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domingo, 27 de setembro de 2015

As Crônicas de Nárnia. Vol. I. O sobrinho do Mago. Livro completo.


O que aqui se conta aconteceu há muitos anos, quando vovô ainda era menino. É uma história da maior importância, pois explica como começaram as idas e vindas entre o nosso mundo e a terra de Nárnia. Naqueles tempos, Sherlock Holmes ainda vivia em Londres e as escolas eram ainda piores que as de hoje. Mas os doces e os salgadinhos eram muito melhores e mais baratos; só não conto para não dar água na boca de ninguém. Naquela época vivia em Londres uma garota que se chamava Polly. Morava numa daquelas casas que ficam coladas umas nas outras, formando uma enorme fileira. Uma bela manhã ela estava no quintal quando viu surgir por cima do muro vizinho o rosto de um garoto. Polly ficou muito espantada, pois até então não havia crianças naquela casa, apenas os irmãos André e Letícia Ketterley, dois solteirões que moravam juntos. Por isso mesmo, arregalou os olhos, muito curiosa. O rosto do menino estava todo encardido. Não poderia estar mais encardido, mesmo que ele tivesse esfregado as mãos na terra, depois chorado muito e então enxugado as lágrimas com as mãos sujas. Aliás, era mais ou menos isso que havia acontecido.



As Crônicas de Nárnia são constituídas por:

Vol. I – O Sobrinho do Mago

Vol. II – O Leão, o Feiticeiro e o Guarda-Roupa

Vol. III – O Cavalo e seu Menino

Vol. IV – Príncipe Caspian

Vol. V – A Viagem do Peregrino da Alvorada

Vol. VI – A Cadeira de Prata

Vol. VII– A Última Batalha

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Napoleão: uma biografia política. Livro para download.



Descrição do livro

Uma interpretação inédita sobre Napoleão Bonaparte, o mais famoso general e estadista da história moderna, esse livro é uma das mais relevantes contribuições ao estudo do tema nos últimos anos. Apoiado em ampla e bem documentada pesquisa, o historiador norte-americano Steven Englund faz uma revisão da vida de Bonaparte enfocando os aspectos políticos de seu governo, mais do que seus feitos militares ou sua vida pessoal. Com isso, chega a conclusões inovadoras, originais.
Os aspectos mais marcantes da vida de Napoleão são apresentados: a espantosa ascensão e queda – da infância corsa ao exílio e à morte, passando pela educação na França, as impressionantes vitórias militares, as reformas que empreendeu como primeiro-cônsul (1799-1804) e o polêmico desempenho como imperador.
Aliando prosa envolvente e extremo rigor acadêmico, o autor recria não só o ambiente europeu do fim do século XVIII como também o complexo caráter do líder que marcou definitivamente a história ocidental. Lança luz sobre pontos tradicionalmente negligenciados na vasta bibliografia do tema, indo além dos maniqueísmos para revelar com detalhes como se forjaram o império e o homem. Sem dúvida, um livro fundamental para todos os amantes de história.


A Grande Degeneração: a decadência do mundo ocidental. Livro para download.


A Grande Degeneração: a decadência do mundo ocidental. 


Descrição do livro

O declínio do Ocidente já foi profetizado há muito tempo. Hoje em dia, há inúmeros sintomas disso ao nosso redor: crescimento lento da economia, dívidas altas, fragilidade das leis, população cada vez mais velha, comportamento antissocial… Mas o que há de errado exatamente com a civilização ocidental? Em seu novo livro, o renomado – e por vezes polêmico – historiador Niall Ferguson revela algumas das possíveis causas dessa degeneração, argumentando que a chave talvez esteja na análise de quatro instituições essenciais do mundo ocidental: o governo representativo, o livre mercado, o Estado de direito e a sociedade civil. Estaríamos diante de uma degeneração irrefreável desses que sempre foram os pilares de nossa civilização?



domingo, 20 de setembro de 2015

Tironensian Order Monastic


Benedictine Bernard de Ponthieu


The Tironensian Order or the Order of Tiron was a Roman Catholic monastic order named after the location of the mother abbey (Tiron Abbey, French: Abbaye de la Sainte-Trinité de Tiron, established in 1109) in the woods of Tiron (sometimes Thiron) in Perche, some 35 miles west of Chartres in France).

