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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Essencialismo


Saul Aaron Kripke

A Antropologia filosófica é o “ser humano por ele mesmo”, sobre como o s humano se define e se vê. Destacaremos três definições dentre várias dentro da Antropologia: Essencialista (ou Metafísica), Naturalista (ou Científica) e Histórico-Social (nas vertentes existencialista e dialética). A teoria Essencialista busca a igualdade na diversidade dos homens, mesmo que cada ser humano seja diferente, na educação existe um padrão a ser seguido.

O Essencialismo é uma doutrina filosófica segundo a qual os particulares (pessoas, cadeiras, árvores, números, etc.) têm pelo menos algumas propriedades essencialmente. Um particular tem uma certa propriedade essencialmente quando esse particular não poderia existir sem ter essa propriedade. Por exemplo, intuitivamente, Sócrates não poderia deixar de ter a propriedade de ser um ser humano; mas poderia não ter sido ateniense, se tivesse nascido noutra cidade.

A definição formal de propriedade essencial é a seguinte:

Um particular tem uma dada propriedade essencialmente se, e só se, esse particular tem essa propriedade em todos os mundos possíveis nos quais esse particular existe.
Deste modo, podemos distinguir as propriedades essenciais das propriedades necessárias:

Um particular tem uma propriedade necessariamente se, e só se, esse particular tem essa propriedade em todos os mundos possíveis.
Dada a definição, só os existentes necessários — os particulares que existem em todos os mundos possíveis — podem ter propriedades necessárias. Os particulares contingentes, como as pessoas, as árvores, etc., só podem ter propriedades essenciais, mas não necessárias.

Um particular tem uma dada propriedade contingentemente quando tem efectivamente essa propriedade, mas poderia não ter; ou, na linguagem dos mundos possíveis, quando esse particular tem essa propriedade no mundo tal como é, mas não a tem em alguns mundos possíveis.

Há propriedades essenciais triviais, como a propriedade de não ser mais alto do que si próprio. Este tipo de propriedades essenciais não caracterizam a tese do essencialismo, que defende a existência de propriedades essenciais substanciais, como a propriedade que a água tem de ser H2O, ou a propriedade que Sócrates tem de ser um ser humano, ou a propriedade que o João tem de ser filho de Maria.

História do essencialismo

As primeiras ideias essencialistas foram defendidas por Aristóteles, mas caíram em desgraça com o nascimento da ciência moderna; tais ideias foram "condenadas por associação pecaminosa", isto é, por estarem de algum modo relacionado com a metafísica medieval, considerada incompatível com a ciência moderna. Quine condena o essencialismo em parte por causa deste preconceito, e em parte porque o essencialismo pressupõe a noção de que o mundo tem uma natureza independente do modo como o pensamos ou descrevemos (realismo), ao qual Quine se opunha igualmente.

Willard Van Orman Quine, em "Three Grades of Modal Involvement", caracterizou da seguinte maneira o essencialismo: "A doutrina de que alguns dos atributos de uma coisa (inteiramente independente da linguagem em que a coisa é referida, se é que é referida) pode ser essencial à coisa, e outros, acidentais."

Quine opõe-se ao essencialismo por considerar que as coisas não têm em si mesmas propriedades essenciais ou acidentais; tudo depende da maneira como as descrevemos. Para provar esta tese, Quine apresenta os famosos argumentos do ciclista matemático e dos planetas. Mas nenhum dos argumentos consegue fazer mais do que refutar a teoria linguística da necessidade, desenvolvida por Carnap e rejeitada por Quine. A nova teoria essencialista apresentada por Kripke e outros filósofos não é abalada pelos argumentos de Quine.

Atualmente muitos filósofos aceitam o essencialismo substancial de Kripke; outros, todavia, continuam a rejeitar estas ideias, favorecendo a ideia positivista de que a lógica, ou a linguagem, é "a mãe da necessidade".

Um dos avanços mais significativos da filosofia do século XX foi o fato de Saul Kripke ter mostrado claramente que as refutações fáceis do essencialismo, que pareciam mostrar que se tratava de uma teoria irremediavelmente defeituosa, resultavam na verdade de uma confusão elementar entre palavras e coisas. Se os nomes próprios não forem encarados como designadores rígidos, ou se não se admitir outros designadores quaisquer que sejam rígidos, é impossível refutar o essencialismo, mas fica-se com a sensação falsa de que se refuta o essencialismo. Isto porque nesse caso se consegue mostrar trivialmente que a frase "Sócrates era um ser humano" é falsa em alguns mundos possíveis, nomeadamente, nos mundos possíveis em que não estamos a falar de Sócrates, mas de outro particular referido pelo nosso nome "Sócrates".

Só que, como não estamos já a falar de Sócrates, mas de outro particular, não conseguimos refutar realmente o essencialismo: apenas confundimos palavras com coisas. Seria como tentar provar que Cavaco Silva, presidente de Portugal, poderia ter sido Mário Soares: num mundo possível em que ele perdeu as eleições e em que Mário Soares ganhou as eleições, a expressão "o presidente da República" refere Mário Soares. Mas pensar que, por causa disto, Cavaco Silva poderia ter sido Mário Soares, é confundir palavras com coisas.


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Relativismo


Protágoras de Abdera

O relativismo é uma doutrina que prega que algo é relativo, contrário de uma ideia absoluta, categórica. O relativismo, dessa forma, leva em consideração diversos tipos de análise, mesmo sendo análises aparentemente contraditórias. As diversas culturas humanas geram diferentes padrões segundo os quais as avaliações são geradas.

