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sábado, 12 de dezembro de 2015

Uma discussão histórica acerca do filme Alexandre, o Grande de Oliver Stone.




Autor: *Contrutor CHH


É um drama biográfico e também considerado um épico, realizado em 2004, com base na biografia elaborada pelo escritor inglês Robin Lane Fox, no qual foi inspirado o roteiro do filme. O filme tem inicio em 323 a.C, na Babilônia. Com a morte precoce de Alexandre, o Grande com apenas 33 anos. Depois o filme passa os eventos para Alexandria no Egito, passados já mais de 40 anos da morte de Alexandre.

Seu ex- general Ptolomeu, que conhecia Alexandre intimamente, conta para um escriba as glórias e desventuras de Alexandre, bem como sobre sua morte precoce quando havia conquistado quase todo o mundo conhecido da época.  Triste Ptolomeu frisa que as grandes vitórias dos exércitos de Alexandre foram esquecidas.  Embora segundo a narrativa de Ptolomeu ele fosse chamado de tirano. Ptolomeu diz que antes de Alexandre, havia tribos e depois dele tudo passou a ser possível.

Era um império não de terras e de ouro, mas da mente, uma civilização helênica aberta a todos. No oriente, o vasto império persa dominava quase todo o mundo conhecido. No ocidente, as outrora cidades-estados gregas, Tebas, Atenas, Esparta, haviam perdido o orgulho. Reis persas pagavam aos gregos com ouro, para usá-los como mercenários. Felipe II da Macedônia, o pai de Alexandre, começou a mudar tudo, uniu as tribos de pastores da Macedônia. Criou um exército profissional macedônio, que subjugou os traiçoeiros gregos. Então se voltou para a Pérsia, onde se dizia que o rei Dario, em seu trono na Babilônia, temia Felipe. Alexandre era filho da rainha Olímpia, e nasceu em Pela na Macedônia no ano de 356 a.C.

Quando Felipe II da Macedônia, também conhecido como Felipe, o Caolho foi assassinado 336 a.C. O assassinato se deu durante os festivais de outubro em Aigai era nesses festivais que se celebravam aos casamentos e Filipe pretendia casar sua filha, mas ao entra Filipe sozinho no teatro para o casamento de sua filha, usando um manto branco, e ficou no centro da orquestra, recebendo as aclamações dos espectadores. Foi quando Pausânias atacou Filipe porque este não fez nada ao saber que Pausânias havia sido atacado e ferido por inimigos. Mas o motivo pessoal de Pausânias não excluía uma conspiração da qual ele seria apenas uma peça. Alexandre o sucedeu ao trono aos 20 anos de idade sob a alcunha de Alexandre III, mas ficou mesmo conhecido por Alexandre, o Grande. A vida de Alexandre como rei foi marcada por conquistas seguidas, não perdeu nunca nenhuma batalha. Em 335 é aclamado, no Congresso Pan-Helênico de Corinto, general de todas as forças gregas.

Tornou-se o mais famoso general da Antiguidade, comandando os gregos na conquista do Império Persa. Com um exército de 35.000 infantes, 5.000 cavaleiros e uma frota de 169 trirremes, atingiu o Helesponto em 334. Venceu o exército persa às margens do Rio Granico. Ocupou rapidamente várias cidades, assim como a região litorânea e a Frígia, com sua capital, Górdio. Nesta cidade, cortou um nó complicado que, segundo a tradição, daria o Império da Ásia a quem o desembaraçasse.

Em 333, na Planície de Isso, que dá acesso à Síria, venceu novamente os persas. Passa às cidades da Fenícia, arrasando Tiro (332), por lhe ter oferecido resistência. Gaza é vencida. Atinge o Egito onde é recebido como descendente dos faraós. Recebe o titulo de filho de Amon, o que aumentou sua popularidade, funda no delta do Nilo a cidade de Alexandria, que será um dos centros mais ricos do mundo antigo, e vence o rei, Dario III, em Arbela e Gaugamela (331). Conduz seus exércitos vitoriosos em direção da Índia; atinge o Indus, derrota o Rei Porus e ocupa a região. Ao chegar ao delta rio, a expedição dividiu-se em duas partes: uma embarcou na frota e, navegando pelo Índico e pelo Golfo Pérsico, atingiu a Mesopotâmia; a outra regressou por terra, dirigida pelo próprio Alexandre.

