As esculturas da civilização Rapa-Nui são uma incógnita para os estudiosos da Ilha de Páscoa.
Conhecida como um dos pontos mais distantes do planeta, a Ilha de Páscoa fica localizada a exatos 3700 quilômetros do continente americano e quase mantém a mesma distância em relação ao Taiti, no Pacífico. Por conta da posição isolada, esse pequeno montante de terras lançado no oceano parece não ser propício à formação de nenhum tipo de civilização ou cultura.
Como se não bastasse o problema da distância, Páscoa é uma ilha dotada de vários acidentes geográficos que impedem a presença de terras férteis ou algum outro recurso favorável à fixação humana. Entretanto, contrariando a quase grotesca imagem desse lugar, Páscoa é tomada por uma série de gigantescas estátuas que pretendem representar a face de um humano.
A partir desse indício, várias pessoas tiveram a curiosidade de pesquisar e tentar desvendar esse mistério revelado por um grupo de navegantes holandeses do século XVIII. Após várias pesquisas, etnógrafos e outros especialistas chegaram à conclusão de que o chamado “povo Rapa Nui” alcançou a ilha de Páscoa em pequenas embarcações de casco duplo.
Convivendo paralelamente às pesquisas científicas, a tradição oral de alguns povos que vivem mais proximamente ao local diz que o primeiro a pisar naquelas terras foi um sujeito chamado Hotu Matua. Para os arqueólogos, o processo de ocupação da ilha teria acontecido entre os séculos V e VIII d.C.. Além disso, os estudiosos também estão convencidos de que a população animal teria sido instalada pelas tribos polinésias que visitaram a região.
Sejam lá quais os eventos que fornecem uma explicação lógica ao processo de ocupação da ilha, a presença das estátuas de rosto humano, também conhecida como moai, é o grande mistério que cerca o lugar. Ao todo, são contabilizados 887 monólitos que tem entre 1 a 10 metros de altura. Vale ainda destacar que outras versões semelhantes dessas estátuas podem ser encontradas no Taiti e no Havaí.
Nenhum relato ou evidência mais clara apontam para os reais motivos que teriam justificado a construção destas estátuas. Entretanto, realizando um estudo comparativo das tradições dos povos polinésios vizinhos, alguns estudiosos concluíram que as estátuas serviriam para demarcar as terras ou apontar a liderança política de algum líder que tenha vivido na ilha.
Os deuses de Rapanui e os Moais - História dos deuses de Rapanui e os Moais
Em todo este relato da saída do rei Hotu Matua (Matua significa pai) da ilha Hiva e a posterior chegada dos maoris a Rapa Nui, não há nenhuma explicação para os gigantescos moais, que nada significam para os atuais habitantes, nem como ídolos sagrados nem como estátuas de personagens históricos ou legendários respeitados, à parte do fato de comentar-se que antes de estes maoris chegarem, habitava a ilha a gente de orelhas largas, que o povo das orelhas curtas do araki Tuu-ko-Iho, o esposo de Ava Rei Pua, matou tentando explicar o seu desconhecimento sobre a origem dos moais, e a plausível versão da desaparição dos talhistas daqueles monólitos antropomórficos, dos quais só sabem que muitos estão abandonados nas canteiras das cimeiras, a meio talhar, sem que nenhum rapanuino tenha podido dar conta de quando nem de como se produziu tal interrupção na sua talha e posterior ereção nem a razão da sua presença nas ladeiras da ilha.
Quanto à mitologia da ilha de Páscoa, se menciona em primeiro lugar o deus-pássaro Makumaku, do qual há multidão de talhas antigas, seguramente da mesma época que a dos construtores de maois, nas rochas das montanhas vulcânicas da ilha: se fala da existência dos Aku-aku, os espíritos invisíveis que dão a chave das almas à população de origem maori; se pensa em outros deuses secundários, como são Hava, Hiro, Raraia Hoa e Tive, mas não existe uma doutrina sólida que una estes deuses e espíritos duma maneira coerente, nem sequer que possa estabelecer um nexo entre as esculturas e os povoadores atuais, dado que os nomes do mito que se mantiveram após a cristianização só são personificações animistas residuais que dão sentido a determinadas manifestações visíveis das forças mais temidas da natureza.
Civilização Rapa-Nui
Rapa-Nui - Os Gigantes da Ilha de Páscoa
No ano de 1722, domingo de páscoa, às 18 horas. A bordo do navio de Afrikaanske Galei, os marinheiros trabalham normalmente. Há quatro meses e meio tinham levado ferros da Holanda em viagem de exploração e comércio e afora o rápido combate com um grande galeão espanhol, que tinha deixado para trás graças a sua superior velocidade, tudo havia corrido ao gosto do comandante comodoro Jacob Roggeveen.
