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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Civilização Indiana.

A civilização indiana carrega as tradições como dado explicativo de sua realidade.

As origens da civilização se desenham no processo de ocupação territorial promovido por diversas tribos árias entre 2000 e 1500 a.C.. Antes disso, a civilização hindu foi responsável pela organização de uma vasta cultura repleta de artefatos que comprovam a presença de uma sociedade complexa dotada de uma agricultura extensiva, a realização de atividades comerciais e práticas religiosas próprias.

A partir desse evento temos a formação da civilização védica, que ganha esse nome por causa dos textos sagrados reunidos nos Vedas. Esta obra consiste em um conjunto de poemas e escritos atribuídos à Krishna, encarnação de Vishnu, uma das mais importantes divindades do povo indiano. Nele temos a presença de preceitos religiosos e também das regras sociais que justificam o sistema de castas indiano.

Segundo este sistema, o nascimento de uma pessoa em uma determinada família define a natureza de sua casta. Seguidores do princípio da reencarnação, os indianos relacionam a presença de uma pessoa em uma casta com a abnegação espiritual dela em suas vidas passadas. Na medida em que a espiritualidade é trabalhada, o indivíduo pode ocupar uma casta superior a cada encarnação.

Por volta do século VI a.C., um novo movimento religioso transformou o cenário indiano novamente. Segundo os códices indianos, nessa época, um príncipe chamado Sidarta Gautama abandonou sua vida de luxo e prazeres para experimentar uma vida ascética e centrada no fim do sofrimento humano. Com isso, escreveu os diversos princípios do Budismo, religião que se propagou em várias regiões do mundo Oriental.

Outras religiões como o islamismo e o jainismo também aprecem na trajetória da civilização indiana e demonstram a presença de uma historicidade em seu passado. Ao atingimos a era Moderna, observamos que outras civilizações ocidentais passaram a entrar em contato com a Índia. Os valiosos e diversificados produtos indianos chamavam a atenção dos mercadores europeus dos séculos XV e XVI.

Quando atingimos o século XIX, a entonação do contato com os europeus se transformou mediante as ações imperialistas tomadas pelo Império Britânico. Interessados em desenvolver sua economia e conquistar novos mercados, os ingleses promoveram um gradual processo de intromissão política na Índia. Com o passar do tempo, a dominação viabilizou uma forte tensão entre britânicos e indianos.

O fim da hegemonia britânica só ganhou força quando o líder Mahatma Gandhi empreendeu a organização de um movimento pacifista. Por meio da desobediência civil não violenta e a realização de discursos de grande impacto à população indiana, este líder político e espiritual conseguiu desarticular as justificativas e a ordenação do controle político sustentado pela Inglaterra.

Após atingir a independência, a Índia se envolveu com uma ainda não resolvida disputa territorial com os paquistaneses pela região da Caxemira. Além disso, a sua economia se adaptou às necessidades do capitalismo contemporâneo e, hoje, ocupa a condição de país emergente. Apesar disso, vemos que a Índia sofre com os vários dilemas que expõe as tensões entre a modernização ocidental e a perpetuação de suas antigas tradições.

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http://www.indiaconsulate.org.br/

http://india.gov.in

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Atlas digital da civilização romana e medieval

Atlas Digital da civilização romana e medieval website (DARMC)

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O Atlas Digital do Império Romano e Civilização Medieval (DARMC) disponibiliza gratuitamente na internet os melhores materiais disponíveis para um Sistema de Informações Geográficas SIG) abordagem (para mapeamento e análise espacial dos mundos romano e medieval. DARMC permite inovadoras temporal e análise espacial de todos os aspectos das civilizações da Eurásia ocidental nos primeiros 1500 anos da nossa era, bem como a geração de mapas originais que ilustram diferentes aspectos de antigas civilizações e medievais. Um trabalho em andamento com nenhuma pretensão de definitividade, foi construído em menos de três anos por uma equipe dedicada de estudantes de Harvard, os alunos de pós-graduação, pesquisadores acadêmicos e um professor, com algumas contribuições valiosas de mais jovens e estudiosos seniores em outras instituições.

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http://darmc.harvard.edu/

http://history.fas.harvard.edu

Nova moeda mundial, uma inimiga do nacionalismo

Nova moeda mundial

Olha o golpe em escala global

Há uma dialética curiosa entre a criação de nova moeda mundial e a busca de saída para a inevitável desvalorização do dólar, emitido em quantidades astronômicas pelo Federal Reserve dos EUA.

A discussão é apresentada em termos da oposição entre, de um lado, Rússia e China, e de outro, os EUA, que resistem a ser desmamados da senhoriagem, de que desfrutam, há mais de 40 anos, emitindo à vontade, sem qualquer restrição, dólares aceitos por todos.

Rússia e China propõem a substituição do dólar como moeda mundial de reserva, tendo o Banco Central da China sugerido os direitos especiais de saque do FMI (DES), reformulados com a entrada em sua cesta, de outras moedas, como o yuan chinês.

A China tem economia híbrida, grande parte autocentrada, em que prepondera a participação do poder público, e outra globalizada. A primeira garantiu o continuado crescimento da economia, um pouco ajudada pela segunda durante a fase, anterior a 2008, em que a globalização ainda não havia implodido.

