domingo, 8 de novembro de 2020

A importância da escola e de estudar

 


 Autor: Professor Adilson Bauer Silva, graduado em Geografia e pós-graduado em Metodologia do Ensino em Geografia e História.

Vimos anteriormente que após a Revolução Industrial o acesso à educação por crianças e adolescentes começou se popularizou no mundo. Porém, recordando a última aula, ainda existem muitas diferenças entre viver e estudar em um país rico e fazer o mesmo em um país pobre. Quanto ao Brasil, a educação iniciou uma fase de grande expansão na década de 1990. A aprovação de leis especificas, a criação de programas e fundos e a elaboração de parâmetros[1] para a educação brasileira ajudaram a transformar o cenário educacional do país. No entanto, as condições de acesso e permanência continuam desiguais. E, de maneira geral, a qualidade do ensino deveria ser melhor. 

Lembre-se: A palavra escola representa aqui todas as escolas existentes, e não somente a nossa escola! Por que a escola é importante? Por que devo estudar? Estas são as questões que nos guiarão na aula de hoje. Levaremos em consideração a realidade do nosso país.

A importância da escola

Na maioria das vezes é o lugar mais frequentado do bairro, o mais conhecido da região. Mas qual é a importância da escola? Por que devemos cuidar dela? O primeiro ponto de destaque está no processo de ensino-aprendizagem, é na escola que aprendemos a ler, escrever, realizar operações matemáticas e desenvolvemos outras inúmeras habilidades[2] e competências[3] que nos ajudarão a interpretar textos, mapas e gráficos, a resolver problemas complexos, a compreender o pensamento da pessoas em diferentes épocas e lugares, a trabalhar em grupo, a conhecer nossa realidade e se manter critico diante dela, entre outras milhares de possibilidades... Enfim, é na escola que iremos adquirir grande parte do conhecimento que precisamos para viver.

E não para por aí! O segundo ponto de destaque encontra-se no fato de conhecermos e interagirmos com outras pessoas e de fazer amizades. A escola é um espaço para a interação e integração. Sendo também onde muitas crianças e adolescentes despertarão seu interesse por algo novo (músicas, jogos, profissões....). E terão seu primeiro contato real com o mundo.

O último ponto de destaque (do texto, mas não da realidade provavelmente) baseia-se no amparo socioeconômico que acontece por meio da escola. Através dela muitas crianças e adolescentes têm acesso a uma refeição de qualidade (a única para muitos discentes), programas de assistência social e de vacinação são divulgados e até roupas e alimentos podem ser distribuídos usando o espaço disponível na escola em tempos de crise.

E por que devemos cuidar da escola? Por tudo isso que foi colocado neste texto! 

Por que estudar?

Antes de tudo, devemos estudar para construir e ampliar nosso conhecimento. Trata-se de algo que ninguém terá como tirar de nós. Sabendo disto, vamos a próxima etapa. Você com certeza já ouviu a frase “Conhecimento é poder!”. Mas de qual “poder” estamos falando? Por enquanto, trataremos do poder de conseguir ver e obter as melhores oportunidades, do poder de ter mais possibilidades, do poder de realizar sonhos e ser mais feliz.

Quanto as oportunidades, quem estuda tem acesso aos melhores empregos e àqueles que podem pagar mais consequentemente. As estatísticas confirmam, a média salarial de quem possui ensino superior completo (“fez faculdade”) é maior que a média de quem cursou apenas o ensino básico[4].

Nas possibilidades, muitas vezes ter mais estudo poderá não garantir um salário realmente maior, mas te dará mais chances de conseguir um emprego. E dependendo da situação, você será capaz de escolher qual a melhor opção de trabalho.

Por último, porém não menos importante, se você possui mais possibilidades e pode ter acesso às melhores oportunidades de emprego, a realização de seus sonhos estará mais próxima, e como resultado disto, existe a tendência de você ser mais feliz também. E provavelmente você se preocupará menos com o futuro, quem tem mais estudo consegue uma estabilidade maior (ou seja, permanece mais tempo no mesmo serviço).


[1] Neste caso, orientações a serem seguidas por escolas e professores.

