O Presente texto foi
traduzido do idioma Francês para o Inglês pela Sra. Judith Upton Hard e do
Inglês para o Português, por Márcio M. de Oliveira em 26/06/99.
A preocupação em manter o
texto o mais original possível, acarretou em uma redação muitas vezes fora das
Regras de redação atuais da língua portuguesa (Brasil).
Em alguns parágrafos foram
mantidas entre parênteses as palavras do texto original, por não possuir-mos
uma tradução ideal.
A REGRA PRIMITIVA DOS
TEMPLÁRIOS
The Poor Fellow-Soldiers of Christ and the Temple of
Solomon
Esta tradução da original,
ou primitiva Regra dos Templários, está baseada na edição de 1.886, de "A
Regra do Templo" , de Henri de Cruzon, texto de um Manual Militar, ou de
"Como se Desincumbir dos Encargos da Cavalaria". Ele representa a
Regra dada aos (Fledgling) Cavaleiros do Templo pelo Concílio de Troyes, em
1.129, embora "não se deva esquecer que a Ordem existe a vários anos e
elaborou suas próprias tradições e costumes antes da aparição de Hugues de
Payens no Concílio de Troyes. Em larga medida, portanto, a Regra Primitiva se
baseia em práticas já existentes" (Upton-Ward, p. 11).
Esta tradução foi extraída
de " A Regra dos Templários" de Judith Upton-Ward, Woodbridge: The
Baydell Press, 1.992, e é reimpressa aqui com permissão. A Regra dos Templários
inclui uma introdução de Upton-Ward; também contem a Regra Primitiva dos
Templários e os Estatutos Hierárquicos: Regras relativas a penitências, vida
nos Conventos, a manutenção dos Capítulos e a recepção na Ordem; e um apêndice
de Matthew Bennett, "A Regra do Templo como Manual Militar, ou como se
desincumbir das Obrigações na Cavalaria" . O livro é altamente recomendado
àqueles interessados nos Templários ou qualquer outra Ordem Militar. Esta
disponível agora em brochura.
As notas na regra Primitiva,
elaboradas pela Sra. Upton-Ward na Regra dos Templários não foram incluídas
abaixo. São de considerável interesse e deveriam ser consultadas pelos que
desejam estudar a Regra com mais detalhes.
The Grand Masters of the Order of
the Temple in Jerusalem
Grand Master
Dates Ruled
Hugh de Payens 1118/9 - 1136/7
Robert de Craon (the Burgundian) 1136/7 - 13 January
1149
Everard de Barres 1149 -
1152 (?)
Bernard de Tremelai 1152 (?)
- 16 August 1153
Andre de Montbard 1153 - 17 January 1156
Bertrand de Blanquefort 1156 - 2 January 1169
Philippe de Milly of Nablus 1169 - 1171
Odo de Saint-Amand 1171 - 8 October 1179
Arnold de Torroges 1180 - 30 September 1184
Gerard de Ridefort 1185 - 4 October 1189
Robert de Sable 1191 - 28 September 1193
Gilbert Erail 1194 - 21 December 1200
Philippe de Plessiez 1201-12 February 1209
William de Chartres 1210 - 25 August 1219
Pedro de Montaigu 1219 - 28 January 1232
Armand de Peragors 1232(?) - 17 October 1244
Richard de Bures 1244/5 - 9 May 1247
William de Sonnac 1247 - 11 February 1250
Renaud de Vichiers 1250 - 20 January 1256
Thomas Berard 1256 - 25 March 1273
William de Beauieu May 1273 - 18 May 1291
Tibald Gaudin 1291 - 16 April 1293
Jacques de Molay 1293 - 18 March 1314
A REGRA PRIMITIVA
Aqui começa o Prólogo da
Regra do Templo.
1 - Falamos inicialmente
àqueles que secretamente desprezam sua própria vontade e com estudado cuidado,
desejam usar e usar permanentemente a mui nobre armadura da obediência.
Portanto, advertimo-lo a você que até agora levou a vida dos Cavaleiros
seculares, para quem Jesus Cristo não era a motivação, mas que você abraçou por
favor humano somente, a seguir àqueles a quem Deus escolheu dentre a massa de perdição
e a quem ordenou, através de sua misericórdia plena de graça, que defendessem a
Igreja Sagrada, e que você se apresse por juntar-se a eles para sempre.
