quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Baleia pré-histórica 'dava à luz em terra'.

Cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, descobriram um novo ancestral da baleia que viveu há cerca de 47 milhões de anos e dava à luz seus filhotes não no mar, mas em terra firme.

Representação artística do exemplar macho da Maiacetus inuus

A pesquisa foi possível após a descoberta de dois fósseis da espécie Maiacetus inuus, uma fêmea e um macho, em bom estado de preservação.

Os fósseis foram encontrados no Paquistão em 2000 e 2004. Junto ao fóssil da fêmea, descoberto em 2000, foi encontrado também o de um feto.

Como os demais mamíferos que dão à luz em terra, a cabeça deste feto estava posicionada para ser a primeira parte do corpo do animal a deixar o ventre materno.

Estilo de vida

Este foi o primeiro esqueleto de feto já encontrado do grupo conhecido como arqueocetos, os ancestrais das atuais baleias.

O nome da nova espécie reflete as condições da descoberta: Maiacetus significa "baleia mãe" e inuus era um deus romano da fertilidade.

Após a análise dos fósseis, os pesquisadores também concluíram que os filhotes da espécie já chegavam ao mundo equipados para buscarem comida sozinhos, pois tinham os dentes bem desenvolvidos ao nascer.

O macho, descoberto em 2004, tinha cerca de 2,5 m de comprimento, 12% a mais que a fêmea, e dentes caninos 20% maiores que os dela.

Os pesquisadores dizem acreditar que a diferença de tamanho não era grande o suficiente para indicar que os machos controlassem as fêmeas a ponto de possuir haréns.

"Os dentes grandes, apropriados para agarrar e comer peixes, sugerem que os animais viviam a maior parte do tempo no mar, vindo à terra apenas para descansar, copular e ter filhotes", disse Philip Gingerich, responsável pelo estudo.

Ele afirma que, como outros arqueocetos, os exemplares tinham quatro patas adaptadas para ajudar o nado e, embora esses membros pudessem suportar o peso, os Maiacetus inuus provavelmente não se aventuravam muito longe da água.

"Elas eram claramente atreladas à costa. Viviam entre o mar e a praia", disse Gingerich.

Você quer saber mais?

http://www.bbc.co.uk

Imagens tridimensionais revelam detalhes de aranhas pré-históricas.

Cientistas do Imperial College London usaram equipamentos de tomografia computadorizada e programas de computação gráfica para criar imagens tridimensionais de fósseis de duas espécies de aranhas que viveram há 300 milhões de anos.

eophrynus prestvicii

Imagem mostra que E. prestvicii tinha espinhos nas costas (cortesia Museum of Natural History e Imperial College London).

Apesar de tão antigas, as espécies Cryptomartus hindi e Eophrynus prestvicii são "parentes próximas" de aranhas modernas. A tecnologia já havia sido usada antes, mas poucas vezes em fósseis tão antigos, que mostram o início da vida na Terra.

As imagens tridimensionais revelam detalhes até então desconhecidos das criaturas, como mecanismos de defesa e que as aranhas tinham hábitos predadores, e dão aos cientistas uma ideia melhor do que se passava no período, anterior ao dos dinossauros.

Os resultados foram publicados na revista especializada Biology Letters.

Os cientistas fizeram cerca de 3 mil imagens de cada fóssil. O software desenvolvido pelo Imperial College London foi usado para juntar todas as imagens em um modelo virtual único, detalhado e tridimensional das aranhas.

As imagens tridimensionais revelam que as patas dianteiras da Cryptomartus hindi estavam direcionadas para a frente, sugerindo que a aranha poderia usá-las para agarrar suas presas.

Os pesquisadores sugerem que o animal, provavelmente, era "um predador que caçava por emboscada" como a moderna aranha caranguejeira, que aguarda escondida a aproximação da presa.

Os pesquisadores também concluíram que a outra espécie, a Eophrynus prestvicii, tinha espinhos nas costas, provavelmente como medida de defesa para torná-la menos palatável aos anfíbios, que seriam seus predadores naturais.

