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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Psicopatas: certamente você conhece um!


Imagem: A Lesson of the Evil. Psicopatas infiltrados na política, igrejas, escolas, faculdades ou em grandes empresas podem fazer estragos inimagináveis.

Seu comportamento se caracteriza por um forte disfarce de amizade e sociabilidade. Apesar dessa agradável aparência, ele oculta falta de confiabilidade, tendências impulsivas e profundo ressentimento e mau humor para com os membros de sua família e pessoas próximas.

Cinco milhões de brasileiros são incapazes de sentir emoções. Eles podem até matar sem culpa e estão incógnitos ao seu lado. Agora, a ciência começa a desvendá-los.

Tinha alguma coisa errada com o Guilherme. Desde quando era pequeno, 4 anos de idade, a mãe, Norma*, achava que ele não era uma criança normal. O guri não tinha apego a nada, era frio, não obedecia a ninguém.

O problema ficou claro aos 9 anos. Guilherme, nome fictício de um rapaz do Guarujá, litoral de São Paulo, que hoje tem 28 anos, roubava os colegas da escola, os vizinhos e dinheiro em casa. Também passou a expressar uma enorme capacidade de fazer os outros acreditar no que inventava. Aos 18, o garoto conseguiu enganar uma construtora e comprar um apartamento fiado. Tinha alguma coisa errada com o Guilherme.

Em busca de uma solução, Norma passou 15 anos rodando com o filho entre psicólogos, psiquiatras, pediatras e até benzedeiros. Para todos, ele não passava de um garoto normal, com vontades e birras comuns. “Diziam que era mimo demais, que não soubemos impor limites.” Uma pista para o problema do filho só apareceu em 2004. A mãe leu uma entrevista sobre psicopatia e resolveu procurar psiquiatras especializados no assunto. Então descobriu que o filho sofre da mesma doença de alguns assassinos em série e também de certos políticos, líderes religiosos e executivos. “Dói saber que meu filho é um psicopata, mas pelo menos agora eu entendo que problema ele tem.”

Guilherme não é um assassino como o Maníaco do Parque ou o Chico Picadinho. Mas todos eles sofrem do mesmo problema: uma total ausência de compaixão, nenhuma culpa pelo que fazem ou medo de serem pegos, além de inteligência acima da média e habilidade para manipular quem está em volta. A gente costuma chamar pessoas assim de monstros, gênios. Mas para a Organização Mundial da Saúde (OMS), eles têm uma “doença”, ou melhor, deficiência. O nome mais conhecido é psicopatia, mas também se usam os termos sociopatia e transtorno de personalidade antissocial.

Entre os psiquiatras, há consenso quanto a estimativas surpreendentes sobre a psicopatia. “De 1% a 3% da população tem esse transtorno. Entre os presos, esse índice chega a 20%”, afirma a psiquiatra forense Hilda Morana. Isso significa que uma pessoa em cada 30 poderia ser diagnosticada como psicopata. E que haveria até 5 milhões de pessoas assim só no Brasil. Dessas, poucas seriam violentas.

A maioria não comete crimes, mas deixa as pessoas com quem convive desapontadas. “Eles andam pela sociedade como predadores sociais, rachando famílias, se aproveitando de pessoas vulneráveis e deixando carteiras vazias por onde passam”, diz o psicólogo canadense Robert Hare, professor da Universidade da Colúmbia Britânica e um dos maiores especialistas no assunto.

Os psicopatas que não são assassinos estão em escritórios, faculdades, na política e em empresas por aí, muitas vezes ganhando uma promoção atrás da outra enquanto puxam o tapete de colegas. Também dá para encontrá-los de baciada entre políticos que desviam dinheiro de merenda para suas contas bancárias, entre médicos que deixam pacientes morrer por descaso, entre “amigos” que pegam dinheiro emprestado e nunca devolvem… Lendo esta reportagem, não se surpreenda se você achar que conhece algum. Certamente você já conheceu.

O francês Philip Pinel, um dos pais da psiquiatria, escreveu no século 18 sobre pessoas que sofriam uma “loucura sem delírio”. Mas o primeiro estudo para valer sobre psicopatia só viria em 1941, com o livro The Mask of Sanity (“A Máscara da Sanidade”, sem tradução para o português), do psiquiatra americano Hervey Cleckley. Ele dedica a obra a um problema “conhecido, mas ignorado” e cita casos de pacientes com charme acima da média, capacidade de convencer qualquer um e ausência de remorso. Com base nesses estudos, Robert Hare passou 30 anos reunindo características comuns de pessoas assim, até montar sua escala Hare, o método para reconhecer psicopatas mais usado hoje.

Seja como for, não é fácil identificar um. Psicopatas não têm crises como doentes mentais: o transtorno é constante ao longo da vida. Outras funções cerebrais, como a capacidade de raciocínio, não são afetadas. Algumas características, no entanto, são evidentes.

Segredos e mentiras

Atributo número 1: mentir. Todo mundo mente, mas psicopatas fazem isso o tempo todo, com todo mundo. Inclusive com eles mesmos. Eles são profissionais da lorota.

