terça-feira, 5 de outubro de 2010

Breve resumo sobre a História do Integralismo

RESUMO DA HISTÓRIA DO INTEGRALISMO



No começo de 1932, Plínio Salgado iniciou à articulação de diversos grupos nacionalistas fundando, no mês de Fevereiro, a Sociedade de Estudos Políticos (SEP), reunindo intelectuais de pensamento nacionalista. O sucesso dessa iniciativa levou à criação, em Outubro daquele ano, da Ação Integralista Brasileira (A.I.B.).
O Manifesto Integralista lançado em 07 de Outubro de 1932, resume o ideário básico da nova organização: Espiritualismo, justiça social, nacionalismo, democracia, corporativismo, combate ao liberalismo (político e econômico) e rejeição ao socialismo. A A.I.B. apresentava uma estrutura hierarquizada, cabendo ao próprio Plínio Salgado, como Chefe Nacional, a liderança. A Ação Integralista Brasileira criou uma série de exterioridades, dotando o Movimento de uma Mística profunda e de uma unidade inquebrantável: O Sigma, letra grega, que simboliza o somatório de todos os valores nacionais; a Saudação Anauê, palavra Tupi, que significa “Tu és meu Irmão!”; o uniforme, a heróica Camisa-Verde; os diversos Rituais, como as Matinas de Abril, a Noite dos Tambores Silenciosos, e diversos outros; os Desfiles, etc. O lema “Deus, Pátria e Família” sintetiza perfeitamente o conteúdo doutrinário do ntegralismo. Nos anos que se seguiram à sua fundação, a A.I.B. teve rápido crescimento. Em Abril de 1933 realizou seu primeiro desfile público em São Paulo e em Fevereiro do ano seguinte reuniu seu I Congresso Nacional, em Vitória (ES).
Plínio Salgado era auxiliado por um Conselho Nacional, com funções consultivas, e por
departamentos nacionais. A Milícia Integralista foi extinta por Plínio Salgado em 1935. A A.I.B. possuía uma importante estrutura de imprensa, composta por diversos jornais e revistas, um órgão oficial, o “Monitor Integralista”. O principal periódico Integralista era “A Offensiva”, o maior jornal diário do Brasil e o primeiro a circular em todo o território nacional. A A.I.B. foi o primeiro partido político organizado nacionalmente no Brasil Republicano. O número de adesões foi imenso. Em 1937, quando foi ilegalmente fechada, contava com mais de um milhão e meio de filiados. Em 12 de Junho de 1937, a A.I.B. lançou Plínio Salgado como candidato à eleição presidencial prevista para Janeiro de 1938. A eleição, contudo, não se realizou em virtude do golpe do Estado Novo, em 10 de Novembro de 1937. Em Dezembro de 1937, Vargas decretou o fechamento de todos os Partidos Políticos, e entre eles encontrava-se a AIB. Em maio de 1938, os Integralistas, unidos as demais forças democráticas do País, tentaram derrubar o Ditador e restabelecer a Democracia e o Estado de Direito, mas a Revolução fracassou. A perseguição aos Integralistas foi brutal e selvagem, muitos morreram, outros foram superlotar as prisões da Ditadura. Plínio Salgado foi exilado em Portugal. Durante os anos do obscurantismo totalitário estadonovista (1937/1945), o Integralismo não esmoreceu, mesmo na clandestinidade continuou atuando, inclusive, criando organizações NÚCLEOS NTEGRALISTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO legalizadas, como a Cruzada Juvenil da Boa-Imprensa, o Auxílio às Famílias Empobrecidas, o Apollo Sport Club e outras.
Em 1945, pressionado pelo Integralismo e demais correntes democráticas do País, o Exército derruba o Ditador, pondo fim ao mais bárbaro e sanguinário Governo da História do Brasil. Em Setembro desse mesmo ano, os Integralistas fundam o P.R.P. - Partido de Representação Popular. O P.R.P., apesar de não ter conseguido o mesmo grau de popularidade da antiga A.I.B., obteve resultados político-eleitorais muito mais expressivos elegendo Governadores, Senadores, Deputados Federais e Estaduais e uma gigantesca quantidade de Prefeitos e Vereadores. Mas, o Integralismo não se limitou ao P.R.P., criando diversas outras organizações, de âmbito nacional ou regional: Instituto Brasileiro de Cultura, Guanabara Football Club, União Operária e
Camponesa do Brasil, Confederação dos Centros Culturais da Juventude, Associação Cívico-Cultural Minuano, etc. Também nessa fase, o Integralismo teve os seus periódicos como, por exemplo, os jornais “Idade Nova” e “A Marcha” e a revista “Avante!”. Em 1964, os Militares derrubam o Presidente Goulart, todos os Partidos Políticos são fechados (entre eles o P.R.P.), uma nova Constituição é promulgada, cassações políticas ocorrem, etc. Os Integralistas continuam suas atividades, mas, em associações civis políticoculturais. É fundada a Cruzada de Renovação Nacional, como reforço a atuação das organizações citadas no parágrafo anterior. São fundados novos jornais, como “Renovação Nacional” e “Renovação Trabalhista”, entre outros.
No dia 07 de Dezembro de 1975, falece em São Paulo o Fundador do Integralismo, Plínio
Salgado. Mas, o Movimento Integralista prossegue. Na década de 80, entre outras importantes iniciativas destacam-se a fundação da Casa de Plínio Salgado e a recriação da Ação Integralista Brasileira, cujas atuações adentram os anos 90. Surgem os jornais “O Integralista”, “A Voz do Oeste”, “Ação Nacional”, etc. Ainda na década de 90, cabe destacar a ação do Centro Cultural Plínio Salgado, em Rio do Ouro (São Gonçalo, RJ), que exerceu grande influência em todo território nacional. Variados periódicos circularam nesse período. O Século XXI abre-se com o Centro de Estudos e Debates Integralistas, pioneiro na utilização da Internet para a difusão da Doutrina do Integralismo. Em Dezembro de 2004, realiza-se em São Paulo, com o apoio da Casa de Plínio Salgado, um Congresso Nacional Integralista, onde é fundada a Frente Integralista Brasileira – F.I.B., que é na atualidade a única organização do Integralismo há nível nacional.
Pelo bem do Brasil!
Anauê!
Sérgio de Vasconcellos.