2 - Acima de tudo, quem for
um Cavaleiro de Cristo, escolhendo tais Ordens Sagradas, deverá em sua
profissão de fé unir para diligência e firme perseverança, que é tão
misericórdia e sagrada, e é sabidamente tão nobre, que se for preservada
intocada para sempre, fá-lo-á merecer a estar em companhia dos mártires que
deram sua alma por Jesus Cristo. Nesta Ordem religiosa floresceu e está
revitalizada a Ordem da Cavalaria. Esta Cavalaria desprezou o amor pela justiça
que constitui seus deveres, não fez o que deveria, ou seja, defender os pobres,
as viúvas, órfãos e as Igrejas, mas esforçou-se por saquear, espoliar e matar.
Deus está conosco e nosso Salvador, Jesus Cristo; Ele enviou seus amigos da
Sagrada Cidade de Jerusalém para os limites da França e Burgundy, que, por
nossa salvação e a disseminação da verdadeira fé, não cessam de oferecer suas
almas a Deus, um sacrifício bem-vindo.
3 - Então nós, com toda a
alegria e irmandade plena, a pedido do Mestre Hugues de Payens, por quem a
retrocitada Cavalaria foi fundada pela graça do Espírito Santo, reunidos em
Troyes de diversas províncias além das montanhas na festa de meu senhor São
Hilário, no ano da encarnação 1.128 de Jesus Cristo, no nono ano depois da
fundação da referida Cavalaria. Sobre a condução e origens da Ordem da
Cavalaria ouvimos em Capítulo Comum, dos lábios do mestre mencionado, Irmão
Hugues de Payens: e de acordo coma as limitações do nosso entendimento, o que
nos pareceu e benefício nós apreciamos, e o que nos pareceu errado nós
evitamos.
4 - E tudo que ocorreu no
Concílio não pode ser contado nem relatado; e de forma que não fosse assumido
descomprometidamente por nós, mas considerado com grande com pureza sábia
deixamo-lo para a discreção dos honoráveis pai São Honorius e ao patriarca de
Jerusalém, Stephen, que conheceu os deveres do leste e dos Pobres Cavaleiros de
Cristo, por cuja recomendação do Concílio Comum, aprovamos por unanimidade.
Embora um grande número de irmãos religiosos que se reuniram no Concílio
aprovaram a autoridade de nossas palavras, não poderíamos passar silentes pelas
sentenças verdadeiras e juízos que emitiram.
5 - Portanto eu, Jean
Michel, a quem foi confiado o divino ofício, por graça de Deus, servi como
humilde escriba do presente documento por Ordem do Concílio e do venerável
padre Bernardo, abade de Clairvaux.
NOME DOS PADRES QUE VIERAM
AO CONCÍLIO
6 - Primeiramente foi
Mateus, bispo de Albano, pela graça de Deus, legado da Igreja Sagrada de Roma;
Renand, arcebispo de Reins; Henri, arcebispo de Sens; e seus partidários:
Gocelin, bispo de Soissons; o bispo de Paris; o bispo de Troyes; o bispo de
Orleans; o bispo de Auxerre; o bispo de Meaux; o bispo de Chalons; o bispo de
Saon; o bispo de Beauvais; o abade de Vèzelay, que depois foi feito arcebispo
de Lyon e legado da Igreja de Roma; o abade de Cîteaux; o abade de Pontigny; o
abade de Trois-Fontaines; o abade de Saint Denis de Reins; o abade de
St-Etiemne de Dijon; o abade de Molesmes; o acima citado Bernard abade de
Clairvaux; cujas palavras os supra citados apreciaram livremente. Também
presentes estavam o Mestre Aubri de Reims; Mestre Fulches e muitos outros quem
seria tedioso registrar. E dos demais que não foram listados seria proveitoso
fornecer garantias neste aspecto, que são amantes da verdade: são o Conde Theobald;
o Conde de Nevers, André de Baude Monk. Estes estiveram no Concílio e agiram de
maneira que, por estudo cuidadoso, buscaram o que é bom e desaprovaram o que
não parecia certo.