Ana*, há 9 anos conheceu um cara incrível. Ele dizia que, com apenas 27 anos, era diretor de uma grande companhia e que, por causa disso, viajava sempre para os EUA e para a Europa. Atencioso e encantador, Cláudio era o genro que toda sogra queria ter. “Em 5 meses, a gente estava quase(casando. Então a mãe dele revelou que era tudo mentira, que o filho era doente, enganava as pessoas desde criança e passava por um tratamento psiquiátrico.”

“O diagnóstico de transtorno anti-social depende de um exame detalhado. É que, além de mentir, ele mostra ausência de culpa”, afirma o psiquiatra Antônio de Pádua Serafim, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

E esse é um atributo-chave da mente de um psicopata: cabeça fresca. Nada deixa esses indivíduos com peso na consciência. Fazer coisas erradas, todo mundo faz. Mas o que diferencia o psicopata do “todo mundo” é que um erro não vai fazer com que ele sofra. Sempre vai ter uma desculpa: Justamente por achar que não fazem nada de errado, eles repetem seus erros.

“Psicopatas reincidem 3 vezes mais que criminosos comuns”, afirma Hilda Morana, que traduziu e adaptou a escala Hare para o Brasil. “Tem mais: eles acham que são imunes a punições.” E isso vale em qualquer situação. Até na hora de jogar baralho. Psicopatas não aprendem com punições. Não adianta dar palmadas neles.

Além disso, psicopata que se preze se orgulha de suas mancadas. Esse sujeito pode ser o marido que trai a mulher e se gaba para os amigos. Ou coisa pior.

Eis mais um traço psicopático. “Eles tratam as pessoas como coisas”, afirma o psiquiatra Sérgio Paulo Rigonatti, do Instituto de Psiquiatria do HC. Isso acontece porque eles simplesmente não assimilam emoções.

Em 2001, o psiquiatra Antônio Serafim colocou presos de São Paulo para assistir a cenas reais horripilantes. Cada um ouvia, por um fone, sons desagradáveis, como gritos de desespero. “Os criminosos comuns tiveram reações físicas de medo”, diz ele. “Já os identificados como psicopatas não apresentaram sequer variação de batimento cardíaco.”

Mais: uma série de estudos do Instituto de Neurociência Cognitiva, nos EUA, mostrou que psicopatas têm dificuldade em nomear expressões de tristeza, medo e reprovação em imagens de rostos humanos. “Outros 3 estudos ligaram psicopatia com a falta de nojo e problemas em reconhecer qualquer tipo de emoção na voz das pessoas”, afirma Blair.

É simples: assim como daltônicos não conseguem ver cores, psicopatas são incapazes de enxergar emoções. Não as enxergam nem as sentem, pelo menos não do mesmo jeito que os outros fazem. Em vez disso, eles só teriam o que os psiquiatras chamam de proto-emoções – sensações de prazer, euforia e dor menos intensas que o normal. “Isso impede os psicopatas de se colocar no lugar dos outros”, diz Hilda Morana.

Esse jeito asséptico de ver o mundo faz com que um psicopata consiga mentir sem ficar nervoso, sacanear os outros sem sentir culpa e, em casos extremos, retalhar um corpo com o mesmo sangue-frio de quem separa as asinhas do peito de um frango assado.

Ok, o problema central dos psicopatas é que eles não conseguem sentir emoções. Mas por que isso acontece?

Para a neurologia os “circuitos” do cérebro de um psicopata são fisicamente diferentes dos de uma pessoa normal. Agora, resta saber se essas deficiências vêm escritas no DNA ou se surgem depois do nascimento.

Hoje, se sabe que boa parte da estrutura cerebral se forma durante a vida, sobretudo na infância. Mas cientistas buscam uma causa genética porque a psicopatia parece surgir independentemente do contexto ou da educação. “Nascem tantos psicopatas na Suécia ou na Finlândia quanto no Brasil”, afirma Hilda Morana. “Os pais costumam se perguntar onde foi que erraram.” A impressão é que psicopatas nasceram com o problema. “Eles também surgem em famílias equilibradas, são irmãos de pessoas normais e deixam seus pais perplexos”, afirma Oliveira-Souza.

James Blair vai pela mesma linha: “Estudos com pessoas da mesma família, gêmeos e filhos adotados indicam que o comportamento dos psicopatas e as disfunções emocionais são coisas hereditárias”, afirma.

Os que vêm de famílias equilibradas e viveram uma infância sem grandes dramas teriam uma probabilidade maior de se transformar naqueles que mentem, trapaceiam, roubam, mas não matam. Mais de 70% dos psicopatas diagnosticados são desse grupo, mas não há motivo para alívio. Psicopatas infiltrados na política, igrejas, escolas e faculdades ou em grandes empresas podem fazer estragos ainda piores.

Exemplos não faltam. O político absurdamente corrupto que é adorado por eleitores, cativa jornalistas durante entrevistas, não entra em contradição nem parece sentir culpa por ter recheado suas contas bancárias com dinheiro público é um. O líder religioso que enriquece à custa de doações dos fiéis é outro. O professor que discrimina e humilha seus alunos. E por aí vai.

