em torno de um altar estranho para adorar a um deus falso. Ele ficou enlaçado, exatamente como Deus advertiu os israelitas. 

Continuando com a suposição que os maçons na igreja realmente sejam cristãos, considere o falso plano de salvação que é ensinado no ritual maçônico. Os maçons são levados a acreditar que todos os mestres maçons irão para o céu, incluindo os maçons budistas, hindus e muçulmanos. Os maçons são encorajados a imitar o salvador maçônico, Hirão-Abi, para que possam dar as boas-vindas à morte e serem transportados para o céu. Jesus Cristo não é mencionado no ritual da Loja Azul (os três primeiros graus). 

Certamente aqueles que conduzem o ritual participam de um grau maior. No entanto, no instante no ritual em que a venda é removida dos olhos do iniciado, todos os presentes batem com os pés no chão e batem as mãos. (Isso é conhecido com o choque da entrada; e surpreende o iniciado.) O maçom cristão está participando na promoção de um falso evangelho. Qual é a questão importante aqui? Importa se o cristão maçom está realmente dependendo da fé em Jesus Cristo para sua própria salvação? Isso salvará a alma do homem que acredita no que aprende no ritual maçônico? Se ele acredita que tem salvação como resultado do evangelho maçônico, é mais ou menos provável que estará aberto a Jesus Cristo em um tempo posterior? Como o testemunho de um maçom cristão é afetado pela sua participação em um ritual que ensina salvação sem Jesus Cristo?

Segundo, Vamos Assumir Que os Maçons na Igreja Não Sejam Cristãos

Evangélico maçom: qual deve ser a posição da igreja diante desse problema?

Neste caso, todos os cristãos na congregação que permitem aos maçons serem membros fizeram uma aliança com o povo pagão da terra. Eles encorajaram os maçons a ingressar na igreja, mas não exigiram que parassem de adorar o GADU, ou de promover o falso plano maçônico da salvação. Nesse segundo caso, os cristãos na igreja estão em pecado porque não permaneceram separados, mas receberam os pagãos. 2 Coríntios 6:11-17 deixa claro que permanecer separado não é apenas uma idéia do Antigo Testamento. Se você olhar em volta, verá que os filhos e filhas dos maçons estão se casando com as filhas e filhos dos cristãos há várias gerações. A igreja torna-se enlaçada, exatamente como Deus advertiu os israelitas que eles seriam enlaçados. Deus exige que permaneçamos separados para sermos seus filhos. [2 Coríntios 6:17-18].

Como a Presença de Maçons na Congregação Afeta o Que é Dito do Púlpito?

Somente pode-se escolher um lado na batalha: luz ou trevas! Qual será a sua escolha?

A maioria dos pastores sabe que existem problemas com a Maçonaria; somente uma minoria desconhece os problemas. Muitos desses pastores que estão cientes receiam pregar uma mensagem criticando os ensinos da Maçonaria e evitam o assunto como a lepra. Eles não o discutem em público e, normalmente, não tomam uma posição firme em particular. Se sabem que a Maçonaria é incompatível com o cristianismo, mas refreiam a língua em público e quando estão ocupando o púlpito, podemos ver facilmente que estão contemporizando em seu ministério. Não estão tomando os passos necessários para garantir que outros membros da congregação não sejam enlaçados por meio do casamento com uma família de maçons ou por meio de envolvimento direto na Maçonaria. Se um pastor está ciente da malignidade da Maçonaria e não diz nada aos maçons na congregação, então será responsável diante de Deus, conforme o livro de Ezequiel deixa claro como cristal:

"Mas, se quando o atalaia vir que vem a espada, e não tocar a trombeta, e não for avisado o povo, e a espada vier, e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniqüidade, porém o seu sangue requererei da mão do atalaia." [Ezequiel 33:6].

Por Que a Maioria dos Pastores Receia Lidar com a Questão da Maçonaria a Partir do Púlpito?

A imagem é ilustrativa, mas demonstração o quê ocorre, quando um pastor decide adentrar a maçonaria.