Agora a globalização cobra sua letal fatura. Essa inclui não só a depressão do segmento globalizado da economia, mas também o prejuízo decorrente da inutilidade dos dólares acumulados por meio de saldos comerciais externos.

A mão-de-obra e recursos reais chineses foram, durante anos, usados para exportar. A China e outros países que amealharam dólares tornam-se, por isso, cúmplices dos EUA na tentativa, sem chance de êxito, de salvar o valor do dólar.

Daí a proposta do Banco Central chinês para dar vida aos DES, que dormitam há 65 anos como unidade de conta nos livros do FMI, uma espécie de dólar disfarçado, com algum contrapeso em euros, libras esterlinas e ienes.

A oligarquia financeira anglo-americana é a primeira a saber que o dólar, como outras moedas da cesta, não tem salvação. Nas páginas da revista Foreign Affairs e de outros veículos oficiosos dessa oligarquia, seus sicários continuam a embrulhar em papel vistoso o presente envenenado que é a globalização, afirmando despudoradamente que sem ela o desenvolvimento não mais seria possível.

Fazem campanha por uma moeda mundial, meio poderoso para assegurar a tirania global absoluta em proveito da oligarquia. Antes advogavam que o dólar e o euro substituíssem as moedas nacionais. Claro que ambos continuariam sendo emitidos pelos EUA e pela União Européia, danando-se, pois, os que descartassem suas moedas nacionais.

Por exemplo, Benn Steil, em artigo na Foreign Affairs, The End of National Currency, vol. 86, maio/junho de 2007, pp. 83-96: “a fim de globalizar-se com segurança, os países devem abandonar o nacionalismo (sic) e abolir moedas indesejadas, a fonte de muito da instabilidade atual.”

O vigarista fala de instabilidade, quando deveria dizer colapso, e confunde tudo, pois este foi gerado pelos mesmos concentradores que promovem a moeda global.

Não há necessidade de moeda mundial, seja ela, como o dólar, emitida por um país privilegiado, seja por uma organização internacional. Na realidade, ela é um instrumento para tornar absoluto o poder global oligárquico.

Cada país deve transacionar com outros em sua própria moeda, por meio de créditos recíprocos e acertos periódicos dos saldos com metais preciosos. Tudo em bases estáveis, se sua moeda e crédito forem usados para fomentar a produção de bens e serviços, o que não gera inflação, e não, para criar ganhos financeiros como fim em si mesmo.

Por Adriano Benayon

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Cientistas estudam lenda de espelho grego que queimava navios

Fogo Grego

Uma pesquisa da Universidade de Nápoles, na Itália, indica que não passa de lenda o uso de espelhos pelo inventor grego Arquimedes para queimar navios invasores romanos. Os pesquisadores dizem que, na verdade, Arquimedes teria utilizado canhões de vapor – equipamento que já havia sido atribuído ao inventor. As informações são do Live Science.

Pintura mostra como seria o uso de espelhos por Arquimedes para incendiar naviios romanos

A lenda, que começou na Idade Média, afirma que Arquimedes utilizava espelhos para concentrar a luz do Sol e queimar navios durante a guerra de Siracusa (do ano 214 a.C. ao 212 a.C., durante a Segunda Guerra Púnica), na colônia grega de Siracusa, na ilha da Sicília. Nenhum grego ou romano relatou, na época, o suposto feito do inventor.

Os pesquisadores compararam os canhões a vapor com os espelhos. Segundo os cientistas, os gregos poderiam ter disparado bolas feitas de argila e recheadas com uma mistura química incendiária conhecida como “fogo grego”. Os canhões da época poderiam transformar um copo de água (30 g) em vapor suficiente para disparar os projéteis.

Os cientistas afirmam que no século XV, Leonardo da Vinci já creditava um modelo de canhão a vapor a Arquimedes, além de outros registros históricos que atribuem uma conexão entre a arma e o inventor. O historiador greco-romano Plutarco também fala de uma arma em forma de poste que forçou os soldados romanos a fugirem das muralhas de Siracusa.

O filósofo e médico greco-romano Galeno também mencionou um equipamento similar que foi utilizado para queimar os navios romanos, e, de acordo com os pesquisadores italianos, as palavras de Galeno sobre a arma não poderiam ser traduzidas como se ela fosse um espelho.

Os pesquisadores calcularam que o canhão seria capaz de disparar uma bala de 6 kg a 60 m/s, o suficiente para alcançar cerca de 150 m.

Outras investigações foram feitas pelo engenheiro Joannis Stakas e o historiador Evanghelos Stamatis, ambos gregos, que indicam que um espelho parabólico é capaz de iniciar pequenos focos de incêndio em um navio que esteja parado. Outro experimento parecido foi conduzido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), em 2005.

Analisando os dados dessas pesquisas, os cientistas italianos dizem que o uso de espelhos contra navios em movimento seria duvidoso. Além disso, os marinheiros da época seriam capazes de acabar rapidamente com pequenos focos de incêndio.

Por outro lado, o fogo grego é visto historicamente como uma armadilha mortal para os navios da Antiguidade. A mistura química era capaz, inclusive, de queimar dentro da água e foi utilizada pelo Império Bizantino.

Apesar do esforço e da criatividade de Arquimedes, os romanos venceram a guerra e dominaram Siracusa. O destino do inventor, ao final da guerra, foi a morte.