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CARTA DE JUSCELINO KUBITSCHEK PARA PLÍNIO SALGADO.

Carta enviada a Plínio Salgado a respeito do seu livro “13 anos em Brasília” e a construção da nova capital Brasileira.



Meu caro Plínio.
Seu livro “13 Anos em Brasília” impressionou-me profundamente. A criticá-lo não me
atrevo, elogiá-lo será supérfluo. O livro impõe-se por dois fatores essenciais: o renome universal do Autor e a divulgação sócia-política de Brasília, irreversível desde que homens de seu porte moral e intelectual, com o conhecimento esmiuçado e sistemático dos problemas nacionais e
apoiaram sem restrições. Lendo o livro, ocorreu-me imediatamente outro, de ferrenho adversário nosso, “El imperialismo d”El Brasil” e que me foi oferecido pelo nosso comum amigo, Guimarães Rosa. O publicista boliviano percebeu um relance a significação de Brasília, pressentida desde o século XVIII e preparada pelo grito que você, meu caro Plínio, deu conclamandotodos para a marcha rumo Oeste. O seu livro não e um depoimento, mas, como diz muito bem, a interpretação de Brasília, no tempo e no espaço e o que você escreve a pagina 29 sobre a carga demográfica do mundo e o risco que ocorrem terrenos desocupados, os espaços ociosos, e a expressão da verdade, de uma observação que reflete o cruel realismo que dirige a historia Moderna, possuidora desses métodos sumários de destruição que são as armas
modernas. Todavia o seu livro não engloba apenas os problemas sociais, econômicos ou administrativos. Você vai alem e desce a minúscula admiráveis: frutas silvestres, o artesanato simples da terra e ate mesmo o som choroso das violas. A descrição de sua viagem lembra os roteiros que fazem a fascinação do leitor – e eu, tão generosamente citado por você, não sei expressar o que verdadeiramente sinto, a impressão que o livro me deixou e que vai ficar nas letras para a posteridade como a maior justificação de Brasília. Por tudo, por esse prazer do espírito e da sensibilidade, só posso agradecer-lhe abraçando afetuosamente com esta amizade que a cada dia se solidifica e aumenta.