Relativismo e historicismo

Em sentido amplo, o qualificativo, originário do alemão Historismus, é dado a correntes do pensamento, segundo as quais é a história que faz o homem e não o homem que faz a história. Baseia-se no modelo romântico inaugurado por Herder e Schelling, para os quais o universo deixou de ser um sistema e passou a ser entendido como história, numa passagem do cosmológico para o antropocêntrico. De certa maneira, é o exato contrário do conservadorismo, gerando uma fuga para a frente, através do evolucionismo e do progressismo.
O historicismo ensina que “tudo é histórico” ou provisório e variável; o que ontem era importante, hoje deixa de ser tal. Ora a verdade é conhecida e vivida na história, sujeita a contínuas mudanças; ela é “filha do seu tempo”. Tudo o que é verdadeiro e bom é tal unicamente para o seu tempo, e não de modo universal, para todos os tempos e todos os homens. Nenhuma cultura tem o direito de se julgar melhor do que as outras; todos os modos de pensar e viver têm o mesmo direito.

 Max Weber, em suas obras sobre epistemologia, abre espaço para o relativismo nas ciências da cultura quando diz que a ciência é verdade para todos que querem a verdade, ou seja, por mais diferentes que sejam as análises geradas por pontos de vista culturais diferentes, elas sempre serão cientificamente verdadeiras, enquanto não refutadas.

Assim podemos concluir que o Relativismo é um termo filosófico que se baseia na relatividade do conhecimento e repudia qualquer verdade ou valor absoluto. Todo ponto de vista é válido.

Na filosofia moderna o relativismo por vezes assume a denominação de "relativismo cético", relação feita com sua crença na impossibilidade do pensador ou qualquer ser humano chegar a uma verdade objetiva, muito menos absoluta.

Nietzsche na sua obra "A Gaia Ciência", no tópico intitulado "Nosso novo infinito", assim afirma: "o mundo para nós tornou-se novamente infinito no sentido de que não podemos negar a possibilidade de se prestar a uma infinidade de interpretações"; frase que Michel Foucault objeta: "Se a interpretação nunca se pode completar, é porque simplesmente não há nada a interpretar...pois, no fundo, tudo já é interpretação".

No diálogo platônico "Teeteto", atribui-se a Protágoras uma concepção relativista do conhecimento, por haver afirmado que "o homem é a medida de todas as coisas". Nesse caso, cada um de nós é, por assim dizer, o juiz daquilo que é e daquilo que não é. Sócrates levanta então uma série de objeções contra essa forma radical de relativismo subjetivista, tentando mostrar a incoerência interna da suposição de que o que parece verdadeiro a alguém é verdadeiro para ele ou ela. Se são verdadeiras todas as opiniões mantidas por qualquer pessoa, então também é preciso reconhecer a verdade da opinião do oponente de Protágoras que considera que o relativismo é falso. Ou seja, se o relativismo é verdadeiro, então ele é falso (desde que alguém o considere falso). Haveria, por assim dizer, uma auto-refutação (ou uma autodestruição) do relativismo cognitivo.

Em nossos dias, o relativismo cognitivo tem assumido várias formas distintas. Nas versões mais radicais, entende-se que quaisquer opiniões são igualmente justificáveis, dadas suas respectivas regras de evidência, e que não há questão objetiva sobre qual conjunto de regras deve ser preferido ("igualitarismo cognitivo" ou tese da "equipolência das razões"). Em suma, é possível dar boas razões tanto para se admitir quanto para se recusar qualquer opinião. E, portanto, o procedimento de dar boas razões nunca permite decidir entre opiniões rivais, nunca nos obriga a substituir uma crença por outra. Nesse caso, uma crítica do relativismo cognitivo pode ser feita de acordo com a seguinte linha argumentativa (seguida, por exemplo, por Paul Boghossian em "What the Sokal Hoax Ought to Teach Us"): se toda regra de evidência é tão boa quanto qualquer outra, então para que uma opinião qualquer seja tomada como justificada basta formular um conjunto apropriado de regras em relação ao qual ela está justificada. Em particular, a opinião de que nem toda regra de evidência é tão boa quanto qualquer outra deve poder ser igualmente justificada. (E o relativista assim não consegue mostrar, mas deveria mostrar, que a sua posição é melhor que a de seu oponente.) Uma alternativa seria dizer que algumas regras de evidência são melhores do que outras; mas então deveria haver fatos independentes de perspectiva sobre o que as torna melhores do que outras, e nesse caso estaríamos assumindo a falsidade do relativismo cognitivo.

Em contraposição, há espécies de relativismo que são bastante triviais, como, por exemplo, a tese da diversidade (também chamada de "relativismo cultural"): consiste em registrar que diferentes pessoas mantêm crenças diferentes; que as opiniões variam de comunidade para comunidade, de uma época para outra. Nesse caso, não se afirma que tais crenças ou opiniões sejam verdadeiras ou justificadas, e portanto não se tem ainda um relativismo cognitivo (epistemológico). Tal diversidade de crenças é plenamente compatível com uma visão absolutista ou objetivista do conhecimento.

Dentro deste conceito antropófago, o relativismo cultural é um ponto de vista extremo oposto ao etnocentrismo, que leva em consideração apenas um ponto de vista em detrimento aos demais. Porém, os críticos dessa visão apontam que o relativismo torna impossível um avanço científico nas ciências da cultura na medida em que coloca todos os tipos de análise, absurdas ou não, em igualdade de veracidade.

