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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

POR QUAL MOTIVO O CATECISMO MAIOR PARA OS LUTERANOS TÊM UM CONTEÚDO DIFERENCIADO DO CATECISMO MENOR?


O Catecismo Maior encontra-se no Livro de Concórdia.

Foi publicado em abril de 1529. Este catecismo é relativamente desconhecido dos cristãos. No entanto foi o primeiro livro de instrução a ser elaborado. Difere do Catecismo Menor em alguns aspectos. Foi escrito na forma de explanação contínua, e não em perguntas e respostas. Dedica um espaço maior para a exposição dos Dez Mandamentos. Lutero foi um existoso reformador, professor, pastor, autor e compositor de hinos. Movido pelo seu profundo e vivo interesse na difusão da palavra de Deus, ele compôs seu Catecismo Maior para ser usado por pastores, professores e pais na promoção da causa da educação cristã entre os homens. O Catecismo Maior deveria trazer material suplementar para os que ensinavam o Catecismo Menor. Lutero pretendia que ele fosse usado na igreja, na escola e no lar.

Devido ao fato de infelizmente grande número de pastores e pregadores estarem sendo muito negligentes a respeito das coisas de Deus e desprezarem seu ofício e a instrução. Uns por causa de sua erudição outros por causa de preguiça deixaram cair em ruína e desolação suas paróquias, pois lêem uma vez, logo acham saber tudo e atiram os livros a um canto. Para tanto o Catecismo Maior volta-se para esses pregadores e eruditos.

Depois que as igrejas evangélicas haviam alcançado certa estabilidade externa, a necessidade era fortalecê-las internamente. Lutero já havia produzido um bom número de sermões e panfletos, desde 1516, para dar educação popular sobre os elementos básicos da doutrina cristã. Em 1525, confiou aos seus amigos Justus Jonas e João Agrícola a tarefa de compor um livro de instrução religiosa para crianças, ao qual se referiu como “catecismo’. Quando este trabalho sofreu atraso, como aconteceu em uma tentativa com Melanchthon, em 1528, Lutero tomou a iniciativa novamente. Entregou a Melanchthon a composição das “Instruções aos Visitadores do Clero do Eleitorado da Saxônia” (1528), enquanto ele mesmo assumiu a tarefa de preparar o Catecismo.
O material básico para tanto consistia de três séries de sermões que Lutero pregou em maio, setembro, novembro e dezembro de 1528 e março de 1529.

Antes que estes sermões terminassem, Lutero já estava escrevendo o Catecismo Maior. Partes dele foram enviadas à gráfica antes que o todo estivesse completo. Em abril de 1529, foi publicado o Catecismo Alemão, impresso pó Jorge Rhaw, em Wittenberg. (O título Catecismo Maior não é de Lutero). Mais tarde, no mesmo ano, Lutero publicou uma edição revista, incluindo uma “Exortação à Confissão”, uma inserção longa na introdução do Pai-Nosso e várias notas marginais. Esta edição foi a primeira a ser ilustrada, sendo várias das gravuras de Lucas Cranach, o Velho. Outra edição foi publicada em 1530, acompanhada de um segundo e longo prefácio que foi composto, provavelmente, em Coburgo. A última edição revisada por Lutero foi editada em 1538.

Uma tradução do Catecismo Maior para o latim foi publicada em 1529 e uma segunda edição em 1544, obra de um humanista, Vicent Obsopoeus, que se encarregou de fazer dele uma peça literária em grande estilo, adornando-o com citações clássicas e alusões à História Antiga. (De resto é, de modo geral, uma tradução servil do alemão de Lutero.)

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Fonte: Livro de Concórdia/(Editado por) Darci Drehmer. Traduzido por Arnaldo Schüler. 5.ed.-São Leopoldo: Sinodal; Canoas: Ulbra; Porto Alegre: Concórdia, 2006.

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COROA DE ADVENTO

“Venho sem demora. Conserva o que tens para que ninguém tome a tua coroa” (Apocalipse 3.11)

Advento é tempo de alegria. A razão dessa alegria é Cristo. Pois Advento significa vinda, chegada.

