Era uma vez um garoto
chamado Eustáquio Clarêncio Mísero, e na verdade bem merecia esse nome. Os pais
diziam Eustáquio Clarêncio, e os professores, apenas Mísero. Não posso dizer como
era chamado pelos amigos, pois não tinha amigos. Não tratava o pai e a mãe por
papai e mamãe, mas por Arnaldo e Alberta. Os pais eram gente moderna, de ideias
abertas. Vegetarianos, não fumavam nem
bebiam, e usavam roupa de baixo de fabricação especial. Havia muito pouca mobília
em sua casa, pouquíssima roupa de cama e mantinham sempre as janelas
escancaradas.
PESQUISE AQUI!
domingo, 27 de setembro de 2015
As Crônicas de Nárnia. Vol. IV. O Príncipe Cáspian. Livro completo.
As Crônicas de Nárnia. Vol. III. O Cavalo e seu Menino. Livro completo.
Conta-se aqui uma aventura
que começou na Calormânia e foi acabar em Nárnia, na Idade do Ouro, quando
Pedro era o Grande Rei de Nárnia e seu irmão também era rei, e rainhas suas
irmãs. Vivia naqueles tempos, numa pequena enseada bem ao sul da Calormânia, um
pobre pescador chamado Arriche; com ele morava um menino que o chamava de pai.
O nome do menino era Shasta. Quase todos os dias, Arriche saía de manhã para
pescar e, à tarde, atrelava o burro a uma carroça e ia vender os peixes no
vilarejo que ficava cerca de um quilômetro mais para o sul. Quando a venda era
boa, ele voltava para casa com o humor um pouco melhor e nada dizia a Shasta.
Mas quando a venda era fraca descobria defeitos no menino e às vezes até o
espancava. Sempre havia motivos para achar malfeitos, pois Shasta vivia cheio
de coisas para fazer: remendar ou costurar as redes, fazer a comida, limpar a
cabana em que moravam...
As Crônicas de Nárnia. Vol. II. O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa.Livro completo.
Era uma vez duas meninas e dois meninos: Susana, Lúcia, Pedro e Edmundo. Esta história nos conta algo que lhes aconteceu durante a guerra, quando tiveram de sair de Londres, por causa dos ataques aéreos. Foram os quatro levados para a casa de um velho professor, em pleno campo, a quinze quilômetros de distância da estrada de ferro e a mais de três quilômetros da agência de correios mais próxima. O professor era solteiro e morava numa casa muito grande, com D. Marta, a governanta, e três criadas, Eva, Margarida e Isabel, que não aparecem muito na história. O professor era um velho de cabelo desgrenhado e branco, que lhe encobria a maior parte do rosto, além da cabeça. As crianças gostaram dele quase imediatamente. Mas, na primeira noite, quando ele veio recebê-las, na porta principal, tinha uma aparência tão estranha, que Lúcia, a mais novinha, teve medo dele, e Edmundo (que era o segundo mais novo) quase começou a rir e, para disfarçar, teve de fingir que estava assoando o nariz.
As Crônicas de Nárnia. Vol. I. O sobrinho do Mago. Livro completo.
O que
aqui se conta aconteceu há muitos anos, quando vovô ainda era menino. É uma história da maior importância, pois explica como começaram as idas e
vindas entre o nosso mundo e a terra de Nárnia. Naqueles tempos, Sherlock
Holmes ainda vivia em Londres e as escolas eram ainda piores que as de hoje.
Mas os doces e os salgadinhos eram muito melhores e mais baratos; só não
conto para não dar água na boca de ninguém. Naquela época vivia em Londres
uma garota que se chamava Polly. Morava numa daquelas casas que
ficam coladas umas nas outras, formando uma enorme fileira. Uma bela
manhã ela estava no quintal quando viu surgir por cima do muro vizinho o rosto
de um garoto. Polly ficou muito espantada, pois até então não havia crianças
naquela casa, apenas os irmãos André e Letícia Ketterley, dois solteirões
que moravam juntos. Por isso mesmo, arregalou os olhos, muito curiosa. O
rosto do menino estava todo encardido. Não poderia estar mais encardido, mesmo
que ele tivesse esfregado as mãos na terra, depois chorado muito e então
enxugado as lágrimas com as mãos sujas. Aliás, era mais ou menos isso que
havia acontecido.
