quinta-feira, 9 de maio de 2013

Líderes judeus exigem da Comunidade Europeia a criação de leis que proíbam a atuação de partidos nacionalistas



Discurso do Presidente do Congresso Mundial Judaico Ronald S. Lauder em Budapeste na Hungria em maio de 2013. Imagem: World Jewish Congress.

Líderes do Congresso Mundial Judaico (WJC - World Jewish Congress) exigiu que o governo europeu utilize todas as medidas legais, incluindo a proibição, em resposta ao crescente apoio popular aos partidos nacionalistas no continente.

A WJC acha que foi a falta de "medidas adequadas e resolutas pelos democratas alemães, que levou ao estabelecimento do regime nazista, de modo que esse medo era motivo para exigir dos parlamentos e governos das nações Europeias para promulgar e aplicar leis contra ameaças de violência, ódio e ofensas racistas e a negação do Holocausto”.

Partidos como Amanhecer Dourado da Grécia Svoboda na Ucrânia e Jobbik na Hungria têm causado temores em organizações judaicas devido a sua crescente representação parlamentar em seus países sem precedentes.

A Jobbik e o Amanhecer Dourado, segundo a resolução da WJC, "glorificam abertamente o regime nazista de Hitler; usam terminologias nazistas em relação aos judeus e outras minorias", e acusa-os de usar a retórica extremamente ultranacionalista, anti-capitalista e anti-semita.

O Congresso Mundial Judaico também pediu aos líderes europeus para assinarem a Declaração de Londres para combater o anti-semitismo, um documento de 2009, que instrui os deputados a "expor, confrontar e isolar os atores políticos envolvidos no ódio aos judeus e que possuem  como alvo o  Estado de Israel e a comunidade judaica. "


Discurso do primeiro-ministro da Hungria Viktor Orbán na abertura do Congresso Mundial Judaico em Budapeste na Hungria em maio de 2013. Imagem: World Jewish Congress.

O Partido Húngaro Jobbik, que denunciou a intromissão de Israel em assuntos nacionais e do genocídio palestino, é atualmente o terceiro maior partido da Hungria, com 44 deputados. Pesquisas recentes mostram que se tornou a segunda força política da nação.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Kits anti-vampiros do século XIX são vendidos em leilões.



Fotografia do kit anti-vampiro completo que foi leiloado nos Estados Unidos. Imagem: Gizmodo. 

Observação: Está postagem está marcada na categoria Mitos, Geral, Personagens da História.

Um kit anti-vampiro autêntico completo construído por Jimmy Weeks  Pippen  (1815-1868), nascido nos Estados Unidos no Estado de Arkansas. Dizem os rumores que ele acreditava de fato na existência destes seres mitológicos e para tanto construiu o kit para sua proteção e de sua família e quando necessário prestar serviços à comunidade em caça a estes lendários seres da escuridão. O Kit foi feito em torno do ano 1800, foi vendido em um leilão nos EUA por $14.850, cerca de R$ 33.700.

A caixa portátil feita em nogueira e contém:

1-  Cruz.

sábado, 4 de maio de 2013

Joseph Stalin: o “Tio Joe” da Rússia. Parte III.



Joseph Stalin testando um fuzil de franco atirador Mosin-Nagant. Imagem: http://www.gazeta.ru/column/latynina/3360598.shtml

Chegamos a Terceira Parte de nosso estudo sobre Joseph Stalin e sua ideologia desumana, mas que foi alimentada pelo governo dos Estados Unidos durante toda a Segunda Grande Guerra Mundial. Fato este que os levou a criar a alcunha de “Tio Joe” para tornar o Homem de Aço Soviético um pouco mais amistoso aos olhos do povo estadunidense. Nesta parte de nosso estudo veremos a situação da população diante da estatização das fazendas e das indústrias, o antissemitismo de Stalin, os expurgos e os milhões de russos mortos devido à personalidade paranóide de Stalin ou será “Tio Joe”?

Gulags do inferno

A frase “inferno na terra” poderia muito bem ter sido cunhada para descrever a situação das fábricas estatais da Rússia Pós-revolução, quanto aos gulags (abreviatura de Glávnoie Upravliênie Láguerei, ou Administração Geral dos Campos), nenhuma descrição desta terra poderia traduzir a miséria que geravam. Em geral ficavam nas regiões mais áridas da União Soviética, como a Sibéria, onde a temperatura caía frequentemente abaixo de zero; mesmo assim, os prisioneiros tinham de viver em cabanas sem nenhum tipo de aquecimento e eram obrigados a construir estradas, canais e fábricas. Tinham de sobreviver com a mais magra das dietas, e o menor erro poderia custar-lhes a vida ou espancamento até a morte.