They were nicknamed "Grey Monks" because of their grey robes, which their spiritual cousins, the monks of Savigny, also wore.

Founder

Bernard of Thiron

The order, or congregation, of Tiron was founded in about 1106 by the Benedictine Bernard de Ponthieu, also known as Bernard d'Abbeville (1046-1117), born in a small village near Abbeville, Ponthieu.


Tonsured at the Benedictine Abbey of Saint-Cyprien in Poitiers around the year 1070, Bernard left the order in 1101 when his nomination as abbot of Saint-Savin-sur-Gartempe was disapproved by Cluny and Pope Paschal II. From then on Bernard lived first as a hermit on the island of Chausey, between Jersey and Saint-Malo, then in the woods of Craon, near Angers, with two other rigorist monks: Robert d'Arbrissel, future founder of the controversial Abbey of Fontevraud, and Vitalis de Mortain, later the founder of the Congregation of Savigny in 1113. Following the example of the Desert Fathers, all three men and their followers (men and women) lived detached from the world, in great poverty and strict penance.

Followers of Bernard of Thiron

Adelelmus was a hermit and disciple of St. Bernard of Thiron. Born in Flanders, Belgium, Aldelelmus is best known for founding the Monastery of Etival-en-Charnie (fr).

Tiron Abbey

The foundation of Tiron Abbey by Bernard of Abbeville was part of wider movements of monastic reform in Europe in the eleventh and twelfth centuries. As a pre-Cistercian reformer, Bernard's intention was to restore the asceticism and strict observance of the Rule of St. Benedict in monastic life, insisting on manual labour. He founded his monastery on land in Thiron-Gardais granted to him by Bishop Ivo of Chartres, and placed it under the protection of the cathedral canons of Chartres, instead of a secular overlord. This assured that decisions affecting the Abbey were made by a corporate religious body.


They were nicknamed "Grey Monks" because of their grey robes.

Bernard admitted artisans and encourage them to produce goods for sale. During years of famine, Tiron endured great poverty and became a refugee camp and soup kitchen. During the famine of 1109–1111 the Abbey sheltered whole families. Tiron had a school; and after Bernard's death, built houses so that lay women could reside within its walls under the care and protection of the monks.

Tironensian Order

Tiron was the first of the new religious orders to spread internationally. Within less than five years of its creation, the Order of Tiron owned 117 priories and abbeys in France, England, Wales, Scotland and Ireland.


St Dogmaels Abbey

In 1113 Robert FitzMartin granted the Tironensians land and money to found the order's first house in Wales, St Dogmaels, Pembrokeshire, which was established on the site of a clas (early Celtic church), which dated back to at least 600 AD. Closed during the Dissolution of the monasteries, much of the stone was quarried for other uses.



Kelso Abbey

In Scotland, the Tironensians were the monks and master craftsmen who built and occupied (until the Reformation) the abbeys of Selkirk (later re-located to Kelso (1128), Arbroath (1178), and Kilwinning (1140+). The first two abbots of Selkirk became, in turn, abbots at Tiron. During the tenure of William of Poitiers as abbot, Tiron established abbeys and priories along the north-south trade routes from Chartres to the navigable Seine and Loire rivers. Under him, the abbey owned at least one ship that traded in Scotland and Northumberland. Tiron adopted a system of annual general chapters. In 1120, Abbot William decreed that abbots from overseas need only attend once in every three years. Arnold, Abbot of Kelso, founded the cathedral church at St. Andrews. In France, the order was integrated into the new Benedictine Congregation of St. Maur in 1627.