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http://www.britannica.com/EBchecked/topic/244571/Greek-fire

Mito ou realidade

O fundo de verdade na mitologia

Muitos ” mitos” tiveram uma origem possível na má compreensão de doenças e de distúrbios e transtornos singulares, por exemplo. Foi assim com o “lobisomem” (relacionado a Hipertricose congênita, também conhecida como “Síndrome de Lobisomem”) e com o “vampiro” (relacionado principalmente a Porfiria).

Jesus Manuel Aceres-o homem "lobo"

Uma mulher de 101 anos que vive em uma aldeia da província central chinesa de Henan está causando temor e despertando curiosidade de seus vizinhos depois que passou a desenvolver, na parte esquerda de sua testa, um “chifre” de cor negra e quase seis centímetros de comprimento.

A idosa, chamada Zhang Ruifang, vive no pequeno povoado de Linlou. A protuberância apareceu no ano passado, e desde então vem crescendo, chegando aos seis centímetros atuais. O chifre parece o de uma cabra.

O chifre, formado por queratina (substância encontrada nos pelos e as unhas humanas) não causa dor ou problemas à idosa, embora alguns vizinhos tenham dito que o fenômeno “dá medo”.

A idosa desenvolveu na parte esquerda da testa, um chifre de cor negra de quase seis centimetros de comprimento

Zhang, que não se importa com esses temores, sai todos os dias para passear e realiza alguns trabalhos domésticos. Ela vive com a família de um de seus sete filhos.

As imagens da chinesa ganharam destaque em muitos veículos de imprensa de todo o mundo, especialmente na imprensa britânica, onde foi destacado que este tipo de protuberância é um tumor benigno que costuma aparecer com frequência em pessoas de idade avançada, embora muito raramente alcance tamanho tão grande.

Uma protuberância similar está aparecendo no lado direito da testa da mulher, também de cor negra, embora por enquanto tenha tamanho muito menor, e o aspecto de uma simples pinta.

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http://diariodebiologia.com/2009/01/hipertricose-lanuginosa-congenita-sindrome-de-lobisomem/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Porfiria

Etiquetando Humanos Parte III, biometria.

Leitor compara 5 milhões de íris em um segundo

A margem de erro do aparelho é de um para 1,2 milhões.

Por pouco mais de US$ 3 mil (R$ 4,8 mil) é possível se comprar um aparelho de leitura de íris para a liberação do acesso das pessoas. Hoje o sistema é utilizado internamente em alguns bancos e empresas de valores.

Ricardo Takeshi Yagi, diretor da Id Tech, afirma que o aparelho que ele apresenta na feira é capaz de identificar uma íris entre 5 milhões delas em apenas 1 segundo. "É sem dúvida um dos meios mais seguros de se identificar uma pessoa. A margem de erro está em um para 1,2 milhão. Para se ter uma idéia, no caso da identificação digital esse número cai de 1 para 10 mil", diz.

Além do aparelho de leitura de íris, câmeras de segurança e vários outros eletrônicos estão sendo expostos na feira. A ISC é realizada há 35 anos nos Estados Unidos e sua versão brasileira, que está na terceira edição, acontece até amanhã em São Paulo.
Justificar
Introdução

O humano é um ser que vive em sociedade, ou seja, não nasce para ser sozinho. No dia-a-dia dependemos uns dos outros para qualquer situação. O problema é que não nascemos programados para nos limitarmos apenas às nossas funções, do mesmo modo que não nascemos para aceitar o mundo do jeito que ele é. No fundo, cada pessoa prioriza seus próprios interesses e algumas não hesitam em prejudicar os outros para alcançar seus objetivos. Logo, o humano não é confiável. Assim, há tempos que se faz necessário o uso de mecanismos para restringir o acesso a determinados lugares ou serviços, por exemplo. Como nada é 100% eficiente, a busca pela solução perfeita é contínua. Uma das idéias mais promissoras que surgiu é o uso da Biometria, conceito esse explicado a seguir.

O que é Biometria

Em poucas palavras, Biometria (do grego Bios = vida, metron = medida) é o uso de características biológicas em mecanismos de identificação. Entre essas características tem-se a íris (parte colorida do olho), a retina (membrana interna do globo ocular), a impressão digital, a voz, o formato do rosto e a geometria da mão. Há ainda algumas características físicas que poderão ser usadas no futuro, como DNA (Deoxyribonucleic Acid) e odores do corpo.
O uso de características biológicas para identificação se mostra como uma idéia viável porque cada pessoa possui as características mencionadas diferentes das outras. Por exemplo, não há ninguém com a voz igual, com a mesma impressão digital ou com olhos exatamente idênticos. Até mesmo entre irmãos gêmeos muito parecidos há diferenças.

