21 de janeiro de 1793, Luís XVI foi
decapitado pela guilhotina na Place de la Révolution.
A Revolução Francesa é conhecida por muitos nomes como ‘encruzilhada
do mundo moderno’ onde as pessoas podiam mudar tudo inclusive a natureza humana
para uma nova direção mais justa e fraterna. A Revolução apoiou a indústria e o
capitalismo, mas foi uma nova ordem que custou muito caro a vida milhares de
franceses. Robespierre, o incorruptível esteve a frente da revolução e suas
palavras eram suas maiores armas, mas a Revolução em certo ponto devoraria seus
próprios filhos. No palácio de Versalhes construído por Luís XIV para se
afastar do povo ocorreu um dos eventos importantes no cenário da Revolução
advinda, o casamento de Luís da família Bourbon da França com Maria Antonieta
dos Habsburgo da Áustria. O objetivo desse casamento era acabar com as
rivalidades entre os dois impérios e iniciando uma aliança com ambas as nações
por via dos herdeiros, mas Luís XVI demorou anos para ter um filho com Maria
Antonieta, pois ele sofria de uma doença, após se operado eles tiveram 4
filhos.
O desgoverno monárquico deixou o povo na miséria e
faminto, quando Luís XV faleceu seu filho Luís XVI não sabia governar e ficava vivendo no luxo
em Versalhes enquanto o povo morria de fome. Em Paris as ideias iluministas
florescem desde a Idade Média a sociedade era dividida em nobreza, clero e
camponeses, mas a união de ciência e razão traria uma corrente de novas ideias
para Paris, segundo as ideias iluministas a pessoa deve pensar por si só. As
ideias do iluminismo permeavam todas as classes e colocava em risco a
hierarquia medieval. O apoio francês a guerra da independência dos Estados
Unidos marcou a quebra do governo francês. Maria Antonieta gastava dinheiro em
futilidades comprando joias e roupas enquanto a França era assolada pela
miséria. A visão que o povo tinha da monarquia nesse período era péssima. Um
dos exemplos era a farinha que ficava mais cara a cada dia enquanto em
Versalhes gastavam muito com festas e comidas refinadas. Robespierre enviava
cartas à Versalhes criticando a monarquia, mas Luís XVI as ignorava
completamente, pois continuava a aumentar os impostos do povo no pior inverno
em anos o de 1788. A farinha para o povo do século XVIII era a essência da vida
e o pão vida. Logo os altos preços
tornaram o preço de um pão o soldo de um mês de trabalho. Então o povo se
rebelou em revoltas populares
desorganizadas.
O rei reúne os Estados Gerais para realizar eleições que
são consideradas injustas, pois cada classe tem direito a um voto, nobreza,
clero e camponeses, mas 97% da população são de camponeses. Robespierre
inspirado nas ideias iluministas quer que o clero e a nobreza paguem impostos,
então nasce a Assembleia Nacional em meio as ideias iluministas de Robespierre
e dos Deputados. O povo cria uma Guarda Nacional em Paris para se proteger dos
soldados monarquistas. Pegam 28 mil mosquetes, mas faltava pólvora que eles
sabiam aonde encontrar, na prisão da Bastilha. Então clamam 'Par‘ a Bastilha’,
e no meio do povo tremula a bandeira tricolor vermelho e azul de Paris cortada
pelo branco da casa real de Bourbon. Luís XVI foi informado sobre a tomada da
Bastilha que desencadeou a Revolução francesa, os franceses, o povo
derrubaram-na com suas próprias mãos como um símbolo do fim do antigo regime. É
regida a Declaração dos Direitos Humanos e
declarada uma monarquia constitucional. O francês Marat escreve e publica
o jornal L’ami du people, que expunha e criticava a nobreza e o clero e defendia ideias
iluministas de igualdade, liberdade e fraternidade, pois nunca houve liberdade
de imprensa na França e os revoltosos a exigiam. Marta odiava os gastos da
monarquia enquanto o povo passava fome. Marat incitava o povo a cortar cabeças
de nobres.
Diante desses acontecimentos, soldados monarquistas
cercam Paris e o povo se arma para a defesa. As mulheres atuam veementemente na
Revolução, elas avançam junto a 20 mil pessoas até os portões de Versalhes e o
cercam. Exigem a ida do Rei e da Rainha para Paris. A turba invade o palácio de
Versalhes atrás dos nobres. O rei e a rainha estavam a mercê do povo que só
queria sua atenção para seus problemas. Levaram o rei e a rainha até Paris e
carroças cheias de farinha dos estoques reais. Após dois anos que a família
real está em Paris. Os jacobinos se reúnem liderados por Robespierre. Em 1791,
Luís XVI tenta reassumir o poder com o apoio de outras monarquias europeias
como a Áustria, mas Luís XVI fracassa na fuga. Essa tentativa de fuga rompeu os
elos entre o povo e seu rei que agora era visto como traidor da revolução. A
decapitação era uma pena de morte reservada somente a nobres, mas os
revolucionários queriam que todos morressem da mesma forma. Então o médico e
inventor José Ignácio Guillotin criou uma máquina de decapitar humanitária. Os
revolucionários creem em valores humanitários. Em 1792 Paris declara guerra a
Austria contra a vontade de Robespierre. Luís XVI e Maria Antonieta jogavam um
jogo duplo, pois fingiam apoiar a revolução, mas enviavam cartas aos austríacos
revelando as posições das tropas revolucionárias.
Em 1792 nasce a republica e Luís XVI é tirado do trono,
quando os austríacos ameaçaram destruir Paris se algum mal fosse feito a
família real. Enquanto isso Danton inflama o povo a defender seu país contra os
austríacos e prussianos. Os Sansculottes matam 1600 prisioneiros, pois temiam
que eles se voltassem contra eles em caso de invasão externa. A revolução é
criticada pelo mundo, Robespierre acredita que alguém deve tomar o controle e
de inicio manda decapitar o rei Luís XVI, marcando a vitória da revolução e o
nascimento da república. O editor do jornal L’ami du people é assassinado por
acharem que ele incitava o povo ao ódio, mas Marat acabou se tornando mártir da
república. Maria Antonieta é condenada a morte em 1793. A França se encontra
isolada das outras nações europeias.
O reino de Terror de Roberpierre tem inicio e a paranoia
tem a revolução e a guilhotina trabalhando incessantemente. Robespierre antigo
opositor da pena de morte agora torna-se seu feroz defensor e também trabalha
para a descristianização da França. A Igreja passou a ser inimiga dos
revolucionários, criaram uma calendário revolucionário para se opor ao cristão.
O exército francês liderados pelo general Napoleão começa a conquistar
vitórias. Danton antes aliado de Robespierre decide por fim aso massacres da
revolução, mas Robespierre entende isso como traição e manda decapitar todos os
dantonistas. Em 1794 durante do ‘grande terror’, 800 pessoas eram mortas por
mês na guilhotina. Quando Robespierre cria o festival do ‘ser supremo’, os
revolucionários acham que Robespierre ficou louco. Os deputados o declaram fora
da lei. Robespierre tenta se suicidar, mas não consegue, sendo executado na
guilhotina em 1794. O terror morreu com Robespierre, mas não a revolução.