"Nossos modelos quase trazem essas criaturas de volta à vida e é muito excitante conseguir examiná-las em tantos detalhes", disse o pesquisador Russel Garwood, do Imperial College London e principal autor do estudo.

"Nosso estudo ajuda a construir uma imagem do que estaria acontecendo neste período do início da história da vida na Terra."

A técnica também poderá ser usada para re-examinar fósseis do mesmo período, já analisados pelos meios convencionais, disseram os cientistas.

Você quer saber mais?

http://www.bbc.co.uk

Arqueólogos encontram 'tesouro budista' na Mongólia.

Relíquias budistas raras desaparecidas havia mais de 70 anos foram encontradas neste sábado no deserto de Gobi, no sul da Mongólia, por uma equipe de arqueólogos austríacos e mongóis.

Relíquias estavam enterradas no deserto de Gobi havia mais de 70 anos

Entre os artefatos encontrados estão estátuas, obras de arte, manuscritos e objetos pessoais de um importante mestre budista do século 19, Danzan Ravjaa.

O líder da expedição, o austríaco Michael Eisenriegler, disse à BBC que sua equipe já desenterrou duas caixas cheias com "os mais impressionantes objetos de arte budistas".

"(O tesouro) é de extraordinário valor para a cultura da Mongólia, porque o budismo foi quase extinto durante o regime comunista, especialmente na década de 30", disse Eisenriegler. "Estou completamente exausto neste momento, mas também completamente impressionado com o que vi."

Mosteiro

As relíquias encontradas pela equipe pertenciam ao Mosteiro de Khamaryn e haviam sido enterradas no deserto de Gobi nos anos 30 por um monge chamado Tudev.

Na época, durante o regime comunista, centenas de mosteiros foram saqueados e destruídos na Mongólia. O religioso decidiu enterrar o tesouro para escondê-lo dos exércitos da Mongólia e da União Soviética.

Somente Tudev sabia onde os 64 baús com as relíquias estavam escondidos. Antes de morrer, ele passou o segredo a seu neto, o historiador Zundoi Altangerel.

Na década de 90, Altangerel conseguiu desenterrar alguns dos baús com as relíquias e abriu um museu para exibí-las.

Segundo o historiador, como a segurança do museu era mínima, na época ele decidiu deixar o restante do tesouro enterrado no deserto.

Eisenriegler ficou sabendo da história e convenceu Altangerel a participar de uma busca pelo resto do tesouro. Segundo o austríaco, 20 dos 64 baús enterrados por Tudev permanecem escondidos no deserto.

As peças encontradas neste sábado também serão expostas no museu, que fica na cidade de Sainshand, no sul da Mongólia.

Você quer saber mais?

http://www.bbc.co.uk

Fotos aéreas revelam cidade precursora de Veneza.

Fotografias aéreas feitas por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Pádua, na Itália, revelaram o mapa da antiga cidade romana de Altinum, que alguns acadêmicos afirmam ser a cidade precursora de Veneza.

A imagem da cidade ancestral de Veneza (foto: Image © Science/AAAS)

A imagem da cidade ancestral de Veneza (foto: Image © Science/AAAS)

Alguns arqueologistas já sabem há décadas que a cidade de Altinum – um importante centro de comércio romano entre os séculos 1 e 5 da era cristã – ficava localizada onde hoje é a região norte de Veneza, próxima do aeroporto da cidade.

Os historiadores não haviam conseguido, no entanto, identificar como a cidade era construída ou qual era sua topografia já que as ruínas das antigas construções desapareceram - muitas peças foram roubadas para serem usadas como material de construção e o restante foi inundado pela lagoa que cerca a região.

Mas a equipe de Andrea Ninfo e Paolo Mozzo aproveitou uma forte seca que atingiu a região em 2007 para fazer fotos aéreas do local. Por conta do baixo nível de água, as imagens permitiram que os cientistas identificassem a presença de rochas, tijolos e e outras estruturas sólidas abaixo da superfície.