“Eles costumam se dar bem em ambientes pouco estruturados e com pessoas vulneráveis. Agem como cartomantes, pais de santo, líderes messiânicos”, afirma Oliveira-Souza. Psicopatas não tão fanáticos, mas com a mesma falta de escrúpulos, também estão em grandes empresas, sugando dinheiro e tornando a vida dos colegas um inferno.

A habilidade para mentir despudoradamente sem levantar suspeitas faz com que eles se dêem bem já nas entrevistas de emprego. O charme que eles simulam ajuda a conquistar a confiança dos chefes e a pressionar para que colegas que atrapalham sua ascensão profissional acabem demitidos. Não raro, costumam ocupar os cargos hierárquicos mais altos.

Sociopatas corporativos são responsáveis por escândalos como o da Enron, em 2002, quando a empresa americana mentiu sobre seus lucros para bombar preços de ações.

O que fazer?

Seja nas empresas, nas ruas, nossos amigos com transtorno anti-social são tecnicamente incapazes de frear seus impulsos sacanas. Mas, para os psiquiatras, essa limitação não significa que eles não devam ser responsabilizados pelo que fazem. “Psicopatas têm plena consciência de que seus atos não são corretos”, afirma Hare. “Apenas não dão muita importância para isso.” Se cometem crimes, então, devem ir para a cadeia como os outros criminosos.

Só que até depois de presos psicopatas causam mais dores de cabeça que a média dos criminosos. Na cadeia, tendem a se transformar em líderes e agir no comando de rebeliões, por exemplo. “Mas nunca aparecem. Eles sabem como manter suas fichas limpas e acabam saindo da prisão mais cedo”, diz Antônio de Pádua Serafim.

Por conta disso, a psiquiatra forense Hilda Morana foi a Brasília em 2004 tentar convencer deputados a criar prisões especiais para psicopatas. Conseguiu fazer a idéia virar um projeto de lei, que não foi aprovado. Nas prisões brasileiras, não há procedimento de diagnóstico de psicopatia para os presos que pedem redução da pena. Tampouco há procedimentos para evitar que psicopatas entrem na polícia – uma instituição teoricamente tão atraente para eles quanto as grandes empresas. Também não há testes de psicopatia na hora de julgar se um preso pode partir para um regime semi-aberto. Nas escolas, professores não estão preparados para reconhecer jovens com o transtorno.
Também não existem tratamentos comprovados nem remédios que façam efeito. Outro problema: quando levados a consultórios, os psicopatas acabam ficando piores. Eles adquirem o vocabulário dos especialistas e se munem de desculpas para justificar seu comportamento quando for necessário. Diante da falta de perspectiva de cura, quem convive com psicopatas no dia-a-dia opta por vigiá-los o máximo possível.

Charme

Tem facilidade em lidar com as palavras e convencer pessoas vulneráveis. Por isso, torna-se líder com frequência. Seja na cadeia, seja em multinacionais.

Inteligência

O QI costuma ser maior que o da média: alguns conseguem se passar por médico ou advogado sem nunca ter acabado o colegial.

Ausência de culpa

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

German American Bund (Federação Germano-Americana)


Fritz Julius Kuhn, conhecido como o Führer americano e Líder do German American Bund.

Entre as muitas organizações potencialmente subversivas que surgiram nos Estados Unidos, uma delas causou grande preocupação ao FBI por sua determinação em alterar a inicial neutralidade norte-americana e propiciar o apoio norte-americano aos países do Eixo. Tratava-se do Bund Germano-Americano. O país tinha outras organizações com ideologia mais ou menos similar, como o Partido Nacional-Socialista Americano, a Frente Cristã, os Cruzados Cristãos pelo Americanismo, o comitê América Primeiro e os grupos ultra-americanos e patriotas, sem esquecer da Ku-klu-Klan, mas o Bund era a mais organizada de todas elas.

Em 1933, Rudolf Hess havia autorizado a fundação de um Partido Nazista norte-americano, denominado Amigos da Nova Alemanha, com o apoio do cônsul alemão em Nova York. O primeiro líder do partido foi Heinz Spanknobel, e uma de suas primeiras atividades consistiu na edição de um jornal em alemão, o New Yorker Staats-Zeitung, para promover um sentimento simpatizante para com o nazismo.  Mas  Spanknobel acabou sendo deportado por causa de suas atividades e considerado um agente inimigo dos Estados Unidos. Como as atividades do grupo eram pouco discretas, Hess dissolveu-o em 1935.


Congresso da Federação Germano-Americana em 1939.

Muitos de seus ex-membros fundaram uma organização no ano seguinte, em Buffalo (estado d Nova York). Tratava-se da Liga Germano-americana (Amerikadeutscher Volksbund),  sob a direção de Fritz Kuhn,  um veterano alemão da Primeira Guerra Mundial. Rapidamente, a organização viu crescer o número de seus membros, muitos dos quais eram imigrantes alemães de primeira ou segunda geração. O Bund imitava a organização do partido alemão, e inclusive chegou a ter sua versão do uniforme da Juventude Hitlerista. Além da atividades culturais e  desportivas, existia um forte doutrinamento político entre seus membros.