Sinceramente,
Juscelino Kubitschek

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PORQUE ME ODEIAS?

PORQUE ME ODEIAS?
Por Plínio Salgado.



“Quero personificar singularmente em ti, patrício, o estado de espírito de outros, como tu mesmo, que de maneira tão cruel e agressiva, investem contra mim e contra aqueles que me acompanham neste esforço por edificar um Brasil Cristão, digno dos nossos antepassados e dos nossos descendentes. Quero fazer-te algumas perguntas, que a ti mesmo responderás sinceramente, naqueles instantes – se ainda os tens – em que a consciência do Homem se ergue, como um clarão, pairando acima das paixões e de todas as confusões perturbadoras da
serenidade da alma. Sim; a ti mesmo, e não a mim, nem a alguém, responderás honestamente, porque talvez não tiveste ainda ocasião de te propor as questões que agora te proponho, a fim de te ajudar, no segredo mais recôndito do teu coração, a raciocinar com justiça, deduzindo a verdade que, sendo uma só, pela sua unidade se torna o liame das almas, ligando-as pelo
sentimento de confraternidade que gera a Paz, a única Paz verdadeira. Em primeiro lugar, te perguntarei: tu me conheces realmente? Já me viste; já me ouviste, numa conversa cordial? Homens injustos pintaram-me aos teus olhos como um indivíduo rancoroso e violento, de áspera catadura e palavra contundente, inacessível a qualquer objeção e eriçado contra qualquer ponderação. Asseguro-te que esse retrato não é meu. Quem o diz são aqueles que, não me conhecendo antes, conheceram-me depois, manifestando-se surpresos e espantados pela total diferença entre a pintura feita pelos maus e a realidade que lhes foi posta diante dos olhos. É possível, portanto, que tenhas visto aquele retrato deformado e abstruso, como as imagens refletidas em espelhos côncavos ou convexos, desses com que se divertem as multidões nas feiras; mas nunca me viste no original. Pergunto-te, se tal caso se dá, o seguinte: achas justo,
achas honesto, lançares o veredicto do teu julgamento sobre um homem que pensas conhecer pelo fato de teres visto um retrato que não é o dele, um retrato confeccionado pelos seus inimigos? Como podes formar uma idéia de alguém com quem nunca falaste? Se o fizesses, verias em mim um modesto brasileiro, cuja simplicidade não provém de uma atitude estudada, mas exprime o próprio modo de ser dos caboclos humildes da nossa terra. Porque o que existe em mim é o que se pode encontrar em nossos patrícios do sertão: o amor a tudo o que se chama brasilidade, o apego as nossas tradições, o sentimento familiar e patriarcal inerente ao teor de vida das cidades do interior, o instinto de defesa da Nacionalidade e da Religiosidade patrícias, resultando tudo naquele senso de equilíbrio e de justas medidas ao qual repugna a demagogia que envenena as turbas e as agitações perturbadoras do ritmo tranqüilo e fecundo do trabalho nacional. É isto o que sou e como tal me conhecem os que me viram e ouviram os que observaram a minha vida de homem particular e de homem público. Se não me observaste a fundo, como podes emitir um juízo a meu respeito? E se o teu juízo não se baseia em realidades experimentalmente colhidas, por que te apóias num julgamento falso a tal ponto de me odiares sem me conheceres e odiares os que trabalham comigo, sem aprofundar no exame dos motivos que determinaram a adesão desses brasileiros às idéias que prego? Dirige estas perguntas a ti mesmo, confidencialmente, silenciosamente, e deixa que te responda não a tua paixão política, mas a tua consciência. As idéias que prego... Sabes quais são elas? Não me venhas dizer que sabes, pelo fato de haveres lido o que dizem delas aqueles homens sem consciência que as deturpam, deformam e até as substituem por outras idéias que nunca estiveram nem no meu