Súbito o vigia , anuncia " terra à vista" . Aproximan-se de uma ilha não assinalada no mapa. Com a pouca luz do entardecer chegam em tempo de avistar no litoral, sobre longas muralhas de pedra, enormes gigantes que parecem dispostos a evitar desembarque. Roggeveen manda ancorar longe da costa e decide esperar pelo amanhecer para tomar uma decisão Quando o dia clareia os europeus têm sua segunda surpresa. Os gigantes permaneciam parados e com óculos de alcance foi possível avistar gente de tamanho normal que se movia entre eles. Tinha-se assustado com estátuas. Resolvem então desembarcar, após batizar a ilha em honra a data de sua descoberta.
Estátuas colossais, de mais ou menos 5 metros reinam em toda ilha do Pacifico desafiando a ciência. Como explicar o transporte das colossais estátuas, chamadas Moais, ninguém até hoje soube dizer. As estátuas olham para o norte e nordeste, sul, suldoeste e sudeste. A ilha toda tem 170 km2 de extenção, 3500 km da costa oeste da América do sul. Existem hieróglifos por toda parte da ilha e se fossem decifradas iriam revelar muito sobre a cultura daquela época.
Fica a seguinte pergunta no ar: Quem e que ferramentas foram usadas na construção daquelas estátuas? Simplesmente esta pergunta está entre nós desde o descobrimento da Grande Pirâmide do Egito. Mas se pensármos bem o Mundo está repleto de enigmas do qual só temos uma resposta, ou fomos auxiliados por seres inteligentes de outras galáxias, ou tivemos uma grande catástrofe da qual esquecemos tudo e recomeçamos da estaca zero... A ilhota é de formação vulcânica, tendo um relevo moderado, superficie de 118 km quadrados, com altitudes que variam de 200 à 500m. Faz parte da província de Val Paraíso no Chile, e constitui a Oceania chilena. Sempre os mesmos traços de impossibilidade, nos canteiros do vulcão, sem terminar ficaram mais de 200 Moais, que não foram terminados nem distribuidos. Batizada como "Te pita, te henua" (umbigo do mundo).
Civilização Rapa-Nui
Existem três tipos de estátuas gigantes:
As primeiras estátuas estão situadas nas praias à borda do mar. Seu número é de mais ou menos 200 à 260 e algumas estão à uma distância de mais de 20 km do canteiro do vulcão onde foram modeladas. Estas estavam instalados em vários números, sobre monumentos funerários chamados "ahus"e davam as costas para o mar. Originariamente estiveram tocados por um tipo de chapéu cilíndrico chamado "Punkao", feito com uma rocha avermelhada, tirada do vulcão "Puna Pao".
O segundo grupo é o das eregidas ao pé do "Rano Raraku". São estátuas terminadas, porém diferentes das outras, pois seus corpos estão cobertos por símbolos. As órbitas dos olhos não estão desenhadas e precisam de um chapéu ou "punkao". No entanto estas são mais enigmáticas que as anteriores.
O terceiro grupo há anos a mais conhecida de todas elas "tukuturi", que possui a particularidade de ter pernas, foi comparada as estátuas da arte pré-incaica criando sérias dúvidas sobre a tese comum da origem dessas populações. A ilha porém foi abandonada por alguma razão... Os obreiros abandonaram suas ferramentas e oficinas. Como se suas causas desta paralização tivessem sido provocadas por uma catástrofe de carater natural, como maremoto, por alguma invasão ou epidemia.
Pára-Raios?
Porém alguns cientistas, no ano de 1989, caracterizaram os Moais como "PARA RAIOS", devido a constantes descargas elétricas naquela ilha. Mesmo assim à quem se atribui a inteligência de produzir "para raios" naquela época? Assim do meu ponto de vista, até acho que os moais tenham sido destruídos por raios naquela época, e seus criadores tenham feito os chápeus Punkao, para que as grandes estátuas não fossem danificadas pelo impacto dos raios...já que os chapéus não tem um formato muito criativo, sem ornamentos, digo, bem simples em vista que os monumentos têm muitos detalhes, são ricos de finos traços.
As estátuas monolíticas de até dez metros de altura da ilha de Páscoa, no Oceano Pacífico, foram construídas pelos antigos nativos para funcionar como pára-raios e, desse modo protegê-los das descargas elétricas freqüentes naquela região. Essa teoria, já comprovada científicamente através de pesquisas nos laboratórios da Universidade Federal do Maranhão, foi levantada pelo professor Francisco Soares, que passou seis meses na ilha estudando a função dos misteriosos Moai - nome dado às estátuas pelos nativos.