7 - E também presente estava
Irmão Hugues de Payens, Mestre da Cavalaria, com alguns de seus Irmãos, que ele
trouxera com ele. Eram eles Irmão Roland, Irmão Godefroy e Irmão Geoffroi
Bisot, Irmão Payen de Montdidier, Irmão Archambaut de Saint-Amand. O próprio
Mestre Hugues, com seus seguidores, relatou aos supramencionados padres os
costumes e observância de seus humildes princípios e daquele que diz: "Eu
que falo a vós sou o princípio", de acordo com o que é lembrado.
8 - Agradou ao Concílio que
as deliberações que foram feitas lá e as considerações para com as Escrituras
Sagradas, que foram diligentemente examinadas com a sabedoria de meu Senhor
Honorius, papa da Sagrada Igreja de Roma, e patriarca de Jerusalém e com o
assentimento do Capítulo, com a concordância dos Pobres Cavaleiros de Cristo do
Templo que está em Jerusalém, deveriam ser registradas por escrito e não ser
esquecidas, estritamente mantidas de modo que na vida superior pudesse chegar
ao Criador compaixão de cujo Deus é mais doce que o mel quando comparada com
Deus, cuja misericórdia lembra (OINE) e nos permite chegar a Ele a quem
queremos servir. Por todos os séculos dos séculos Amém.
AQUI COMEÇA A REGRA DOS
POBRES CAVALEIROS DO TEMPLO
9 - Você que renuncia à sua
própria vontade, e vocês que servem o Rei Soberano com cavalos e armas, pela
salvação de suas almas, por um compromisso assumido, esforcem-se em todo o
lugar com desejo puro de ouvir cantos matinais e a servidão integral de acordo
com a lei canônica e os costumes dos Mestres da Sagrada Caridade de Jerusalém.
Oh vós veneráveis irmãos, do mesmo modo Deus esteja convosco, se prometerem
desprezar o mundo ilusório por perpétuo amor a Deus e afastar as tentações de
seu corpo: sustentados pelo alimento de Deus e saciados e instruídos nos
mandamentos do Senhor, ao fim do ofício divino, nenhum de vós temeria ir à
batalha se ele envergar por conseguinte a (tonsure).
10 - Mas se algum irmão é
enviado pelo serviço da cada da Cristandade ao Leste algo que cremos ocorrerá
freqüentemente e não puder ouvir o ofício divino, deverá dizer treze
pai-nossos, sete a cada hora e nove à tarde. E juntamente todos ordenamo-lhes a
faze-lo. Mas aqueles que forem enviados por tal razão e não puderem chegar nas
horas fixadas para escutar o santo ofício, se possível tais horas não deveriam
ser omitidas, com o fito de dedicar a Deus o que lhe é devido.
A MANEIRA PELA QUAL OS
IRMÃOS DEVEM SER RECEBIDOS
11 - Se algum cavaleiro
secular, ou outro homem, deseja deixar a massa da perdição e abandonar essa
vida secular e escolher sua vida comunitária, não consinta em recebe-lo
imediatamente, pois assim disse São Paulo: Teste a alma para ver se vem de
Deus. Ademais, se a companhia dos irmãos e para ser aceito por ele, leia-se a
Regra para ele, e se ele deseja estudadamente obedecer os mandamentos da Regra,
se agradar aos Mestres e aos irmãos recebê-lo, deixe-o revelar seus desejo
frente a todos os irmãos reunidos em Capítulo e deixe-o fazer seu pedido com o
coração puro.
SOBRE CAVALEIROS
EXCOMUNGADOS
12 - Se você conhece
Cavaleiros dispersos a serem reunidos, então ordenamo-lhe a ir, se alguém lá
deseja juntar-se à Ordem da Cavalaria de regiões d´além mar, não leve em conta
o ganho neste mundo tanto quanto a salvação eterna da alma alheia. Nós
ordenamo-lhe a ser recebido sob a condição de que se apresente ao bispo da
respectiva província e torne sua intenção dele conhecida. E quando o bispo o
tiver ouvido e absolvido, ele deverá envia-lo ao Mestre e aos irmãos do Templo,
e se sua intenção for honesta e merecedora de sua companhia, se ele parecer bom
ao Mestre e irmãos recebam-no: se ele morrer nesse ínterim, pela angústia e
tormento sofridos, dar-se-lhe-ão todos os benefícios da irmandade devidos a um
dos Pobres Cavaleiros do Templo.
