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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Inteligência visual-espacial com base dos estudos de Gardner



Ao longo de uma sequência de artigos, temos vindo a apresentar as sete inteligências definidas por Gardner: inteligência linguística, inteligência lógico-matemática, inteligência visual-espacial, inteligência corporal-quinestésica, inteligência musical, inteligência interpessoal e inteligência intrapessoal. Cabe agora a vez à inteligência visual-espacial.

À tradicional ideia de 'inteligência', contrapõe-se hoje em dia a ideia de inteligências múltiplas. Gardner, psicólogo norte-americano, refere que, havendo sete inteligências distintas, todos nascemos com todos esses tipos de inteligência. Estes desenvolvem-se ao longo da vida, através da aprendizagem, das experiências, da escolaridade, das oportunidades, das influências. Em função desse desenvolvimento, cada pessoa acaba por possuir áreas mais fortes e outras mais fracas.

Ao longo de uma sequência de artigos, temos vindo a apresentar as sete inteligências definidas por Gardner: inteligência linguística, inteligência lógico-matemática, inteligência visual-espacial, inteligência corporal-quinestésica, inteligência musical, inteligência interpessoal e inteligência intrapessoal. Cabe agora a vez à inteligência visual-espacial.

Inteligência visual-espacial

Características: Esta inteligência desenvolve-se a partir de um apuramento das perceções sensoriomotoras, que permitem uma boa discriminação das cores, das formas, das texturas, das dimensões e das relações espaciais. Os indivíduos com este tipo de inteligência têm também um bom domínio da coordenação óculo-manual e da coordenação motora, pelo que conseguem recriar as suas experiências visuais sob diferentes formas, incluindo vários tipos de arte. Trata-se de pessoas que frequentemente pensam com imagens e que se lembram facilmente das imagens visuais, dos pormenores do que observam e das relações entre as coisas no espaço.

Vários profissionais fazem grande uso deste tipo de inteligência. Entre eles contam-se os escultores, os pintores, os arquitetos e os jardineiros.

Como podem os professores/educadores ajudar os alunos/crianças/jovens no desenvolvimento desta inteligência:
- Mostrando filmes e outros materiais audiovisuais sobre as matérias abordadas nas aulas.

- Utilizando posters,desenhos, pinturas, ilustrações e outras formas visuais de exploração de temas nas aulas.

- Ensinando técnicas de estudo visuais, como, por exemplo, a utilização de sublinhados coloridos ou a elaboração de mapas de ideias, gráficos ou esquemas.

- Propondo a criação de um dicionário ilustrado nas línguas estrangeiras, para as áreas vocabulares que vão sendo trabalhadas.

- Levando-os a analisarem o que rodeia um texto antes de iniciarem a sua leitura (título, subtítulos, imagens, gráficos, etc.) e a preverem o seu conteúdo, visualizando mentalmente imagens relativas a ele e aos conhecimentos prévios que têm sobre o assunto.

Com este artigo encerramos a sequência de textos sobre as sete inteligências. Tendo em conta que a inteligência pode ser ensinada, treinada e desenvolvida e que tal depende, entre outros fatores, da existência de oportunidades e de experiências, a responsabilidade da escola e de todos os educadores é grande. Considerando ainda a existência de diferentes tipos de inteligência, a eles cabe a promoção de experiências de aprendizagem diversificadas que proporcionem às crianças e aos jovens verdadeiras oportunidades para o desenvolvimento da(s) sua(s) inteligência(s). Esperamos ter contribuído para facilitar essa tarefa com as sugestões que demos nos artigos publicados.

Bibliografia:

Chapman, C. (1993). If the shoe fits...How to develop multiple intelligences in the classroom. Palatine, Illinois: IRI/Skylight, Inc.

Chapman, C. & Freeman, L. (1997). Multiple intelligences: Centers and projects.Palatine, Illinois: IRI/Skylight, Inc.

Gardner, H. (1993). Frames of Mind: The Theory of Multiple Intelligences.London: fontana Press.

Zenhas, A., Silva, C., Januário, C., Malafaya, C., & Portugal, I. (2002). Ensinar a estudar - Aprender a estudar (4.ª ed.). Porto: Porto Editora.
 
Referências:


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