As Crônicas de Nárnia são constituídas por:
Vol. I O Sobrinho do Mago
Vol. II O Leão, o Feiticeiro e o Guarda-Roupa
Vol. III O Cavalo e seu Menino
Vol. IV Príncipe Caspian
Vol. V A Viagem do Peregrino da Alvorada
Vol. VI A Cadeira de Prata
Vol. VII A Última Batalha
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Napoleão: uma biografia política. Livro para download.
Descrição do livro
Uma interpretação inédita sobre Napoleão Bonaparte, o mais famoso general e estadista da história moderna, esse livro é uma das mais relevantes contribuições ao estudo do tema nos últimos anos. Apoiado em ampla e bem documentada pesquisa, o historiador norte-americano Steven Englund faz uma revisão da vida de Bonaparte enfocando os aspectos políticos de seu governo, mais do que seus feitos militares ou sua vida pessoal. Com isso, chega a conclusões inovadoras, originais.
Os aspectos mais marcantes da vida de Napoleão são apresentados: a espantosa ascensão e queda – da infância corsa ao exílio e à morte, passando pela educação na França, as impressionantes vitórias militares, as reformas que empreendeu como primeiro-cônsul (1799-1804) e o polêmico desempenho como imperador.
Aliando prosa envolvente e extremo rigor acadêmico, o autor recria não só o ambiente europeu do fim do século XVIII como também o complexo caráter do líder que marcou definitivamente a história ocidental. Lança luz sobre pontos tradicionalmente negligenciados na vasta bibliografia do tema, indo além dos maniqueísmos para revelar com detalhes como se forjaram o império e o homem. Sem dúvida, um livro fundamental para todos os amantes de história.
A Grande Degeneração: a decadência do mundo ocidental. Livro para download.
A Grande Degeneração: a decadência do mundo ocidental.
Descrição do livro
O declínio do Ocidente já foi profetizado há muito tempo. Hoje em dia, há inúmeros sintomas disso ao nosso redor: crescimento lento da economia, dívidas altas, fragilidade das leis, população cada vez mais velha, comportamento antissocial… Mas o que há de errado exatamente com a civilização ocidental? Em seu novo livro, o renomado – e por vezes polêmico – historiador Niall Ferguson revela algumas das possíveis causas dessa degeneração, argumentando que a chave talvez esteja na análise de quatro instituições essenciais do mundo ocidental: o governo representativo, o livre mercado, o Estado de direito e a sociedade civil. Estaríamos diante de uma degeneração irrefreável desses que sempre foram os pilares de nossa civilização?
domingo, 20 de setembro de 2015
Tironensian Order Monastic
Benedictine Bernard de Ponthieu
The Tironensian Order or the Order of Tiron was a
Roman Catholic monastic order named after the location of the mother abbey
(Tiron Abbey, French: Abbaye de la Sainte-Trinité de Tiron, established in
1109) in the woods of Tiron (sometimes Thiron) in Perche, some 35 miles west of
Chartres in France).
They were nicknamed "Grey Monks" because of
their grey robes, which their spiritual cousins, the monks of Savigny, also
wore.
Founder
Bernard of Thiron
The order, or congregation, of Tiron was founded in
about 1106 by the Benedictine Bernard de Ponthieu, also known as Bernard
d'Abbeville (1046-1117), born in a small village near Abbeville, Ponthieu.