Os pastores não trabalham no vácuo; eles conversam com outros pastores, até mesmo com colegas de outras denominações. Sempre que um pastor toma uma posição contra a Maçonaria, ou ensina claramente aqueles aspectos do evangelho que se opõem aos ensinos maçônicos, termina com uma tremenda batalha em suas mãos. Os testemunhos dos pastores batistas americanos, Steward Bedillion, Daniel Carlen, Pierce Dodson e Stoney Shaw oferecem exemplos clássicos. Tudo o que um pastor precisa fazer para receber oposição maçônica é pregar a palavra. 

Em geral, os maçons não suportam ouvir sobre o Evangelho da Graça, que diz que o homem não pode conquistar seu lugar no céu por meio das boas obras. Se os maçons estiverem presentes em uma congregação e as coisas estiverem correndo tranqüilamente, isso depõe contra o pastor. Se ele estivesse pregando a palavra, a tempo e fora de tempo, sem deixar de corrigir, de repreender e de encorajar, estaria ou enfrentando oposição, ou os maçons estariam deixando a igreja. Em geral, poucos maçons se arrependem — embora alguns se arrependam. Não é responsabilidade do pastor obter o arrependimento. A responsabilidade dele é meramente zelar pelas almas e pregar, pois precisará prestar contas a Deus. Se os homens escolherem sair da igreja quando forem ofendidos pela verdade da palavra de Deus, isso não é problema do pastor.

Satanás Ama a Maçonaria

Veja o que ela faz para ele. Quando a Maçonaria está presente, a igreja está tolerando o ensino de um falso evangelho pelos membros da congregação. Além disso, a Maçonaria enlaça seus participantes na adoração a um falso deus. O acusador dos santos, Satanás, está ganhando terreno dentro da igreja. A batalha pode parecer ser da carne, mas existem forças espirituais poderosas trabalhando atrás dos bastidores. Alguns pastores foram forçados a deixar o púlpito quase que imediatamente após pregarem um sermão criticando a Maçonaria. Outros simplesmente fizeram comentários em conversas particulares e mais tarde, essas conversas particulares vieram ao conhecimento dos maçons na congregação e eles começaram a trabalhar contra o pastor. Os pastores que refreiam sua língua e deixam de falar sobre a Maçonaria fazem isso porque estão temerosos da batalha. Preferem contemporizar a combater o bom combate. Escolhem deixar que os homens vão para o inferno do que arriscar perder o púlpito. Eles ou têm um emprego, e não um chamado, ou não têm fé suficiente que Deus proverá. É uma coisa terrível de dizer, mas é a verdade.

Qual é a Pior Coisa Que Poderia Acontecer em uma Igreja com Relação à Maçonaria?

Alguns acham que o pior cenário possível seria as igrejas cristãs examinarem o evangelho da Maçonaria, compará-lo com o evangelho de Jesus Cristo, e depois escolher adotar e pregar o evangelho maçônico em vez de o evangelho de Jesus Cristo. Para fazer isso, teriam de pregar a imitação a Hirão-Abi como a chave para poder dar as boas-vindas à morte e entrar no céu. Necessariamente negariam a fé em Jesus como o requisito necessário para a salvação. Na verdade, esse cenário não teria nenhum impacto na igreja. Não teria nenhum impacto porque cessaria de ser a igreja e os cristãos reconheceriam o erro imediatamente. A separação ocorreria rapidamente. Muitos permaneceriam, imitando Hirão-Abi, e afirmando serem cristãos. No entanto, aqueles que são selados pelo Espírito Santo não seriam enganados por essas declarações. Esse cenário eliminaria o requisito necessário da Maçonaria: O SEGREDO. Se o segredo, ou a aparência do segredo, não for mantido, a Maçonaria seria rapidamente reconhecida pelo que é.

 Entre nessa campanha, não aceite obreiros maçons no ministério da Igreja de Cristo!

Outros acreditam que o pior cenário possível que poderia ocorrer seria a igreja cristã examinar o evangelho da Maçonaria em detalhe, compará-lo com o evangelho de Jesus Cristo e depois proclamar do púlpito que examinaram a questão cuidadosamente e concluíram que a participação na Maçonaria não é um problema para o cristão, mas somente uma questão de consciência individual.