Porque usar biometria

Até os dias de hoje, uma das formas de identificação mais usadas é a aplicação de senhas. Por exemplo, o acesso a um site de banco requer que o usuário informe o número de sua agência, o número de sua conta e uma senha. Dependendo da operação a ser feita, outra senha pode ser requerida.
Há também o uso de cartões com chips ou com dispositivos magnéticos que permitem a identificação de um indivíduo através de uma simples leitura. Isso é comum, por exemplo, em crachás ou em lugares cuja porta só se abre se o cartão lido tiver privilégios para tal.
O grande problema desses métodos é que qualquer pessoa pode conseguir a senha ou o cartão. Por exemplo, um funcionário pode esquecer seu crachá em cima de uma mesa e um outro pode capturá-lo para ter acesso a áreas proibidas. Uma pessoa pode ser forçada por um assaltante a fornecer um cartão de banco e a senha de sua conta. Neste caso, para o sistema bancário, o proprietário é que o estará acessando. Em resumo, não há como garantir a exclusividade dessas informações de identificação porque qualquer pessoa pode capturá-las.
Com a biometria, esse problema é extinto ou, pelo menos, amenizado. Embora nada impeça os dispositivos de identificação biométrica de serem enganados, é muito difícil copiar uma característica física e, dependendo do que é usado na identificação, a cópia é impossível (como a íris do olho).

Tipos de identificação biométrica

Existem várias características biológicas que podem ser usadas em um processo de identificação.

Vejamos as principais:

Impressão digital:

O uso de impressão digital é uma das formas de identificação mais usadas. Consiste na captura da formação de sulcos na pele dos dedos e das palmas das mãos de uma pessoa. Esses sulcos possuem determinadas terminações e divisões que diferem de pessoa para pessoa. Para esse tipo de identificação existem, basicamente, três tipos de tecnologia: óptica, que faz uso de um feixe de luz para ler a impressão digital; capacitiva, que mede a temperatura que sai da impressão; e ultra-sônica, que mapeia a impressão digital através de sinais sonoros. Um exemplo de aplicação de identificação por impressão digital é seu uso em catracas, onde o usuário deve colocar seu dedo em um leitor que, ao confirmar a identificação, liberará seu acesso;

Retina:

A identificação por retina é um dos métodos mais seguros, pois analisa a formação de vasos sanguíneos no fundo do olho. Para isso, o indivíduo deve olhar para um dispositivo que, através de um feixe de luz de baixa intensidade, é capaz de "escanear" sua retina. A confiabilidade desse método se deve ao fato da estrutura dos vasos sanguíneos estarem relacionadas com os sinais vitais da pessoa. Sendo mais direto, o dispositivo leitor não conseguirá definir o padrão da retina de uma pessoa se esta estiver sem vida;

Análise de retina

Íris:

A identificação por meio da íris é uma forma menos incômoda, pois se baseia na leitura dos anéis coloridos existentes em torno da pupila (o oríficio preto do olho). Por essa combinação formar uma "imagem" muito complexa, a leitura da íris é um formato equivalente ou mais preciso que a impressão digital. Por nem sempre necessitar da checagem do fundo do olho, é um método mais rápido de identificação. A preferência por identificação da íris também se baseia no fato desta praticamente não mudar durante a vida da pessoa;
Geometria da mão: este também é um método bastante usado. Consiste na medição do formato da mão do indivíduo. Para utilizá-lo, a pessoa deve posicionar sua mão no dispositivo leitor sempre da mesma maneira, do contrário as informações de medidas poderão ter diferenças. Por esse motivo, os dispositivos leitores contêm pinos que indicam onde cada dedo deve ficar posicionado. Esse é um dos métodos mais antigos que existe, porém não é tão preciso. Em contrapartida, é um dos meios de identificação mais rápidos, motivo pelo qual sua utilização é comum em lugares com muita movimentação, como universidades, por exemplo;
Face: neste método a definição dos traços do rosto de uma pessoa é usada como identificação. É um processo que se assemelha em parte com a leitura da geometria das mãos, mas considera o formato do nariz, do queixo, das orelhas, etc;

Voz:

A identificação por voz funciona através da dicção de uma frase que atua como senha. O usuário deverá informar a um reconhecedor a tal frase sempre que for necessário sua identificação. O entrave dessa tecnologia é que ela deve ser usada em ambientes sem ruídos, pois estes podem influenciar no processo. Além disso, se o indivíduo estiver rouco ou gripado sua voz sairá diferente e poderá atrapalhar sua validação. Por esta razão, a identificação por voz ainda é pouco aplicada;

Assinatura:

Esse tipo de identificação consiste na comparação da assinatura com uma versão gravada em um banco de dados. Além disso, é feita a verificação da velocidade da escrita, a força aplicada, entre outros fatores. É um dos mecanismos mais usados em instituições financeiras, embora não se trate completamente de um método biométrico.
É importante frisar que todos esses métodos possuem alguns entraves que os fazem necessitar de aperfeiçoamento ou, dependendo do caso, da aplicação de outra solução. Por exemplo, na identificação por retina, a pessoa que estiver usando óculos deve retirá-lo; na identificação por face, um ferimento ou um inchaço no rosto pode prejudicar o processo; na identificação da geometria da mão, um anel também pode trazer problemas; na identificação por voz, ruídos externos, rouquidão ou até mesmo uma imitação da voz de um indivíduo pode pôr em dúvida o procedimento; na comparação de assinaturas, o estado emocional da pessoa pode atrapalhar e há ainda o fato da escrita mudar com o passar do tempo.

