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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Poesias Integralistas- E POR TODOS OS SÉCULOS DOS SÉCULOS...


Versos aos que vacilam

Mayrink

Desta luta sem fim, ninguém deserta!

Trazes as mãos de sacrifícios cheias:

Não é possível que afinal descreias

da Vitória do Bem – porque ela é certa!



Como se faz a um caramujo, aperta,

no ouvido d’alma, a Pátria – e, em tuas veias,

sentirás saudades das cadeias

e a voz dos Mortos te dizendo – Alerta!



Por sobre o tremedal do conformismo,

atira a tua Fé no Integralismo

- puro e distante como a luz de um astro:



Eu só posso enrolar a bandeira,

a que entreguei uma existência inteira

- para crucificar-me no seu mastro...

(Transcrito do Boletim “O Idealista” – Ano 1 – Abril – Maio – Junho de 1987 – Nº 3 – pág. 2)

Poesias Integralistas

A Revolução Necessária

Mayrink

Despe a camisa verde - imediatista,

incapaz da renúncia do presente:

Nem por mudar uma camisa, a gente

conseguirá fazer-se Integralista...

Quem a vestiu, sonhando uma conquista

ambiciosa, iludiu-se, totalmente:

- O soldado de Deus não traz em mente

nenhuma presunção personalista...

Integralismo é a escola da humildade:

- Cristo pregando a reforma interior,

na Judéia do egoísmo e da vaidade...

Despe a camisa verde, da revolta

que não sentiste - ó mísero impostor...

Anula-te a ti esmo... e depois volta...

(Transcrito do Nº 1 da Revista Anauê!, Janeiro de 1935, Ano I)

Poesias

TRANSFORMAÇÕES

A. Lorenzzoni*

Ilusões da Vida


"Quem passou pela vida em branca nuvem,
E em plácido repouso adormeceu;
Quem não sentiu o frio da desgraça
Quem passou pela vida e não sofreu;
Foi espectro de homem, não foi homem
Só passou pela vida, não viveu”.

Francisco Otaviano
(1825 - 1889)

Narrar-te tudo o que vivi...
As batalhas e adversidades,
Sobretudo (e por quê não? ) as felicidades
Escuso-me agora.
Não cabe aqui,
Em poucas palavras.
Esta que envio-te por hora
É apenas uma carta.
Longa história se demora;
E como não estou vendo teus olhos,
Recuso-me a contar.

Interessa apenas o vazio que senti...
Sombrio como vagalhões
Em negras tempestades,
Que arrebatam e afogam o solitário navio.
[Velejava
Sem rumo
Imenso oceano
Sem perspectiva]


Tão diminuta cultura...
Falta-me o Latim.
E onde estão os símbolos pátrios
Que deveriam ornar vestes,
carros e jardins?


Tão estranhas pessoas...
Respeito, discrição, dignidade
Parecem ter se dissipado
(Quase sepultados!)
Entre brumas formadas
Pelos excessos materiais,
Vícios, agitações,
Apostarias e liberalidades.
E onde estão as artes e memórias
De ilustres brasileiros


Nossos antepassados?




Tão misteriosa vida...
Segui também o caminho atraente,
Despojado de preceitos morais.
Abandonei virtudes,
Neguei tradições.
Acreditei numa falsa liberdade;
Tardiamente percebo os grilhões.
Onde está minh’alma?


Alquebrada...
Deixei-a muito tempo à deriva,
Como aquele navio.
É então deste vazio que te falo...


Acabrunhada...
Voltei-me ao passado.
Descobri fortalezas;
Desejos íntegros,
Ideais sinceros.
Apoderaram-se do meu pensamento
Esses novos e nobres sentimentos.
Ocupam, gradativos, o vazio.
E já consigo entrever um futuro gentil.


Mas, tencionava eu ser breve...
Então apresso as despedidas.
Em tempo, previno-te ainda:
Urge indicar-nos a direção
Ao quebrantado navio!
(Onde está nosso Brasil?)

novembro /2000.