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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Saiba como a morte é encarada por diversas religiões


Anjo da morte (detalhe) por Evelyn De Morgan 


Segue-se abaixo uma seleção do significado da morte para diversas religiões, que a interpretam de maneiras diferentes. Entendo a palavra morte do latim mors, o óbito do latim obitu, falecimento (falecer+mento) ou passamento (passar+mento), ou ainda desencarne são termos que podem referir-se tanto ao cessamento permanente das atividades biológicas necessárias à manutenção da vida de um organismo, como ao estado desse organismo depois do evento. As alegorias comuns da morte são o Anjo da Morte, a cor negra, ou o famoso túnel com luminosidade ao fundo. A morte é o fenômeno natural que mais se tem discutido tanto em religião, ciência, opiniões diversas. O Homem, desde o princípio dos tempos, tem a caracterizado com misticismo, magia, mistério, segredo. Confira, em ordem o que as religiões dizem sobre o tema:
 PROTESTANTISMO


Significado: Os protestante acreditam que a morte é apenas uma passagem para outra vida e não aceitam a reencarnação.

"O movimento protestante acredita na próxima vida, mas em comunhão com Deus. Falar na vida eterna da alma é limitado porque acreditamos na ressurreição do corpo", diz o pastor da Igreja Metodista Fernando Marques.

Céu e inferno: Para os protestantes, existe o céu e o inferno. O julgamento ocorre não pelas ações da pessoa em vida, mas pela fé que ela teve na palavra de Deus e pelo amor ao Senhor.

Rituais: Os rituais de velório e enterro são semelhantes aos dos demais religiosos. No entanto, quando um protestante morre, o velório é feito em função da família e não para o morto. O mais comum é que o velório ocorra na igreja, mas também pode ser feito no próprio cemitério.

Os seguidores do protestantismo não usam velas, apenas flores. O ritual, chamado de Liturgia para Ofício Fúnebre, costuma ser feito pelo pastor, mas na ausência dele um leigo pode fazê-lo. A participação da comunidade é muito importante. São feitas leituras bíblicas e orações espontâneas.

O corpo do morto, de acordo com as tradições protestantes, pode ser cremado ou enterrado. Se for enterrado, no cemitério o corpo é acompanhado até o túmulo, onde a família recita um versículo da bíblia e o pastor faz uma breve despedida.

Não há cerimônias após a morte: Diferentemente da Igreja Católica, não há celebrações após a morte. Se a família desejar, pode fazer um culto de gratidão a Deus pela vida da pessoa, mas não é uma norma.

Os protestantes não têm imposição quanto ao luto.






CATOLICISMO

Significado: Para os católicos, a morte é uma passagem. "Não existem mortos, mas vivos e ressuscitados. O Senhor nos toca e nos reerguemos para a vida eterna", diz o padre Paulo Crozera, coordenador da pastoral Universitária da PUC-Campinas.

Não há reencarnação: Os seguidores do catolicismo acreditam que a morte é o batismo definitivo, o caminho para a vida eterna. Para eles, corpo e alma são uma só coisa. A reencarnação não é aceita.

Rituais: Os católicos velam os corpos do mortos e, além das orações populares que costumam ser feitas durante o velório católico, como o Pai Nosso e a Ave Maria, um padre ou ministro leigo das Exequias faz uma celebração para encomendar a vida da pessoa às mãos de Deus. Nesse ritual, há a celebração da passagem do morto à luz do mistério da morte, por meio de orações e da benção do corpo.

Simbolismo: As velas, colocadas ao lado do caixão, simbolizam a luz do Cristo ressuscitado, e as flores são a "primavera da vida que floresce na eternidade".

Celebrações: O corpo pode ser enterrado ou cremado. No momento do enterro, há a "benção do túmulo", cujo objetivo é pedir o acolhimento do corpo pela terra. Depois de enterrado, ocorrem celebrações em memória do morto no sétimo dia, no primeiro mês e no primeiro ano.
                                                                                     



JUDAÍSMO

Significado: Para os judeus, a morte não é o final da vida, apenas o fim do corpo, da matéria. "A verdadeira pessoa, que é a alma, é eterna", diz o rabino Avraham Zajac.

Reencarnação: Os seguidores da leis judaicas acreditam na existência de outro mundo, para onde as almas vão, chamado de olam habá (mundo vindouro). No entanto, a alma pode voltar para a terra, num outro corpo, para completar sua missão (reencarnação).