13 - Sob nenhuma outra
circunstância compartilharão os irmãos do Templo a companhia de um homem
obviamente nem se pegará suas coisas e isto proibimos fortemente porque seria
temerário se fossem excomungados como ele. Mas se eles está proibido apenas de
estar no ofício diurno, é certamente possível manter sua companhia e tomar sua
propriedade por caridade com a permissão de seus comandantes.
SOBRE NÃO RECEBER CRIANÇAS
14 - Embora a Regra dos
padres sagrados permita receber crianças na vida religiosa nós os aconselhamos
a não o fazer, pois ele que deseja dar a sua criança definitivamente à Ordem da
Cavalaria, deveria cria-lo até a época em que estivesse capacitado a portar
armas com vigor e livrar a terra dos inimigos de Jesus Cristo. Então deixe a
mãe e o pai conduzi-lo à casa e tornar seus pedido conhecido dos irmãos; e é
melhor se ele não fazer o voto quando criança, mas sim quando mais velho, e é
melhor se ele não se magoar do que se magoar. Portanto, deixe ser posto à prova
de acordo com a sabedoria do Mestre e irmãos e de acordo com a honestidade da
vida de quem pede para ser admitido na irmandade.
SOBRE IRMÃOS QUE PERMANECEM
DEMAIS NA CAPELA
15 - Tornai-se conhecido
para nós e o ouvimos de testemunhos verdadeiros que sem moderação e sem
restrição você ouça o serviço divino enquanto em pé. Não ordenamos a se
comportar desse modo, pelo contrário, desaprovamo-la. Mas ordenamos que os
fortes, tanto quanto os fracos, para evitar confusão, cantem os Salmos chamado
Venite, com a preparação e o hino sentados, e digam suas preces em silêncio,
suavemente e não em alta voz para não perturbar as preces dos outros irmãos.
16 - Mas ao fim dos Salmos,
quando o Gloria Pater é entoado, em reverência à Santíssima Trindade, você se
levantará e inclinará em direção ao altar, enquanto os fracos e doentes
inclinarão suas cabeças. Assim determinamos; e quando a explanação dos Evangelhos
for finda, e o Te Deum Laudamus for cantado, e enquanto todos os cantos são
entoados, e as Matinas terminarem, você estará de pé. Desse modo
determinamo-lhe ficar de pé quando da cantigas matinais e a todas as horas de
Nossa Senhora.
SOBRE A INDUMENTÁRIA DOS
IRMÃOS
17 - Nós determinamos que os
trajes de todos os irmãos deverão ser de uma cor, ou seja branco, negro ou
marrom. E nós a todos os irmãos Cavaleiros no inverno e se possível no verão,
mantos brancos; e ninguém que não pertença aos mencionados Cavaleiros de Cristo
terá permissão de ter um manto branco, de modo a que aqueles que abandonaram a
vida da escuridão reconhecerão uns aos outros como estando reconciliados com o
Criador pelo sinal dos hábitos brancos; que significa pureza e castidade
completa. Castidade é certeza no coração e saúde para o corpo. Pois se algum
irmão não assumir o voto de castidade, não poderá ter o descanso eterno nem ver
a Deus, pela promessa do apóstolo que disse: " Empenhe-se em trazer paz
para todos, mantenha a castidade, sem a qual ninguém vê Deus".
18 - Mas estas roupas não
deverão ostentar qualquer requinte de orgulho. E então ordenamos que nenhum
irmão terá um pedaço de (Fur) em suas roupas, nem algo que pertença às lides do
corpo, nem mesmo um lençol a menos que seja um de lã de cordeiro ou ovelha..
Ordenamo-lhes que todos os irmãos tenham a mesma, de modo a vestir-se e
desvestir-se e por e tirar suas botas facilmente. E o (Draper) ou o que estiver
em seu lugar deverá estudadamente refletir e cuidar de ter a recompensa de Deus
em todas as coisas supramencionadas, de modo a que os olhos dos invejosos e as
más línguas não possam notar que as roupas são muito longas ou demasiado
curtas; mas que ele as distribua de modo que se ajustem a quem as envergar, de
acordo com o tamanho de cada um.