pensamento nem nas minhas palavras. A fonte verdadeira das idéias que prego e que propagam os meus companheiros neste apostolado cívico-político em que nos empenhamos, não pode ser outra senão os documentos em que expomos a nossa doutrina. Há mais de quarenta anos trabalho por nossa Pátria, e, trabalhando por ela, trabalho por ti, patrício, e pelos teus filhos. Nesse árduo labor, tenho procurado demonstrar, preliminarmente, que a crença em Deus e nos destinos sobrenaturais do Homem deve ser o fundamento de toda a ordem social. Responde-me, sinceramente: achas que, por esse motivo, meus companheiros e eu devemos ser odiados?
Se ainda acreditas que uma sociedade, uma pátria, um governo só pode realizar justiça e produzir administração honesta, tomando a Deus e aos destinos superiores do Homem como base de toda a sua ação, pergunto-te: como podes detestar-me e detestar os meus correligionários que outra coisa não fazemos senão proclamar e propagar essa verdade? Merecemos o teu ódio pelo fato de crermos em Deus e na existência, imortalidade, liberdade e responsabilidade da alma humana?
Acreditando em Deus que nos traçou leis imprescritíveis e na existência da alma do homem, logicamente pugnamos pela Liberdade, sem a qual o mesmo Homem não poderia escolher o seu caminho. O corpo do Homem, sendo matéria, não é livre, porque está sujeito às leis físicas, mas o Espírito do Homem é livre, porque independe da sujeição da matéria. Logicamente todo aquele que afirmar ser o Homem apenas um ser físico, de cujo mecanismo orgânico em funcionamento decorre uma inteligência mortal, simples superestrutura (como dizem os comunistas), todo aquele que se manifestar desse modo, materialista, não pode dizer que defende a liberdade humana. Só os espiritualistas podem e devem pugnar pela Liberdade. Essa a razão pela qual meus amigos e eu nos batemos pela Liberdade contra toda a espécie de despotismo, entre
cujas formas avultam o Estado Totalitário, seja o nazista, seja o comunista. Pergunto-te, agora, patrício: merecemos ser odiados por andarmos pregando a Liberdade contra a Opressão? Enquanto não sabias disso, podias justificar o teu ódio na falsidade que te apresentaram como realidade. Mas desde este momento em que chegaste a esta linha do meu escrito, já não tens direito de crer que meus correligionários e eu somos contrários à Liberdade. Seria um contra-senso em homens espiritualistas, um absurdo que a tua inteligência não pode aceitar. Medita sobre esse fato e responde a ti mesmo, com a mão na tua consciência. Depois, com absoluta imparcialidade, dirige-te a ti mesmo todas as perguntas que deixo implícitas neste artigo e outras que uma voz recôndita te formulará no íntimo do teu ser e responde patrício. Sim; responde enquanto é tempo e vem enquanto é possível. Porque se não responderes logo e não vieres ao meu chamado amigo, talvez que seja tarde para evitares as desgraças que pairam como uma nuvem ameaçadora sobre a tua Pátria, a tua Família e tua própria Pessoa!”. Nota: - Este foi o último artigo de Plínio Salgado, publicado no “Diário de São Paulo” em 14 de dezembro de 1975,
uma semana depois do seu falecimento, aos quase 81 anos de idade, na cidade de São Paulo.