"Acreditamos que a situação de vida que a alma terá depende de como a pessoa viveu no nosso mundo. Não são dois mundos diferentes porque o tipo de vida levado aqui afeta a vida no olam. Cada alma está na terra por alguma razão e tem uma missão a cumprir", diz o rabino.

Rituais: Apesar de acreditar que a alma seja eterna, os judeus sentem a dor da perda e acreditam que ela deve ser expressada de várias maneiras.

Quando um judeu morre, há um ritual chamado de tahará (purificação), no qual o corpo é lavado pelo chevra kadisha (grupo sagrado). Os judeus não permitem que seus mortos passem por autópsia.

Depois de lavado, o corpo é envolvido em panos brancos e o caixão é fechado para que ninguém mais o toque. O enterro deve ocorrer o mais rápido possível.

"Tudo usado no enterro deve ser de materiais simples, das vestimentas ao caixão, para não haver distinção entre um e outro", diz o rabino. Por isso não são usadas flores nem velas.

Não é permitida a cremação: As leis judaicas não permitem que o corpo seja cremado. "Tudo tem que voltar para a sua origem, da mesma forma que a alma volta. Se o nosso corpo saiu do barro, da terra, a maneira mais respeitável é colocá-lo de volta", afirma o rabino.

Cerimônias: Junto do corpo, familiares e amigos rezam salmos e partes da Torá (livro sagrado dos judeus). Os parentes mais próximos rasgam um pedaço da roupa para mostrar o luto, que tem três etapas.

A primeira delas dura uma semana. Durante este período, os parentes mais próximos não saem de casa nem para trabalhar. A roupa rasgada usada no enterro não é trocada durante a primeira semana. Não há cuidado com o corpo porque a preocupação é voltada apenas à parte espiritual. Por isso, todos os espelhos da casa são cobertos.

Na primeira etapa, todos os amigos e familiares visitam a família que está de luto e conversam sobre a pessoa que morreu. "Não é saudável fazer de conta que nada aconteceu. Acreditamos que as pessoas tem que demostrar seus sentimentos", diz.

Até o final da segunda etapa do luto, que acaba depois de 30 dias, os homens não fazem a barba e os cabelos também não podem ser cortados. O luto termina no primeiro aniversário de morte, mas a pessoa sempre é lembrada na data de morte por todos os anos seguintes.


   


ISLAMISMO

Significado: Para os seguidores do islamismo, a morte é uma passagem desta vida para outra eterna. "Quem fizer o bem será julgado por Deus e vai para o paraíso. Quem fizer o mal também será julgado e irá para o inferno", diz Abdul Nasser, secretário-geral da Liga Juventude Islâmica do Brasil.

Os muçulmanos acreditam que o corpo após a morte não significa mais nada, mas a alma continua tendo valor. A morte se dá, portanto, quando o corpo se separa da alma.

Rituais: De acordo com as leis islâmicas, o corpo do morto é lavado pelos familiares -sempre do mesmo sexo- e enrolado em três panos brancos. Depois, é colocado num caixão para que os parentes mais próximos se despeçam dele.

Em seguida, o corpo é levado à mesquita do cemitério islâmico e a partir deste momento apenas os homens participam da cerimônia. O sheik faz as orações para a alma da pessoa, numa celebração que dura cerca de duas horas.

O caixão é carregado para o túmulo, composto por quatro paredes de pedra, onde o corpo será colocado sem o caixão em que foi transportado. O buraco é tampado com pedras e só depois de totalmente fechado a terra é jogada sobre a tampa.

Não é permitida a cremação: A cremação do corpo não é permitida pelas leis islâmicas.

O luto pela pessoa morta dura três dias. No entanto, quando a mulher perde o marido, o tempo de luto é de 4 meses e 10 dias. Na ocasião, a mulher não pode sair de casa, a não ser em caso de emergência.

Pela tradição muçulmana, quando a mulher perde o marido e está no começo de uma gravidez, ela deve se despedir passando debaixo do caixão, para mostrar aos presentes que espera uma criança.