19 - Se algum irmão por
orgulho ou arrogância desejar um traje mais fino, que lhe seja dado o pior. E
quem receber roupas novas deverá imediatamente devolver as velhas, para serem
dadas aos escudeiros e sargentos e freqüentemente aos pobres, de acordo com o
que parecer melhor ao encarregado.
SOBRE AS CAMISAS
20 - Entre as outras coisas,
determinamos misericordiosamente que, devido à grande intensidade do calor que
há no Leste, da Páscoa a Todos os Santos, por compaixão e de modo algum como
direito, uma camisa de linho será dada a qualquer irmão que desejar usa-la.
SOBRE LINHO DE CAMA
21 - Determinamos por
consenso que cada homem terá roupas de cama de acordo com a descrição do
Mestre. É nossa intenção que exceto o colchão, um travesseiro e um lençol será
suficiente para cada um; e aquele que não tiver alguns destes, poderá ter um
tapete um tapete e poderá usar um lençol de linho em todos os tempos, com um
travesseiro macio. E dormirão sempre vestidos com camisas, calções, sapatos e
cintos, e onde dormirem estará iluminado até a manhã. E o (Draper)
certificar-se-á de que os irmãos estão bem tonsurados que poderão ser
examinados pela frente e por trás; e determinamo-lhes a firmemente aderir à
mesma conduta com respeito à barba e bigodes, de modo que nenhum excesso seja
notado em seus corpos.
SOBRE SAPATOS DE PONTA E
LAÇOS DE SAPATO
22 - Proibimos sapatos de
ponta e cordões de sapatos e proibimos qualquer irmão de usa-los; nem os
permitimos aqueles que servem a causa por um período fixo; mais do que isso,
proibimo-los de ter sapatos com pontas ou cordão sob qualquer circunstância.
Isto porque é manifesto e bem conhecido que estas coisas abomináveis pertencem
a pagãos. Nem deverão usar seus cabelos ou seus trajes muito longos. Pois aqueles
que servem o Criador soberano tem que vir ao mundo pela promessa do próprio
Deus que disse: "Nasça conforme eu nasci" .
COMO DEVERÃO SE ALIMENTAR
23 - No palácio, ou mais
propriamente o refeitório, eles deverão comer juntos. Mas se você necessita de
algo por falta de hábito aos sinais usados por outros homens da fé, quieta e
privadamente deverão pedir pelo que necessitam na mesa, com toda a humildade e
submissão. Pois, o apóstolo disse: " Coma seu pão em silêncio" . E o
salmista: "Segure sua língua" o que significa: "Eu pensei que
minha língua me traia" ou seja: " Segurei minha língua para não dizer
maldade".
SOBRE A LEITURA DO
ENSINAMENTO
24 - Sempre, no jantar do
convento e na refeição, leia-se a Sagrada Escritura, se possível se amamos a
Deus e a todas as suas palavras sagradas e seus Mandamentos Sagrados,
desejaríamos ouvi-los atentamente: o leitor do texto dir-lhe-á para manter
silêncio antes de começar a ler.
25 - Devido a vasilhas em
falta, os irmãos comerão aos pares, de modo a que um possa estudar o outro mais
proximamente, e para que nem a austeridade nem abstinência secreta seja
introduzida na refeição coletiva. Nos parece justo que cada irmão deva ter a
mesma porção de vinho em sua taça .
SOBRE A INGESTÃO DE CARNE
26 - Deverá ser suficiente
para você comer carne 3 vezes por semana, exceto no Natal, Todos os Santos,
Assunção e festa dos Doze Apóstolos. Pois é compreendido que o costume de comer
carne corrompe o corpo. Mas se uma festa em que se deva esquecer a carne cair
em uma Terça-feira, no próximo dia, que seja dada aos irmãos em abundância. E
aos domingos, todos os irmãos do Templo, os capelães e escribas terão duas
refeições de carne em honra à sagrada ressurreição de Jesus Cristo. E o resto
dos corpos agregados, ou seja, escudeiros e sargentos ficarão contentes com uma
refeição e serão agradecidos a Deus por isso.