Chegará a Babilônia em 324. Em dois lustros, a extraordinária campanha de Alexandre havia transformado a situação do mundo civilizado. Em seu regresso procurou organizar o império que conquistara. Sua finalidade era realizar a união entre vencedores e vencidos. Fundou na Ásia muitas cidades, sobretudo na Pérsia, garantindo assim as estradas que ligam a Pérsia à bacia Indus. Adotou ante os orientais uma política de tolerância, quanto a religião, às leis, aos costumes. Escolheu muitos persas como colaboradores de confiança, dando-lhes postos importantes no exército e no governo de territórios.

A morte cortou seus projetos ambiciosos. Faleceu atacado por febre violenta em 323, quando contava apenas 33 anos.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Um desconstrucionista, desconstruindo a História.


Alun Munslow
            Alun Munslow é professor, dedicado a publicar textos inseridos nas discussões a respeito das condições cognitivas do saber histórico a partir de perspectivas pós-modernas. Sua obra Desconstruindo a história insere-se nesse debate. 
Aonde Muslow não se reduz à defesa de uma perspectiva teórica sobre o conhecimento historiográfico. O autor identifica e descreve três abordagens: reconstrucionismo, construcionismo e desconstrucionismo. Toda estrutura do Desconstruindo a história gira em torno de uma estratégia: colocar quatro questões a cada uma das três abordagens. 
1º O empirismo pode constituir-se como uma epistemologia? 
 2º Qual o caráter e a função da evidencia? 
3º Qual o papel do historiador e como ele usa as teorias sociais para compreender e explicar a história? 
4º Qual a importância da forma narrativa para a explanação histórica? 
 No capítulo três, Munslow caracteriza a abordagem da qual é adepto, o desconstrucionismo. E o faz marcando as diferenças entre este, o reconstrucionismo e o construcionismo. Nega o pressuposto teórico que atribui à historiografia condições de conhecer o passado como realmente aconteceu, seja pela análise empírica, seja por meio de uso de teorias sociais. Sendo o Desconstrucionismo uma narrativa historiográfica não é apenas um meio de apresentação dos resultados de pesquisa. Não havendo uma relação precisa de correspondência entre o passado e sua representação narrativa.
É o historiador, no presente, organiza as informações de uma determinada maneira a fim de que a narrativa tenha um dado significado, impondo ao passado um enredo de um tipo específico. Embora Munslow seja adepto do deconstrucionismo, ele não reduziu totalmente as outras duas abordagens (rescontrucionismo e construcionismo). Desconstruindo a história, pode ser considerado um livro que introduz o leitor em um ambiente intelectual bem delimitado.

História Contemporânea do século XIX e o filme “Os Miseráveis”.


Cena do filme "Os Miseráveis" de 2012.

Ao fazermos a leitura do livro de Contemporânea do século XIX e realizarmos uma discussão sobre a problemática presente, vemos uma França de uma população infeliz com sua situação de regresso a monarquia, quando um jovem lamenta enquanto corre pela cidade e divaga em palavras sobre a luta popular e perda de tudo que haviam conseguido com a Revolução.

Podemos ver uma Paris cheia de pessoas, muitos desempregados outros indo e vindo de seus empregos em fábricas que seus soldos mal conseguem comprar o pão para a família comer por uma semana. Todos em comum formam um grande grupo de populares privados de sua dignidade, doentes, famintos.

A prostituição toma conta das ruas, pois os estômagos das mães e dos filhos sofrem mais que a honra perdida. Como vemos no filme quando Fantine é demitida da fabrica de costuras pelo gerente sem que o senhor Madeleine (na realidade Jean Valjean) saiba e acaba tendo que procurar um meio de sustentar sua única filha que trabalha como doméstica em uma pousada mesmo sendo criança. Vemos que Fantine, tenta vender um pingente, e é enganada pelos larápios  vender seu cabelo, depois os dentes e por último seu próprio corpo.