Segundo os pesquisadores, o fim de Altinum pode ter representado o começo da cidade de Veneza.

Complexidade

As fotografias revelam os restos das muralhas da cidade, a rede de ruas, residências, teatros e outras estruturas. Além disso, Altinum também possuía uma rede complexa de rios e canais, que revela como os habitantes conseguiam morar no ambiente pantanoso que atualmente é a lagoa de Veneza.

Com base nas imagens, a equipe de Pádua fez a primeira reconstrução detalhada da topografia da antiga cidade usando fotografias que se aproximavam de imagens infravermelhas da região das terras cultiváveis que cobrem a região atualmente, junto com um modelo de computador do terreno local.

As imagens também mostraram que a cidade tinha um grande canal que passavam pelo seu centro e ligava Altinum à lagoa.

Dois portões ou pontes foram construídos nas muralhas que cercavam a cidade, o que fornece mais provas de como os moradores da cidade se adaptaram ao ambiente alagadiço.

Os pesquisadores italianos também conseguiram identificar uma estrutura de um porto na margem da lagoa.

Os autores do estudo, publicado na revista Science, notam que Altinum é a única grande cidade romana no norte da Itália - e uma das poucas da Europa - que não foi soterrada por cidades medievais e modernas.

Segundo a diretora do Museu Nacional de Arqueologia de Altinum, Margherita Tirelli, “antes da pesquisa de Mozzi era impossível imaginar a complexidade e distribuição das principais construções e estruturas do município”.

Os pesquisadores pretendem continuar o estudo utilizando tecnologia avançada para realizar exames mais detalhados de imagem da região, que permitiram a produção de um mapa da topografia da antiga cidade em alta resolução.

Voce quer saber mais?

http://www.bbc.co.uk/

Arqueólogo amador descobre arte pré-histórica de 4 mil anos na Escócia.

Um arqueólogo amador descobriu nas montanhas escocesas exemplos de arte pré-histórica que poderiam datar de 4 mil a 5 mil anos atrás.

Descobertas surpreendem por variedade e quantidade

George Currie, um interessado na ciência da arqueologia, descobriu mais de 90 desenhos escavados em uma rocha na localidade de Ben Lawers, perto de Loch Tay, no centro da Escócia.

As marcas circulares, chamadas de "cup marks" pela semelhanças com as de uma xícara, compõem o grupo de arte pré-histórica observado principalmente no norte da Inglaterra e na Escócia proveniente do período Neolítico e da Idade do Bronze, de 5 mil a 4 mil anos atrás.

Alguns desenhos têm anéis ao redor, razão pela qual são chamadas de "cup and ring marks". Linhas retas também foram escavadas na pedra.

Derek Alexander, arqueólogo da entidade escocesa de conservação e promoção do patrimônio natural e histórico do país, The National Trust for Scotland, disse que a descoberta surpreende pela "quantidade e a variedade" dos símbolos encontrados.

"Através tanto de pesquisas direcionadas conduzidas por arqueólogos profissionais quanto do trabalho de amadores dedicados, como George Currie, sabemos agora que Ben Lawers forma uma das maiores concentrações de marcas circulares e de anéis nas montanhas escocesas, o que indica uma paisagem muito significante na pré-história", afirmou.

"Esta é uma descoberta interessante, porque mostra que ainda existe arte pré-histórica em rocha ainda a ser descoberta nas montanhas escocesas."

Você quer saber mais?

http://www.bbc.co.uk/

Britânicos desvendam mistério de cova com 51 crânios.

As ossadas de 51 pessoas decapitadas encontradas no sul da Grã-Bretanha em junho do ano passado foram identificadas como pertencendo a povos vikings que habitaram o país na virada para o segundo milênio.

Vikings teriam sido decapitados com vários golpes de espada por anglo-saxões

Desde que a cova foi encontrada em junho de 2009, durante a construção de uma rodovia no condado de Dorset para os Jogos Olímpicos de Londres-2012, arqueólogos vinham tentando desvendar o mistério da identidade daqueles ossos e por que os crânios estavam separados do restante dos corpos.