Alguns exemplos de mecanismos de biometria

Os exemplos a seguir tratam de 3 diferentes dispositivos biométricos: um identificador por geometria de mão, um identificador por impressão digital e um aparelho que faz identificação pela leitura da íris:

1 - identificador por geometria de mão: a foto abaixo mostra um dispositivo que faz identificação por meio de geometria de mão. Seu funcionamento é simples: o indivíduo digita um número único (número de funcionário, número de matrícula ou qualquer outro) e, em seguida, posiciona sua mão em um painel. Este possui pinos que indicam onde cada dedo deve ficar posicionado. Com isso, a posição da mão sempre vai ser a mesma e assim o aparelho consegue medir sua geometria e comparar com os dados gravados em seu banco de dados. Esse tipo de aparelho pode ser aplicado, por exemplo, em catracas e no controle de abertura de portas. Alguns dispositivos aceitam o uso de cartões (como crachás) ao invés da digitação de números, o que tem como vantagem a possibilidade do usuário não ter que decorar uma combinação, e como desvantagem o risco de perda do cartão;


Identificação por gemetria da mão

2 - identificação por impressão digital: o aparelho visto abaixo funciona de maneira semelhante ao do tópico 1, porém faz identificação por impressão digital ao invés de utilizar a geometria da mão. Esse tipo de dispositivo também vem sendo usado como substituto de senhas. Por exemplo, já existem soluções onde ao invés de digitar uma senha para acessar seu computador de trabalho, o usuário posiciona seu dedo indicador em um leitor ligado à máquina. Em estudo, encontra-se a possibilidade de se usar impressão digital no acesso a sites e serviços na Web. Assim, se você tiver que acessar uma área restrita do InfoWester, por exemplo, bastará usar um dispositivo leitor em seu computador que enviará os dados ao site.

Identificação por impressão digital

3 - identificação pela leitura da íris: a imagem abaixo é um teste que mostra um processo de identificação pela íris. O indivíduo deve olhar de maneira fixa para um ponto do aparelho enquanto este faz a leitura. Sua aplicação é comumente feita no controle de acesso a áreas restritas, pois trata-se de uma tecnologia cara para ser usada em larga escala. Uma das vantagens de seu uso é que nem sempre o usuário precisa informar um número, pois a identificação pelo olho costuma ser tão precisa que tal procedimento se faz desnecessário.

Identificação por leitura da íris

Surgimento da biometria

Ao contrário do que se pensa, a biometria não é um conceito novo. Inédito é apenas sua aplicação em sistemas computacionais. Sabe-se, por exemplo, que os faraós do Egito usavam características físicas de pessoas para distingui-las: utilizavam como informação de identificação cicatrizes, cor dos olhos, arcada dentária, entre outros.
No entanto, somente no século XIX é que a biometria ganhou atenção científica, quando as características físicas das pessoas passaram a ser utilizadas para trabalhos de cunho judicial. No século XX, a biometria passou a ser usada em documentos de identidade, como é o caso do RG (Registro Geral) no Brasil.
FinalizandoO uso da biometria para a identificação de pessoas já é realidade e é pouco provável que outro conceito a substitua. O constante avanço das tecnologias de comunicação faz com que haja cada vez mais interação entre as pessoas e aumente a utilização de serviços, principalmente os que estão ligados ao setor financeiro. O fato é que à medida que o acesso à informação aumenta, parece haver a mesma proporção em golpes. Além disso, deve-se considerar que a biometria também pode representar uma comodidade ao usuário, uma vez que está se tornando insuportável ter uma senha para cada serviço utilizado em nosso cotidiano. Por outro lado, há quem acredite que a biometria chegará ao extremo de um sistema conseguir identificar cada ação de uma pessoa, aspecto esse que passa a envolver questões éticas. Apesar disso, é certo que a biometria vai ser cada vez mais parte do dia-a-dia das pessoas. Prova disso é que as tecnologias envolvidas ganham aprimoramentos constantes. Chegará o dia em que você será sua senha.

Você quer saber mais?

http://www.biometricgroup.com/

http://www.biometrics.org/

http://www.ece.uah.edu/biometric

Israelenses descobrem tesouro da época do Império Romano

Cerca de 120 moedas de ouro, prata e bronze foram descobertas dentro de caverna que tem ala escondida

A maior coleção de moedas raras já encontrada em uma escavação científica do período da revolta judaica de Bar-Kokhba contra os romanos foi descoberta em uma caverna por pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém e da Universidade Bar-Ilan.

As moedas foram encontradas em três lotes, em uma caverna localizada na reserva natural das montanhas da Judeia. O tesouro inclui moedas de ouro, prata e bronze, assim como armas e cerâmica.

A descoberta foi feita durante a pesquisa e mapeamento da caverna realizada por Boaz Langford e Amos Frumkin, da unidade de pesquisa de cavernas do departamento de geografia da Universidade Hebraica, juntamente com Boaz Zissu e Hanan Eshel da Universidade Bar-Ilan.

As cerca de 120 moedas foram descobertas dentro de uma caverna que tem uma “ala escondida”. A abertura dessa ala levou a uma pequena câmara que, por sua vez, se abre para uma sala que servia de esconderijo para os combatentes judeus de Bar-Kochba.

A maior parte das moedas descobertas está em excelentes condições. Elas eram prensadas por cima das moedas romanas pelos rebeldes. As novas marcas mostram imagens judaicas e palavras (por exemplo, a fachada do Templo de Jerusalém e o slogan “para a liberdade de Jerusalém”).