Ela perde sua honra pois teme que a filha passe fome ou frio.  Mas no filme Madeleine resgata Fantine das ruas e a leva para um hospital, mas ela não resiste as doenças adquiridas nas ruas estreitas, sujas e que exalam um cheiro nauseante como lemos no livro da disciplina. Madeleine jura cuidar de sua filha Cosette. Paris é um labirinto de túneis que servem de esgoto, que podemos ver nas cenas aonde Jean Valjean, salva a vida de Marius um dos rebeldes que luta contra a monarquia. Jean Valjean arrasta Marius até os esgotos e foge pelos tuneis com o rapaz desacordado. O êxodo rural foi algo que contribuiu para criar uma grande massa de trabalhadores desempregados nas cidades de Paris e Londres principalmente.

Uma verdadeira degeneração urbana em meio ao crescimento industrial. Cidadãos comuns são presos por roubarem um pão para alimentar sua família e as penas não são leves como vemos no filme “Os Miseráveis” a onde Jean Valjean ficou 20 anos preso por roubar um pão. Nem mesmo as crianças são poupadas do trabalho duro nas fábricas que de longe excedem há qualquer respeito à dignidade humana.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Movimento de 1848, a Primavera dos Povos.


A “Primavera dos Povos” é como chamamos a série de movimentos revolucionários liberais que ocorreram por toda a Europa durante todo o ano de 1848. A partir Revolução Francesa de 1789, os ideais libertários chegaram a todos os lugares da Europa, deixando temerosos os monarcas absolutistas europeus.

Diante desses acontecimentos institui-se o Congresso de Viena, em 1815, após a derrota de Napoleão Bonaparte, os reacionários governos europeus que procurava restaurar a antiga ordem vigente anterior a Revolução Francesa de 1789, e dar uma nova feição à Europa. Monarquias que haviam sido abolidas foram restauradas, e políticas repressoras voltaram a ser aplicadas à população.

Como ocorreu com a subida do rei Luís Filipe da França em 1830, denominado "rei burguês", havia esperança entre a classe burguesa que seus interesses seriam devidamente representados, sendo o próprio monarca oriundo daquela classe.

As revoluções liberais se espalharam por toda Europa. Essas revoluções conhecidas como “Primavera dos Povos” chegou até o Brasil durante a Revolução Praieira, ocorrida em Pernambuco também em 1848. Predominante em todos esses movimentos foi à ideologia do socialismo utópico com a concepção do famoso ‘Manifesto Comunista’ de Karl Marx e Friedrich Engels em 1848.

Mas como nem a primavera dura, em dezoito meses todos os regimes derrubados foram restaurados com exceção da República da França. A primeira onda revolucionária assinalou a derrota da aristocracia em 1830 e a segunda onda marcou a derrota do proletariado em 1848. Tendo assim atingido a burguesia os seus dois alvos concretos: de um lado a aristocracia do Antigo Regime e do outro o proletariado.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A Revolução francesa, questões sociais, as ideias Iluministas, a configuração política após a revolução, e as questões econômicas.


21 de janeiro de 1793, Luís XVI foi decapitado pela guilhotina na Place de la Révolution. 
          
A Revolução Francesa é conhecida por muitos nomes como ‘encruzilhada do mundo moderno’ onde as pessoas podiam mudar tudo inclusive a natureza humana para uma nova direção mais justa e fraterna. A Revolução apoiou a indústria e o capitalismo, mas foi uma nova ordem que custou muito caro a vida milhares de franceses. Robespierre, o incorruptível esteve a frente da revolução e suas palavras eram suas maiores armas, mas a Revolução em certo ponto devoraria seus próprios filhos. No palácio de Versalhes construído por Luís XIV para se afastar do povo ocorreu um dos eventos importantes no cenário da Revolução advinda, o casamento de Luís da família Bourbon da França com Maria Antonieta dos Habsburgo da Áustria. O objetivo desse casamento era acabar com as rivalidades entre os dois impérios e iniciando uma aliança com ambas as nações por via dos herdeiros, mas Luís XVI demorou anos para ter um filho com Maria Antonieta, pois ele sofria de uma doença, após se operado eles tiveram 4 filhos.