Todavia, não são essas formas de relativismo (extremamente fortes ou fracas) que encontramos nas filosofias de Kuhn, Rorty e até mesmo Feyerabend (em alguns de seus últimos escritos). O que eles sugerem, a partir de evidências históricas, é que as preferências por certos padrões de investigação, por certos objetivos cognitivos variam com o tempo e dependem do contexto considerado. E mais do que isso: sua validade e autoridade dependem da prática estabelecida no interior de uma comunidade. Eles questionam as tentativas de codificar a racionalidade científica mediante um certo conjunto de regras metodológicas que guiam a atividade científica; mas não apenas isso, questionam também a tese de que a racionalidade científica permaneça em grande parte estável e invariante com o passar do tempo, apesar das novas descobertas e das mudanças sociais e culturais. Eles criticam o que Shakespeare chamou "essencialismo": a suposição de que as marcas características da racionalidade científica não estão elas próprias sujeitas a mudanças e revisões. Eles reconhecem que as normas do que conta como "boa ciência" também se transformam ao longo da história e não devem ser consideradas como uma estrutura rígida que não sofre mudanças substanciais.

No caso específico das ciências naturais, eles reconhecem, fazendo justiça à história da ciência, que as mudanças e as divergências envolvem não apenas as teorias (não apenas afirmações fatuais), mas também os critérios e os valores característicos da prática científica. Por exemplo, é possível, em certas ocasiões, justificar uma teoria T1 com respeito aos princípios e valores de um sistema evidencial E1 (por exemplo, que permite hipóteses sobre inobserváveis) e ainda justificar uma teoria alternativa T2 (incompatível com T1) com respeito aos princípios e valores de outro sistema evidencial E2 (por exemplo, do empirismo indutivista), mesmo na ausência de uma fundamentação independente que sem petição de princípio "favoreça inequivocamente" E1 ou E2 (ou seja, um caso de incomensurabilidade) A justificação de uma crença é sempre relativa a um sistema evidencial e, havendo uma disputa entre E1 e E2, poderia não haver acordo racional quanto à aceitação de T1 ou T2, mesmo que tivéssemos à disposição todas as evidências possíveis.

Por outro lado, quando se dá preferência a um sistema evidencial a partir de um meta-sistema dominante, tal escolha racional não pressupõe que esse meta-sistema represente uma visão objetiva ou correta (em todo tempo e lugar) que permita justificar de modo absoluto. Quando ocorre de abandonarmos a ciência normal anterior, de transcendermos nossa própria tradição de pesquisa, não somos levados a um "ponto arquimediano", fora do espaço e do tempo, que defina absolutamente o que deva ser racional, visto que a própria racionalidade científica pode transformar-se no processo evolutivo da ciência. Como diz Feyerabend (1993), os padrões de um debate científico só parecem ser "objetivos" porque se omite a referência à tradição considerada, ao grupo de adeptos que os utilizam.

Assim sendo, o relativismo cognitivo não consiste apenas em afirmar que a verdade (ou a justificação) de toda crença é relativa a princípios e padrões de um sistema de regras de evidência; trata-se ainda de recusar a suposição de um sistema absoluto, neutro (independente) e universal em relação ao qual toda crença possa ser julgada. Nesse sentido, o relativista não atribui "estatuto privilegiado" a nenhuma visão particular, nem mesmo ao relativismo. O relativista não pode impedir que o absolutista sustente que o relativismo é falso; mas ainda assim é permitido ao relativista manter a preferência por sua posição (que a seus olhos se "salienta" em relação às demais), pois (segundo o relativista) o absolutista também não tem como evitar que o relativista se mantenha relativista. As tentativas de mostrar que o relativismo é inconsistente (ou se auto-refuta) baseiam-se na suposição de que o relativista deva apresentar uma defesa em que sua posição se mostre, sem petição de princípio, melhor que a de seu oponente e possa compeli-lo a optar pelo relativismo. Mas o relativista consistentemente admite que não é só o relativismo que tem boas razões em seu favor; também o absolutista pode ter suas boas razões para manter-se em tal posição, numa típica situação de incomensurabilidade. Enfim, não há nada de paradoxal em o relativismo ser mantido por uns e não por outros, pois ninguém está obrigado a aceitar todas as opiniões dos outros como sendo verdadeiras. Por exemplo, um relativista poderia acreditar que a Terra gira em torno de si mesma e que é falso que está fixa, ao mesmo tempo em que está ciente de que alguém acredita que ela se mantenha fixa. (Harré e Krausz, 1996, p. 98) O que o relativista tenciona é, nas palavras de Goodman, converter alguém ao seu ponto de vista, sem tentar fundamentar absolutamente esse seu ponto de vista. O que ele diz é: "Veja como as pessoas naquela época tinham uma outra concepção de mundo. Se você estivesse no lugar delas, não manteria suas crenças atuais". Com efeito, o relativista não se obriga a demonstrar que a partir de certas premissas segue-se inexoravelmente a verdade do relativismo.

Putnam

Voltando agora ao tema da mudança científica (que envolve teorias, métodos, valores etc.), coloca-se a seguinte questão central em nossa análise: podemos abandonar o "essencialismo" (isto é, as tentativas de apresentar cânones a-históricos, absolutos, objetivos e imutáveis de racionalidade científica) sem nos comprometermos pelo menos com uma forma moderada de relativismo acerca do valor cognitivo da ciência? Dois importantes filósofos contemporâneos, Putnam e Laudan, dizem que sim, ou seja, que podemos encontrar uma alternativa ao essencialismo (positivismo) e ao relativismo. Vejamos como isso ocorre.