"Havia muito pouca evidência no local, além de alguns cacos de cerâmica. Para descobrir a data daqueles restos mortais nós enviamos uma amostra dos ossos para uma datação por carbono e espantosamente a data que retornou é do final do período saxônico", disse o arqueólogo David Score, que liderou a equipe do instituto de arqueologia britânico Oxford Archaeology, que desenterrou as ossadas.

A partir do teste do carbono-14, os cientistas concluíram que aquelas pessoas foram mortas entre os anos 910 e 1030.

Nessa época, os anglo-saxões sofriam com as constantes incursões de povos vikings na Grã-Bretanha e conflitos entre líderes dos dois lados por controle da região eram comuns.

"O local do enterro era comumente usado para execuções naquela época", acrescenta Score. A dúvida que permanecia, portanto, era se os executados eram saxões ou vikings.

Análise de uma ossada de Dorset (Oxford Archaeology/Dorset County Council/NERC)

Mas as análises dos dentes de dez daquelas ossadas mostraram que aquelas pessoas cresceram em países de clima mais frio do que o britânico. Os cientistas descobriram isso a partir da composição do esmalte dos dentes, influenciada pela água que a pessoa ingeriu quando criança.

O Laboratório de Geociências de Isótopos (NIGL) da agência geológica britânica explica que os países escandinavos, como Noruega e Suécia, possuem um clima mais frio do que a Grã-Bretanha, o que gera um tipo distinto de assinatura dos isótopos no esmalte dos dentes.

Os estudos também mostraram que os donos daquelas ossadas tinham uma alimentação rica em proteínas, que se assemelha a de povos da Suécia

"Trata-se de uma descoberta fantástica. É o maior grupo de estrangeiros que nós já identificamos usando isótopos", disse Jane Evans do NIGL.

"Descobrir que os jovens homens executados eram vikings é uma novidade eletrizante", disse Score.

Execução

Com base nas cerâmicas encontradas na cova, os arqueólogos suspeitaram inicialmente que as ossadas datavam de um período entre 800 a.C. e 43 d.C., ou seja, entre a Idade do Ferro e o início da era romana.

Mas os exames do Carbono-14 provaram que os restos mortais eram muito mais recentes.

Os cientistas sabem também que a maioria dos ossos pertencia a adolescentes e jovens, que seriam altos e teriam boa saúde. Há também a suspeita de que eles tenham sido mortos ou enterrados nús, porque não há vestígio de roupas ou adornos na cova.

A forma como suas cabeças foram separadas de seus corpos revelou que eles não foram executados com um machado apropriado para a tarefa, que faria a decaptação em um único golpe. As vítimas teriam sido mortas com sucessivos golpes de espada.

Você quer saber mais?


http://www.bbc.co.uk/p

Oque é Democracia Orgânica.

Movidos por ignorância ou má fé, acusam alguns espíritos superficiais os integralistas de se posicionarem contra o voto e defenderem a implantação no Brasil de uma ditadura de tipo fascista.
Nada mais falso.

Na verdade, tais vilanias, dentre tantas outras assacadas contra os seguidores da doutrina do Sigma, nada mais são do que fruto do ódio cego cultivado pelos tradicionais adversários políticos do Integralismo, única corrente de idéias que representa hoje em nosso país, através da Frente Integralista Brasileira (FIB), a legítima reação ao moribundo regime liberal-burguês e às falsas oposições de cunho socialista e/ou comunista.