"Acreditamos num Deus único, absoluto e individual, que jamais gerou ou foi gerado", diz Nasser.
BUDISMO


Significado: Para os budistas, a morte é a única certeza. "Se nos lembrarmos da inevitabilidade da morte, geraremos o desejo de usar nossa preciosa vida humana de modo significativo", diz Ani-la Kelsang Pälsang, do Centro Budista Mahabodhi.

"Treinamento": Os budistas acreditam que treinando a mente durante a vida, o indivíduo estará tranquilo e sereno quando chegar a hora de morrer, o que garantirá um renascimento afortunado.

Reencarnação: Os seguidores do budismo acreditam na reencarnação. "A única coisa que passa de uma vida para outra é nossa mente sutil. Como um pássaro mudando de ninho em ninho. Buda compara o processo de morrer e renascer com o ciclo de dormir, sonhar e despertar", diz Ani-la.

Reflexo da vida: De acordo com o budismo, toda ação em vida influencia decisivamente na vida futura. Para Buda, se a pessoa quiser saber quem foi no passado, basta olhar para sua condição no presente.

Ajuda: Diante da morte, os budistas procuram manter o equilíbrio e ajudar os amigos ou parentes que estejam morrendo. Evitam o choro e o desespero para que a mente da pessoa permaneça positiva.

Rituais: No Japão, de acordo com a monja zen-budista Coen de Souza, usam-se flores dentro do caixão, tradicionalmente, e, além disso, uma tigela com arroz cozido, água, um vaso com flores, velas e incenso são colocados sobre uma mesa para que nada falte ao morto.

Os budistas têm vários rituais funerários. Um deles é o powa (transferência de consciência), quando toda prece feita com intenção de ajudar o morto é válida e traz benefícios.

Não há luto: Há apenas preces e dedicação dos pensamentos positivos à pessoa que morreu. No entanto, nos lugares lugares mais tradicionais, como no Japão, a família guarda até 49 dias de luto como sinal de respeito.

ESPIRITISMO


Significado: Para os seguidores do espiritismo, a morte não existe. O espírito usa o corpo físico como instrumento para se aprimorar. "O corpo é uma veste e a reencarnação serve para o espírito evoluir", diz Ana Gaspar, das Casas André Luiz.

Reencarnação: Quando o corpo morre, o espírito se desliga e fica no mundo espiritual estudando e se preparando para uma nova encarnação. Com a reencarnação, o espírito adquire experiências e evolui em outro corpo sucessivamente.

Rituais: Os espíritas velam e enterram seus mortos da mesma maneira que os demais religiosos. Durante o velório, fazem preces e procuram manter o equilíbrio porque o espírito do desencarnado pode continuar por perto durante um período.

Os espíritas não usam velas nem flores nas cerimônias fúnebres. O corpo pode ser enterrado ou cremado. Não existe luto e a vida dos familiares segue normalmente. "O espírita não tem fé, ele tem certeza", diz Ana.




Posicionamento dos Luteranos em relação a enterro e cremação.


  Foto de Cemitério Luterano no RS. O anjo segura uma faixa com epitáfio em alemão:Abençoados são os que morrem no senhor.”