Putnam utiliza-se de uma proposta de Peirce que consiste em caracterizar a verdade como o limite ideal de uma investigação conduzida racionalmente. Ou seja, a verdade é o que se obtém, a longo prazo, com a aplicação sistemática dos métodos racionais da ciência. Desenvolvida por Putnam em seu realismo interno, essa teoria da verdade encerra duas ideias centrais:

"(...) a verdade é independente da justificação aqui e agora, mas não de toda justificação. Afirmar que um enunciado é verdadeiro é afirmar que ele poderia ser justificado, e presume-se que a verdade seja estável e "convergente"; se um enunciado assim como sua negação pudessem ser "justificados", mesmo em condições tão ideais quanto se possa esperar, não haveria sentido em pensar o enunciado como tendo um valor-de-verdade" . Portanto, sem pretender formular uma exata definição de verdade, Putnam explica a noção de verdade como uma idealização da aceitabilidade racional e, portanto, como um conceito-limite objetivo e transcultural. Para Putnam (1983), a verdade é um ideal regulador em direção ao qual nossa investigação racional deve convergir. Para a maioria dos enunciados, existem condições epistêmicas melhores e piores, embora Putnam saliente que "não há uma simples regra geral ou método universal para saber que condições são melhores ou piores para justificar um juízo empírico arbitrário" (p. xvii). Ainda que Putnam reconheça que a "verdade" é tão vaga e dependente do interesse e do contexto quanto nós, e que não há uma matriz fixa e a-histórica de padrões de racionalidade, uma tese central do seu realismo interno é que se trata de uma questão objetiva a de "qual seria o veredicto se as condições fossem suficientemente boas, um veredicto a que a opinião deveria ‘convergir’ se fôssemos razoáveis"4 . Em termos comparativos, "deve haver um sentido objetivo em que alguns juízos sobre o que é ‘razoável’ são melhores que outros"5 , não importa qual seja o contexto histórico e cultural.
Mas se não temos a mínima ideia de o que pode ser corretamente asseverado por nós em situações epistemicamente ideais e perfeitas, que papel a verdade (no sentido do realismo interno) pode desempenhar na prática e no avanço da ciência? Tal noção idealizada de verdade não seria, do ponto de vista do agente, totalmente indiferente a suas crenças atuais sobre a realidade. Além disso, o que seria para uma investigação ter um final? De fato, é difícil imaginar um resultado da pesquisa científica que sobreviveria a todas as objeções que pudessem ser levantadas, pois não temos como antecipar tudo que possa ocorrer durante uma conversação. Concordamos com Field que não é necessário haver sistemas "maximamente bons", ou seja, para cada sistema científico, sempre poderia haver outro melhor.

Contudo, se "considerar uma certa investigação como ideal é supor que não se deveria questionar seu resultado" , ou que foram eliminadas as possibilidades de erro, então podemos estar seguros (da verdade) das conclusões fundamentadas a partir de uma tal investigação. A afirmação de que uma investigação ideal conduz à verdade torna-se, entretanto, uma conseqüência trivial da própria caracterização da investigação ideal (como a que estabelece resultados para além de qualquer controvérsia) e da verdade (tal que a proposição de que p é verdadeira se e somente se p), e por isso não detém nenhuma força explicativa. Desse modo, podemos com Davidson (1990) suspeitar que "se fossem explicitadas as condições sob as quais alguém está idealmente justificado em asseverar alguma coisa, ficaria claro que ou essas condições permitem a possibilidade de erro, ou elas são tão ideais que não fazem uso da tencionada conexão com as habilidades humanas" .

Por outro lado, ainda que toda investigação ideal resulte em conclusões verdadeiras, não se segue que todas as proposições verdadeiras possam ser alcançadas por uma investigação ideal. Talvez existam hipóteses que mesmo em condições ideais não poderíamos justificar sua asserção ou negação. Horwich considera, a título de exemplo, as proposições com conceitos vagos, as teorias subdeterminadas pelos dados e certas suposições probabilísticas.

Além disso, por que haveria uma situação ideal única em que as opiniões poderiam ser corretamente julgadas? Ou, em termos comparativos, por que existiriam objetivamente "melhores e piores situações epistêmicas com respeito a enunciados particulares", como supõe Putnam ? Pelo contrário, as evidências históricas indicam que as preferências científicas por certas teorias, métodos e objetivos cognitivos variam com o tempo, dependem do contexto da pesquisa científica, sem que se possa vislumbrar "um término ideal" a que todas essas transformações convergem.

Laudan

Uma outra importante alternativa de compreensão da mudança científica é apresentada por Laudan. Inicialmente, Laudan (1977) também foi um adepto da tese essencialista de que "existem certas características muito gerais de uma teoria da racionalidade científica que são transtemporais e transculturais" , desde o pensamento dos pré-socráticos até hoje. Todavia, a partir de sua proposta de um modelo reticulado de racionalidade, Laudan (1984) muda de posição e considera que a avaliação epistêmica é sempre feita dentro de um amplo sistema de crenças fatuais, metodológicas e valorativas, que dependem uma das outras e podem sofrer mudanças ao longo do tempo. Com o tempo, podem ocorrer revisões e mudanças racionais nos três níveis da rede de compromissos científicos. Num processo holístico de arranjos parciais no interior dessa rede, cada uma de suas partes pode ser modificada e aperfeiçoada, de modo paulatino e local (portanto, sem revoluções científicas), com base em outras partes que temporariamente são admitidas, desde que certas condições relevantes sejam satisfeitas. E diferentes caminhos racionais podem ser seguidos no intento de aumentar a consistência entre os valores explícitos e implícitos na ciência. É possível assim compreender a objetividade e racionalidade das reformas científicas (na ontologia, na metodologia ou na especificação dos objetivos epistêmicos) sem assumir que exista algum núcleo fundamental de princípios e juízos de racionalidade que permaneçam invariantes durante a evolução da ciência. Desse modo, "o reconhecimento do fato de que os valores e objetivos da ciência mudam em nada impede nosso uso de uma noção robusta de progresso científico cognitivo". No caso de uma mudança científica, espera-se um ganho na credibilidade e coerência de diversos tipos de suposições (fatuais, metodológicas e epistemológicas), explícitas ou implícitas, do corpo total da ciência. Todavia, como salientam os críticos, de diferentes modos é possível obter racionalmente coerência no sistema de proposições, regras e valores da ciência. Em certos casos, diante de uma inovação incompatível com a ciência atual, podemos rejeitar a inovação e manter a credibilidade do sistema de hipóteses científicas anterior, utilizando certos tipos de razões que autorizam essa escolha. Mas podemos, em outras circunstâncias, aceitar a inovação científica e alterar algumas suposições do sistema existente, fazendo uso de padrões metodológicos conflitantes com os precedentes. Ou seja, a "racionalidade como coerência epistêmica pode subdeterminar as mudanças científicas que ela sanciona", e assim pode haver boas razões tanto para se manter quanto para se substituir uma parte do sistema. Com isso, volta-se a admitir alguma forma de "essencialismo" (em que a racionalidade se define em termos coerências, num nível metametodológico) e também de relativismo cognitivo, pois se abrem diferentes caminhos igualmente bons para se alcançar a coerência epistêmica.