Outras moedas encontradas, de ouro, prata e bronze, são moedas romanas do período e cunhadas em outras partes do império romano ou em Israel.

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Arquivo em PDF

http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:N7IT7BTbFVQJ:www.sbe.com.br/sbeantropo/SBEAntropo_026.pdf+Israelenses+descobrem+tesouro+da+%C3%A9poca+do+Imp%C3%A9rio+Romano&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESjXl-kkL1RbSul8k2JPojzMUO9oNtdSO5RcxpfEDfAJoW-FIN-qghGI6kBbFth_RMLht49AcG693sJeyi9XXhr6iFldWHNNC_piaBNqSlUREKpC-oUBCJtBFfdZsqG9BtG9UErK&sig=AHIEtbQVUJGk3YgupIW61RHQLwX0d6MxJA

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Doei Ouro para o Bem do Brasil!

Jorge Figueira*

A Offensiva - pag.1 - N°515 - 16-06-1937 - ANO IV

A Acção Integralista Brasileira – AIB (1932-1937), organização social e política atuante em todo o Território Brasileiro, foi a partir de sua criação até extinção, o maior movimento político da história do Brasil. Apresentou-se como uma oportunidade única para a inserção de negros, índios, mulheres e crianças, antes marginalizados pelos partidos políticos. O movimento Integralista conseguiu arregimentar cerca de 1.500.000 de militantes em todo o Território Nacional.

Através da AIB foram fundados postos médicos, restaurantes populares (o maior deles chamava-se “O Pão Nosso de Cada Dia”, no Bairro da Gamboa, no Rio de Janeiro, e tinha capacidade para atender 1.000 pessoas), escolas profissionalizantes, assistência jurídica gratuita, entre outros auxílios ao público carente esquecido pelos políticos profissionais. Para que estas instituições pudessem funcionar em condições razoáveis, eram necessárias formas inusitadas de angariar fundos, uma vez que apenas as doações voluntárias não eram suficientes para arcar com as despesas.

As contribuições financeiras de cada Integralista eram feitas de acordo com as suas possibilidades econômicas, sendo enviada parte da contribuição para a Secretaria Nacional de Finanças, a outra parte ficaria para a manutenção do Núcleo Integralista. Cada Núcleo era mantido pelos próprios Integralistas neles inscritos, e seus militantes prestavam serviços para o Núcleo gratuitamente. Desta forma, não era possível a Acção Integralista Brasileira depender apenas da colaboração de seu militante ou dos periódicos que editava, era necessário criar outras formas como a “Taxa do Sigma” e a campanha “Doei Ouro para o Bem do Brasil”.

A “Taxa do Sigma”, denominada pela AIB de “A viga mestre da economia do movimento” era uma contribuição mensal que todos os Integralistas inscritos eram obrigados a manter, tinha como destino a manutenção das Sedes da Acção Integralista Brasileira e dos Congressos e desfiles cívicos realizados pelo Diretório Nacional. Os Periódicos Integralistas, como o Jornal “A Acção”, “Revista Panorama” e “Anauê!”, não recebiam receita proveniente da “Taxa do Sigma” uma vez que se mantinham por receita própria através principalmente de suas assinaturas e anúncios.

A Offensiva Nº78 - pag.9 - 09-11-1935 - ANO II

Como a campanha “Doei Ouro para o Bem de São Paulo”, que no começo dos anos 30 aglutinou toda a população paulista para se sacrificar por São Paulo doando seus pertences, a campanha promovida pela Acção Integralista Brasileira denominada “Doei Ouro para o Bem do Brasil” arregimentou todos os Integralistas pelo Brasil para doarem ouro, prata e bronze para ajudarem a campanha do Chefe Nacional da Acção Integralista Brasileira Plínio Salgado à Presidência da República. Como na campanha de São Paulo, a AIB entregava aos colaboradores, no momento da doação, anéis e moedas com o Sigma e a inscrição “Doei Ouro para o Bem do Brasil”. Atualmente é raro encontrar os anéis e moedas confeccionados em sua grande maioria em metal prateado ou esmaltado. Ainda na década de 80 do século passado, a Companheira Da. Adeli Simi de Castro exibia com orgulho o anel com a inscrição acima, que recebera quando doara suas jóias, inclusive, a aliança de casamento.

Havia além destas duas formas, outras maneiras de ajudar financeiramente o Integralismo para se expandir pelo Brasil, entre elas se destacam o pagamento de uma jóia no momento da inscrição no Núcleo, o “Empréstimo do Sigma”, a “Campanha do Selo Usado”, além, é claro, da venda de distintivos e medalhas Integralistas realizada pelos Núcleos ou lojas autorizadas que eram amplamente divulgavas através dos periódicos mais diversos. O “Empréstimo do Sigma” era constantemente divulgado pelos periódicos Integralistas através da frase: “Tomar promissórias do Empréstimo do Sigma é cooperar com o Integralismo na sua marcha patriótica e desassombrada”. Tinha como principal função financiar as viagens das comitivas Integralistas pelo Brasil.