La ciudad sumergida en el golfo de Khambhat-india


En el año 2000 el Instituto Nacional de Tecnología Marina de la India encontró, en el Golfo de Khambhat, a 40 metros de profundidad, estructuras megalíticas similares a una ciudad.
En 2001 el ministro de Ciencia y Tecnología Murli Manohar Joshi, afirmo que las estructuras sumergidas encontradas en el golfo de Khambat (Cambay), son los restos de una ciudad antigua que fue destruida por inundaciones imprevistas. y además, se dijo que las ruinas mostraban un fuerte parecido con las de Harappa y Mohenjo-Daro.La arqueología tradicional remonta estas antiguas civilizaciones hindúes a la cultura neolítica llamada Mehrgarh (10.000 a.C.).

Tambien en el 2001 se encontraron fragmentos de leña carbonizada cerca a la ciudad sumergida, que fueron datados con el método del carbón en 16.950 años.

Se han recuperado docenas de artefactos y objetos de madera y cerámica. Algunos de esos artefactos, se remontan a una antigüedad de 32.000 años, pero según los oceanógrafos, la zona quedó cubierta hace 9.000 años. Los hallazgos fueron enviados a algunos laboratorios hindúes y europeos (Oxford y Hanover). y a través del método de la termoluminiscencia, obtuvieron dataciones de 13.000 a 32.000 años atrás. Las reliquias fueron analizadas con la técnica de difracción de los rayos X. Los resultados evidenciaban que el material arcilloso utilizado era típico de la zona y fue cocido a 700º para obtener la cerámica. Así que la ciudad sumergida del Golfo de Khambat, se remontaría a 10.000 años atrás. Así que los datos científicos coinciden, y no se contradicen. Una ciudad de miles de años de antigüedad, fue inundada en la época que la Atlántida lo hizo.


Al noroeste del Golfo de Khambhat, se encuentra la ciudad de Dwarka, donde se han encontrados restos de un asentamiento que acabó inundado por el mar. A 20 metros de profundidad, se han encontrado calles adoquinadas, paredes de arenisca y restos de lo que fue un puerto. Los antiguos textos hindúes, hablan que la antigua ciudad de Dwarka, era el lugar de residencia de Khrishna, una deidad hindú. En el texto épico Mahabharata, Dwarka era una inmensa y rica ciudad construida sobre una isla por el dios Krishna. Debido a una maldición que pesaba sobre Krishná y su familia (los iadus), la isla se hundió en el mar.


Todo aquello que creemos que son mitos, no lo son. La correlación, coincidencias, cronología, datos científicos que concuerdan en sus afirmaciones y resultados en diferentes disciplinas y campos, todo se relaciona de forma perfecta, para hablarnos de la existencia de un cataclismo que inundó grandes porciones de tierra, donde se asentaban pueblos muy avanzados, pueblos que ya estaban aqui desde hace 30.000 años, lugares donde aparecen evidencias. Asentamientos en lugares clave, porciones del planeta específicas de fuerzas magnéticas, civilizaciones que por algún motivo, fueron “castigadas” por sus dioses, donde muchos consiguieron salvarse del cataclismo, y levantar nuevos pueblos, ciudades que actualmente podemos visitar, edificadas por un mismo pueblo dispersado por fuerzas desconocidas .Desde  la Isla de Pascua, Egipto, Angkor Wat, Perú y otros sitios, a su vez, se dispersaron por otros territorios.


sábado, 19 de setembro de 2015

ZepTepi, ‘os primeiros tempos’ ou mito da criação egípcio.


O deus Aker, significa o horizonte, o ponto onde a noite vira dia, onde o dia vira noite - Ponto Zero ou Zep Tepi.


Em egípcio, Zep significa primeiro, Tepi meio tempo. Juntos, Zep Tepi refere-se ao "First Time" ou "um novo começo" e é simbolizada por uma ampulheta. Hieróglifos Zep Tepi estão presentes na Esfinge de Gizé e explica o mito da criação, uma explicação de como os antigos deuses egípcios existiam.  Enfim, Zep Tepi é o Gênesis da Terra.