Tonsured at the Benedictine Abbey of Saint-Cyprien in
Poitiers around the year 1070, Bernard left the order in 1101 when his
nomination as abbot of Saint-Savin-sur-Gartempe was disapproved by Cluny and
Pope Paschal II. From then on Bernard lived first as a hermit on the island of
Chausey, between Jersey and Saint-Malo, then in the woods of Craon, near
Angers, with two other rigorist monks: Robert d'Arbrissel, future founder of
the controversial Abbey of Fontevraud, and Vitalis de Mortain, later the
founder of the Congregation of Savigny in 1113. Following the example of the
Desert Fathers, all three men and their followers (men and women) lived
detached from the world, in great poverty and strict penance.
Followers of Bernard of Thiron
Adelelmus was a hermit and disciple of St. Bernard of
Thiron. Born in Flanders, Belgium, Aldelelmus is best known for founding the
Monastery of Etival-en-Charnie (fr).
Tiron Abbey
The foundation of Tiron Abbey by Bernard of Abbeville
was part of wider movements of monastic reform in Europe in the eleventh and
twelfth centuries. As a pre-Cistercian reformer, Bernard's intention was to
restore the asceticism and strict observance of the Rule of St. Benedict in
monastic life, insisting on manual labour. He founded his monastery on land in
Thiron-Gardais granted to him by Bishop Ivo of Chartres, and placed it under
the protection of the cathedral canons of Chartres, instead of a secular
overlord. This assured that decisions affecting the Abbey were made by a
corporate religious body.
They were nicknamed "Grey Monks" because of their grey robes.
Bernard admitted artisans and encourage them to
produce goods for sale. During years of famine, Tiron endured great poverty and
became a refugee camp and soup kitchen. During the famine of 1109–1111 the
Abbey sheltered whole families. Tiron had a school; and after Bernard's death,
built houses so that lay women could reside within its walls under the care and
protection of the monks.
Tironensian Order
Tiron was the first of the new religious orders to
spread internationally. Within less than five years of its creation, the Order
of Tiron owned 117 priories and abbeys in France, England, Wales, Scotland and
Ireland.
St Dogmaels Abbey
In 1113 Robert FitzMartin granted the Tironensians
land and money to found the order's first house in Wales, St Dogmaels,
Pembrokeshire, which was established on the site of a clas (early Celtic
church), which dated back to at least 600 AD. Closed during the Dissolution of
the monasteries, much of the stone was quarried for other uses.
Kelso
Abbey
In Scotland, the Tironensians were the monks and
master craftsmen who built and occupied (until the Reformation) the abbeys of
Selkirk (later re-located to Kelso (1128), Arbroath (1178), and Kilwinning
(1140+). The first two abbots of Selkirk became, in turn, abbots at Tiron.
During the tenure of William of Poitiers as abbot, Tiron established abbeys and
priories along the north-south trade routes from Chartres to the navigable
Seine and Loire rivers. Under him, the abbey owned at least one ship that
traded in Scotland and Northumberland. Tiron adopted a system of annual general
chapters. In 1120, Abbot William decreed that abbots from overseas need only
attend once in every three years. Arnold, Abbot of Kelso, founded the cathedral
church at St. Andrews. In France, the order was integrated into the new
Benedictine Congregation of St. Maur in 1627.
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La ciudad sumergida en el golfo de Khambhat-india
En el año 2000 el Instituto
Nacional de Tecnología Marina de la India encontró, en el Golfo de Khambhat, a
40 metros de profundidad, estructuras megalíticas similares a una ciudad.
En 2001 el ministro de
Ciencia y Tecnología Murli Manohar Joshi, afirmo que las estructuras sumergidas
encontradas en el golfo de Khambat (Cambay), son los restos de una ciudad
antigua que fue destruida por inundaciones imprevistas. y además, se dijo que las
ruinas mostraban un fuerte parecido con las de Harappa y Mohenjo-Daro.La
arqueología tradicional remonta estas antiguas civilizaciones hindúes a la cultura
neolítica llamada Mehrgarh (10.000 a.C.).