A coroa simboliza vitória e poder. Coroas são usadas para festejar vitórias. Soldados e atletas vencedores são homenageados com coroas.
A coroa de Advento quer anunciar a vitória de Cristo sobre o pecado, a morte e Satanás. Seus ramos verdes falam da nova esperança, da vida e da alegria que aguarda os fiéis na eternidade, pois cremos na “remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna”.
Conforme antigo costume, os quatro domingos de Advento são representados por uma coroa de Advento com quatro velas. A medida que as velas vão sendo acesas, lembramos a esperança dos antigos, que profetizavam a vinda do Messias, o Salvador prometido por Deus desde os primórdios do mundo: "Ah! se de Sião viesse já o livramento de Israel!. Quando Deus restaurar a sorte de seu povo, então exultará Jacó, e Israel se alegrará." (Salmo 53.6)

O significado de Advento

O Significado da Coroa de Advento e as Velas

Neste Domingo dia 27 de novembro de 2011, marca o fim do ano da Igreja já inicia o Advento e um novo tempo da Igreja. Estamos vivendo a época de Advento. Advento quer dizer Vinda. É um tempo em que a Igreja olha para o futuro, para o cumprimento final da promessa da volta de Cristo, ao mesmo tempo em que olha para o passado, lembrando o cumprimento das promessas de Deus em Belém. Geralmente ressalta-se um significado tríplice do Advento:

1) A vinda do Senhor como nosso irmão, no Primeiro Natal;

2) A vinda do Senhor pela Palavra e Sacramentos, nos dias de hoje;

3) A vinda do Senhor em glória no Dia do Juízo Final.

A Coroa de Advento é uma forma de expressar alegria pela vinda de Cristo Para comemorar o período de Advento.

O círculo da coroa simboliza tanto a eternidade, como a aliança de Deus com a humanidade através de Cristo.

Os ramos verdes simbolizam a esperança cristã na vida eterna.

As quatro velas, que vão sendo acesas uma a uma, a cada Domingo de Advento, simbolizam a alegria da aproximação de Cristo – a LUZ DO MUNDO – que veio no Natal – que vem diariamente pela palavra e sacramentos e que virá no dia derradeiro.

A vela branca no centro da coroa representa Cristo – que finalmente chegou a nós. É chamada “A Vela do Natal”, ou “Vela de Cristo”, pois só é acesa no Natal e em todos os cultos após o Natal – até a Epifania.

Veja o significado de cada uma das velas deste período de Advento:

A PRIMEIRA: A VELA DA PROFECIA

A igreja cristã tem hoje seu Ano Novo. É o Primeiro Domingo de Advento. Conforme antigo costume, os quatro domingos de Advento são representados por uma coroa de Advento com quatro velas.

À medida que as velas vão sendo acesas, lembramos a esperança dos antigos, que profetizavam a vinda do Messias, o Salvador prometido por Deus desde os primórdios do mundo: Ah! Se de Sião viesse já o livramento de Israel! Quando Deus restaurar a sorte do seu povo, então exultará Jacó, e Israel se alegrará (Sl 53.6)

Voltem-se os nossos pensamentos para a noite em que Cristo nasceu da virgem Maria, em cumprimento à promessa do Pai de remir o mundo dos seus pecados. Meditemos no alto e sublime privilégio de pertencer, como membros, ao corpo de Cristo, através da fé, mantida viva pela Palavra e Sacramentos. Meditemos no amor e na presença de Deus, mesmo nas horas mais difíceis de nossas vidas. Emanuel, Deus conosco.

A SEGUNDA: A VELA DE BELÉM

A primeira vela de Advento foi a vela da Profecia. A segunda vela é a Vela da Preparação para a vinda do Salvador, denominada a Vela de Belém. Muitos pensamentos se acumulam na mente dos cristãos durante esta época cheia de atividades de Advento. É da maior importância que os nossos corações se atenham à admoestação de João Batista, de arrependimento, por causa da presença do Reino de Deus entre nós. José e a Virgem Maria fizeram uma jornada até Belém. Foi uma longa e cansativa jornada. Mas a viagem era necessária em preparação para o grande evento daquele primeiro Natal.

Escreve o evangelista Mateus (2.6), citando as palavras do profeta: E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo, Israel.

A mensagem da Vela da Preparação, ou a Vela de Belém, nos leva a meditar e render graças a Deus que colocou até mesmo um imperador pagão, César Augusto, a nosso serviço, para que o Salvador nascesse na cidade designada por Deus. E reconheçamos o grande privilégio de pertencermos como membros, ao corpo de Cristo, pela fé. Recebamos em nossos corações o Emanuel, Deus conosco!

A TERCEIRA: A VELA DOS PASTORES

Aproxima-se a festa da vinda do Salvador. Com a terceira vela lembramos aqueles humildes pastores nas campinas em volta de Belém, suspirando (Sl 14.7): Ah! Se de Sião viesse já a salvação de Israel! Quando o Senhor restaurar a sorte do seu povo, então exultará Jacó, e Israel se alegrará.

O mundo de hoje não vê o Natal sob este prisma. Aguarda-o como uma festa de alegrias terrenas, sem se lembrar daquele que transformou o Natal no mais importante evento da humanidade. Queria Deus que estejamos nós preparados para receber o Menino Jesus, como os pastores o estavam, ao dizerem uns aos outros, depois que o anjo deles se ausentou: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer!