* Σ – Curitiba – PR

Origens da Maçonaria.


Léon de Poncins*

São vagas e multiplas, se nos basearmos nas versões contradictorias fornecidas pelos maçons. Parece indiscutivel que a associação data de época remota. Na Inglaterra, provem das confrarias dos pedreiros constructores da Idade Média.

Historicamente, póde-se affirmar que, sob a fórma actual, a Maçonaria existe desde 1717. Nessa época, diversas lojas inglezas reuniram-se em Londres e fundaram a Grande Loja da Inglaterra, a mais antiga de todas as lojas do universo. James Anderson foi encarregado de reunir, corrigir e redigir, sob uma fórma definitiva, os estatutos maçonicos. O seu trabalho appareceu em 1723 e serviu de base a todas as constituições maçonica actuaes. 1

(¹) Informações minuciosas nas obras seguintes: W. J. Hughan - Constitutions of the Free-Masons of the premier grd. Lodge of England. Londres 1889. W. Begemann - Vorgeschichte und Anfange der Freimaurerei in England. Berlin 1909.

PONCINS, Léon. As Forças Secretas da Revolução. Maçonaria - Judaismo. [1. ed.]. Porto Algre: Livraria do Globo, 1931. Transcrtito da página 22. Foi conservada a grafia do original.

* O Conde Léon de Poncins(1897-1976) foi um combativo e controvertido intelectal francês do Século XX. Publicou diversas Obras, entre as quais: La Franc-Maçonneríe puissance Occulte, Société des Nations Super-État Maçonnique, Tempête sur Le Monde e muitas outras.

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O Uniforme Integralista.


Sérgio de Vasconcellos

Eis uma interrogação constante: Os Integralistas têm ou usam algum Uniforme?

Rigorosamente falando, o Integralismo, enquanto Filosofia, não tem e nunca teve uniforme. Mas, como corrente de opinião organizada, teve Uniforme durante a vigência legal da Acção Integralista Brasileira: Camisa da cor verde inglês em cujo braço esquerdo, no terço médio, estava fixado um círculo branco com borda preta, no centro do qual figurava um Sigma também preto; gorro verde da mesma cor da camisa; calças pretas, brancas ou caquis (conforme as circunstâncias); cinto e sapatos de preferência pretos.(1)

Depois deste período, algumas organizações Integralistas não tiveram qualquer Uniforme (o Partido de Representação Popular, a União Operária e Camponesa do Brasil, etc.) outras, tiveram os seus próprios Uniformes (a Cruzada Juvenil da Boa-Imprensa, os Centros Culturais, etc.), mas, o Movimento Integralista, propriamente dito, não teve e ainda não tem Uniforme.

Atualmente, vêem-se muitos modelos de camisetas nos meios Integralistas. Ora, a própria variedade das mesmas, revela que não são Uniformes. Quando muito, são indicativas de um desejo de exteriorizar as convicções ideológicas de seus portadores. E mais, é comum presenciar-se em reuniões Integralistas, parte da assistência envergando camisas verdes de todos os tipos, feitios e tons, tal diversidade comprova de um lado, a inexistência de um Uniforme, mas, de outro, demonstra um desejo latente por parte de muitos Integralistas de resgatar o antigo e heróico Uniforme da Acção Integralista Brasileira.

Hoje, dois são os principais obstáculos para a adoção de um Uniforme para o Integralismo:
1º - Não há uma organização que reuna a totalidade dos Integralistas, e uma indumentária Uniforme (seja a antiga Camisa Verde, seja uma nova ainda a ser criada) pressupõe unidade organizacional;
2º - Condições materiais objetivas, isto é, um Uniforme, por mais simples que fosse, obrigaria a um gasto adicional que muitos Brasileiros não poderiam arcar.