Tambien en el 2001 se
encontraron fragmentos de leña carbonizada cerca a la ciudad sumergida, que
fueron datados con el método del carbón en 16.950 años.
Se han recuperado docenas de
artefactos y objetos de madera y cerámica. Algunos de esos artefactos, se
remontan a una antigüedad de 32.000 años, pero según los oceanógrafos, la zona
quedó cubierta hace 9.000 años. Los hallazgos fueron enviados a algunos
laboratorios hindúes y europeos (Oxford y Hanover). y a través del método de la
termoluminiscencia, obtuvieron dataciones de 13.000 a 32.000 años atrás. Las
reliquias fueron analizadas con la técnica de difracción de los rayos X. Los
resultados evidenciaban que el material arcilloso utilizado era típico de la
zona y fue cocido a 700º para obtener la cerámica. Así que la ciudad sumergida
del Golfo de Khambat, se remontaría a 10.000 años atrás. Así que los datos
científicos coinciden, y no se contradicen. Una ciudad de miles de años de
antigüedad, fue inundada en la época que la Atlántida lo hizo.
Al noroeste del Golfo de
Khambhat, se encuentra la ciudad de Dwarka, donde se han encontrados restos de
un asentamiento que acabó inundado por el mar. A 20 metros de profundidad, se
han encontrado calles adoquinadas, paredes de arenisca y restos de lo que fue
un puerto. Los antiguos textos hindúes, hablan que la antigua ciudad de Dwarka,
era el lugar de residencia de Khrishna, una deidad hindú. En el texto épico
Mahabharata, Dwarka era una inmensa y rica ciudad construida sobre una isla por
el dios Krishna. Debido a una maldición que pesaba sobre Krishná y su familia
(los iadus), la isla se hundió en el mar.
Todo aquello que creemos que
son mitos, no lo son. La correlación, coincidencias, cronología, datos
científicos que concuerdan en sus afirmaciones y resultados en diferentes
disciplinas y campos, todo se relaciona de forma perfecta, para hablarnos de la
existencia de un cataclismo que inundó grandes porciones de tierra, donde se
asentaban pueblos muy avanzados, pueblos que ya estaban aqui desde hace 30.000
años, lugares donde aparecen evidencias. Asentamientos en lugares clave,
porciones del planeta específicas de fuerzas magnéticas, civilizaciones que por
algún motivo, fueron “castigadas” por sus dioses, donde muchos consiguieron
salvarse del cataclismo, y levantar nuevos pueblos, ciudades que actualmente
podemos visitar, edificadas por un mismo pueblo dispersado por fuerzas
desconocidas .Desde la Isla de Pascua,
Egipto, Angkor Wat, Perú y otros sitios, a su vez, se dispersaron por otros
territorios.
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sábado, 19 de setembro de 2015
ZepTepi, ‘os primeiros tempos’ ou mito da criação egípcio.
O deus Aker, significa o horizonte, o ponto onde a noite vira dia, onde o dia vira noite - Ponto Zero ou Zep Tepi.
Em egípcio, Zep significa primeiro,
Tepi meio tempo.
Juntos, Zep Tepi refere-se ao "First Time" ou "um novo começo" e é simbolizada por uma
ampulheta. Hieróglifos Zep Tepi estão presentes na Esfinge de Gizé e explica o
mito da criação, uma explicação de como os antigos deuses egípcios existiam. Enfim, Zep Tepi é o Gênesis da Terra.
Zep Tepi foi uma idade de ouro durante a qual as águas do abismo recuaram,
a escuridão primordial foi banida, e a humanidade foi banhada
em luz, consagrando a dádiva de uma nova civilização. Zep Tepi o início e o
final de cada ciclo de tempo de 13.000 anos - de meio ponto do nosso sistema
solar - 26 mil anos órbita zodiacal em torno do centro galáctico.