Zep Tepi foi uma idade de ouro durante a qual as águas do abismo recuaram, a escuridão primordial foi banida, e a humanidade foi banhada em luz, consagrando a dádiva de uma nova civilização. Zep Tepi o início e o final de cada ciclo de tempo de 13.000 anos - de meio ponto do nosso sistema solar - 26 mil anos órbita zodiacal em torno do centro galáctico.

Devido às condições de nossa órbita galáctica, estes intervalos de 13.000 anos, ou mundos, parecem estar separados por uma revolução cataclísmica, como a história ensina.

Este é o símbolo do deus Aker. Significa o horizonte, o ponto onde a noite vira dia, onde o dia vira noite - Ponto Zero ou Zep Tepi.

Ele é descrito como dois leões sentados de costas. Eles também são chamados ontem e amanhã, um leão está voltado para o leste onde o sol nasce e começa o novo dia, o outro leão enfrenta o oeste, onde o sol se põe e desce ao Submundo. Representantes da dualidade.

A área entre as costas dos leões, muitas vezes mostra o círculo do sol como se estivesse subindo entre dois montes. Isto também significa viagem do sol pelo céu durante o dia, bem como que seja efetuada com segurança na parte traseira do Aker durante a sua viagem noturna perigosa do submundo cada noite. Aker também guarda o portão para outros mundos.

“Logo após o Dilúvio, no início do presente ciclo de tempo, os egípcios deram o nome a esse evento de ZEP TEPI, e um grupo misterioso de "deuses apareceu”, para conduzir os sobreviventes da catástrofe para as terras que margeavam o Vale do Nilo procurando refazer suas vidas, uma nova forma de vida, nos rudimentos de uma nova civilização.”

A esfinge esta situada num ponto muito especial na Terra, na planície de Gizé, também conhecida como Rostau no antiquíssimo livro dos mortos.

Diferentes Cosmogonias

Um dos mitos mais importantes, senão o mais importante, de toda a mitologia egípcia é aquele referente à criação do Universo. Porém, grande parte dos mitos egípcios conta com duas ou mais versões e há vários detalhes que se tornam confusos devido à variedade de formas de se contar a mesma história. Quando se fala de cosmogonia egípcia, há quatro versões principais que eram correntes em quatro importantes cidades do antigo Egito: Hermópolis, Heliópolis, Tebas e Mênfis.

Essas versões, apesar de diversas, são, na verdade, focadas em diferentes aspectos do mesmo evento e podem ser vistas, algumas vezes como conflitantes, mas também são complementares. Isso se deve ao fato de que tanto os mitos quantas entidades neles descritos, os neteru (os chamados deuses), são intercambiáveis. Às vezes um grupo de neteru descrito num certo mito difundido numa determinada época e lugar pode ser substituído por uma outra entidade única que represente todos eles de uma vez só quando esse mito é contado em outra versão numa outra época e outro lugar. para que essa característica da "intercambialidade" não torne o entendimento da mitologia total um tanto confusa à, deve se pensar nos diferentes mitos como diferentes maneiras de se contar uma mesma história ou diferentes formas de se explicar a mesma coisa e que, dependendo da época e do lugar, as pessoas preferiam uma forma ou outra.

Heliópolis

A maior fonte pela qual é conhecida a chamada "Cosmogonia de Heliópolis" são os Textos  das Pirâmides que são considerados os escritos religiosos mais antigos já encontrados. São escrituras cravadas nas pedras das pirâmides de Saqqara por volta de 2400 AC.