Para piorar as coisas, só uma parte mínima dos internos era realmente de criminosos no sentido antigo da palavra – os outros eram presos políticos. Milhares de médicos, professores, cientistas e artistas foram mandados para os campos de trabalhos forçados por se “oporem” ao regime e, se um membro de uma família fosse encarcerado, e eram  prováveis que outros parentes também fossem detidos e condenados.

Stalin o antissemita

Stalin também alimentava ideias antissemitas e, quando subiu ao poder, a pressão sobre os judeus aumentou. Eliminados dos postos de comando do regime, os judeus eram vítimas de uma vigilância implacável da polícia secreta. “É verdade”, escreveu Trótski a Bukhárin no dia 4 de março de 1926, “é possível que em nosso partido, em Moscou, nas células operárias, haja agitação antissemita sem impunidade?”

Mas Stalin não se importava com judeus ou até mesmo com seu próprio povo. Longe disso. Quanto mais mortes e destruição, tanto melhor, era o que parecia. “O maior de todos os prazeres”, disse ele certa vez a uma de suas vítimas, “é marcar o inimigo, preparar tudo, vingar-se inteiramente e depois dormir”. Para ele, o fim justificava os meios, e o que ele tinha em mente era submeter um povo inteiro à sua vontade apenas.

Os grandes expurgos

Entre 1933-1939, Stalin começou a expurgar o partido de todos os que haviam se oposto a ele nos últimos anos. Alguns eram inimigos de verdade, mas ele também começou a perseguir inimigos imaginários, deixando somente homens subservientes a seu redor, aqueles apavorados demais para levantar a voz ou dizer o que pensavam.


Corpos de várias pessoas mortas nos expurgos de Stalin e enterrados em grandes covas comuns. Imagem: http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=9975

Foi também durante esse período que Stalin começou a criar uma tropa de elite da política secreta, chamada NKVD ( Naródni Kommissariat Vnutriênnikh Diel, ou Comissariado do Povo do Interior). Em troca dos serviços prestados por esses capangas, ele dava apartamentos, casas de campo, carros e choferes, mas para que nenhum deles traísse sua confiança e para mantê-los na linha Stalin assassinava um punhado deles todo ano.

Em 1934, no décimo sétimo congresso do partido, mais de trezentos delegados estavam tão descontentes com Stalin que votaram contra ele para o cargo de líder do partido, apoiando Serguei Kirov (Líder do Partido Comunista de Leningrado). Stalin ficou arrasado, enfurecido  com o que considerava uma traição em massa, e, menos de um ano depois, Kirov foi assassinado em circunstâncias misteriosas, provavelmente por ordem de Stalin, embora não houvesse nenhuma prova que o ligasse a essa morte. Stalin assumiu o controle da investigação que se seguiu e imediatamente transformou dissensão no congresso do partido numa grande conspiração contra o Estado, conseguindo assim o pretexto de que necessitava para se livrar de mais oponentes.

 A campanha de terror que se seguiu culminou em julgamentos espetaculosos que duraram de 1936 a 1938, em que mais de mil delegados foram executados ou mandados para os gulags e quase todos os membros do Comitê Central forma fuzilados. Entre eles estavam líderes como Bukhárin e kámeniev, que foram torturados para confessar crimes ridículos antes de serem julgados e fuzilados. Além disso, entre 1934 e 1938, estima-se que pelo menos sete milhões de pessoas “desapareceram”, entre as quais os oficiais de escalão superior do Exército Vermelho (Stalin matou três dos cinco marechais, quinze dos dezesseis comandantes, sessenta dos sessenta e sete comandantes de corpos do exército e todos os dezesseis comissários), para não falar dos oficiais da Marinha Vermelha. Caminhões que ostentavam letreiros como “carne” ou “legumes e verduras” saíam carregados de vítimas, que eram despejadas em buracos cavados nas florestas próximas. As vítimas eram alinhadas ao lado dos buracos e fuziladas para que os corpos caíssem nos “túmulos”.

Ficava cada vez mais claro que Stalin gostava de saber exatamente como seus oponentes tinham morrido, e vários de seus homens de confiança faziam encenações para mostrar como as vítimas haviam implorado pela vida antes de serem fuziladas.