O desgoverno monárquico deixou o povo na miséria e faminto, quando Luís XV faleceu seu filho Luís XVI  não sabia governar e ficava vivendo no luxo em Versalhes enquanto o povo morria de fome. Em Paris as ideias iluministas florescem desde a Idade Média a sociedade era dividida em nobreza, clero e camponeses, mas a união de ciência e razão traria uma corrente de novas ideias para Paris, segundo as ideias iluministas a pessoa deve pensar por si só. As ideias do iluminismo permeavam todas as classes e colocava em risco a hierarquia medieval. O apoio francês a guerra da independência dos Estados Unidos marcou a quebra do governo francês. Maria Antonieta gastava dinheiro em futilidades comprando joias e roupas enquanto a França era assolada pela miséria. A visão que o povo tinha da monarquia nesse período era péssima. Um dos exemplos era a farinha que ficava mais cara a cada dia enquanto em Versalhes gastavam muito com festas e comidas refinadas. Robespierre enviava cartas à Versalhes criticando a monarquia, mas Luís XVI as ignorava completamente, pois continuava a aumentar os impostos do povo no pior inverno em anos o de 1788. A farinha para o povo do século XVIII era a essência da vida e  o pão vida. Logo os altos preços tornaram o preço de um pão o soldo de um mês de trabalho. Então o povo se rebelou  em revoltas populares desorganizadas.

O rei reúne os Estados Gerais para realizar eleições que são consideradas injustas, pois cada classe tem direito a um voto, nobreza, clero e camponeses, mas 97% da população são de camponeses. Robespierre inspirado nas ideias iluministas quer que o clero e a nobreza paguem impostos, então nasce a Assembleia Nacional em meio as ideias iluministas de Robespierre e dos Deputados. O povo cria uma Guarda Nacional em Paris para se proteger dos soldados monarquistas. Pegam 28 mil mosquetes, mas faltava pólvora que eles sabiam aonde encontrar, na prisão da Bastilha. Então clamam 'Par‘ a Bastilha’, e no meio do povo tremula a bandeira tricolor vermelho e azul de Paris cortada pelo branco da casa real de Bourbon. Luís XVI foi informado sobre a tomada da Bastilha que desencadeou a Revolução francesa, os franceses, o povo derrubaram-na com suas próprias mãos como um símbolo do fim do antigo regime. É regida a Declaração dos Direitos Humanos e  declarada uma monarquia constitucional. O francês Marat escreve e publica o jornal L’ami du people, que expunha e criticava a  nobreza e o clero e defendia ideias iluministas de igualdade, liberdade e fraternidade, pois nunca houve liberdade de imprensa na França e os revoltosos a exigiam. Marta odiava os gastos da monarquia enquanto o povo passava fome. Marat incitava o povo a cortar cabeças de nobres.

Diante desses acontecimentos, soldados monarquistas cercam Paris e o povo se arma para a defesa. As mulheres atuam veementemente na Revolução, elas avançam junto a 20 mil pessoas até os portões de Versalhes e o cercam. Exigem a ida do Rei e da Rainha para Paris. A turba invade o palácio de Versalhes atrás dos nobres. O rei e a rainha estavam a mercê do povo que só queria sua atenção para seus problemas. Levaram o rei e a rainha até Paris e carroças cheias de farinha dos estoques reais. Após dois anos que a família real está em Paris. Os jacobinos se reúnem liderados por Robespierre. Em 1791, Luís XVI tenta reassumir o poder com o apoio de outras monarquias europeias como a Áustria, mas Luís XVI fracassa na fuga. Essa tentativa de fuga rompeu os elos entre o povo e seu rei que agora era visto como traidor da revolução. A decapitação era uma pena de morte reservada somente a nobres, mas os revolucionários queriam que todos morressem da mesma forma. Então o médico e inventor José Ignácio Guillotin criou uma máquina de decapitar humanitária. Os revolucionários creem em valores humanitários. Em 1792 Paris declara guerra a Austria contra a vontade de Robespierre. Luís XVI e Maria Antonieta jogavam um jogo duplo, pois fingiam apoiar a revolução, mas enviavam cartas aos austríacos revelando as posições das tropas revolucionárias.

Em 1792 nasce a republica e Luís XVI é tirado do trono, quando os austríacos ameaçaram destruir Paris se algum mal fosse feito a família real. Enquanto isso Danton inflama o povo a defender seu país contra os austríacos e prussianos. Os Sansculottes matam 1600 prisioneiros, pois temiam que eles se voltassem contra eles em caso de invasão externa. A revolução é criticada pelo mundo, Robespierre acredita que alguém deve tomar o controle e de inicio manda decapitar o rei Luís XVI, marcando a vitória da revolução e o nascimento da república. O editor do jornal L’ami du people é assassinado por acharem que ele incitava o povo ao ódio, mas Marat acabou se tornando mártir da república. Maria Antonieta é condenada a morte em 1793. A França se encontra isolada das outras nações europeias.