O Bund chegou a criar colônias de férias em Nova York e New Jersey e várias cervejarias, cujos donos eram alemães, converteram-se em centros de encontro em Chigaco e Milwaukee. Os ataques antisemitas tornaram-se mais freqüentes e a organização começou a ficar cada vez mais parecida com sua inspiradora. A Alemanha apenas prestou ajuda ao Bund, mas seus membros estavam desejosos de reconhecimento.


Passeata organizada pela Federação Germano-Americana em Nova Iorque em Wall Street.

Em 1936, por ocasião da Olimpíadas de Berlim, uma delegação do Bund, encabeçada pelo próprio Kuhn, viajou até a cidade  e foi recebida por Adolf Hitler na Chancelaria. Um ano depois, o FBI vigiava rigorosamente suas atividades, e chegou-se a cogitar que aproximadamente 200 mil membros da organização estavam dispostos a fazer uso de armas  contra os Estados Unidos. Na verdade, o  Bund nunca teve mais de 8,5 mil membros e 5 mil simpatizantes. A Alemanha continuou sem prestar apoio e chegou a proibir a utilização  de seus símbolos pelo Bund.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Heróis da Segunda Guerra Mundial: Stanislaw Sosabowski.


Stanisław Franciszek Sosabowski.

Desde o início da segunda guerra mundial, o governo polonês no exílio estabeleceu-se no Reino Unido, sob a presidência do primeiro-ministro, general Wladyslaw Sikorski. Para lá, seguiram os poloneses que conseguiram escapar das ocupações nazista e soviética e logo se formaram unidades militares polonesas. No final de 1940, suas forças somavam cerca de 20 mil homens. Em 1941, formou-se a 1° Brigada de Paraquedistas, com cerca de 6 mil homens. Em seu comando estava o Coronel Stanislaw Sosabowski. Este militar nasceu em 1892 na região de Galitzia, então ocupada pelo Império Austro-Húngaro, e serviu em suas tropas na Primeira Guerra Mundial. Ao formar-se novamente o Estado polonês, em 1918, Sosabowski apresentou-se como voluntário para fazer parte do novo Exército nacional.

A ação mais famosa da qual a 1° Brigada da Paraquedistas  polonesa participou foi o desembarque aerotransportado em Arnhem, com seus colegas britânicos. Na ação, cerca de um quarto dos efetivos morreu ou ficou ferido, demonstrando um corajoso  comportamento. Não obstante, eles serviram de bode expiatório e foram acusados de ser, em boa medida, a causa do fracasso da operação, Por este motivo, Sosabowski foi afastado de seu posto, em dezembro de 1944, pelo presidente polonês no exílio, embora tenha sido promovido a general de brigada.

Após a guerra, os poloneses formaram parte do contingente britânico das forças de ocupação, mas as pressões soviéticas levaram o Reino Unido a dissolver a brigada. A União Soviética não reconheceu o governo polonês no exílio de Londres, e quem não voltasse à Polônia e se submetesse ao novo governo comunista seria privado da nacionalidade. Muitos voltaram, outros partiram para o exílio e alguns ficaram no Reino Unido. O general foi um dos que ficaram, vivendo humildemente e trabalhando como operário em uma central elétrica, falecendo em 1967, quase no anonimato. 

sábado, 25 de janeiro de 2014

A verdade histórica sobre o mito dos Anunnakis.




ENKI e seus descendentes, entre eles seu filho NINGISHSIDA (Senhor da Árvore da Vida).

            Muito se tem falado atualmente sobre os Anunnakis, e teorias das mais diversas são frequentes sobre o tema. Muitas teorias indo além do mito e levando ao extremo dos teóricos alternativos. Mas, realmente oque sabemos historicamente falando sobre esses seres mitológicos, tão importantes para os sumérios, seres que são colocados no mais alto escalão das divindades sumérias. Neste pequeno texto traremos um pouco de luz sobre os abusos escritos e documentários sensacionalistas que não prestam serviço ao conhecimento humano, mas servem unicamente para propósitos egoístas e gananciosos de seus escritores e produtores.

Os Anunnaki são um grupo de divindades sumérias, acádias e babilônicas. O nome é alternativamente escrito "a-nuna", "a-nuna-ke-ne, ou "a-nun-na", ou seja, algo no sentido de "aqueles de sangue real" ou "prole do príncipe". Sua relação com o grupo de deuses conhecido como Igigi não é clara - às vezes os nomes são usados como sinônimos, mas, no mito do dilúvio de Atrahasis, têm de trabalhar para os Anunnaki, rebelando-se após 40 dias e substituídos com a criação dos seres humanos. De acordo com um mito babilônico, os Anunnakis eram filhos de Anu, o céu. Anu, por sua vez, era o filho de Anshar (deus do céu), irmão de Kishar  (deus da terra), respectivamente. Portanto, Anu era neto de deuses lamacentas Lahm e Lahmu , guardiões do templo em Eridu , que teve lugar a criação . O que torna o Anunnaki nos bisnetos dos guardiões do Templo da Criação.


Deus Anunnaki, Enki (Senhor da Terra).

Breve genealogia:

Tiamati e Apsu

(Tiamati, era uma deusa serpente marinha e Apsu, era o deus das águas doces).
Lahm e Lahmu

(Senhores das terras abaixo dos oceanos ou “lodo marinho).