Com o passar dos anos Stalin foi se tornando cada vez mais cruel e cada vez mais paranoico, e até alguns daqueles homens e mulheres com os quais tinha tido, se não um contato pessoal íntimo, ao menos um grande companheirismo político, acabaram mortos. Ele não confiava sequer nos membros da própria família. Um grande número de membros de sua família foram executados por “traição” a ele ou ao Estado. A família dos companheiros políticos mais próximos também não estava a salvo.

Em 1939, o grosso dos expurgos políticos de Stalin já tinha sido feito, mas isso não significou o fim da morte e da destruição na Rússia. Apesar de ter assinado um tratado de não agressão com Hitler, que, na verdade, aprovava a invasão da Polônia pelos alemães.

A invasão nazista

No dia 22 de junho de 1941 o Führer lançou a Operação Barbarrossa e invadiu a União Soviética. Stalin foi pego de surpresa e, em virtude dos expurgos no Exército Vermelho e na Marinha Vermelha durante a década de 1930, suas forças armadas não tinham a liderança necessária para enfrentar aquele ataque. Por causa disso, o Exército Vermelho foi praticamente aniquilado pelos nazistas, que estavam mais bem treinados, mais bem equipados e mais bem dirigidos. Em menos de seis meses, quase 4 milhões de soldados russos tinham sido capturados, um número enorme se pensarmos o que só foram necessários 3 milhões de soldados alemães para isso.

Stalin foi implacável, atormentando seu próprio povo. Ordenando às unidades especiais da NKVD que seguissem a esteira das tropas russas, todo soldado surpreendido na tentativa de desertar era fuzilado pela polícia secreta. Stalin também fez saber que se algum membro das forças armadas decidisse se render ao inimigo, a família dele perderia as pensões do Estado, ou seria presa e executada.

Ascensão do Exército Vermelho

Em 1945, o Exército Vermelho estava em ascensão e fez as forças de Hitler recuarem tanto que, em maio, as tropas russas entraram em Berlim. Foi um grande momento, que seria estragado por Stalin, que, temeroso de que suas tropas se deixassem seduzir por ideias ocidentais, ordenou a todos os que estivessem voltando da Alemanha que fossem enviados aos gulags para reeducação.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Joseph Stalin: o “Tio Joe” da Rússia. PARTE II.



Winston Churchill (esquerda), presenteando Joseph Stalin com a Espada de Stalingrado, em reconhecimento da posição heroica do povo soviético na vitória da batalha de Stalingrado, dezembro de 1943.

Nessa postagem estaremos dando continuidade aos estudos históricos sobre esse emblemático personagem da História russa e as pretensões em comum que ele compartilhava com os países do ocidente. Adentraremos em sua carreira política e seu modus operandi como político comunista. Stalin foi para as pessoas de sua época e sua nação uma figura de dupla personalidade político-social: em uma viam o homem que tirou a Rússia da simples produção agrícola para um país altamente industrializado, mas também viam o homem que desconfiava de todos ao seu redor e não possuía nenhum remorso em matar, tortura ou exilar quem se opôs a suas ideias.


Fome que matou milhões de russos no processo de coletivização das fazendas 1. Imagem: http://veja.abril.com.br/

Em 1922, talvez percebendo que Stalin fosse uma força a ser considerada e achando que a melhor coisa a fazer era manter os inimigos perto de si, Lênin o nomeou secretário-geral do partido. Foi um erro fatal, mas antes que pudesse corrigir a situação ele sofreu uma série de derrames. Isso deu a Stalin a oportunidade pela qual sempre havia esperado e, com Lênin incapacitado, assumiu rapidamente o controle do partido.

Finalmente Lênin, ao se dar conta de que se havia equivocado ao pensar que Stalin poderia ser um bom líder conseguiu ditar uma carta a uma de suas secretárias. Ele pretendia que essa declaração fosse lida em voz alta durante o próximo congresso do partido, mas, como quis o destino, ele sofreu uma hemorragia cerebral fatal no dia 21 de janeiro de 1944. Stalin adiou imediatamente o congresso e desapareceu com o documento.

Nesse interem, instigou a remoção de praticamente todos os que estavam em seu caminho, até mesmo Trótski (que foi deportado e depois assassinado), Zinóviev e Kámeniev (ambos expulsos do partido e depois assassinado), bem como Bukhárin.


Fome matou milhões de russos no processo de coletivização das fazendas 2. Imagem: http://veja.abril.com.br/

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Joseph Stalin: o "Tio Joe" da Rússia. Parte I.



 Iosif Stalin. Imagem: V. Oreshnikov.