Ao refletirmos sobre esta vela, denominada A Vela dos Pastores, aproximemo-nos do Salvador com reverência e lhe ofereçamos o nosso coração!

A QUARTA: A VELA DOS ANJOS

A quarta vela de Advento é denominada a Vela dos Anjos. Os anjos de Deus desempenharam papel importante no Advento de Jesus: O anjo Gabriel anunciou a Zacarias o nascimento do precursor do Messias. O mesmo anjo anunciou a Maria o nascimento do Salvador. E uma milícia dos exércitos celestiais apareceu aos pastores nas campinas de Belém para lhes anunciar o nascimento do prometido Príncipe da Paz.

Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” foi a mensagem angelical de nova esperança ao mundo.

E, finalmente, quando chegar o dia derradeiro, quando vier o Filho do Homem na sua majestade, todos os anjos virão com ele (Mt 25.31).

Este é o Advento final, que aguardamos como todos aqueles que exultaram com o primeiro Advento do Salvador. Deus conceda que naquele dia todos nós estejamos preparados para cantar hosanas eternamente ao Filho de Deus!

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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Confissão de Augsburgo: Confissão de Fé apresentada ao Invictíssimo Imperador Carlos V, César Augusto, na Dieta de Augsburgo, no ano de 1530.

Dieta de Augsburgo em 1530. Os príncipes protestantes da Alemanha defendem suas crenças diante do imperador Carlos V.

No dia 21 de janeiro de 1530, o Imperador Carlos V convocou uma dieta imperial a reunir-se em abril seguinte, em Augsburgo, Alemanha. Ele desejava ter uma frente unida nas suas operações militares contra os turcos, e isso parecia exigir um fim na desunião religiosa que tinha sido introduzida como resultado da Reforma. Conseqüentemente, convidou os príncipes e representantes das cidades livres do Império para discutir as diferenças religiosas na futura dieta, na esperança de superá-las e restaurar a unidade. De acordo com o convite, o Eleitor da Saxônia pediu aos seus teólogos em Wittenberg que preparassem um relato sobre as crenças e práticas nas igrejas da sua terra. Uma vez que uma exposição de doutrinas, conhecida com o nome de Artigos de Schwabach, tinha sido preparada no verão de 1529, tudo o que parecia ser necessário agora era uma exposição adicional a respeito das mudanças práticas introduzidas nas igrejas da Saxônia. Tal exposição foi, por isso, preparada por teólogos de Wittenberg e, visto que foi aprovada num encontro em Torgau, no fim de março de 1530, é chamado comumente de Artigos de Torgau.

Juntamente com outros documentos, os Artigos de Schwabach e Torgau foram levados para Augsburgo. Lá foi decidido fazer uma declaração luterana conjunta em vez de uma simples declaração saxônica, a explanação a ser apresentada ao Imperador. Circunstâncias também exigiram que se deixasse claro na declaração que os luteranos não fossem reunidos ao acaso com os demais oponentes de Roma. Outras considerações indicaram que seria desejável enfatizar mais a harmonia com Roma do que as diferenças. Todos estes fatores contribuíram para determinar as características do documento que estava sendo preparado por Filipe Melanchthon. Os Artigos de Schwabach tornaram-se a base para a primeira parte do que veio a ser chamado de Confissão de Augsburgo, e os Artigos de Torgau tornaram-se a sua segunda parte. Lutero, que não estava presente em Augsburgo, foi consultado por correspondência, mas as emendas e revisões continuaram sendo feitas até a véspera da apresentação formal ao Imperador, em 25 de junho de 1530. Assinada por sete príncipes e pelos representantes de duas cidades livres, a Confissão imediatamente adquiriu importância peculiar como uma declaração pública de fé.

De acordo com as instruções do Imperador, os textos das confissões foram apresentados em alemão e latim. A leitura diante da Dieta foi feita do texto alemão, que é, por isso, tido como mais oficial. Infelizmente, nem o texto alemão nem o latino existem nas formas exatas em que foram apresentados. De qualquer maneira, mais de cinqüenta cópias que datam de 1530 foram encontradas, incluindo esboços que representam vários estágios no preparo antes de 25 de junho, bem com cópias com uma variedade de novas mudanças no vocabulário feitas após 25 de junho. Estas versões têm sido objeto de extensos estudos críticos da parte de muitos estudiosos, e um texto latino e outro alemão forma reconstituídos e podem ser considerados próximos, embora não idênticos, aos documentos apresentados ao Imperador. Existem diferenças entre os dois textos, razão por que ambos são reproduzidos nas publicações.

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Fonte: Livro de Concórdia/(Editado por) Darci Drehmer. Traduzido por Arnaldo Schüler. 5.ed.-São Leopoldo: Sinodal; Canoas: Ulbra; Porto Alegre: Concórdia, 2006.

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