De acordo cosmogonia Heliopolitana, “no início havia apenas o caos indiferenciável conhecido como Nun (abismo). Nun é descrito como um oceano inerte, infinito e escuro. O primeiro evento ocorrido neste oceano foi o surgimento de um monte em forma de pirâmide chamado benben, também conhecido como Ovo Cósmico. Quando o Sol, representado pela figura de Rá, nasceu pela primeira vez e tocou o benben a entidade conhecida como Atum passou a existir. Atum-Rá "criou a si mesmo", "tonou-se a si mesmo". Logo que surgiu, Atum, a partir de si mesmo, criou seus quatro descendentes, Shu, Tefnut, Geb e Nut. Este momento ficou conhecido como Zep Tepi, A Primeira Ocasião, ou o Primeiro Evento. De Geb e Nut nasceram quatro filhos Osíris, Ísis, Set e Néftis. O grupo formado por oito neteru era chamado de a Enéade de Heliópolis. Eles eram Atum-Rá, Shu, Tefnut, Geb, Nut, Osíris, Ísis, Set e Néftis. Atum e Rá são uma entidade dupla que segue o princípio místico numérico de que o Um deve se tornar Dois. Eles são um só ser, mas possuem dois nomes pois devem ser entendidos como dois aspectos opostos desse ser: sujeito e objeto, isto é, aquele que conhece e aquele é conhecido.”

Rá é o Sol. Ele  surgiu pela primeira vez mundo quando saiu do monte benben e subiu para espalhar a Luz no mundo. Neste contexto, a Luz deve ser entendida como a Quintessência da existência, ou seja, Consciência. Rá era representado como um ser com cabeça de falcão carregando o Disco Solar rodeado pela serpente Ouroborus como coroa, sendo que o Ouroboros, neste caso, representa exatamente a natureza cíclica ou fechada do ser que conhece a si mesmo e o sol, sendo a fonte definitiva da Luz/Consciência.

Se Rá é o sujeito, Atum é o objeto (Atum surgiu quando a luz de Rá tocou o benben, ou seja, quando se Rá se tornou consciente dele). Às vezes se usa o nome de Atum, às vezes se usa o nome de Rá, dependendo do contexto do acontecimento narrado.

Atum-Rá é a forma pessoal do universo em oposição à forma impessoal e inconsciente que era Nun. Ele representa o início da consciência e da existência. Ele é transformação do Um em Dois.

Hermópolis

Alguns traços da cosmogonia de Hermópolis são encontradas nas mesmas fontes daquelas da de Heliópolis. Esta cosmogonia dava especial atenção ao que aconteceu antes da criação, na natureza do Oceano Primordial de Nun.  Seu panteão de criadores era um grupo de oito entidades chamados de a Ogdóade.

Os oito princípios da Ogdóade firmavam quatro casais. Os seres masculinos são representados com cabeças de sapo e as femininas com cabeça de serpente. Cada casal representa um diferente aspecto daquele estado primordial do ser: Huh e Hauhet representam as extensões infinitas de Nun; Kuk e, Kauket, personificam a escuridão completa e a inconsciência daquele estado do ser; Amon e Amonet representam a natureza oculta e inescrutável de Nun em contraste com o mundo tangível dos vivos; Por último havia o próprio Nun e Naunet que representavam o oceano em si. Mas o principal neter cultuado na cidade era Thot.

Thot era chamado e o "vizir de Rá". O oceano de Nun era a alma de Toth e ele, usando seus dons da sabedoria ele criou as palavras e deu voz à vontade de que foi o que permitiu ao Universo tomar existência. Rá era o criador, mas ele só podia criar através de Thot que era quem "traduzia" sua vontade em "palavras" propiciando uma existência objetiva. Segundo algumas fontes, Thoth é um ser que gerou a si mesmo, como Atum-Rá, segundo outras ele era filho de Rá. Ele foi aquele que, posteriormente, criou as artes, a matemática, as linguagens humana, arquitetura, engenharia e as ciências além de exercer papel preponderante das mediações de conflitos entre o neteru e seres humanos. Ele era também associado À lua e à marcação do tempo sendo representado como um homem com cabeça de Íbis (uma ave nativa do Egito) ou, mais raramente, como um babuíno. Sua contraparte feminina era Seshat e sua esposa era Maat. O monte benben, segundo a cosmogonia de Hermópolis, surgiu quando as oito divindades da Ogdóade. Ou, em outra versão no oceano de Nun boiava uma solitária flor de lótus. Os membros masculinos da Ogdóade ejacularam nela e ela se fechou. Quando se abriu novamente de dentro dela nasceu Rá na forma de uma criança criadora de tudo.”