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IN HOC SIGMA VINCES!

Jornal A Offensiva, 11/10/1934, pág. 2



O Congresso de Vitória foi uma força pivotante. O de Petrópolis será uma grandeza de extensão. Ante o silêncio da imprensa, que abre colunas a todas as inutilidades, o Congresso ficará mais nítido em sua simplicidade heróica. Movimento de mocidade e de força nova, sem ricos e sem diretores de “opinião pública”, o Integralismo derrubou toda a primeira serie de seus inimigos e torna posição para deslocá-los dos pontos onde a inércia da liberal-democracia lhes tinha permitido ficar e fixar-se. Imprensa que não tem redação e apenas gerência, marxistas de mentalidade hemiplégica, com função unilateral, políticos com antolhos para que vejam apenas a trilhas dos programas inviáveis, sociólogos de entrevistas que só pretendeis aderir depois da vitória, independentes a preço fixo, professores de Direito a quem o Estado Burguês entrega sua mocidade para vossas experiências de tóxicos, burocratas da religião automáticas para quem Pio XI é menos ortodoxo que vosso vigário que não lê “Charitates Christi Compulsi”; meninos-bonitos que citam Lênin afagando camisinhas de seda, banqueiros cegos, industriais
surdos, guias paralíticos, gente do meu Brasil sonolento, distraído, indiferente, gozador, apático,
desdenhoso, sorridente, convencido que as chuvas do dilúvio não cairão jamais, despertai para o combate e para a glória! Sobre esse vosso braço inútil pregai a letra chamejante que vos distinguirá da manada confusa, do rebanhismo informe, da multidão incolor. Vinde para as fileiras verdes do Integralismo, trabalhar, estudar e sofrer conosco. Não deveis preparar desde já a explicação de vossa comodidade ante o arranco de nossa vitória definitiva. Ficareis marcados para sempre entre os que renegaram a Deus, a Pátria e a Família, material posto de lado, gasto antes do uso, inservível para outra coisa que não seja adesão ruidosa para a continuidade de
vossa digestão de oito lustros. Lembrai-vos que só existe no Brasil um sinal para reconhecermos os brasileiros que estão construindo uma Pátria, na perpetuidade do esforço e do sacrifício. Esse sinal é o Sigma. Brasileiro, mano, camarada, companheiro de varias e de poucas virtudes, a época passou para as vossas literaturas de artifício e de confeitaria. Estais diante de um minuto que definirá vosso pensamento. Lembrai-vos que este é o momento da Escolha, da Coragem, do Passo Inicial, a marcha para o alto como as nossas saudações. Soltai o volante da “baratinha”, espaçai o banho de sol afrodisíaco, deixai o livrinho que o marxista pinto de ouro para a vossa ignorância, ausência de raciocínio e clareza de dedução. Vêde as ruas, as praças, as estradas de todo o Brasil, cheias de “camisas verdes” de todas as idades da Fé. Ficareis isolados deste
movimento, único em toda nossa existência política? Nós não queremos vossa amável companhia depois que vencermos. Somos diverso. Um trapo verde não vos identificará como integralista. É preciso uma profissão de fé. Lembrai-vos das duzentas mil vozes que ressoam pela terra da Pátria. Curvai o ouvido a grande voz esparsa e sonora que sobe de todos os recantos. Em vós, brasileiro por acaso, pousam os olhos inquietos e sofredores de Plínio Salgado, perguntando vossa resposta a pergunta que ele fez ao Brasil. Deveis saber que todos nós nos erguemos, sacrificando tudo, para segui-lo porque acompanhamos o esperado...
IN HOC SIGMA VINCES!...
Lembrai-vos enquanto sois apenas neutros...

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11 de Maio de 1938 A reação contra a ditadura!

A reação contra a ditadura!



I – O OBJETIVO DA CONTRA-REVOLUÇÃO:

O movimento de 11 de maio de 1938 tinha como objetivo a deposição do Presidente da República - que governava como ditador desde o golpe de Estado de l0 de novembro de 1937 - e redemocratizar o país, reconstituindo o primado da Constituição de l6 de julho de 1934. Para isso reuniram-se os liberais em uma conspiração liderados pelo tribuno baiano Octávio Mangabeira - "À sua volta se irão aglutinando os revoltosos e desencantados, os que não quiseram e os que não puderam caber na nova situação." (Hélio Silva, "1938 - Terrorismo em campo verde", pg. 133). De outro lado, reuniram-se os integralistas, liderados por Plínio Salgado, líder nacional da Ação Integralista Brasileira. Na origem, tratava-se de duas conspirações que se desenvolviam separadamente, a partir da publicação do decreto presidencial que determinou a dissolução de todos os partidos políticos existentes, impedindo, assim, a realização das eleições presidenciais marcadas para o início do ano de 1938. Posteriormente, por interesses convergentes - garantia das eleições para as quais tanto Armando de Salles Oliveira, pelo Partido Constitucionalista de São Paulo, como Plínio Salgado eram candidatos à Presidência da República - uniram-se num único movimento revolucionário.
A comprovação dessa assertiva é confirmada pela documentação existente no Arquivo Nacional
do Rio de Janeiro - Processos n. 588, 600, 606 e outros do Tribunal de Segurança Nacional -; pelas pesquisas realizadas pelo historiador Hélio Silva, publicadas em várias de suas obras em
que tratou sobre o tema, assim como, em pesquisas realizadas por outros autores (ver bibliografia).