SOBRE REFEIÇÕES DURANTE A
SEMANA
27 - Nos outros dias da
semana, Segunda-feira, Quarta-feira e Sábados, os irmãos terão duas ou três
refeições de vegetais ou outros pratos comidos com pão; e pretendemos que isto
seja suficiente e que se faça assim. Pois quem não tiver uma refeição, terá a
outra.
SOBRE REFEIÇÕES ÀS
SEXTAS-FEIRAS
28 - Às sextas que seja dada
carne quaresmal comunalmente a toda a congregação, como reverência à paixão de
Jesus Cristo: e jejuarão de todos os Santos até a Páscoa, exceto no Natal,
Ascensão e na festa dos Doze Apóstolos. Mas irmãos fracos e doentes não
necessitarão observa-lo. Da Páscoa até Todos os Santos, poderão comer por 2
vezes, conquanto que não haja jejum geral.
SOBRE AGRADECIMENTO
29 - Sempre após cada jantar
e refeição, todos os irmãos deverão dar graças a Deus em silêncio, se a Igreja
é próxima ao refeitório, e se não o for, no próprio local. Com o coração
humilde deverão agradecer a Jesus Cristo que é Senhor Provedor. Deixe-se os
restos do pão para os pobre e bolos inteiros sejam conservados. Embora a
recompensa dos pobres que é o reino dos céus, deva ser dada sem hesitação, e a
fé cristã sem dúvida o reconheça entre eles, ordenamo-lhe que a décima parte do
pão seja dada a seu (Almoner).
DO RECEBIMENTO DA COLAÇÃO
30 - Quando a luz do dia se
vai e a noite cai, escute o sinal do sino ou o chamado para a oração, de acordo
com os costumes do país, e todos dirijam-se a (Compline). Mas nós
determinamo-lhes primeiramente a tomar pequena refeição, embora deixemos esta
refeição leve sob arbítrio e discreção do Mestre. Quando ele quiser água e
quando ele ordena, vinho diluído, que lhe seja dado. Verdadeiramente, ele não
deve ser tomado em excesso, e sim com moderação. Pois Salomão disse: "O
vinho corrompe os sábios".
SOBRE MANTER SILÊNCIO
31 - Quando os irmãos voltam
da (Compline) não tem permissão de falar abertamente exceto em uma emergência.
Mas deixe cada um ir para o leito quieta e silenciosamente, e se ele necessitar
falar com seu (Squire) ele deverá falar quieta e suavemente. Mas se por acaso,
conforme voltam do (Compline a Cavalaria ou a casa tiver um problema sério que
necessite de solução antes do amanhecer, nós pensamos que o Mestre ou um grupo
de irmãos mais velhos que governem a Ordem sob o Mestre, possam falar
apropriadamente. E é por isso que determinamos que deve ser feito nesta
maneira.
32 - Porque está escrito:
Quem fala demais não está em pecado. E um outro dito: " Vida e morte estão
no poder das línguas" . E durante essa conversa nós terminantemente
proibimos palavras chulas e explosões de risos. E se algo é dito na conversa
que não devesse ser dito, quando você for para o leito, ordenamo-lhe a dizer a
oração do Pai Nosso com toda humildade e pura devoção.
SOBRE IRMÃOS
33 - Irmãos que sofram de
doença durante a lide na casa terão permissão de manter-se em pé durante
cantigas matinais com a permissão do Mestre ou daqueles encarregados do oficio.
Mas deverão dizer em vez das cantigas matinais, 13 pai-nosso conforme
estabelecido acima, de maneira a que as palavras reflitam o que há no coração.
Assim disse David: "Cantem com sabedoria". E em outro lugar, o mesmo
David disse: "Cantarei a vós perante os anjos" . E deixe assim ser
sempre segundo o Mestre ou aqueles encarregados daquele ofício.
SOBRE A VIDA COMUNITÁRIA
34 - Lê-se nas Sagradas
Escrituras: A cada um é dado conforme suas necessidades. Por esta razão dizemos
que ninguém será elevado entre vós, mas todos cuidarão dos doentes; e aquele
que estiver menos doente deveria agradecer a Deus e não se inquietar; e que
aquele que estiver pior, humilhe-se através de sua enfermidade e não se torne
orgulhoso através da piedade. Assim, todos os membros viverão em paz. É
proibido a qualquer um que se agarre a abstinência excessiva; e sim que
mantenha a vida comunitária.