Quando durante a Segunda Grande Guerra Mundial os Estados Unidos se virão obrigados a unir forças com um inimigo em potencial, tiveram que usar sua máquina de propaganda para conseguirem criar uma "simpatia" por parte do povo com a União Soviética e seu líder Joseph Stalin. Nesse texto trago alguns detalhes que ajudaram meus leitores a compreenderem melhor essa estranha aliança e a origem da personalidade de Stalin ou melhor "Tio Joe".

A máquina de propaganda militar dos Estados Unidos passou a se referir a Stalin como o “tio Joe” da Rússia para tornar mais palatável para o povo norte-americano a aliança que Roosevelt e Churchill fizeram com ele para lutar contra Hitler. Joe Colquhoun (1883-1946), o tio Joe original, foi um general norte-americano que comandou as forças aliadas na China, na Birmânia e na Índia durante a Segunda Guerra Mundial.

O terror, a traição, o assassinato, a morte e a destruição eram corriqueiros no governo de Stalin na União Soviética. Além de exercer a autoridade máxima da segunda nação mais poderosa do mundo e além de matar mais gente que Hitler, viveu até 74 anos. Era um homem que havia levado a União Soviética à vitória contra Adolf Hitler e a Alemanha Nazista, era um homem que tinha arrancado o país de uma economia rural para transformá-lo numa nação industrializada.

Mesmo diante de todos os fatos que ao comando de Stalin levaram a União Soviética ao auge socioeconômico, ele ainda era um déspota brutal que chegou a reescrever livros de história e a adulterar fotografias para eliminar todo e qualquer vestígio daqueles que ousavam opor-se a ele.


Joseph Stalin em meados dos anos 1950. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.

Seu nome de batismo é IOSIF VISSARONOVITCH DJUGACHVILI, nasceu em 21 de dezembro de 1879 na cidade de Gori na Geórgia, no Sul da Rússia. Seu pai, VISSARION DJUGACHVILI, era sapateiro e devido à falta de sucesso na carreira se entregou ao alcoolismo. Sua mãe se chamava IEKATERINA DJUGACHVILI, trabalhava lavando e costurando para fora para ajudar em casa. Iekaterina sofria com o marido alcoólatra que a espancava regularmente, acontecimentos que não passavam despercebidos do jovem Iosif. Era uma vida precária que foi agravada pelas doenças que Iosif teve na infância:

* Varíola.

* Septicemia.

Iekaterina não tinha muito mais com que contar além das crenças religiosas para superar os tempos ruins.

* 1888 – Iosif foi matriculado na escola Ortodoxa em Gori.

*1894 – Ganhou uma bolsa de estudos para o seminário teológico ortodoxo em Ibilissi.

Foi na época que ele frequentava o seminário teológico ortodoxo que Iosif começou a se interessar por política. No quarto ano, entrou para um grupo radical chamado Mesame Dasi, que lutava pela independência da Geórgia e seguia a doutrina socialista. Devido a suas atividades nesse grupo e para desgosto da mãe Iosif foi expulso do seminário.

*1899 – Trabalha como escriturário.

*1901 – Entra para o Partido Socialdemocrata da Geórgia. Nessa época, Iosif começou a ser chamado pelo apelido de “KOBA” (INDOMÁVEL), uma referencia a um herói popular georgiano.

*1904 – Case-se com uma jovem camponesa chamada Iekaterina Svanidze. Infelizmente, a união foi breve, pois Ikaterina morreu três anos depois, deixando um filho, IÁKOV, para Stalin criar.

*1912 – Lênin, nomeia Stalin um de seus líderes para importante trabalho de propaganda clandestina. Nesse mesmo ano Stalin funda o jornal PRAVDA em São Petersburgo.

*1913 - Adota a alcunha predileta, STALIN, que significa “HOMEM DE AÇO”.

*1917 – Stalin é eleito como um dos 9 membros do Comitê Central do Partido.

*1919 – Nesse ano Stalin, entra para o POLITBURO e assume a direção do ORGBURO (Órgão com a tarefa de escolher e nomear membros para o partido). Casou pela segunda vez, agora com Nadejda Alilúieva. Ao fim do mesmo ano Nadejda deu a luz a um menino, Vassíli.


Stalin. Imagem: Pavel Filonov.

O bolchevismo, que tinha adotado uma forma de organização centralizada e extremamente disciplinada, atraiu Stalin, que o reconheceu como o caminho que o levaria ao poder. Muitos historiadores afirmam que  foi muito mais sua capacidade de organização e sua obsessão pelo detalhe, mais que seu brilho intelectual, que o aproximaram de Lênin.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O que os nazistas copiaram de Marx


Karl Marx com a mascará de Hitler. Imagem:MISES.

