quarta-feira, 27 de março de 2013

Manual Tallinn para leis de Ciberguerra, que justifica matar civis hackers!




Uma cópia do manual de Tallinn, um livro de regras sobre ciberguerra, é realizada em uma fotografia colocada em Londres, terça-feira 19 de março, 2013. 
Mesmo a ciberguerra tem regras, e um grupo de peritos publicaram um manual para provar isso.
 .O manual deverá ser publicado ainda esta semana aplica o venerável prática do direito internacional para o mundo da guerra eletrônica, em um esforço para mostrar como hospitais, civis, e nações neutras podem ser protegidos em uma luta  da era da informação. (AP Photo / Matt Dunham). 


A pedido da OTAN, mais de 20 especialistas - em conjunto com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e o Cyber-comando sobre um conjunto de regras que devem ser executadas em caso de uma cyber-guerra ser estabelecida.

O Manual de leis internacionais de Guerra cibernética analisa as leis convencionais da guerra e como elas devem ser aplicadas a ciberataques patrocinados pelos governos.

Como era de se esperar, o manual adverte que os ataques devem evitar bancos, hospitais, barragens e centrais nucleares para minimizar possíveis vítimas civis (ou anônimos é o frio apelido dado ao 'dano colateral').


Ciberguerra. Imagem: Diálogos do Sul. 

No entanto, o manual também diz que é aceitável para um Estado responder com armas tradicionais os ciberataques patrocinados por outro Estado, se puder demonstrar que o ciberataque causou a morte de cidadãos ou graves danos à propriedade, como também assegura que os hackers que perpetraram os ataques são tratados como legítimos combatentes, mesmo se eles forem civis.

Nota-se que apesar de ter sido solicitado pela OTAN, o manual não é uma política, nem um documento oficial, mas sim um manual com recomendações que não são necessariamente obrigados a cumprir como países membros da OTAN.

Os especialistas em tecnologia e ataques virtuais  que publicou o manual sobre a ciberguerra, determinando regras e normas de conduta para ataques cibernéticos. O livro visa esclarecer algumas leis do direito internacional que se encaixam para a prática de ataques virtuais e de que forma algumas instituições como hospitais e nações neutras devem ficar protegidas em período de guerra da informação. A notícia saiu na Associated Press.

"Todo mundo está vendo a internet como o 'Oeste selvagem'", afirmou Michael Schmitt, professor da Escola Naval de Guerra dos Estados Unidos e editor do manual. "O que eles esquecem é que o direito internacional se aplica a armas cibernéticas como a qualquer outro tipo de arma".


Michael Schmitt é Presidente do Departamento de Direito Internacional da Escola Naval de Guerra dos Estados Unidos. Imagem: U.S Naval War College.

O Manual Tallinn, que recebeu este nome em homenagem à capital da Estônia, onde foi compilado, foi desenvolvido a pedido do Centro de Excelência em Defesa Cibernética Colaborativa da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e aplica regras de comportamento em campos de batalha reais à internet. O professor de direito internacional da Universidade de Westminster em Londres, Inglaterra, Marco Roscini, afirma que o manual é o primeiro do tipo que visa demonstrar como as leis de guerra, algumas datadas do século XIX, são flexíveis o suficiente para acomodar as novas realidades do conflito digital.

sábado, 23 de março de 2013

Janus, deus romano do passado e do futuro.



Busto de Janus no Museu do Vaticano. Imagem: Museu do Vaticano.

Segundo a mitologia romana, mas também etrusca, Jano (do latim Janus ou Ianus) era o porteiro celestial, sendo representado com duas cabeças, simbolizando os términos e os começos, o passado e o futuro, o dualismo relativo de todas as coisas, sendo absoluto somente a Divindade. Em seu templo, as portas principais ficavam abertas em tempos de guerra e eram fechadas em tempos de paz. Jano preside tudo o que se abre, é o deus tutelar de todos os começos; rege ainda tudo aquilo que regressa ou que se fecha, sendo patrono de todos os finais. Jano foi a inspiração do nome do primeiro mês do ano (janeiro, do latim januarius), o qual foi acrescentado ao calendário por Numa Pompílio (715-672 a.C.), sucessor de Rômulo, personagem histórico-mítico que, segundo Plutarco, teria fundado Roma em 21 de março.

Jano também é um dos mais antigos deuses do panteão romano, filho de Creusa e Apolo. Sua representação de caras opostas, uma olha para frente e outra olha para trás, pode ser entendida como se examinasse as questões por todos os seus aspectos. Orador eloqüente, a ponto de freqüentar o foro, é o deus das portas, dos começos e dos finais. Suas lendas são exclusivamente romanas e estão ligadas as origens da cidade.  Segundo alguns estudiosos, Jano era uma divindade indígena e em outros tempos havia reinado com Cameses, um rei místico a quem se conhece apenas o nome.

É normalmente retratado com uma coroa e um cetro, pois os romanos o consideravam o 'rei da Época de Ouro' de Roma, por tudo que representou ao povo. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.

Para outros, Jano era estrangeiro exilado em Roma. Jano teria então erguido uma cidade em cima de uma colina que teria sido chamada de Janículo, levando o nome do deus.  Reinou apenas em Lácio e acolheu Saturno, que foi expulso da Grécia por seu filho Júpiter. Enquanto Jano se ocupada de Janículo, Saturno reinava em Saturnia. Durante o reinado de Jano foi atribuída a perfeita honestidade entre os seres humanos, a abundância e a mais completa paz. Teria sido o inventor da moeda. Jano civilizou os nativos de Lácio, dando-lhes cidades, leis e ensinando-os o cultivo do solo. A ele é atribuído o milagre de salvar Roma da conquista Sabina fazendo aparecer na frente dos assaltantes um dispensador de água quente, por isso em tempos de guerra sempre se deixa a porta do templo aberta para Jano. Acredita-se também que havia casado com a ninfa Yuturna, com quem teria tido como filho deus Fons, deus das fontes.