Devido às condições de nossa
órbita galáctica, estes intervalos de 13.000 anos, ou mundos, parecem estar
separados por uma revolução cataclísmica, como a história ensina.
Este é o símbolo do deus Aker.
Significa o horizonte, o ponto onde a noite vira dia, onde o dia vira noite - Ponto Zero ou
Zep Tepi.
Ele
é descrito como dois leões sentados de costas.
Eles também são chamados ontem e amanhã, um leão está voltado para o leste onde
o sol nasce e começa o novo dia, o outro leão enfrenta o oeste, onde o sol se
põe e desce ao Submundo. Representantes da dualidade.
A área entre as costas dos
leões, muitas vezes mostra o círculo do sol como se estivesse subindo entre
dois montes. Isto também significa viagem do sol pelo céu durante o dia, bem
como que seja efetuada com segurança na parte traseira do Aker durante a sua
viagem noturna perigosa do submundo cada noite. Aker também guarda o portão
para outros mundos.
“Logo após o
Dilúvio, no início do presente ciclo de tempo, os egípcios deram o nome a esse
evento de ZEP TEPI, e um grupo misterioso de "deuses apareceu”, para
conduzir os sobreviventes da catástrofe para as terras que margeavam o Vale do
Nilo procurando refazer suas vidas, uma nova forma de vida, nos rudimentos de uma
nova civilização.”
A esfinge esta situada num
ponto muito especial na Terra, na planície de Gizé, também conhecida como
Rostau no antiquíssimo livro dos mortos.
Diferentes Cosmogonias
Um dos mitos mais
importantes, senão o mais importante, de toda a mitologia egípcia é aquele
referente à criação do Universo. Porém, grande parte dos mitos egípcios conta
com duas ou mais versões e há vários detalhes que se tornam confusos devido à
variedade de formas de se contar a mesma história. Quando se fala de cosmogonia
egípcia, há quatro versões principais que eram correntes em quatro importantes
cidades do antigo Egito: Hermópolis, Heliópolis, Tebas e Mênfis.
Essas versões, apesar de
diversas, são, na verdade, focadas em diferentes aspectos do mesmo evento e
podem ser vistas, algumas vezes como conflitantes, mas também são
complementares. Isso se deve ao fato de que tanto os mitos quantas entidades
neles descritos, os neteru (os
chamados deuses), são intercambiáveis. Às vezes um grupo de neteru descrito num
certo mito difundido numa determinada época e lugar pode ser substituído por
uma outra entidade única que represente todos eles de uma vez só quando esse
mito é contado em outra versão numa outra época e outro lugar. para que essa
característica da "intercambialidade" não torne o entendimento da
mitologia total um tanto confusa à, deve se pensar nos diferentes mitos como
diferentes maneiras de se contar uma mesma história ou diferentes formas de se
explicar a mesma coisa e que, dependendo da época e do lugar, as pessoas
preferiam uma forma ou outra.
Heliópolis
A maior fonte pela qual é
conhecida a chamada "Cosmogonia de
Heliópolis" são os Textos das
Pirâmides que são considerados os escritos religiosos mais antigos já
encontrados. São escrituras cravadas nas pedras das pirâmides de Saqqara por
volta de 2400 AC.
De acordo cosmogonia
Heliopolitana, “no
início havia apenas o caos indiferenciável conhecido como Nun (abismo). Nun é descrito como um oceano inerte, infinito
e escuro. O primeiro evento ocorrido neste oceano foi o surgimento de um monte
em forma de pirâmide chamado benben,
também conhecido como Ovo Cósmico. Quando o Sol, representado pela figura de
Rá, nasceu pela primeira vez e tocou o benben a entidade conhecida como Atum
passou a existir. Atum-Rá
"criou a si mesmo", "tonou-se a si mesmo". Logo que surgiu,
Atum, a partir de si mesmo, criou seus quatro descendentes, Shu, Tefnut, Geb
e Nut. Este momento ficou
conhecido como Zep Tepi, A Primeira Ocasião, ou o Primeiro Evento. De Geb e Nut
nasceram quatro filhos Osíris,
Ísis, Set e Néftis.