As campanhas promovidas pelos cerca de 3.600 Núcleos da Acção Integralista Brasileira espalhados pelo Brasil arrecadaram nos anos de 1936-1937 um total de 2.450.000$000 (em Réis). Seria o equivalente a R$ 4.000.000,00 hoje em dia (atualização tendo base o índice IPC-SP FIPE).

Com a decretação do Estado Novo (1937-1945), que colocou a AIB na clandestinidade, houve o confisco de seus bens pelo Governo Federal, com exceção da Sede da Província do Mar, que foi doada pelo Chefe Nacional Plínio Salgado, constituindo-se hoje na “Casa do Marinheiro”. Para ajudar financeiramente as famílias dos Integralistas presos e torturados pela Polícia Política, foi criada a “Associação das Famílias Empobrecidas” – AFE; os exilados Integralistas que foram para a Portugal, Uruguai e Argentina, passando extrema necessidade, eram sustentados com subscrições especiais, sendo o principal contribuinte o Companheiro Milton Ferreira de Carvalho, que inclusive forneceu o capital para que os Integralistas exilados em Buenos Aires abrissem um Restaurante, o Café Ouro Verde, que passou a ser ponto de encontro para todos os Brasileiros residentes na Capital da Argentina, fossem exilados ou não.

* Σ – Rio de Janeiro(RJ). Publicitário. Presidente dos Núcleos Integralistas do Estado do Rio de Janeiro – NIERJ.

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Um terço das espécies de dinossauros nunca existiu, diz teoria

Dinossauros novamente em extinção

A teoria sugere que talvez um terço da especie de dinossauros conhecidas nunca tenha existido.

Muitos dinossauros estão enfrentando a possibilidade de um novo tipo de extinção – uma controvertida teoria sugere que até um terço das espécies conhecidas de dinossauros talvez nem mesmo tenham existido. Isso acontece porque os jovens dinossauros não se assemelham a versões miniaturizadas de seus pais, de acordo com novas análises conduzidas pelos paleontologistas Mark Goodwin, da Universidade da Califórnia em Berkeley, e Jack Horner, da Universidade Estadual de Montana.
Em lugar disso, como os pássaros e alguns outros animais ainda existentes, os exemplares jovens passavam por mudanças físicas dramáticas ao se tornarem adultos. Isso significa que muitos fósseis de dinossauros jovens, entre os quais espécimes aparentados ao tiranossauro rex, podem ter sido identificados erroneamente como exemplares de outras espécies, argumentam os pesquisadores.

Como o tiranossauro rex se tornava um terror

Um dos exemplos fortes que eles oferecem é o do Nanotyrannus. O animal, classificado como um parente de menor porte do tiranossauro rex, agora é visto por muitos especialistas como um exemplo de identificação incorreta, e representaria na verdade um tiranossauro juvenil classificado indevidamente.
Os fósseis que supostamente pertencem à espécie Nanotyrannus têm aparência semelhante à que um tiranossauro rex deveria ter em sua adolescência, apontou Horner em um novo estudo. Isso se deve ao fato de a estrutura craniana de um tiranossauro rex se alterar dramaticamente à medida que o animal crescia, segundo o pesquisador.
O crânio se alterava, de uma forma original alongada para o focinho e mandíbula curtos que nos são mais conhecidos; a mudança acontecia para quer o animal pudesse consumir maior quantidade de alimento. Mas a prova decisiva, de acordo com Horner, foi a descoberta de um dinossauro que tinha tamanho intermediário entre o de um tiranossauro rex adulto e o de um Nanotyrannus.
O Nanotyrannus -na opinião de Horner, efetivamente um jovem tiranossauro- contava com 17 dentes na mandíbula inferior, ante os 12 encontrados nas mandíbulas de tiranossauros adultos. Já o dinossauro de porte intermediário entre ambos contava com 14 dentes em sua mandíbula inferior, o que sugere que o esqueleto tenha pertencido a um tiranossauro rex jovem, que estava em meio à transição de seus dentes iniciais, menores e em formato de lâmina, para o número inferior de dentes molares que a espécie ostentava em seu estágio adulto.

A transformação do triceratope

Os paleontologistas também conseguiram amealhar uma coleção considerável de fósseis de triceratopes, representando animais que morreram em diversos estágios da vida, em um sítio do período cretáceo tardio (145,5 milhões a 65,5 milhões de anos atrás), em Hell Creek, no leste do Estado de Montana.
Os crânios dos dinossauros, cujas dimensões variavam entre as de um prato e as de um crânio humano, provinham de diversos animais. Quando os paleontologistas estudaram os crânios, constataram que os pequenos chifres retos dos animais mais jovens se transformavam, à medida que os animais envelheciam. Os chifres dos animais jovens tinham as pontas para trás, enquanto os dos adultos apontavam para frente.
O folho característico do pescoço do animal também passava por alterações: os ossos triangulares que formavam uma crista em torno do folho nos animais jovens se alongavam e achatavam, formando um escudo em forma de leque, nos exemplares mais velhos.
“Neste projeto de 10 anos, pudemos recolher uma série muito boa sobre o crescimento dos dinossauros, algo que ninguém havia visto antes, e assim acompanhamos essa transformação à medida que ocorria”, disse Goodwin. “Nós fomos capazes de documentar as mudanças extremas que ocorriam ao longo do crescimento, como por exemplo aquela que se refere à orientação dos chifres”, afirmou.