Em seus ataques irracionais, desconhecem ou se esquecem os detratores do Integralismo que este movimento, na crítica que sempre realizou à liberal-democracia, jamais se colocou, em toda sua trajetória histórica e política, contra a própria Democracia, em sua concepção mais ampla. Pregou e continua pregando, isto sim, seu aperfeiçoamento, através da superação do Estado de caráter liberal-burguês – anacronismo do século XVIII, cujos erros e males vêm se acumulando nos últimos trezentos anos - pela construção de uma forma mais perfeita de Estado, fundamentada sobre os princípios da Democracia Orgânica – idéia nova dos séculos XX e XXI - proposta no Brasil pelo gênio político de Plínio Salgado (1895-1975). Da mesma forma, jamais se declarou o Integralismo contra o voto, propugnando, isto sim, sua valorização, pela defesa de uma urgente reforma no sistema representativo brasileiro, que conceda funções legislativas ás representações de classe, ou seja, aos setores produtivos que contribuem verdadeiramente para a riqueza material, cultural, moral e espiritual da nação.

Mas, num plano geral, no que consiste a Democracia Orgânica?

Para o bom entendimento da proposta, de forma didática, Plínio Salgado comparava o funcionamento do Estado com o funcionamento do próprio corpo humano. Neste, cada órgão cumpre uma atividade específica e, conjuntamente, cooperam todos para a realização plena de nossas funções vitais. Se acometido por alguma enfermidade, um órgão passa a desempenhar mal seu trabalho, não somente ele, mas todos os demais órgãos sentirão sua debilidade. Assim como na vida biológica, o mesmo ocorre na vida social. Os trabalhadores – do capital, do trabalho, da inteligência -, órgãos da nação, cada qual em sua área de atuação, competem todos para o progresso e desenvolvimento do país. Se as necessidades básicas de qualquer setor produtivo não forem atendidas, resultará que, observando-se as relações de interdependência, a saúde do organismo social, toda ela, ficará comprometida.

Nesta visão integral, os grupos profissionais devem ser reconhecidos pelo Estado conforme sua importância para a sociedade, pois são eles os lídimos construtores da riqueza nacional. O atual sistema de representação é falho e inviável precisamente por ignorar e desdenhar a relevância social dos setores produtivos, não considerando suas justas aspirações. O erro provém da Revolução Francesa, cujo preconceito iluminista e burguês contra as instituições da Idade Média abolira as antigas corporações de ofício, as quais regulavam e organizavam o trabalho, representando-o à época junto aos centros de decisão política. Com o surgimento dos partidos políticos – idealizados como organismos artificiais de representação para remediar a situação -, elementos intermediários foram criados, isolando governo e trabalhadores. Estes passaram a designar para as funções legislativas homens que, pertencendo a profissões diferentes, jamais poderiam defender de forma satisfatória os interesses de seus eleitores. Era instituído então o voto deslocado, perdido. Considerado em sua expressão meramente numérica, ele não estabelecia uma base de correspondência entre o que votava e o que era votado. O erro perdurou. E, até os dias atuais, vemos, por exemplo, um professor elegendo um médico para cuidar de seus interesses, um comerciante elegendo um advogado, um agricultor elegendo um industrial, etc.

O absurdo é maior se dirigirmos nossa atenção para os altos escalões dos governos: ministérios e secretarias, muitos deles estratégicos, são reservados a indivíduos que, sem familiaridade alguma com as áreas para as quais foram destinados – por não terem formação nelas -, recebem pastas levando-se em conta apenas o mesquinho critério da filiação partidária. No corpo humano, tal descalabro seria como se o fígado quisesse realizar as tarefas do coração ou os rins as do estômago. Um Estado assim, funcionando em descompasso, dificilmente estará apto a sanar os problemas relativos ao Trabalho. Pelo contrário: distanciando o governo dos setores produtivos da nação – daí a origem dos sindicatos, forma legítima encontrada pelos trabalhadores para fazerem valer seus direitos - viverá sempre em clima de tensão social, preparando terreno fértil ao avanço de movimentos defensores de filosofias políticas negativistas, que trabalham com oportunismo na exploração da lutas de classes, através da manipulação dos órgãos de representação profissional.