A morte não faz parte do propósito salvífico de Deus para com a sua criação. Está diametralmente oposta à vida, que é característica de Deus (Rm 6.23). Portanto deve ser vencida. É o último inimigo de Deus. A vitória de Deus sobre a morte já aconteceu no evento da cruz e da ressurreição de Jesus Cristo. Jesus, integralmente, se expôs ao poder da morte e com isso a venceu em seu bojo. Por ser Cristo o primogênito dentre os mortos, cremos em vida para além da morte. Esta vida nos é dada por Deus, e nós a podemos viver já agora em comunhão com ele. Temos a certeza de que a realidade de Deus é mais forte que a morte (Rm. 8.31-39), razão pela qual esperamos em que faça nova criação e dê nova vida ao ser humano. Esta certeza norteia também o sepultamento cristão.
Consequentemente, o sepultamento é para a Igreja oportunidade de testemunho público de sua fé na ressurreição e de consolo aos enlutados. Representa igualmente um ato de respeito ao defunto, lembrando que o corpo humano, mesmo falecido, é criação de Deus.
O sepultamento é mais que um ato familiar. É um ato comunitário. A Comunidade cristã é chamada a cuidar de seus doentes, de seus moribundos, de sepultar os mortos condignamente e de acompanhar os enlutados. Como o sepultamento diz respeito a toda a Comunidade, deve-se dar especial atenção à participação desta Comunidade.
A esperança é o centro do sepultamento cristão. Ela é testemunhada em meio ao sofrimento e ao lamento diante da morte. Expressa-se nas leituras bíblicas, nos hinos, nas orações e principalmente na pregação. Confessa-se, pois:
  • que Deus é o Senhor dos vivos e dos mortos;
  • que a "comunhão dos santos" engloba os vivos e os que morreram em Cristo;
  • que todos os presentes ao sepultamento estão caminhando em direção ao dia da ressurreição.
    Assim a família e a Comunidade despedem-se da pessoa tirada de seu meio pela morte, na certeza de que Jesus Cristo ressuscitou e há de ressuscitar também a nós.
A pregação deve orientar-se na situação específica. Esta também determinará a escolha do texto. (...) A mensagem do juízo e da graça de Deus deverá ser anunciada em relação ao momento específico.
É convicção luterana que nada podemos fazer para influenciar a sorte das pessoas falecidas junto a Deus. Deus é soberano em seu juízo e em sua graça. Por isto se proíbem "cultos em favor dos falecidos" ou atos semelhantes. O que podemos fazer é agradecer por suas vidas, recomendá-los à graça divina e por eles interceder. (...)
Na fórmula de sepultamento importa evitar falar em "entregarmos seu corpo...". Tal linguagem pode fomentar compreensões espíritas, de que o corpo é sepultado enquanto a alma ou o espírito continuariam vivendo e se reencarnando. Sugerimos formulações como "entregamo-lo/a" o "entregamos o/a falecido/a".
A forma de sepultamento é livre. Os familiares do/a falecido/a decidem sobre ela. A comunidade evangélica de confissão luterana respeitará a decisão tomada e acompanhará o sepultamento na forma escolhida.
Na Igreja cristã tem prevalecido a forma de enterro. O cadáver está sendo devolvido à terra de que, conforme Gn 3,19, foi formado. Mas também a cremação é uma forma de devolução da pessoa à terra. Ela não contradiz os princípios cristãos, e mais e mais tem se tornado praxe nas Igrejas luteranas.
A membros que se escandalizam com a cremação de uma pessoa falecida, ou que se sentem inseguros diante da decisão a tomar, diga-se:
  • A fé cristã não prescreve a forma de sepultamento; portanto, não existe um modo especificamente cristão deste ato;
  • A escolha da forma de sepultamento faz parte do exercício da liberdade cristã;
  • Dentro desta liberdade é lícito levar em consideração aspectos econômicos, higiênicos, de espaço físico, de distância geográfica ou outros, na opção por uma ou outra modalidade.
Quanto a possíveis objeções teológicas à cremação, convém lembrar:
  • O receio de que a destruição do corpo impediria a ressurreição é infundado. Deus saberá recriar o que uma vez criou, mesmo que aos olhos humanos a pessoa falecida tenha desaparecido completamente;
  • Quando, no início da Igreja cristã, mártires foram queimados/as e suas cinzas espalhadas ao vento ou na água pelos inimigos da Igreja, esta sempre afirmou que estes/as mártires, sem dúvida, participariam da ressurreição dos mortos.
A cremação, pois, não se presta a demonstração anti-cristã. Ela não limita ou impossibilita a ação re-criadora de Deus.
Há que se combater, isto sim, a idéia de que a cremação liberta ou purifica a alma ou o espírito de seus laços materiais e atinge somente o corpo. Toda a pessoa com corpo, alma e espírito, morre e desaparece desta vida, não havendo aí nenhuma diferença entre enterro e cremação.
Recomenda-se, ainda, com insistência, que a urna com as cinzas não seja guardada em casa, mas enterrada em local apropriado, para evitar que surja veneração de mortos/as ou que se criem amarras psicológicas.
Diante da falta de prática da IECLB no acompanhamento a familiares que optaram pela cremação de uma pessoa falecida, sugere-se que sejam realizados estudos a respeito, por instituições ou Sínodos, e seja elaborada orientação para os/as obreiros/as da Igreja.

"Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." (Rm 8.38,39)

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