As referidas propostas de Putnam e Laudan nos mostram as dificuldades dos projetos epistemológicos que buscaram combater o essencialismo sem cair no relativismo. Parece legítimo perguntar: Não seria o caso de se reconsiderar a possibilidade de admitir um relativismo "moderado"? Afinal, com ele podemos conceder "juízos de superioridade relativa" em certos domínios de investigação (em que um paradigma predomina), ainda que não exista um critério universal de validade pelo qual podemos mostrar que uma mudança científica é racional e progressiva. Como o próprio Laudan reconhece, só podemos dizer que o progresso ocorreu em relação aos padrões que hoje aceitamos. Não temos de pressupor algum tipo de medida objetiva ou investigação ideal para compreendermos as mudanças racionais da ciência. Ou seja, a possibilidade de transcender nossas práticas presentes por outras práticas futuras (que expressem o melhor de nós) não requer uma noção de "validade absoluta e universal" ou de "aceitabilidade para uma comunidade ideal". Como salienta Kuhn (1970), compreendemos o progresso da ciência (as mudanças racionais da ciência) de modo retrospectivo - avaliando comparativamente um paradigma com seus predecessores -, não como um processo dirigido a um fim último e perfeito.

Deve-se notar que em um tal relativismo epistemológico "moderado" e limitado, a existência de boas razões para uma mudança científica não exclui a possibilidade de haver outras boas razões para se defender o sistema global anterior, não exclui portanto a possibilidade de incomensurabilidade local. O que se considera ser uma "forte razão" também pode sofrer modificações, dependendo das circunstâncias e dos compromissos assumidos. Assim sendo, a apresentação de boas razões nem sempre é decisiva na escolha entre constelações alternativas de crenças científicas. Em outras palavras, mesmo que a mudança científica seja racional (com apresentação de boas razões), isso não quer dizer que não seja racional manter o sistema antigo em vez de optar pelo novo (afinal, eles não lidam com os mesmos problemas, não adotam os mesmos critérios de adequação das respostas etc.). Isso se nota quando a transição de um paradigma a outro acarreta as chamadas "perdas epistêmicas", que constituem boas razões para se resistir à mudança e manter a tradição. (Por exemplo, a mecânica newtoniana não explicava, até sua plena aceitação, por que todos os planetas do sistema solar giram em um mesmo sentido, embora tal fenômeno fosse naturalmente explicado pela teoria cartesiana dos vórtices.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

História Contemporânea do século XX. Parte I.



CHH

De certa forma, o século XX começou, de fato, em 1914, com o advento da Primeira Guerra. Isso porque esse acontecimento foi um marco na história mundial e na história das guerras. A dimensão catastrófica que a “A grande guerra”, como foi chamada, assumiu era sem precedentes. Mais uma vez o mapa da Europa foi radicalmente transformado, sobretudo após o Tratado de Versalhes. Os grandes impérios nacionalistas entraram em colapso, e novas formas de organização política e militar surgiram. A Revolução Russa, completada nos últimos meses de 1917, e a consequente formação da URSS são exemplos dessas novas formas de organização política, bem como a ascensão de regimes como o Nazismo e o Fascismo.

Em pouco mais de vinte anos (de 1918 a 1939) o mundo foi abarcado por uma nova guerra mundial, ainda mais catastrófica que a primeira. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) revelou várias formas de destruição em massa de vidas humanas, desde o holocausto dos judeus (um genocídio programado e executado em escala industrial) até o uso de bombas incendiárias e, por fim, o uso das bombas atômicas. Após 1945, mais uma vez, o mapa geopolítico foi transformado.

A chamada Guerra Fria dominou o cenário mundial de 1945 a 1989. Durante esse período, vários focos de guerra de diferentes tipos e por motivos diversos espalharam-se pelo mundo. A ordem geopolítica foi dividida entre as democracias ocidentais, de orientação liberal e lideradas pelos EUA, e os países comunistas, de orientação intervencionista e antidemocrática, liderados pela URSS. Vários são os pontos que caracterizaram esse período, desde as corridas armamentista e espacial até a Construção do Estado de Israel e as guerras no Oriente Médio. Marcaram esse período também a construção do Muro de Berlim e a sua posterior queda, o esfacelamento do império soviético, a hegemonia americana e a atual ascensão da China e da Rússia como novas potências hegemônicas.

O século 20 começa com o Brasil em recuperação econômica, adotando um modelo agrário, fortemente sustentado com a exportação de café, borracha, algodão e cacau. Os Estados Unidos substitui a Inglaterra como a maior potência econômica do Planeta.

Eventos que marcaram a  Idade Contemporânea do século XX no Brasil.