Para restaurar o equilíbrio entre governo e trabalhadores, Plínio Salgado considerava justo o Estado delegar funções legislativas ás representações de classe, com o estabelecimento das chamadas Câmaras Orgânicas. Nos EUA, foi o ex-bispo de Nova Iorque, Fulton Sheen quem, defendendo a idéia, justificava-a com um argumento poderoso: “Há mais motivo de identidade de interesse entre um ferroviário da Califórnia, no Pacífico, e outro em Nova Iorque, no Atlântico, do que entre duas pessoas que, residindo na mesma cidade – e até votando na mesma seção eleitoral, acrescentamos nós - são de profissão diferente”.
Inúmeros pontos contam a favor da Câmara Orgânica. De fato, mais que os partidos políticos, são os grupos profissionais os que, pela experiência cotidiana, detém o conhecimento e a capacidade técnica necessários para empreender projetos e leis eficientes, viabilizando soluções efetivas para os mais variados problemas nacionais. A qualidade intelectual de nossos representantes aumentaria.

A Câmara Orgânica conciliaria as relações entre Capital e Trabalho, ao garantir assento tanto a empregados quanto a empregadores que, compartilhando dos mesmos poderes e atribuições, estariam representados em igualdade de direitos. Combateria a corrupção: os grupos econômicos deixariam de pressionar os políticos, sugestionando-os financeiramente com propinas ou doações para campanhas, pois os grupos profissionais seriam elevados na vida nacional como membros efetivos de participação política. Limitando-se em épocas eleitorais a campanha e propaganda política aos círculos mais restritos das representações de classe, os recursos necessários para cobrir os gastos com campanhas milionárias – note-se a atualidade do problema – perderiam seu sentido. Candidatos humildes e capazes teriam mais condições de expor suas idéias e elegerem-se.

Naturalmente, não obstante a perenidade e imutabilidade de seus valores doutrinários essenciais, reconhecem e reafirmam os integralistas o caráter prospectivo e dinâmico da História, o que determina - na marcha empreendida pelo movimento em pleno século XXI, bem como, na complexidade do tempo que ora vivemos - a necessidade da constante revisão e atualização de seus valores acidentais.

Dessa forma, com a Democracia Orgânica, não colimam os integralistas a extinção dos atuais partidos políticos, mas sua continuidade e fortalecimento. Tampouco menosprezam a importância do voto, mas valoriza-o, dando-lhe um real significado, ao ligar o eleitor a um candidato inserido em sua categoria profissional e, portanto, identificado com seus justos anseios e aspirações.
Assim, dentre várias propostas estudadas pelos integralistas para a efetivação da Democracia Orgânica e o voto profissional, destaca-se, por exemplo, a da necessidade da estruturação no seio das organizações político-partidárias das representações de classe, que elegeriam para as Câmaras e Assembléias Técnicas os candidatos inscritos em suas legendas. Estes, por sua vez, passariam a desempenhar suas funções legislativas de acordo com a orientação doutrinária e programática de seus respectivos partidos. Nos pleitos internos dos partidos, os representantes de classe reunidos na mesma legenda política, poderiam eleger os dirigentes da agremiação nas três esferas: municipal, estadual e federal.

Como se vê, longe de se constituir um modelo acabado, a instituição da Democracia Orgânica deve obrigatoriamente ser precedida por uma ampla discussão nacional sobre sua organização e funcionamento, a qual convidam os integralistas os mais amplos setores pensantes da sociedade brasileira – juristas, imprensa, professores, cientistas políticos, etc. – e mesmo seus adversários no campo político.

Num momento em que a sociedade brasileira acaba de comparecer às urnas para a escolha de seu novo Presidente da República, triste é constatar, nos diversos debates políticos travados entre os candidatos – tanto em primeiro quanto em segundo turno –, a total ausência de propostas concretas para as principais reformas reclamadas pela nação. Dentre elas, a elaboração de um novo sistema representativo para o país é certamente a mais ignorada, embora das mais urgentes.
Reorganizados no século XXI, são os integralistas hoje a única corrente de pensamento e ação política que se apresenta como portadora de uma proposta clara, eficaz e verdadeiramente revolucionária para o problema.