Anshar e Kishar

(Pais dos primeiros deuses. Anshar,  era o deus do horizonte celeste e Kishar era a deusa do horizonte terreno).

Anu e Ki

(Anu era o deus do céu e juiz dos homens, Ki era a deusa da terra)

Anunnakis

(Grupo de divindades dos quais o mais importante é Enlil, deus do ar. De acordo com as lendas, o céu e a terra eram inseparáveis, até o nascimento de Enlil, que dividiu o céu e a terra em dois).


Enlil , senhor do ar e Anu seu filho e sucessor como chefe do conselho Anunnaki iniciou uma disputa entre ele e seu irmão Enki , o senhor da terra, o deus da sabedoria e de água doce magia, considerado por muitos como um alquimista. Enlil (En = senhor | Lil = ar) vieram de Nippur , enquanto seu irmão Enki (En = senhor | Ki = Terra) fez de Eridu .

Os Igigi’s, os deuses menores, se recusaram a continuar a trabalhar para manter a harmonia do universo e Enki, no Shabat ou Shappatu, criou a humanidade para que esta assuma a responsabilidade para a realização de tarefas que os deuses menores tinham abandonado. Os Anunnaki, e o alto conselho dos deuses e de Anu, foram distribuídos pelo planeta Terra e pelo submundo. Alguns eram o próprio Enki, Asaru, Asarualim, Asarualimnunna, Asaruludu, Namru, Namtillaku ou Tut.

Na mitologia caldeia, os deuses Igigi’s eram deuses menores, mas também na literatura da antiga Mesopotâmia está palavra era usada para designar o conselho supremo dos deuses celestiais. Os Igigi, trabalhavam para os Anunnakis, cavando valas de drenagem e canais. Um dia, cansado, rebelaram-se como as lendas de épicos Enuma Elish e Atrahasis. Depois se tornaram uma espécie de demônios ou entidades do mal.

Alguns significados mais minuciosos da palavra Anunnaki:

ANUNNAKI
An = forma reduzida de "anachnu", que significa NÓS
Nu = também significa "céu"
Naki = limpo, puro
Significado: “Nós somos puros”
Ki = Terra
Ampliando o significado para: "Nós do céu, na Terra", ou ainda "Puros do Céu na Terra”.

Jeremy Black e Anthony Green oferecem uma perspectiva ligeiramente diferente sobre os Igigi e Anunnaki, escrevendo que "lgigu ou Igigi é um termo introduzido no período babilônico antigo como um nome para os (dez)"grandes deuses". Embora, por vezes, mantivesse esse sentido em períodos posteriores, desde o período Babilônio Médio é geralmente usado para se referir aos deuses do céu coletivamente, assim como o termo Anunnakku (Anúna) foi posteriormente usado para se referir aos deuses do submundo. No épico de criação, dizem que há 300 lgigu do céu.".

Curiosamente, os sumérios tinham uma gradação para os seus deuses: Igigi era classe das divindades dos céus, ou do paraíso – compostos por dez seres, os “grandes deuses”; Anunnaki era o nome dado aos deuses terrestres, aqueles que supostamente viviam entre nós.

Entretanto, vale a pena pontuar que na Antiguidade os governantes eram vistos como verdadeiros deuses na Terra. Os faraós do Egito Antigo eram deuses regendo os seres humanos. Os governantes da Pérsia, da Babilônia, da Suméria também tinham tais características entre seus plebeus.

O mito cosmogônico dos babilônicos diz que os Anunnaki construíram as coisas da terra, como a organização social humana. Mas os historiadores apontam que esta é apenas uma versão das várias existentes da mesma mitologia. De acordo com um mito babilônico posterior, os Anunnaki eram filhos de Anu e Ki, irmão e irmã deuses.

É interessante conhecermos essas vertentes do conhecimento, uma vez que abrem nossa mente para questionamentos sobre como a humanidade fundamentou seu pensamento moral em cima da religião, e como o próprio homem inventou os deuses com suas semelhanças.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Os egípcios construíram a Esfinge?


 Esfinge, Planalto de Gizé.

A esfinge é uma estátua enorme que fica perto das pirâmides, no planalto de Gizé, Egito, África. Praticamente todo mundo já ouviu falar, viu fotos ou jogou jogos onde aparece uma criatura com corpo de leão e cabeça humana, que propõe um enigma. Quem não resolve o enigma é morto pela esfinge.

Pois então, essa estátua, chamada Grande Esfinge de Gizé, é a maior estátua esculpida num único bloco de pedra. Foi aproveitado um penhasco que havia no local, que depois foi coberto por blocos de pedra lisa.

A esfinge que sempre aparece nos jogos tem a cabeça de uma mulher, mas, a esfinge de Gizé parece que tem a cabeça de um homem. Alguns estudiosos dizem que ela foi construída pelo mesmo faraó que fez a segunda maior pirâmide, Quefren, e que a cabeça da esfinge é a cabeça desse faraó.

Então, a esfinge tem o corpo de um leão e a cabeça humana. Entre as patas de leão, existe uma laje de granito com uma inscrição que conta sobre um sonho que o faraó Thutmose IV, que reinou na XVIII dinastia, teve.