Os oito membros da Ogdóade com cabeças de rã e serpente seguidos da imagem de Atum-Rá nascido da flor de lótus simbolizando o nascimento a partir do caos.

Mênfis

A chamada Teologia de Mênfis chegou até nós através de uma inscrição na Pedra de Shabaka que é uma laje de granito com escritos hieróglifos.

“Esta cosmogonia idolatra a figura criadora de Ptah. Ele era o patrono dos artistas e artesãos e teria criado o universo com suas habilidades artísticas. Era chamado de pai dos neteru da pré-criação (Ogdóade), ou seja, ele era o criador de Nun. Aos mesmo tempo ele foi aquele que quebrou o ovo primordial do benben e de lá surgiu para criar o mundo como o conhecemos. O processo do zep tepi seria a "metamorfose de Ptah" de um ser inexistente para um ser existente que criou a si mesmo. Ele, então, com uma palavra, criou a Enéade (Atum, Shu, Tefnut, Geb, Nut, Osíris, Ísis, Set e Néftis). A palavra falada foi o que deu origem a tudo. O que surgia em seu coração ele criava através da língua. Sua esposa era Sekhmet e seu filho era Nefertem.”

Essa cosmogonia engloba as outras duas. Sua diferença é que ela acrescenta "um grau" na hierarquia dos acontecimentos, isto, é tudo que aconteceu foi comandado por Ptah. Ele é Num, Atum e Rá.

Em suas representações, Ptah é mostrado como um homem de pele verde envolto num tecido branco, como se estivesse mumificado, mas, na verdade ele está aprisionado.. Em suas mãos ele segura três símbolos combinados em um só: o bastão Was, o Ankh e o pilar Djed (estabilidade, vida e poder). Ele fica em pé sobre um objeto na forma do hieróglifo que significa Maat que é a ordem, ou a Lei universal em oposição ao Caos primordial. Assim como os ferreiros, que são seus representantes na terra, Ptah moldou o universo utilizando os quatro elementos para criar tudo que existe.”

Tebas
A cosmogonia mais tardia entre as quatro citas é a de Tebas onde Amon, uma entidade presente na Ogdóade original, toma o lugar de Atum-Rá como entidade criadora.

Seu nome faz referência ao desconhecido e ao impenetrável. Era dito que ele transcendia todos os outros deuses e que "existia além dos céus" e era "mais profundo que o submundo". Sua verdadeira natureza era mistério até mesmo para os outros neteru. Era representado como um homem usando um barrete (capuz sarcedotal) grandes plumas na cabeça. Mut é a contraparte feminina de Amon. Seu símbolo é uma mulher com a coroa dupla e um abutre na cabeça. O nome"mut" significa "mãe". Essa palavra foi a percursora do inglês "mother", do alemão "mutter", etc.

Na época da XVIII, a cidade de Tebas assumiu grande importância político-religiosa e por isso os sacerdotes daquela cidade, usando do poder que haviam adquirido, elevaram o neter patrono da cidade ao status de criador de todas as coisas e o nome de Amon (os Amen), começou a ser adicionado ao nome do faraó. Com o tempo, o poder religioso do culto a Amon acabou adquirindo mais poder do que o próprio faraó na sociedade egípcia e, pela primeira vez, começaram a ser desenvolvidos conceitos dogmáticos e monoteístas. Antes os todos os neteru eram considerados como representantes de propriedades e características de única entidade inominável. Agora essa entidade tinha nome: Amon, o deus de um milhão de faces.”