Nesta luta pelo estabelecimento da Democracia Orgânica, nós, da Frente Integralista Brasileira, pedimos o apoio e a participação de todos os trabalhadores, de todos os setores produtivos da nação, infelizmente negligenciados e desvalorizados pelas falhas e omissões de um sistema representativo que opera tão somente em benefício dos caciques dos partidos, dos politiqueiros profissionais e dos grupos plutocráticos que os apóiam.

* Σ - Luiz Gonçalves Alonso Ferreira, Vice-Presidente da Frente Integralista Brasileira, Coordenador da Região Sudeste

Você quer saber mais?


http://www.osigmareluzente.blogspot.com

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Agência britânica diz que o Google violou as leis de privacidade.

Sorria, Você esta sendo espionado!!!

LONDRES - a informação comissário britânico acusou o Google, o gigante de busca na Internet, nesta quarta-feira de violar no país, as leis de proteção a dados quando o seu serviço de mapas Street View gravau dados apartir de redes privadas de wireless.

A empresa vai escapar das multas, no entanto, desde que se compromete a não fazê-lo novamente.

Google chamou a indignação internacional depois verificou-se que seus carros Street View, que tiram fotografias ao nível da rua para ilustrar a serviço da empresa de mapeamento popular, também tinham sido pegando e-mails, endereços de Internet e senhas de redes sem fio sem criptografia.

A Scotland Yard disse recentemente que não iria começar uma investigação criminal sobre a praia, que a empresa tem descrito como acidental.

O comissário de informação, Christopher Graham, foi recentemente dado o poder de impor multas de até £ 500.000 (cerca de US $ 800.000) por violações graves, mas ele disse em um comunicado que a "ação mais adequada e proporcionada regulamentar" seria a busca de uma garantia por escrito do Google que a violação não seria repetido e realizar uma auditoria das práticas da empresa de proteção de dados.

A empresa, sediada em Mountain View, Califórnia, disse em comunicado que "estava profundamente arrependido" pela violação, acrescentando que teve desde que trabalhou para melhorar seus controles internos.

"Nós não queríamos que esses dados, nunca usei nada disso em nossos produtos e serviços, e têm procurado eliminá-lo o mais rapidamente possível", disse o comunicado.

Você quer saber mais?

http://www.nytimes.com/2010/11/04/technology/04google.html?partner=rss&emc=rss

http://www.nytimes.com/2010/11/02/technology/02google.html?src=me&ref=technology

Pestes da Europa vieram da China, indica novo estudo.

As grandes ondas de peste negra que devastaram a Europa por vários séculos e mudaram o curso da sua história tiveram origem na China.

A informação é de um estudo publicado na edição de ontem da revista científica "Nature Genetics".

De acordo com cientistas, a peste negra teria chegado à Europa através da chamada "rota da seda"- principal elo entre o Ocidente e o Oriente na antiguidade.

A doença começou a ser identificada nos países europeus em 1347 e matou pelo menos 30% da população do continente. A epidemia continuou por alguns séculos e seu último grande "ataque" aconteceu entre 1665 e 1666.

ESTUDO GENÉTICO

Os pesquisadores fizeram uma reconstrução do percurso histórico da doença ao longo de séculos por meio de estudos genéticos de ossos e dentes do período, encontrados nas regiões europeias atingidas pela peste.

Os cientistas acharam duas linhagens da bactéria da peste negra. Eles acreditam que a Europa medieval deve ter sido invadida por duas diferentes fontes da bactéria Yersinia pestis.

Uma grande onda da doença chegou ao porto de Marselha, na costa sul da França em 1347, e espalhou-se por todo o país.

Em 1349, já tinha alcançado Hereford, no Reino Unido, uma cidade que era um centro de peregrinação e, assim, disseminou-se.

"O trabalho dos geneticistas é impressionante", disse Lester Little, especialista em peste negra do Smith College, em Massachusetts, EUA.