Os pássaros como paralelo

Provas quanto aos motivos dessas mudanças físicas dramáticas nos dinossauros podem ser obtidas em seus mais próximos parentes vivos, dizem os especialistas. Os búceros, por exemplo, não ostentam sua característica estrutura de penas em forma de capacete até que tenham atingido três quartos do tamanho que terão como adultos.
Da mesma maneira que os chifres em um cervo, essas penas ajudam os demais animais a discernir entre os adultos maduros e os jovens. Da mesma forma, as mudanças na aparência dos dinossauros poderiam servir para promover a comunicação visual.
Por exemplo, os chifres ou calombos de cabeça, possivelmente acoplados a variações de cores, podem ter criado identificações visuais inconfundíveis que garantiam que membros de uma espécie se reconhecessem entre eles.
Também podem ter identificado dinossauros como machos ou fêmeas, ou os marcado como animais adultos em busca de reprodução ou jovens que necessitavam de proteção.

Conclusão exagerada?


Hans-Dieter Sues, paleontologista do Museu Nacional de História Natural dos Estados Unidos, em Washington, diz que os cientistas descobriram nos anos 70 que algumas espécies de dinossauros dotados de bicos na verdade representavam formas diferentes de animais em estágios de maturidade distintos, e que portanto o número de espécies identificadas era menor que o originalmente calculado.
Sues, que não participou da nova pesquisa, concorda em que algumas espécies de dinossauros do cretáceo tardio podem na verdade ser exemplares juvenis de outras espécies. “Muitos dinossauros – da mesma forma que muitos vertebrados atuais – mudavam muito de aparência ao crescer”, ele disse.
Mas “algumas dessas conclusões são controversas”, ele acautelou, acrescentando que a ideia de que até um terço das espécies precise de reclassificação representa um exagero. Ele acredita que uma segunda extinção “científica- de dinossauros seja improvável” a não ser que os caçadores de fósseis descubram novos exemplares que provem a teoria. “Testar hipóteses como essa é difícil”, disse, porque “isso requer mais material fóssil do que dispomos atualmente”.

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http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4045451-EI8147,00.html

Brasileiros exibem fóssil com pterossauro de 130 milhões de anos

Jeholopterus ningchengensis

O fóssil do Jeholopterus ningchengensis foi apresentado na UFRJ.

Pesquisadores brasileiros apresentaram nesta quarta-feira, em entrevista coletiva no auditório da Biblioteca do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio (UFRJ), o fóssil com 130 milhões de anos de um pterossauro (réptil voador pré-histórico). Conforme os cientistas, o achado prova que estes dinossauros tinham um “controle de voo absoluto”, o que dá uma nova direção às investigações sobre a espécie.

O esqueleto pré-histórico do Jeholopterus ningchengensis foi encontrado na região da Mongólia interior (China) e apresentado hoje pelo paleontólogo brasileiro Alexander Kellner, que participou do descobrimento ao lado de colegas britânicos, chineses e alemães.

Para Kellner, a importância do achado reside na existência de estruturas nas asas que supõem uma mudança nas teorias que se tinham até o momento sobre o animal e a capacidade de voar. As novas estruturas – conhecidas como picnofibras e actinofibras – foram descobertas graças ao trabalho com raios ultravioleta realizado pelo paleontólogo alemão Helmut Tischlinger.

As picnofibras, semelhantes aos pelos de alguns mamíferos, permitiram aos especialistas, em primeiro lugar, concluir que os pterossauros eram animais endotérmicos – capazes de controlar a temperatura do próprio corpo.

Também graças aos raios ultravioleta os especialistas souberam que as actinofibras, que já eram conhecidas, se estruturam em uma rede de várias camadas, ao contrário do que se achava até o momento. Isso concederia uma maior resistência às asas destes animais, assim como a capacidade para esticá-las e retraí-las à vontade, o que permite um voo estável e com alto controle. As membranas encontradas no pterossauro seriam inclusive mais resistentes que as que apresentam alguns animais voadores atuais, como o morcego.

Para Kellner, a descoberta “elimina os modelos de estudos anteriores”, que indicavam que as asas dos pterossauros só serviriam para planar. O paleontólogo explicou que a descoberta “abre toda uma gama de possibilidades para desencadear novas investigações” em torno destes animais, que não são considerados aves nem dinossauros, apesar de terem coexistido.

O cientista explicou que agora se abre um novo desafio para os pesquisadores, que deverão concluir a composição exata destas estruturas. Até agora, eles trabalharam com a hipótese de que se tratasse de colágeno ou fibras musculares.

Kellner destacou o valor da região da Mongólia Interior, no nordeste da China, onde foi encontrado o fóssil apresentado hoje, e assegurou que no futuro deve chegar muita informação dali, porque a quantidade de fósseis existentes no local é “tremenda”. O paleontólogo também ressaltou a importância da colaboração brasileira para realizar as investigações, já que, segundo o professor, no país se encontram alguns dos melhores exemplares de fósseis de pterossauros.

O estudo foi feito por pesquisadores do Setor de Paleovertebrados do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional, do Departamento Nacional da Produção Mineral, do Museu Jurássico de Eichstaedt, na Alemanha, e do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia de Pequim, na China.

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http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=5679