SOBRE O MESTRE
35 - O Mestre pode dar a
quem quer que lhe agrade, o cavalo e a armadura e o que quiser de outro irmão,
e este irmão a quem a coisa dada pertence, não deverá se tornar nervoso ou
vexado, pois fique certo que se enervar estará indo contra Deus.
36 - Somente aqueles irmãos
que o Mestre reconhece que darão conselhos sábios e benéficos serão chamados
para o concílio; pois isto, determinamos, e de modo algum diverso alguém será
escolhido. Porque quando ocorrer de quererem tratar de assuntos sérios como a
doação de terra comum ou falar sobre assuntos da casa, ou receber um irmão,
então se o Mestre desejar, é apropriado reunir a congregação completa para ouvir
o conselho do Capítulo todo; e o que parecer melhor ao Mestre e mais benéfico,
que o faça.
SOBRE IRMÃOS ENVIADOS PARA
ALÉM-MAR
37 - Irmãos enviados por
países ultramar dedicar-se-ão a manter as determinações da Regra, de acordo com
sua capacidade, e viver irrepreensivelmente com relação a carne, vinho, etc. de
modo que serão bem recomendados pelos estrangeiros e não denegrirão por atos ou
palavras os preceitos da Ordem, de modo a deixar exemplo de boas atitudes e
sabedoria; sobretudo de modo a que aqueles a quem se associarem e que os
hospedarem sejam honrados. Se possível, a casa onde dormirem terá luz à noite,
de modo a que a sombra de seus inimigos não os conduza a fraqueza, que Deus
lhes proíbe.
SOBRE MANTER A PAZ
38 - Cada irmão
certificar-se-á que não incitará outro irmão à cólera ou raiva pois a
misericórdia soberana de Deus se mantém igualmente sobre o irmão, seja ele
fraco ou forte, em nome da caridade.
COMO OS IRMÃOS SE
COMPORTARÃO
39 - Afim de se desincumbir
de seus deveres e ganhar a glória da Alegria de Deus e fugir ao fogo do
Inferno, é necessário que todos os irmãos estritamente obedeçam a seu Mestre.
Pois não é mais caro a Jesus Cristo do que a obediência . Pois tão logo algo é
determinado pelo Mestre ou por aquele a quem o Mestre delegou autoridade,
deverá ser feito sem demora como se o próprio Cristo o tivesse determinado.
Pois assim disse Jesus, pela boca de David e é verdadeiro: "Ele obedeceu
tão logo me ouviu".
40 - Por esta razão rogamos
e firmemente determinamos aos irmãos Cavaleiros que abandonaram sua própria
vontade e a todos os que servem por um período fixo que não ousem sair à noite
rumo a cidade sem a permissão do Mestre ou de quem estiver encarregado, exceto
a noite ao Sepulcro e lugares de oração que estejam dentro dos muros da cidade
de Jerusalém.
41 - Lá irmãos podem ir em
pares, mas doutro modo, não poderão ir seja á noite ou de dia e quando pararem
em um posto, nenhum irmão nem (Squire) nem sargento poderá ir a outra
hospedaria para ver ou falar-lhe sem permissão, conforme dito acima.
Determinamos por consenso, que nesta Ordem regida por Deus, nenhum irmão lutará
ou descansará por sua própria vontade, mas de acordo com as ordens do Mestre, a
quem se submeterão, para seguir a lição de Jesus Cristo que disse: "Não
vim para fazer a minha vontade, mas a vontade do Meu Pai que me enviou".
42 - Sem permissão do Mestre
ou encarregado, não se efetuará trocas, a não ser de pequenas coisas.
COMO DEVERÃO EFETUAR UMA
TROCA
43 - Sem permissão do Mestre
ou de quem esteja encarregado do ofício, nenhum irmão possuirá mala ou (Purse)
com tranca mas comandantes de casas ou províncias e Mestres não se aterão a
isto. Sem o consentimento do seu Mestre ou Comandante, nenhum irmão terá cartas
de seus parentes ou outra pessoa: mas se tiver permissão, e se agradar ao
Mestre ou comandante, cartas ser-lhe-ão elidas.