DO ORIENTE


De acordo com os cientistas, a origem da praga na China não tem a ver com características genéticas do seu povo ou com o fato de as cidades serem muito populosas.

Isso porque a bactéria não tem interesse na população, mas nos hospedeiros naturais- várias espécies de roedores, como ratos, marmotas e arganazes, encontrados em toda a China.

Você quer saber mais?

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/823869-pestes-da-europa-vieram-da-china-indica-novo-estudo.shtml

Tutancâmon morreu de malária e infecção óssea, diz estudo.

O Faraó Tuti

O Faraó egípcio Tutancâmon pode ter morrido de malária combinada com uma rara infecção nos ossos, sugere um estudo publicado nesta terça-feira na revista científica Journal of the American Association.

O faraó egípcio Tutancâmon morreu jovem, aos 19 anos

Os cientistas, liderados pelo arqueólogo-chefe do Egito, Zahi Hawass, passaram dois anos pesquisando os restos mumificados do faraó, que morreu aos 19 anos, e de outras dez múmias pertencentes à família real, inclusive a avó e o pai de Tutancâmon, para extrair amostras de DNA.

Na análise do DNA do faraó, os pesquisadores encontraram sinais do parasita da malária – a mais antiga prova genética da doença já identificada. Além disso, o estudo sugere ainda que Tutancâmon poderia ter sofrido de uma inflamação rara nos ossos, chamada de Doença de Kohler.

O faraó ainda teria um pé torto congênito e uma curvatura na espinha.

Segundo os pesquisadores, essas descobertas explicariam porque foram encontrados cajados e pedaços de madeira entre os pertences de Tutancâmon, que poderiam ter sido usados como bengalas pelo faraó.

Desde a descoberta da tumba intacta do faraó por Howard Carter, no Vale dos Reis, em 1922, acadêmicos vêm especulando sobre o motivo da morte prematura de Tutancâmon e sugerem que ele pode ter sido traído e assassinado.

Outras teorias sugerem que ele poderia ter sido atropelado por uma charrete ou que, como morreu novo e não deixou herdeiros, o faraó poderia sofrer de uma doença genética.

Alguns artefatos da época mostram que a realeza tinha uma aparência curvada e feminina, o que, segundo alguns acadêmicos, seria típico de condições hereditárias como a síndrome de Marfan, caracterizada por membros longos.

Mas a equipe de Hawass rejeita essas explicações.

Diagnóstico

A explicação oferecida pelo estudo sugere que Tutancâmon teria quebrado a perna pouco antes de morrer. Por conta da doença, o osso não teria sido curado de maneira adequada, o que teria provocado uma infecção.

Segundo a hipótese sugerida pela pesquisa, com o corpo já fragilizado e suscetível à infecções, a malária provou ser fatal para o faraó.

“Uma fratura repentina na perna provavelmente causada por uma queda pode ter resultado em uma condição que pôs a vida dele em risco depois da infecção com a malária”, disse Hawass.

“Sementes, frutas e folhas encontradas na tumba, e possivelmente usadas como tratamento médico, apoiam esse diagnóstico”, afirmou.

Segundo o professor de antropologia física da Universidade de Liverpool Bob Connolly, que já examinou a tumba de Tutancâmon, disse que os pesquisadores foram “sortudos” por terem conseguido extrair amostras de DNA do faraó egípcio para o estudo.

“Ele não é uma múmia bem preservada. É uma carcaça carbonizada. Hawass e a equipe dele foram incrivelmente espertos e sortudos por terem conseguido isso”, disse Connolly.

Ele não descartou que Tutancâmon tenha morrido de malária, mas disse que pessoalmente duvida disso.

“Só porque eles encontraram o parasita no sangue dele não significa necessariamente que ele sofria de malária ou que morreu disso. A doença pode não ter causado nenhum problema a ele”, afirmou.

“Eu ainda acredito que ele tenha sido atropelado pela charrete. A cavidade do peito dele estava perfurada e ele tinha costelas quebradas”, disse.

Você quer saber mais?

http://www.bbc.co.uk/