O grupo formado por oito neteru era chamado de a Enéade de Heliópolis.
Eles eram Atum-Rá, Shu, Tefnut, Geb, Nut, Osíris, Ísis, Set e Néftis. Atum e Rá
são uma entidade dupla que segue o princípio místico numérico de que o Um deve
se tornar Dois. Eles são um só ser, mas possuem dois nomes pois devem ser
entendidos como dois aspectos opostos desse ser: sujeito e objeto, isto é,
aquele que conhece e aquele é conhecido.”
Rá é o Sol. Ele surgiu pela primeira vez mundo quando saiu do
monte benben e subiu para espalhar a Luz no mundo. Neste contexto, a Luz deve
ser entendida como a Quintessência da existência, ou seja, Consciência. Rá era
representado como um ser com cabeça de falcão carregando o Disco Solar rodeado
pela serpente Ouroborus como coroa, sendo que o Ouroboros, neste caso,
representa exatamente a natureza cíclica ou fechada do ser que conhece a si
mesmo e o sol, sendo a fonte definitiva da Luz/Consciência.
Se Rá é o sujeito, Atum é o
objeto (Atum surgiu quando a luz de Rá tocou o benben, ou seja, quando se Rá se
tornou consciente dele). Às vezes se usa o nome de Atum, às vezes se usa o nome
de Rá, dependendo do contexto do acontecimento narrado.
Atum-Rá é a forma pessoal do
universo em oposição à forma impessoal e inconsciente que era Nun. Ele
representa o início da consciência e da existência. Ele é transformação do Um
em Dois.
Hermópolis
Alguns traços da cosmogonia
de Hermópolis são encontradas nas mesmas fontes daquelas da de Heliópolis. Esta
cosmogonia dava especial atenção ao que aconteceu antes da criação, na natureza
do Oceano Primordial de Nun. Seu panteão
de criadores era um grupo de oito entidades chamados de a Ogdóade.
Os oito princípios da
Ogdóade firmavam quatro casais. Os seres masculinos são representados com
cabeças de sapo e as femininas com cabeça de serpente. Cada casal representa um
diferente aspecto daquele estado primordial do ser: Huh e Hauhet representam as extensões infinitas de Nun; Kuk e, Kauket,
personificam a escuridão completa e a inconsciência daquele estado do ser; Amon e Amonet representam a natureza oculta e
inescrutável de Nun em contraste com o mundo tangível dos vivos; Por último
havia o próprio Nun e Naunet que representavam o oceano em si. Mas o principal
neter cultuado na cidade era Thot.
“Thot era chamado
e o "vizir de Rá". O oceano de Nun era a alma de Toth
e ele, usando seus dons da sabedoria ele criou as palavras e deu voz à vontade
de Rá que foi o que permitiu
ao Universo tomar existência. Rá era o criador, mas ele só podia criar através
de Thot que era quem "traduzia" sua vontade em "palavras"
propiciando uma existência objetiva. Segundo algumas fontes, Thoth é um ser que
gerou a si mesmo, como Atum-Rá,
segundo outras ele era filho de Rá. Ele foi aquele que, posteriormente, criou
as artes, a matemática, as linguagens humana, arquitetura, engenharia e as
ciências além de exercer papel preponderante das mediações de conflitos entre o
neteru e seres humanos. Ele era também associado À lua e à marcação do tempo
sendo representado como um homem com
cabeça de Íbis (uma ave nativa do Egito) ou, mais raramente, como um babuíno. Sua contraparte feminina era Seshat e sua esposa era Maat. O monte benben, segundo a cosmogonia de Hermópolis, surgiu
quando as oito divindades da Ogdóade. Ou, em outra versão no oceano de Nun
boiava uma solitária flor de lótus. Os membros masculinos da Ogdóade ejacularam
nela e ela se fechou. Quando se abriu novamente de dentro dela nasceu Rá na
forma de uma criança criadora de tudo.”