O marxismo afirma que a forma de pensar de uma pessoa é determinada pela classe a que pertence.  Toda classe social tem sua lógica própria.  Logo, o produto do pensamento de um determinado indivíduo não pode ser nada além de um "disfarce ideológico" dos interesses egoístas da classe à qual ele pertence.  A tarefa de uma "sociologia do conhecimento", segundo os marxistas, é desmascarar filosofias e teorias científicas e expor o seu vazio "ideológico".  A economia seria um expediente "burguês" e os economistas são sicofantas do capital.  Somente a sociedade sem classes da utopia socialista substituirá as mentiras "ideológicas" pela verdade.

Este polilogismo, posteriormente, assumiu várias outras formas.  O historicismo afirma que a estrutura lógica da ação e do pensamento humano está sujeita a mudanças no curso da evolução histórica. O polilogismo racial atribui a cada raça uma lógica própria.
O polilogismo, portanto, é a crença de que há uma multiplicidade de irreconciliáveis formas de lógica dentro da população humana, e estas formas estão subdivididas em algumas características grupais.

Os nazistas fizeram amplo uso do polilogismo.  Mas os nazistas não inventaram o polilogismo.  Eles apenas criaram seu próprio estilo de polilogismo.

Até a metade do século XIX, ninguém se atrevia a questionar o fato de que a estrutura lógica da mente era imutável e comum a todos os seres humanos.  Todas as interrelações humanas são baseadas nesta premissa de que há uma estrutura lógica uniforme.  Podemos dialogar uns com os outros apenas porque podemos recorrer a algo em comum a todos nós: a estrutura lógica da razão.

Alguns homens têm a capacidade de pensar de forma mais profunda e refinada do que outros.  Há homens que infelizmente não conseguem compreender um processo de inferência em cadeias lógicas de pensamento dedutivo.  Mas, considerando-se que um homem seja capaz de pensar e trilhar um processo de pensamento discursivo, ele sempre aderirá aos mesmos princípios fundamentais de raciocínio que são utilizados por todos os outros homens.  Há pessoas que não conseguem contar além de três; mas sua contagem, até onde ele consegue ir, não difere da contagem de Gauss ou de Laplace. Nenhum historiador ou viajante jamais nos trouxe nenhuma informação sobre povos para quem A e não-A fossem idênticos, ou sobre povos que não conseguissem perceber a diferença entre afirmação e negação.  Diariamente, é verdade, as pessoas violam os princípios lógicos da razão. Mas qualquer um que se puser a examinar suas deduções de forma competente será capaz de descobrir seus erros.

Uma vez que todos consideram tais fatos inquestionáveis, os homens são capazes de entrar em discussões e argumentações.  Eles conversam entre si, escrevem cartas e livros, tentam provar ou refutar.  A cooperação social e intelectual entre os homens seria impossível se a realidade não fosse essa. Nossas mentes simplesmente não são capazes de imaginar um mundo povoado por homens com estruturas lógicas distintas ente si ou com estruturas lógicas diferentes da nossa.

Mesmo assim, durante o século XIX, este fato inquestionável foi contestado.  Marx e os marxistas, entre eles o "filósofo proletário" Dietzgen, ensinaram que o pensamento é determinado pela classe social do pensador.  O que o pensamento produz não é a verdade, mas apenas "ideologias".  Esta palavra significa, no contexto da filosofia marxista, um disfarce dos interesses egoístas da classe social à qual pertence o pensador.  Por conseguinte, seria inútil discutir qualquer coisa com pessoas de outra classe social.  Não seria necessário refutar ideologias por meio do raciocínio discursivo; ideologias devem apenas ser desmascaradas, denunciando a classe e a origem social de seus autores. Assim, os marxistas não discutem os méritos das teorias científicas; eles simplesmente revelam a origem "burguesa" dos cientistas.

Os marxistas se refugiam no polilogismo porque não conseguem refutar com métodos lógicos as teorias desenvolvidas pela ciência econômica "burguesa"; tampouco conseguem responder às inferências derivadas destas teorias, como as que demonstram a impraticabilidade do socialismo.  Dado que não conseguiram demonstrar racionalmente a validade de suas idéias e nem a invalidade das idéias de seus adversários, eles simplesmente passaram a condenar os métodos lógicos.  O sucesso deste estratagema marxista foi sem precedentes.  Ele tornou-se uma blindagem contra qualquer crítica racional à pseudo-economia e à pseudo-sociologia marxistas. Ele fez com que todas as críticas racionais ao marxismo fossem inócuas.