II - COMO SE DESENVOLVEU A CONSPIRAÇÃO:

A conspiração se desenvolveu em dois níveis: o das altas lideranças - chefes políticos, militares de alta patente, intelectuais, empresários, e o dos militantes de ambas as facções. Severo Fournier representando os liberais, como homem de confiança do então Coronel Euclides de Oliveira Figueiredo, e os médicos Belmiro Valverde e Raimundo Barbosa Lima, representando os integralistas. Reuniões foram realizadas à exaustão nos dois níveis e entre os representantes
dos dois grupos então unificados.
Ocorre que entre as altas lideranças a decisão de executar o plano, com maior apoio, se prolongava, aguardando, novas adesões significativas. Entretanto, um fato novo determinou a
definição da data para o ataque ao Palácio Guanabara, residência oficial do Ditador. O tenente
Júlio Barbosa do Nascimento que aderira ao movimento era um dos Comandantes da Guarda
Militar do Palácio e fora designado, para o seu plantão no dia 10 de maio, entrando em serviço
às 10 horas da noite daquele dia. Assim sendo, determinou-se que o ataque ao Palácio seria realizado na primeira hora do dia 11 de maio de 1938. Acordado entre todas as lideranças o plano de ataque elaborado por Severo Fournier, com a supervisão do Coronel Euclides Figueiredo deveria ser executado, sem demora - "Meu pai havia lido esses planos, fazendo-lhes observações à margem. Falhada a intentona promovida por integralistas dissidentes de Plínio Salgado e seguidores de Belmiro Valverde, de sociedade com oficiais não-integralistas e contrários à ditadura fascistóide, como Severo Fournier e outros, estava Euclides Figueiredo, o ex-comandante do Movimento Constitucionalista de São Paulo e membro do grupo que apoiava a candidatura de Armando de Salles Oliveira". Meu pai foi condenado pelo Tribunal de Segurança Nacional - a quatro anos de prisão". Este texto consta do livro "DE UM OBSERVADOR MILITAR - A 2a. Guerra Mundial vista de dentro uma prisão do Estado Novo", escrito por Euclides Figueiredo e editado pela Câmara de Deputados (Centro de Documentação e Informação), em Brasília, no ano de l983, na BREVE EXPLICAÇÃO, escrita pelo intelectual e escritor Guilherme Figueiredo, às páginas l9 e 20. Severo Fournier no seu DIÁRIO SECRETO, publicado pelo jornalista David Nasser (Edições Cruzeiro, R. J., l956, 2a. edição), à página 56 diz:
"Nosso movimento estava, além de tudo, baseado em várias forças armadas do País e se
apoiava em duas das maiores correntes e organizações políticas: na democracia representada
pelo Partido Constitucionalista, que significa dizer com o Brasil. E com o Integralismo". Confirmando este depoimento de Severo Fournier, Hélio Silva, na obra acima citada, às páginas
78 e 79, diz:
"A figura que sobressai pelo seu passado e, sobretudo, pela sua combatividade é o Ex-Chanceler
de Washington Luís, Otávio Mangabeira. A ele se deve, principalmente, o fato de não ter cabido
o comando da ação rebelde ao próprio chefe integralista, Plínio Salgado. Por indicação de Mangabeira, foi escolhido o Gen. João Cândido Pereira de Castro Júnior. A conspiração se desenvolveu utilizando esses elementos, sem distinções ideológicas. A participação integralista não pretendeu imprimir, ao menos nessa fase, características doutrinárias. Tratava-se de articular um plano subversivo, utilizando elementos das classes armadas, antigetulistas ou filiados ao integralismo. Se vitorioso, o movimento constituiria uma junta militar que, seguindo o
modelo clássico, prometeria eleições, logo que tivesse saneado a política.”

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