Essa laje é uma estela, chamada de Estela do Sonho e conta o seguinte: quando jovem, Thutmose foi caçar e muito cansado, dormiu sob a sombra da esfinge. Ele então sonhou com o deus sol Ra-Harakhte, que na forma da esfinge, lhe prometeu que se ele limpasse toda a areia que cobria o monumento se tornaria faraó do Egito. E foi exatamente isso que aconteceu.


 O deus Aker da mitologia egípcia era sempre representado por dois leões que guardam os portões do além-túmulo.

Assim, ficamos sabendo que, quando Thutmose IV reinou, a esfinge já estava bastante coberta pela areia. Em 1816 o capitão Caviglia terminou a retirada da areia que novamente cobria a esfinge e registrou que o corpo da estátua era revestido em pedra e que provavelmente a esfinge tinha sido um dia, pintada com tinta vermelha.

Então, onde está o mistério?

Em primeiro lugar, ainda não se sabe com certeza, como o nariz da esfinge foi arrancado. Há diversas teorias, mas como saber a verdade?

O professor Robert Schoch, da Universidade de Boston, afirma que a esfinge é muito mais velha do que diz a História oficial. Ele acha que a erosão que existe no corpo do monumento não foi feita pelo vento ou pela areia, foi feita sim pelas chuvas. Ora, então a esfinge seria pelo menos 2 mil e 500 anos mais velha do que se pensa, quando no Egito havia muita vegetação e muitas chuvas. Será?

Muitos pesquisadores já fizeram estudos e acreditam que existem túneis e câmaras ainda não escavados sob a esfinge. Será que algum deles esconde um grande mistério?

Segundo a professora de egiptologia da Universidade Americana do Cairo, Salima Ikram, já foram encontradas múmias, escondidas sob a axila esquerda e na parte de trás da esfinge. De quem seriam essas múmias? Por que estavam dentro do monumento? Onde estão agora?

Teria havido duas esfinges?


Nas representações artísticas que fizeram, entretanto, as esfinges geralmente aparecem aos pares. A estela que Tutmósis IV (c. 1401 a 1391 a.C.) mandou fixar na frente do monumento, e que vemos ao lado numa foto do Canadian Museum of Civilization Corporation (CMCC), é um bom exemplo disso. No relevo feito no granito, a esfinge está assentada sobre uma construção complexa. Os arqueólogos dizem que o palácio gravado na estela é representação do templo que existe até hoje diante da esfinge. Entretanto, a forma do edifício representado na estela é totalmente diferente do templo da esfinge. Além disso, as regras de perspectivas usadas pelos artistas egípcios fariam com que eles colocassem o templo diante da esfinge, como realmente ele está situado, e não abaixo dela. Tais regras eram por demais rígidas e nenhum artista oficial se permitiria divergir de realidade em tal medida.

Segundo Shammaa, esta ideia de duas esfinges está bem representada na iconografia egípcia e está bem de acordo com as crenças egípcias de como o universo foi criado, as quais, fundamentalmente, se baseiam na dualidade e têm origem no período pré-dinástico. O deus Atum criou Shu e Tefnut na forma de dois filhotes de leão, um macho e uma fêmea, colocando cada um deles num dos extremos do universo. Os antigos artesãos egípcios e os sacerdotes sempre os desenharam e os descreveram vigiando os dois montes primevos interligados (akhet), os quais com o Sol no meio formam a palavra hieroglífica para "horizonte". Quando o Sol se punha, afirmava-se, o leão do ocidente pegava o Sol em suas mandíbulas e o transportava pelo mundo subterrâneo, entregando-o, finalmente, ao leão do oriente. Assim, depois de um período de escuridão, começava a amanhecer. Estes dois leões simbolizavam o "ontem" e o "amanhã". O disco solar da divindade se eleva entre os animais, os quais eram responsáveis por vigiar os limites leste e oeste, apoiando a luta da luz contra a escuridão, da ordem contra o caos, de Hórus contra Seth. A avenida de esfinges com cabeças de carneiro defronte do primeiro pilone de Karnak e as esfinges com cabeças humanas diante do templo de Luxor enfatizam esta dualidade.

Embasado nesse conceito religioso, Shammaa prossegue seu raciocínio afirmando que quando nos colocamos diante da esfinge e vemos as três pirâmides atrás dela, percebemos que há duas colinas, ou seja, duas construções de forma piramidal semelhantes em altura e tamanho, conectadas por um vale de terra. Uma vista aérea do complexo piramidal de Kéfrem confirmará que a calçada que liga o templo mortuário ao templo do vale teve que desviar seu caminho para o sul para evitar a esfinge já existente. A calçada termina no templo do vale, desembocando no seu lado norte, não no meio, como de costume. Os operários estavam tentando evitar outra estátua sagrada intocável no lado sul: a esfinge desaparecida. Se consideramos o templo da esfinge e o templo de vale, podemos deduzir que ambos são semelhantes no projeto, na altura, no desgaste, na erosão e na destruição pelo tempo. O que parece é que havia um único templo dedicado à adoração do horizonte, o santuário do deus-Sol. Com as obras posteriores o templo foi dividido em duas partes iguais, cada uma dedicada a um dos leões. Deve-se ter em mente que o granito rosa que reveste algumas partes do templo do vale foi colocado décadas depois da construção do monumento. Este fato fica demonstrado, sem sombra de dúvida, quando se observa como o granito está embutido nas cavidades causadas pelo desgaste do tempo. Assim, raciocina Shammaa, se há dois montes, dois templos que significam as duas extremidades dos limites do mundo no leste e no oeste, e dois santuários do deus e um deles (templo da esfinge) está guardado por uma esfinge de leão junto a ele, por que então o segundo santuário do deus (templo do vale) não é protegido e vigiado da mesma forma com uma esfinge a seu lado?