1900 - A Comissão de Arbitragem de Genebra concede ao Brasil a posse do território do Amapá após conflitos territoriais com franceses, holandeses.

1902 - Toma posse o paulista Rodrigues Alves, como Presidente da República.

1903 - Incorporação do Acre. A antiga província da Bolívia, era habitada por por muitos brasileiros que exploravam a borracha. O Barão do Rio Branco negociou a incorporação do território ao Brasil mediante o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas pelo Acre e a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, que daria à Bolívia uma saída para o Oceano Atlântico.

1904 –  O sanitarista Oswaldo Cruz inicia campanha para a erradicação de epidemias de varíola e febre-amarela.

1906 - Em Paris, o mineiro Santos Dumont inaugurou a era da aviação com seu 14 Bis.

Afonso Pena foi eleito presidente

1907 - O Brasil participou pela primeira vez de uma conferência mundial: a segunda Conferência de Paz, em Haia. Foi enviado o jurista baiano Ruy Barbosa.

1908 - O cientista baiano Pirajá da Silva descobriu o agente patogênico da esquistossomose.

1909 - Nilo Peçanha, vice-presidente, assume a Presidência após a morte de Afonso Pena.

1910 - O gaúcho Hermes da Fonseca disputou as eleições presidenciais com o baiano Ruy Barbosa e sai vitorioso.

1912 - O Marechal Hermes da Fonseca autoriza o Bombardeiro de Salvador, em defesa de seu ministro J. J. Seabra, candidato ao governo da Bahia. Tiros de canhões destroem vários prédios históricos da primeira capital do Brasil. A Biblioteca Pública é incendiada, imensa documentação histórica e milhares de livros transformam-se em cinzas. O saldo de mortos e feridos é incerto.

Em outubro, inicia-se a Guerra do Contestado, envolvendo disputas de território entre os estados do Paraná e Santa Catarina.

1914 - Começa a Primeira Guerra Mundial. Wenceslau Brás foi eleito Presidente.

1916 - Promulgado o primeiro Código Civil Brasileiro.

1917 - O Brasil entrou na Primeira Guerra Mundial, após o afundamento de navios brasileiros.

1918 - Rodrigues Alves foi eleito Presidente da República, mas é vítima da gripe espanhola. Delfim Moreira, tomou posse em seu lugar e permaneceu até a convocação de novas eleições, quando o paraibano Epitácio Pessoa foi eleito.

1930 - Getúlio Vargas liderou uma revolução que depôs o presidente Washington Luís. Ditadura Vargas►

1939 - A Alemanha invadiu a Polônia e começou a Segunda Guerra Mundial.

1942 - O Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial.

1945 – A Segunda Guerra Mundial foi vencida pelos Aliados. Fundou-se a Organização das Nações Unidas, junto com um Conselho de Segurança para a preservação da paz.

Nas primeiras eleições, após a guerra, é eleito presidente Eurico Gaspar Dutra.

1946 – Após a instalação de uma Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou uma nova Constituição que restabeleceu os direitos individuais, aboliu a pena de morte, devolveu a autonomia de estados e municípios com independência dos três poderes – Legislativo, Judiciário e Executivo. Estabeleceu as eleições diretas para Presidente, com mandato de cinco anos.

1947 – Sob fortes pressões da Guerra Fria o Brasil decretou a ilegalidade do Partido Comunista Brasileiro (PCB), cassou parlamentares desse partido, fechou a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), interveio em centenas de sindicatos e rompeu relações diplomáticas com a União Soviética.

1950 – Getúlio Vargas, eleito Presidente, deu continuidade a uma política nacionalista e populista.

Setembro, 18 - A televisão é inaugurada no Brasil pelo magnata paraibano Assis Chateaubriand, dono da TV Tupi de São Paulo. Existiam apenas cerca de 200 aparelhos de TV, na data. No final do ano seguinte seriam mais de seis mil aparelhos.

1954 - Pressionado, o Presidente Vargas suicida-se. Toma posse o Vice João Café Filho.

1955 - Juscelino Kubitschek é vitorioso nas eleições para presidente.

1956 - JK envia ao Congresso Nacional o projeto para construção da nova capital brasileira, Brasília.

1961 - Jânio Quadros toma posse como presidente da república e adota, desde o inicio de seu governo, medidas anti-inflacionárias. Sua política de aproximação com o bloco comunista, no entanto, desagradou grupos que o apoiaram nas eleições; a repressão a movimentos de oposição desagradou os esquerdistas; e sua política de austeridade baseada no congelamento dos salários e restrição ao crédito desagradou a classe média. Isolado politicamente, Jânio Quadros renunciou em agosto de 1961. Uma tentativa de golpe tentou impedir que o vice-presidente João Goulart assumisse a presidência, a solução acordada foi a instauração de um governo parlamentarista.

1964 - Golpe e Ditadura Militar►

1985 - Redemocratização►

Eventos que marcaram a  Idade Contemporânea do século XX no mundo.

A corrida espacial
Uma competição tecnológica entre Estados Unidos e União Soviética, que culminou na primeira viagem extraterrena.

A Criação do Estado de Israel

Desde a criação do Estado de Israel, o Oriente Médio tornou-se cenário de conflitos desordenados entre judeus e árabes.

A Idade Contemporânea
Idade Contemporânea, Guerra entre palestinos e judeus, crise do petróleo, guerra do golfo, fim da união soviética, guerra dos seis dias, guerra do canal de Suez, guerra do Camboja, guerra do Afeganistão, queda do muro de Berlim (Alemanha), Bulgária, Polôn

A ideologia imperialista

A teoria que justificou a dominação afro-asiática.