Soares, de 31 anos, que é engenheiro eletrônico especializado em computação, descobriu que os antigos habitantes da ilha de Páscoa já conheciam na prática a Lei de Gauss, que aplicavam empiricamente, através das gicantescas estátuas para proteger-se das descargas elétricas. A Lei de Gauss determina o comportamento da distribuição de cargas elétricas espaciais sobre uma superfície dielétrica. O chapéu na cabeça das estátuas, de material vulcânico poroso, absorvia os raios e impedia que elas fossem destruidas. Até então imaginava-se que os moai tinham apenas funções relifiosas ou estéticas.
Dedicando-se, desde 1979, à pesquisa sobre equipamentos primitivos de computação, como o ábaco, uma tábua de cálcuos criada pelos chineses, Francisco Soares chegou a civilização Inca, que possuia a mesma técnica com o quipu, feito de fios. E no rastro do quipu, Soares chegou a Rapa-nui, nome nativo da Ilha de Páscoa, descoberta em 1722, num domingo de páscoa, pelo holandês Jacob Roageveen. Ele conduziu suas pesquisas a partir de de quatro perguntas; Por que os moai foram construídos? Por que eram altos e tinham a forma alongada? Por que o chapéu? Por que só ocupavam a faixa costeira da ilha?
Até então as gigantescas estátuas haviam sido estudadas apenas por antropólogos e etnólogos, que viam nelas um sentido mistico; teriam poderes mágicos ( os nativos diziam que quem tocasse na sua cabeça morria ) e ao mesmo tempo, seriam uma homenagem aos seus ancestrais. Francisco Soares, no entanto concluiu que as estátuas, dispostas somente no redor da ilha, tinham a função de pára-raios, atraíndo as descargas elétricas. Ficava assim protegido o centro dessa ilha, de 179 quilometros quadrados e a cerca de quatro mil quilômetros da costa do Chile. Ali estavam as habitações e lavouras de subsistência.
Com o auxílo do professor Antônio Oliveira, mestre em física e matéria condensada do Departamento de Física da Universidade Federal do Maranhão, Soares recriou em laboratório as condições necessárias para a simulação de descargas elétricas. Usou uma fonte de alta tensão, uma câmpanula para fazer vácuo, e miniaturas das estátuas, confeccionadas com o mesmo material dos Moai, dispostas numa maquete da ilha. Comprovou-se, desse modo, que as estátuas com chapéu atraiam todas as descargas elétricas, que eram absorvidas e distribuidas pelo corpo, sem danificá-las. E mais: no escuro, os chápeus, carregados de energia, ficavam iluminados, o que, segundo ele, explica os poderes mágicos atribuídos aos moai.
Soares concluiu, diante disso, que os antigos nativos da ilha dominavam o conhecimento prático da Lei de Gauss, pois a função de pára-raios só se tornou possível por causa da forma dos chapéus das estátuas e do material vulcânico poroso com que foram confeccionadas, diferentes do material do corpo. Se fosse outro material utilizado, elas seriam destruídas pela primeira descarga elétrica. O jovem cientista maranhense, que deu ao seu trabalho o título de aplicação empírica da Lei de Gauss e difusão elétrica nos moai de Rapa-nui, volta a ilha em julho para novas pesquisas."
Maior estátua construída na ilha tem 10 metros e 90 toneladas. E ainda existe uma outra inacabada com 20 metros de altura.
VOCÊ QUER SABER MAIS?
Katherine Routledge (1919) The Mystery of Easter Island ISBN 0-932813-48-8
Steven R Fischer. The island at the end of the world. Reaktion Books 2005 ISBN1 86189 282 9
Katherine Routledge (1919) The Mystery of Easter Island ISBN 0-932813-48-8 page 181
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Matthews, Rupert (1988). Ancient Mysteries. Wayland Publishing. ISBN 0-531-18246-0.
Pelta, Kathy (2001). Rediscovering Easter Island. Lerner Publishing Group. ISBN 0-8225-4890-9.
Routledge, Katherine (1919) The Mystery of Easter Island ISBN 0-932813-48-8.
Diamond, Jared. Colapso - Como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso. Capítulo 2 - Crepúsculo em Páscoa, página 144. Editora Record. Rio de Janeiro - São Paulo (2006).
http://www.portalrapanui.cl/rapanui/informaciones.htm