 De leão ao ser antropomórfico.

O deus Aker é descrito frequentemente como dois leões sentados e voltados para lados opostos. Shammaa pensa que a esfinge tinha uma cabeça de leão antes de ser refeita com cabeça de um faraó. Isto explicaria por que a cabeça humana da esfinge é pequena em comparação ao corpo do leão. Os antigos egípcios jamais incorreriam num erro tão primário da relação entre as proporções. O leão duplo é uma manifestação de Shu e Tefnut. Os egípcios nunca protegeram apenas de um lado qualquer avenida, entrada, templo ou tumba, porque isso seria contra o bom senso da idéia de proteção, já que um lado do santuário de Atum ficaria exposto ao perigo. Além disso, os dois leões no Livro dos Mortos são simbolos de Osíris, de Rá e, às vezes, de Atum. A ausência de um deles provoca caos, crise e uma grande desordem.

Se o Sol precisa de dois leões para levá-lo do oeste para leste, e como a esfinge existente está sentada exatamente na fronteira entre o deserto (nenhuma vida) e a vegetação (vida), então, como a jornada do renascimento eterno do Sol poderia ser completada se houvesse só um leão? Quem cuidaria desse transporte do oeste para seu destino? Alcançar o objetivo da ressurreição do Sol é impossível, a menos que haja dois leões. Os dois leões de perfil que ladeiam o horizonte são as duas esfinges: uma atrás do templo da esfinge, a qual simboliza o limite ocidental, e outra atrás do templo de vale, a qual simboliza o limite oriental onde o Sol renascerá, da mesma maneira que a terra se torna verde no vale devido à rica inundação do Nilo. Se olharmos de frente os dois animais da cena desenhada de perfil, veremos dois leões que ladeiam a calçada que divide um templo em dois. Veremos, ainda, ao fundo, duas pirâmides. A base de pirâmide de Kéfren (c. 2520 a 2494 a.C.) foi esculpida no leito da rocha para criar, então, a cena da monte primevo e o disco solar surge entre os dois monumentos para completar a cena do Livro dos Mortos.

A arte egípcia antiga sempre dependeu da harmonia entre a relação e a proporção da cena. As formas devem ser simétricas. O resultado final produzido deve ser harmonioso. Na escultura sempre um dogma de duplicidade dominou a construção religiosa. Exemplos: a avenida dupla de esfinges com cabeças de carneiro de Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.) em Karnak, ou a de esfinges com cabeças humanas de Nectanebo I (380 a 362 a.C.) no templo de Luxor. Duas estátuas sentadas ladeiam as entradas dos templos. Um lado sempre é igual ao outro. A conclusão que o autor tira de tais considerações é a de que a existência de uma segunda esfinge no outro lado da calçada está além de qualquer dúvida. Portanto, ele acredita que os restos da segunda esfinge ainda estão lá enterrados na areia, ainda que possam se encontrar muito delapidados. Com relação à estela de Tutmósis IV que aparece no topo desta página, Shammaa afirma que não se trata de uma cena repetida em um espelho. Evidentemente o faraó está fazendo oferendas para duas esfinges diferentes. Primeiro porque está usando coroas diferentes: a coroa azul de guerra numa cena e o nemes na outra cena. Portanto, trata-se de duas situações diferentes. Em segundo lugar, porque o faraó oferece dois tipos de libações diferentes para cada cena, ou seja, ele não trata as duas esfinges de maneira igual.


Seria esta a face original da Esfinge(s)?

           Outro dos defensores da ideia de que a esfinge de Gizé tenha tido uma companheira idêntica é Michael Poe, arqueólogo formado em Los Angeles pela Universidade da Califórnia (UCLA). Apesar da assim chamada Estela do Inventário informar que a esfinge já existia no tempo de Kéops e que o faraó encontrou a esfinge em ruínas e mandou restaurá-la, pode até ser que tal estela seja uma fraude piedosa daquela época, já que se trata de um artefato datado da XXVI dinastia (664 a 525 a.C.). 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Centenas de ossadas datadas de 2000 anos, pertencentes a um exército de guerreiros desconhecidos, são encontrados “sacrificados” na Dinamarca.


Este crânio, descoberto entre os restos de muitos outros guerreiros no Alken Enge na Dinamarca, tem uma ferida mortal na parte de trás do crânio. 