O reino de Terror de Roberpierre tem inicio e a paranoia tem a revolução e a guilhotina trabalhando incessantemente. Robespierre antigo opositor da pena de morte agora torna-se seu feroz defensor e também trabalha para a descristianização da França. A Igreja passou a ser inimiga dos revolucionários, criaram uma calendário revolucionário para se opor ao cristão. O exército francês liderados pelo general Napoleão começa a conquistar vitórias. Danton antes aliado de Robespierre decide por fim aso massacres da revolução, mas Robespierre entende isso como traição e manda decapitar todos os dantonistas. Em 1794 durante do ‘grande terror’, 800 pessoas eram mortas por mês na guilhotina. Quando Robespierre cria o festival do ‘ser supremo’, os revolucionários acham que Robespierre ficou louco. Os deputados o declaram fora da lei. Robespierre tenta se suicidar, mas não consegue, sendo executado na guilhotina em 1794. O terror morreu com Robespierre, mas não a revolução.

domingo, 22 de novembro de 2015

Teoria da História: um breve resumo.


Autor: Construtor CHH

Na segunda metade do século XIX o historicismo e positivismo eram a base dos estudos históricos por meio dos acontecimentos políticos, guerras e heróis nacionais. Vista como uma história ‘positiva’, pois seus estudos eram voltados para fontes documentais oficiais e negavam a importância das questões econômicas e sociais.

A História Empírica do século XIX voltava-se para uma postura imparcial e de submissão aos documentos. A intuição e dados orais eram deixados de lado. No inicio do século XX, o historiador cientifico volta-se para a história como pedagogia social com metas para uma história clássica, nacionalista e positivista. Sendo o fazer histórico em meados de 1900 um ato nada neutro. No positivismo o aluno era orientado na metodologia, técnica e erudição, ou seja, no principio da história ciência.

Durante ao Iluminismo a narrativa histórica política foi contestada pela primeira vez com sua preocupação com a história da sociedade. No início do século XX o historicismo e positivismo perdem espaço para uma história mais voltada para as questões econômicas e políticas. Surgindo os primeiros estudos interdisciplinares, a controvérsia de Lamprechet (opondo história política, cultura e econômica).

O crescimento do movimento operário na Europa aumentou a influência marxista nas ciências humanas, supostamente como o verdadeiro modelo interpretativo para investigação histórica. O marxismo influenciou grandemente à historiografia com a fixação da história econômica, política e social. Após a I Guerra Mundial e a Grande Depressão de 1929, a história sofre várias críticas por estimular o nacionalismo. Em meio a esses acontecimentos surge na França a Escola de historiadores da economia da qual Marc Bloch em 1936 cria-se a primeira cadeira de história  econômica na Sorbonne.

Um antecessor da Escola de Annales foi Henry Berr, fundou a Revista de Síntese Histórica, provocando os positivistas ao diversificar seus instrumentos de análises e desperta o interesse de colaboradores de várias áreas das ciências. Berr confere a história o papel de coordenar todas as outras ciências sociais. Foi também precursor com sua síntese de que seria a Escola de Annales, contrariando a história historicizante por uma história explicativa e interdisciplinar.

Henri Pirenne, pensava a história como uma narrativa explicativa da evolução das sociedades humanas no passado. Sendo um dos primeiros a trabalhar a história das mentalidades. Sua tese de Pirenne marca o inicio do trabalhar a história das mentalidades. Em sua tese, Pirenne marca o inicio da Idade Média em 711d.C com a conquista árabe na Península Ibérica, pois segundo ele em 476 d.C com a queda do Império Romana nas mãos dos bárbaros germânicos houve uma absorção da cultura Romana pelos bárbaros e não como ocorreu em 711 onde os árabes impuseram sua cultura e costumes. Johan Huizinga, dedicou a pesquisar a Baixa Idade Média, Renascimento e a Reforma. É visto como um  historiador da cultura e combateu o totalitarismo, foi pioneiro na interdisciplinaridade e historiador de mentalidades.