[2] De maneira simplificada, é saber fazer algo.

[3] De modo simples, conjunto de habilidades utilizadas para resolver determinada situação ou problema.

[4] O ensino básico no Brasil abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Uma visão geral da educação no mundo e no Brasil atualmente


 Autor: Professor Adilson Bauer Silva, graduado em Geografia e pós-graduado em Metodologia do Ensino em Geografia e História.

            Como estudamos na aula anterior, ver crianças e adolescentes indo para a escola se tornou parte de nosso dia-a-dia somente a partir do século XX. Antes disto, a educação era uma exclusividade das classes mais abastadas, ou seja, apenas uma pequena parcela da população tinha acesso aos estabelecimentos de ensino. Raras exceções fugiam desta “regra”. Atualmente, a maioria dos jovens frequentam ou frequentaram a escola. O problema encontra-se agora na desigualdade de condições de acesso e permanência, principalmente após os primeiros anos do ensino fundamental.

Países ricos e países pobres

            A desigualdade existente entre as nações do planeta pode ser observada diretamente na educação. Quanto mais rico for um país, mais tempo na escola suas crianças e seus adolescentes permanecerão. Sendo que um período maior na escola proporcionará mais possibilidades de aprendizado. E, ao concluir o ensino básico, estes jovens terão oportunidades melhores na vida profissional e no ensino superior.

            O oposto disto ocorre nos países pobres. Sem conseguir oferecer um ensino de qualidade a seus cidadãos, estas nações também não têm potencial para atrair investimentos. Infelizmente, é um ciclo vicioso!

            Nos países ricos, os alunos permanecem mais de cinco horas por dia durante, pelo menos, dez anos na escola. Já nos países mais pobres, grande parte aprenderá somente a ler, escrever e realizar as operações básicas e muitos nunca terão a chance de estudar.

A educação no Brasil

            Você já deve ter percebido que em nosso país a educação é prioridade apenas nos discursos políticos. Além da desigualdade nas condições de acesso e permanência, o Brasil foi um dos últimos países a possuir universidades no Continente Americano, por exemplo. Até a metade do século XX, uma grande parcela da população brasileira ainda era analfabeta. Nas décadas de 1980 e 1990, concluir o ensino médio consistia no sonho de muitos brasileiros. “Ir para a faculdade” ou “entrar na universidade” fazia parte das expectativas de poucas pessoas (para ser mais preciso, de menos de 3 a cada 100 brasileiros). É verdade que a partir do final dos anos de 1990 as previsões começam a melhorar.

Em dezembro de 1996, o Governo Federal aprovou uma nova lei para educação no Brasil. E com ela inicia-se um período de ampliação massiva do acesso à educação, milhares de vagas foram abertas desde então. Em seguida foram publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) com o objetivo de conduzir o processo de ensino-aprendizagem no país. O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) – criado em 1985 – ganha força e todo ano passa a distribuir milhões de exemplares aos alunos da rede pública. Já no século XXI, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) torna-se uma fonte importantíssima de recursos para escolas e professores. E recentemente, elaborou-se uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que substitui os PCNs.

Brasil: acesso, qualidade e permanência

            Se por um lado o acesso à educação no Brasil pode ser considerado amplo, ou seja, atingindo quase que a totalidade dos jovens. Por outro, muitas vezes, a qualidade da educação ofertada deixar a desejar. Entre os fatores que agravam este cenário, podemos destacar a falta de investimentos na conservação e manutenção dos prédios, os baixos salários recebidos pelo educadores, a falta de modernização (no sentido de disponibilidade de internet, projetores ou televisões, computadores ou tablets para os discentes ) e também o desinteresse  de grande parte dos alunos pelo temas trabalhados na escola.

            Em relação a permanência, uns dos problemas enfrentados pela educação brasileira trata-se a evasão escolar (popularmente, o abandono dos estudos ou da escola). A maioria dos adolescentes que desistem de ir à escola por um destes por três motivos: 1) necessidade de trabalhar para sobreviver; 2) lacunas na aprendizagem que resultam em seguidas reprovações, e; 3) simplesmente a falta de interesse.