Crânios fraturados e diversos ossos de fêmur cortado ao meio, achados juntamente com machados, lanças e escudos, confirmam que o pântano em Alken Enge foi o local de conflitos violentos. "É claro que este deve ter sido um evento de grande alcance e dramático bastante para ter tido efeito profundo sobre a sociedade da época", explica o Gerente de Projetos Mads Kähler Holst, professor de arqueologia na Universidade de Aarhus.

A arqueologia é cheia de surpresas. Embora seja sempre fascinante descobrir mais sobre populações e épocas diferentes da nossa, pedaços dessas histórias podem ser assustadores.

Às vezes temos até a impressão de que os humanos eram mais cruéis no passado; mas talvez seja só isso mesmo, uma impressão, já que, apesar de sacrifícios não estarem mais em voga ou sequer serem permitidos, somos capazes de muitos outros tipos de maldade.

Recentemente, pesquisadores encontram “relíquias históricas” de aproximadamente 3,6 mil anos atrás: mãos que foram cortadas de inimigos para dar ao rei, da época em que o povo Hykso controlava parte do Egito.

Agora, mais uma escavação teve resultado macabro: em uma colaboração entre o Museu Skanderbord, o Museu Moesgård e a Universidade de Aarhus (Dinamarca), arqueólogos descobriram os restos de centenas de guerreiros que morreram violentamente cerca de 2.000 anos atrás.

A escavação atual segue um trabalho feito em 2008 e 2009, quando arqueólogos encontraram ossos individuais espalhados no leito de um lago de dois metros nas zonas úmidas de Alken Enge, perto do Lago Mosso, em East Jutland, na Dinamarca.

O local agora é um pântano, mas a pesquisa geológica indica que os achados eram restos de um exército depositados em uma pequena bacia na área que existia no local há 2000 anos, que hoje se tornou o pântano Alken Enge.

As análises também indicam que o nível de água na área mudou várias vezes. Mapear esses períodos de alta e baixa cronologicamente pode indicar as condições precisas do local no momento do sacrifício em massa.


Um machado bem preservado de ferro, medindo cerca de 75 centímetros de comprimento, que foi descoberto em Alken Enge na Dinamarca.

Sim, sacrifício, pois a evidência de violência no local é clara, segundo os arqueólogos. Eles descobriram ossos humanos danificados, incluindo uma fratura no crânio e um osso da coxa cortado ao meio, junto com machados, lanças, escudos e clavas.

Quem são esses guerreiros?

Aos poucos, os pesquisadores vão exumar os restos mortais encontrados no local, para estudá-los em busca de mais informações sobre esses guerreiros: quem eles eram e de onde vieram.


Um crânio escavado a partir do site Alken Enge neste verão. É portador de uma ferida mortal causada por uma lança ou flecha. 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Civilizações esquecidas: Reino de Tuwana.


Rei Tuwana Warpalawas, em frente ao deus das vegetações. Este relevo está datado na metade do século VIII a.C. O relevo possuí 5 m de altura e está localizado em Ivriz na Turquia.

Ao Sudeste da península da Anatólia estão os restos de um antigo reino que fazia parte da confederação hitita, ou Império Hitita. Talvez Tuwana não era um reino quando o império hitita estava em seu apogeu e o local que começou a ser escavado fornece informações do primeiro milênio, então talvez seja uma civilização neo-hitita, uma vez que o antigo império foi reduzida a pequenos estados no sudeste da Anatólia.


A escavações trazem a luz a Civilização Tuwana.

O arqueólogo italiano Lorenzo d'Afonso lidera a missão arqueológica para saber mais sobre este reino centrado em Kinik Hoyuk. Várias fontes hititas e assírias falam dele, então agora você só precisa que a arqueologia confirme o quão pouco sabemos sobre Tuwana. De acordo com o arqueólogo o sitio está intacto, por isso tudo é feito em 24 hectares, para alguns, para outros 81, o que poderia cobrir o principal centro "urbano" do reino. No Sul da Capadócia, Tuwana foi um lugar importante para controlar o acesso a Cilícia ("Portas da Cilícia") e do Oriente Próximo de Carquemis. Tuwana era um pequeno reino entre Frígia e do império assírio, e isso deve ter dado uma grande riqueza, o que parece confirmar três estelas em muito mau estado, que foram preservados, na parede da Acrópole e nos edifícios do mesmo. Das estelas que foram escavadas, encontram-se paredes da altura de 6 metros em bom estado, com gesso sobre eles e sinais de que estavam no caminho para o surgimento de um alfabeto.


As escavações tem encontrado belíssimos  entalhes em pedra.

Qual era a situação geopolítica do tempo Tuwana existiu como um reino?

Diversos reinos da Anatólia se tornaram independente após o colapso do império hitita, mas esse fenômeno não ocorreu em todas as regiões simultaneamente (Lydia, Caria, Lycia, Bitínia, Frígia, Licaônia, Paphlagonia, Cilícia, Misia ...) e no leste do grande império neo-assírio, que não vai desaparecer até o final do século VII aC nas mãos dos babilônios e medos. Com capital de Nínive, no final de sua vida, sem dúvida mantinham contatos comerciais com Tuwana.


A representação do deus das vegetações e do rei Tuwana Warpalawas está cercada por está cercada por pictogramas hititas, como podemos ver na imagem acima.