Busto de Janus em uma moeda romano. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.

São encontrados em cavernas pré-históricas desenhos elaborados por crianças de até 3 anos



 Desenhos Pré-históricos de crianças de 3 anos. Imagem: BBC.

Segundo uma nova pesquisa, gravuras pré-históricas encontradas em uma caverna na França são o trabalho de crianças a partir dos três anos de idade.

Os desenhos foram descobertos na Caverna dos Cem Mamutes em Rouffignac, ao lado de arte rupestre que data de cerca de 13.000 anos.

Pesquisadores da Universidade de Cambridge desenvolveram recentemente um método de identificar o sexo e a idade dos artistas. Acredita-se que o mais produtivo deles mais era uma menina de cinco anos.

“Marcas feitas por crianças aparecem em todas as câmaras ao longo das cavernas”, disse a arqueóloga Jess Cooney. “Nós encontramos marcas de crianças com idades entre três e sete anos, e temos sido capazes de identificar quatro crianças individuais, combinando as suas marcas”, completou.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Cerâmica Mochica. PARTE III.



Exemplo de Cerâmica Mochica. Imagem: Discovery Brasil Uol.

O legado cultural mais conhecido dos Mochicas é a sua cerâmica, geralmente depositada como oferenda para os mortos. Homens, divindades, animais, plantas e cenas completas foram representadas por seus artistas devido a forma de imagens esculturais ou vasilhas decoradas com pincel.

Os Mochicas desenvolveram em sua cerâmica duas grandes vertentes: pintura e escultura, que se distinguem por seu realismo e por sua habilidade no desenho. O ceramista Mochica tinha um amplo conhecimento e domínio do uso de pasta fina, assim como o controle de oxidação no processo da queima. 

Modelava as paredes de suas vasilhas cerimoniais fazendo com que fossem finas, modelando formas esculturais diversas: animais, seres mitológicos e cenas da vida cotidiana. Empregava duas cores, pintando figuras de cor parda avermelhada com um pincel muito fino sobre uma capa de cor marfim.

Grandes Inovações Moche. PARTE II. Metalurgia e Agricultura.



Uma das funções da metalurgia mochica era a elaboração de artefatos e enfeites para rituais. Imagem: Discovery Brasil Uol.

Os Moches inovaram a tecnologia e produção metalúrgica com o uso intensivo de cobre, para a fabricação de ornamentos, armas e ferramentas. Sua proeza mais importante foi dourar este metal com uma sofisticada técnica que obtém os mesmos resultados que o sistema eletrolítico inventado na Europa no final do século XVIII. Os ourives haviam aprendido a fundir o ouro sobre os moldes, e a dourar objetos de cobre. Dominaram totalmente a combinação cobre-ouro, e chegaram a realizar jóias de ouro e prata soldados. Existiam ainda utensílios de cobre, enquanto que o bronze não foi descoberto até um pouco mais tarde.

A cordilheira dos Andes atravessa todo o seu território, e o divide em três regiões completamente distintas: costa, serrado e selva, cada uma com sua própria flora e fauna. A cerâmica realista Mochica permitiu que se comprovase tanto a produção de plantas alimentícias como o milho – que ocupava a maior área de cultivo desses feijões, os pallares, as batatas, aipim e batata doce, como a fauna dominante, composta de alcatrazes, pumas e muitos outros animais que, em sua maioria, existem até nossos dias. A través de sistemas de irrigação em grande escala, estes povos haviam transformado terrenos desérticos em fértil. Existiam mais de trinta variedades de cultivos indígenas, entre eles o tabaco e a coca.

Arquitetura

A construção das grandes pirâmides da época Moche só pôde ser possível graças a um trabalho em comum muito bem dirigido, utilizando prisioneiros de guerra e a massa dos súditos dos principais sacerdotes.

A Cultura Mochica. PARTE I.



Mapa do Território Mochica. Imagem: Discovery Brasil Uol.

A descoberta da tumba real de Sipán em Huaca Rajada, e as investigações em Huaca El Brujo, nas tumbas de Sicán e em Huaca de la Luna, provocaram um renascimento do interesse mundial pelas civilizações perdidas do norte peruano, que reconhecem nos Moches, um dos povos de maior influência na América pré-hispânica.

A cultura Moche ou Mochica surge e se desenvolve na longa e estreita margem desértica da costa norte do Peru, entre os séculos I e II, até o século VIII. Esta área o epicentro cerimonial de sua cultura que, em pleno apogeu, abrangeu os atuais territórios de Piura, Lambayeque, La Libertad e Ancash, até o porto de Huarmey.

A sociedade Mochica era estabelecida em hierarquias muito marcadas que, com a falta de haver desenvolvido algum tipo de escritura, ficou refletido em sua abundante produção de cerâmicas ou “huacos” (cemitérios indígenas). A pirâmide desta sociedade teocrática era encabeçada pelos Senhores, com poderes territoriais e religiosos. Os sacerdotes se conformavam com um segundo estrato, que podia ser integrado por mulheres sacerdotisas, assim como os Chimus. O terceiro estrato era o do povo, que realizava os trabalhos de campo e os ofícios. Esta divisão da sociedade em castas, governadas por caciques ou sacerdotes de diferentes vales, se uniu formando um único governo mais tarde.