Como estamos falando em Uniformes, para terminar, uma última consideração:

O Integralismo nunca adotou braçadeira com Sigma, isto é uma invencionice recente e ridícula, sob a alegação esdrúxula de que com a “bolacha” (é assim que alguns se referem a circunferência de pano com o Sigma) costurada diretamente “perde-se” a camisa... A Camisa Verde do Uniforme da antiga A.I.B., não era para passeio, só era utilizada em atividades Integralistas, logo, o Sigma afixado diretamente não a perdia, pelo contrário, elevava-a a categoria de instrumento revolucionário. Repudiamos assim esta tal braçadeira, por entendê-la de inspiração burguesa.

Nota:
1 Para maiores detalhes consulte-se as págs. 81 e 82 dos “Protocolos e Rituais da Ação Integralista Brasileira”, em “A Orgânica da Ação Integralista Brasileira” - Tomo II - Rio de Janeiro - Livraria Clássica Brasileira/ Edições GRD -s/d - 143 págs. Enciclopédia do Integralismo Vol. XI.

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Poema-O Livro

Plínio Salgado.

O livro é um forte guerreiro,

É um rijo batalhador...

Domina o Universo inteiro

Com formidável vigor,

Responde augusto e altaneiro

Cheio de um vivo fulgor !

O livro é um forte guerreiro...

Nas mais tremendas batalhas,

Nos conflitos das nações,

- Mais forte que mil fornalhas

Das forjas de mil titões.

-Tem mais valor que as metralhas,

Tem mais valor que os canhões

- Nas mais tremendas batalhas!

O livro é um forte guerreiro...

Nas mais tremendas batalhas...

(Escrito aos 16 anos de idade)

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Maçonaria Bastarda!

Stanislas de Guaita*
(...)


Todavia, sem nenhum medo de semear o temor ou o estupor; desdenhando, quando lhes era possível, sem perigo, todo este luxo de encenação, os verdadeiros iniciados reuniam-se, também, e a grande Ísis sentava-se em seu meio. Fundaram-se associações herméticas que deviam a rubricas forjadas o privilégio de uma segurança relativa. Citaremos, a título de memória, a ordem dos Templários (ninguém lhe ignora a origem e o fim trágico)¹; as confrarias da Rosa-Cruz e dos Filósofos Desconhecidos, sobre as quais a história, por outro lado, mal se pronuncia e, finalmente, a Franco-Maçonaria oculta, prolongamento mais ou menos direto da Ordem do Templo, iniciada, segundo consta, por Jacques de Molay, antes de sua condenação à fogueira. Mas, a
moderna franco-maçonaria - sonho de algum Ashmole em delírio, cepo bastardo e mal enxertado no antigo tronco - não possui mais a consciência dos menos significatvos de seus mistérios. Os velhos símbolos que ela reverencia e que transmite em uma piedosa rotina tornaram-se-lhe simplesmente letra morta: uma língua cujo alfabeto perdeu. Seus afilhados, destarte, nem mais suspeitam de onde vêm e para onde vão².

(...)

¹ Ver GUAITA, S. O Templo de Satã. São Paulo, Editora Três, 1973, Biblioteca Planeta, Vol. I págs. 188 e segs.
² Os maçons começam a compreender o ridículo de suas vãs iniciações. Alguns querem suprimir o simbolismo; outros, mais esclarecidos, procuram sua elucidação racional. Um grupo de pesquisas iniciáticas foi recentemente formado sob a inspiração de um maçon pertencente à verdadeira Rosa-Cruz, Oswald Wirth, tendo como objetivo reencontrar a palavra perdida dos antigos mistérios.

Você quer saber mais?

GUAITA, Stanislas. No Umbral do Mistério. Porto Alegre: Grafosul, 1979. Transcrito da página 35. Foi conservada a grafia do original. O título da Postagem é nosso, porém, inspirado no Texto.

* O Marquês Stanislas de Guaita(1861-1897), não obstante ter falecido jovem, foi uma das figuras exponencias do Ocultismo francês do Século XIX. Sua Obra mais famosa é "O Templo de Satan".