A Iugoslávia

Com a morte de Tito, a Iugoslávia enfraqueceu-se. Esse foi um dos motivos que desencadearam uma terrível guerra civil entre as diferentes etnias que compunham o país.

A política de portas abertas

A diretriz dos EUA com relação ao imperialismo.
A queda de Ceausescu e a Revolução Romena
Conheça a Revolução Romena de 1989, exceção violenta na transição do socialismo soviético à democracia representativa.

A questão basca

Organização das Nações Unidas, ONU, mundo contemporâneo, Conferência de Yalta, Conferência de San Francisco, Conselho de Segurança, UNESCO, FAO, OIT, UNICEF, FMI, Conselho de Segurança, Guerra do Iraque, Ban Ki-Moon.

A questão da Irlanda

Um longo conflito que tomou conta da Grã-Bretanha.

A Renúncia de Fidel Castro

Fatores que implicaram na renúncia de Fidel Castro.

A Reunificação da Alemanha

A queda do muro de Berlim simbolizou a reunificação da Alemanha e o fim da Guerra Fria.

A Revolução Chinesa
A longa revolução que transformou a China em uma nação comunista.

A revolução xiita no Irã

O processo revolucionário que instituiu a hegemonia dos aiatolás no Irã.

A Unificação Italiana
Saiba mais sobre a Unificação italiana, a queda do Antigo Regime os movimentos nacionalistas.

AK-47: a arma mais versátil do mundo

Conheça um pouco da história do rifle AK-47, considerado a arma mais versátil do mundo.

Assalto ao quartel Moncada e a Revolução Cubana

O assalto ao quartel Moncada, em 1953, resultou na prisão e exílio de Fidel Castro no México, onde ele formaria a guerrilha com a qual voltaria a Cuba.

Bloco Europeu

O Bloco Europeu, bloco europeu, Plano Marshall, reconstrução da Europa Ocidental, CECA, MCE, CEE, UE, União Européia, o bloco europeu, blocos europeus, criação do bloco europeu.

Bloco Norte-Americano

Bloco Norte-Americano, o bloco americano, o bloco norte-americano, a criação do Nafta, criação do Nafta, Nafta, North American Free Trade Agreement.

Blocos Econômicos

Saiba como e por que os blocos econômicos foram organizados na Europa e em outras regiões do planeta.

Bloqueio de Berlim e a Guerra Fria
O Bloqueio de Berlim foi mais um dos episódios da Guerra Fria, acirrando os ânimos dos países das duas áreas de influência que existiam no planeta.

Breve História da televisão

Conheça a história da televisão, meio de comunicação presente em quase todas as casas ao redor do mundo.

Comuna de Paris

Veja aqui a história da Comuna de Paris (1871), primeiro governo liderado pelos trabalhadores na história da humanidade.

Comunismo

Saiba sobre o Comunismo e conheça a ideologia de Karl Marx.

Conflito na Chechênia

As origens e episódios que marcam este conflito estabelecido na região no Cáucaso.

Conflito no Quênia

Compreenda as origens desse conflito deflagrado no continente africano.

Congresso de Viena

O evento que reconstruiu o poder monárquico europeu no século XIX.
Crise de 29

A crise que causou um grande abalo no sistema capitalista.

Crise do Petróleo

As crises que mostram a situação da economia internacional pós-Segunda Guerra.

Crise dos Mísseis

Uma das mais graves crises políticas desenvolvidas durante a Guerra Fria.

Crise no Marrocos

A crise no Marrocos foi desencadeada pela ambição de várias potências colonialistas.

Darwinismo social

A teoria nascida das ideias de Charles Darwin.

Descolonização Afro-asiática

O processo e as conseqüências da formação de nações livres do julgo imperialista.

Ditaduras Latino-americanas
O processo que permitiu a instalação de ditaduras na América Latina.

Doutrina Keynesiana

As diretrizes e concepções dessa corrente de pensamento econômico.

Escândalo de Watergate

O escândalo político que abalou a integridade do cargo presidencial norte-americano.

Fascismo na Itália

O crescimento e a ascenção do fascismo na Itália.

Fim da União Soviética

As transformações e descaminhos que deram fim à União Soviética.

Franquismo

O conflituoso processo que instalou o totalitarismo na Espanha.

Grande Salto para Frente na Revolução Chinesa

O Grande Salto para Frente criou as Comunas Populares na China e pretendeu transformar culturalmente o país.

Guernica, a história de uma obra

Conheça a história de Guernica, uma das mais conhecidas obras de Pablo Picasso.

Guerra contra civis

Veja como as guerras do século XX afetaram os civis e como a inserção de novas tecnologias bélicas resultou em uma maior quantidade de mortes entre a população civil.

Guerra da Coreia

Guerra da Coreia: uma das guerras que movimentaram a chamada "Guerra Fria".

Guerra de Secessão

A guerra civil que marcou uma importante página da história dos EUA.

Guerra do Afeganistão

O conflito entre os mujahedins e as tropas soviéticas que marcou o fim da ordem bipolar.

Guerra do Golfo

O conflito que marcou as diputas pelo petróleo no Oriente Médio.

Guerra dos Seis Dias e o poder israelense

Com a Guerra dos Seis Dias, Israel conseguiu ampliar seu território e tornar ainda mais tensa a situação no Oriente Médio. Clique aqui e saiba mais!

Guerra Franco-Prussiana e os nacionalismos

Saiba mais sobre a Guerra Franco-Prussiana e o desenvolvimento do nacionalismo na França e na Alemanha.

Guerra Ultramar e a descolonização da África

Veja aqui mais sobre a Guerra Ultramar e como as colônias portuguesas (Angola, Moçambique e Guiné-Bissau) conseguiram a independência de Portugal no processo chamado de descolonização da África.