Os oito membros da Ogdóade
com cabeças de rã e serpente seguidos da imagem de Atum-Rá nascido da flor de
lótus simbolizando o nascimento a partir do caos.
Mênfis
A chamada Teologia de Mênfis
chegou até nós através de uma inscrição na Pedra
de Shabaka que é uma laje de granito com escritos hieróglifos.
“Esta cosmogonia
idolatra a figura criadora de Ptah. Ele era o patrono dos artistas e
artesãos e teria criado o universo com suas habilidades artísticas. Era chamado
de pai dos neteru da pré-criação (Ogdóade), ou seja, ele era o criador
de Nun. Aos mesmo tempo ele foi aquele que quebrou o ovo primordial do
benben e de lá surgiu para criar o mundo como o conhecemos. O processo do zep
tepi seria a "metamorfose de Ptah" de um ser inexistente
para um ser existente que criou a si mesmo. Ele, então, com uma palavra, criou
a Enéade (Atum, Shu, Tefnut, Geb, Nut,
Osíris, Ísis, Set e Néftis). A palavra falada foi o
que deu origem a tudo. O que surgia em seu coração ele criava através da
língua. Sua esposa era Sekhmet e seu filho era Nefertem.”
Essa cosmogonia engloba as
outras duas. Sua diferença é que ela acrescenta "um grau" na
hierarquia dos acontecimentos, isto, é tudo que aconteceu foi comandado por
Ptah. Ele é Num, Atum e Rá.
Em suas representações, Ptah
é mostrado como um homem de pele verde envolto num tecido branco, como se
estivesse mumificado, mas, na verdade ele está aprisionado.. Em suas mãos ele segura três símbolos
combinados em um só: o bastão Was, o Ankh e o pilar Djed (estabilidade, vida e
poder). Ele fica em pé sobre um objeto na forma do hieróglifo que significa
Maat que é a ordem, ou a Lei
universal em oposição ao Caos
primordial. “Assim como os ferreiros, que são
seus representantes na terra, Ptah moldou o universo utilizando os quatro
elementos para criar tudo que existe.”
Tebas
A cosmogonia mais tardia
entre as quatro citas é a de Tebas onde Amon, uma entidade presente na Ogdóade
original, toma o lugar de Atum-Rá como entidade criadora.
Seu nome faz referência ao desconhecido e ao impenetrável. Era dito
que ele transcendia todos os outros deuses e que "existia além dos céus" e era "mais profundo que o submundo". Sua verdadeira natureza era mistério até mesmo para os outros neteru. Era
representado como um homem usando um barrete (capuz sarcedotal) grandes plumas
na cabeça. Mut é a contraparte feminina de Amon. Seu símbolo é uma mulher com a
coroa dupla e um abutre na cabeça. O nome"mut" significa
"mãe". Essa palavra foi a percursora do inglês "mother", do
alemão "mutter", etc.
Na época da XVIII, a cidade
de Tebas assumiu grande importância político-religiosa e por isso os sacerdotes
daquela cidade, usando do poder que haviam adquirido, elevaram o neter patrono
da cidade ao status de criador de todas as coisas e o nome de Amon (os Amen),
começou a ser adicionado ao nome do faraó. Com o tempo, o poder religioso do
culto a Amon acabou adquirindo mais poder do que o próprio faraó na sociedade
egípcia e, pela primeira vez, começaram a ser desenvolvidos conceitos
dogmáticos e monoteístas. Antes os todos os neteru eram considerados como
representantes de propriedades e características de única entidade inominável. “Agora essa entidade tinha nome: Amon, o deus de um milhão de faces.”
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