Guerrilha e terrorismo

Saiba como diferenciar um grupo terrorista de uma guerrilha armada.

Independência do Congo

Saiba como o processo de descolonização africana resultou na independência do Congo e como os Estados Unidos financiaram um golpe de Estado no Congo que durou 32 anos.

Iraque e Estados Unidos: um novo New Deal?

Saiba mais sobre a política do New Deal implantada nos EUA na década de 1930, a fim de superar a crise de 1929, e conheça as motivações que levaram a II Guerra Mundial e a Guerra do Iraque em 2003.

Ku Klux Klan

A organização racista que aterrorizou os Estados Unidos no século XIX.

Máquina Enigma

Conheça a história da criação e implementação da máquina Enigma, um dispositivo de emissão de mensagens em códigos cifrados criptográficos.

Massacre de Nanquim

Um evento genocida questionado por alguns historiadores da atualidade.

Morte de Osama Bin Laden

Saiba mais sobre o dia 02 de maio de 2011, data da morte de Osama Bin Laden, o inimigo público dos Estados Unidos, executado por forças armadas norte-americanas, no Paquistão.

Movimento Punk

Da origem sarcástica ao uso na grande mídia.

Nacionalismo

O movimento que tomou força ao longo do século XIX.

Natureza Humana e Tecnologia

Saiba dos problemas referentes à relação entre Natureza Humana e Tecnologia.

Neocolonialismo

As ações e disputas que marcaram a ação imperialista durante o século XIX.

Neoliberalismo

As diretrizes de um modelo de desenvolvimento em crise.

New Deal

New Deal, liberalismo clássico, crise de 1929, Franklin Delano Roosevelt, John Maynard Keynes, história do capitalismo, welfare state, estado de bem estar social, história econômica.

O Capitalismo Financeiro

O Capitalismo Financeiro ou monopolista desenvolveu-se a partir das transformações industriais, tecnológicas e pelo exacerbado crescimento populacional mundial.

O período romântico na literatura mundial

Estudar o período romântico na literatura implica na possibilidade de o homem reconhecer as transformações ocorridas na época.

O radicalismo islâmico do grupo terrorista EIIS

Conheça os principais aspectos do grupo terrorista Estado Islâmico e seus principais objetivos político-religiosos e ações violentas.

Ofensiva dos EUA na invasão da Baía dos Porcos

Conheça a ação militar dos EUA para tentar derrubar o governo de Castro recém-instaurado em Cuba.

ONU

A trajetória da instituição criada no pós-Segunda Guerra.

Os Novos Tigres

As nações asiáticas que vêm usufruindo de notáveis índices de crescimento econômico.

Os Panteras Negras e a luta racial nos EUA

Conheça o Partido dos Panteras Negras e suas principais características.

Perestroika e glasnost na URSS

Saiba o que foi a perestroika e glasnost, bem como o que Gorbatchev pretendia com elas.

Plano Marshall

O plano econômico que visou recuperar o capitalismo europeu após a Segunda Guerra Mundial.

Primavera de Praga

O movimento que buscou reformar o socialismo na República Tcheca.

Primavera dos Povos

Os levantes que mostraram o poder de mobilização das classes populares na Europa.

Primeira Guerra Árabe-Israelense, 1948-1949

Saiba mais sobre a Primeira Guerra Árabe-Israelense e o surgimento da Questão Palestina.

Programa nazista lebensborn

Saiba mais a respeito do programa lebensborn, desenvolvido pelas SS nazistas nos anos iniciais da Segunda Guerra.

Regimes Totalitários

Contextualização histórica da formação dos regimes totalitários.


República de Weimar e a ascensão do nazismo

Marcada por intensos conflitos sociais, a República de Weimar teve em seu fim a ascensão de Hitler ao poder.

Revolução Cubana

Histórico de Cuba, os principais nomes da revolução cubana e a Renúncia de Fidel Castro.

Revolução Cultural Chinesa 1966-1976

A Revolução Cultural Chinesa pretendia aprofundar as conquistas da revolução de 1949 e atacar os adversários de Mao Tsé-tung.

Revolução dos Cravos

A revolução que deu fim ao salazarismo em Portugal.

Revolução e Contra Revolução

Uma discussão sobre dois conceitos que permeiam diversas experiências históricas.


Salazarismo
O regime totalitário que dominou o Estado português.

Socialismo

O Socialismo configurou uma nova forma de enxergar a condição do homem e sua história.

Socialismo Cristão

O movimento que colocou a fé como instrumento de transformação política.

Socialismo Utópico

As teses e perspectivas defendidas pelos primeiros pensadores socialistas.

Socialismo x Anarquismo

As diferenças políticas entre estas duas correntes de pensamento.

Tchecoslovaquia
Formação da Tchecoslováquia, o comunismo na Tchecoslováquia, a divisão da Tchecoslováquia, a Tchescolováquia na Segunda Guerra Munidal.

Terrorismo nos EUA

Terrorismo nos EUA, fatos e acontecimentos terroristas nos EUA, O dia 11 de Setembro.

Terrorismo nos EUA: 11 de setembro de 2001

Saiba mais sobre o terrorismo ocorrido no dia 11 de setembro de 2001, quando terroristas conseguiram driblar a segurança de uma das principais potências militares do mundo.

Unificação Alemã

Unificação Alemã, Século XIX, política das nacionalidades, a Europa durante o século XIX, Confederação Alemã, Prússia, Áustria, Guerra Franco-Prussiana, Otto Von Bismarck.

Vida e morte de Nelson Mandela

Saiba mais sobre a vida de Nelson Mandela, importante figura política mundial do século XX.

Vietnã x Iraque

A comparação a ser feita entre esses dois conflitos envolvendo os EUA.

CHH