SOBRE DOAÇÕES SECULARES
44 - Se algo não pode ser
conservado, como carne, for dada a algum irmão por um secular em agradecimento,
deverá presentea-la ao Mestre ou Comandante de (Virtuals). Mas se acontecer a
algum de seus parentes ou amigos tem algo a dar somente a ele, não o tome sem a
permissão do Mestre ou daquele encarregado daquele ofício. Além disso, se o
irmão receber algo mais de seus parentes, não o tome sem permissão do Mestre ou
do encarregado daquele ofício. Não desejamos que os comandantes ou baillis, que
estão especialmente encarregados deste ofício, de se aterem a regra
supramencionada.
SOBRE FALTAS
45 - Se algum irmão, falando
ou militando ou outra maneira cometer um pecado leve, ele mesmo por sua vontade
tornar-lo-á conhecido do Mestre, para reparar sua falta com coração puro. E se
ele não falha usualmente desse modo, que lhe seja aplicada uma leve pena, mas
se a falta for muito grave que se afaste da companhia dos irmãos sem comer ou
beber com eles, e sim só; e deverá se submeter à misericórdia e julgamento do
Mestre e irmãos, que ele seja salvo no Dia do Julgamento.
SOBRE FALTAS GRAVES
46 - Sobre todas as coisas,
devemos nos assegurar de que nenhum irmão, poderoso ou não, forte ou fraco, que
deseje se promover e tornar-se orgulhoso e defender sua falta, permaneça sem
punição. Mas se ele não desejar pagar por isto, que lhe seja dada uma punição
mais severa. E se oram piedosamente por ele a Deus, e ele não quiser se
corrigir, e sim insistir no erro, que seja desligado do grupo, conforme o
apóstolo diz: "Remova o mau dentre vós". É necessário que renovais a
ovelha negra da companhia de irmãos fiéis.
47 - Ademais o Mestre, que
deve manter a equipe sob controle e (Rod) equipe com a qual sustentará as
fraquezas e força dos demais; o (Rod) com o qual vencerá os vícios dos que
pecam - por amor à justiça por conselho do patriarca, deverá cuidar em faze-lo.
Mas também, como meu Senhor Santo Máximo disse: "Que a complacência não
seja maior que a falta; nem que a punição excessiva cause a volta do pecador a
lide com o mal.
SOBRE RUMORES
48 - Determinamo-lhe por
conselho divino a evitar uma praga: inveja, fofoca, (Spite), (Slander).
Portanto, cada um deve zelosamente guardar-se quanto ao que disse o Apóstolo:
"Não acuse ou maldiga o povo de Deus!" Mas quando um irmão sabe com
certeza que seu irmão companheiro pecou, quietamente e com misericórdia
fraternal, que seja castigado privadamente entre ambos e se ele não quiser
ouvir, outro irmão deverá ser chamado, e se ele se rebela perante ambos, ele
deverá submeter-se abertamente perante todo o grupo. Os que não se afinam com
os demais sofrem de terrível cegueira e muitos são cheios de tristeza que não
protegem contra a inveja que se aporta contra os outros, e pela qual serão
levados nas maldades antigas do demônio.
QUE NINGUÉM SE ORGULHE DE
SUAS FALTAS
49 - Embora todas as
palavras vulgares estejam reconhecidamente cheias de pecado, serão ditas por
aqueles que se orgulham de seus pecados perante o juiz astuto Jesus Cristo, o
que demonstrado por Davi ao dizer: Deve-se evitar de falar até sobre o bem e
calar. Da mesma forma, deve-se guardar de falar o mal, para escapar à
penalidade do pecado. Proibimos firmemente todo irmão de relatar a outro irmão
ou a quem quer que seja, os bravos feitos da vida secular, que antes deveriam
ser chamados de loucuras cometidas na execução dos deveres como cavaleiro, e os
prazeres da carne que teve com mulheres imorais; e se ocorrer que as ouça sendo
contadas por outro irmão, deverá imediatamente silencia-lo; não o conseguindo,
deverá incontinente deixar o lugar e não deixar seu coração ouvir a música da
podridão.
50 - Este hábito entre
outros determinamo-lhes a seguir estrita e firmemente: que nenhum irmão peça
explicitamente o cavalo ou armadura do outro. Será portanto, feito desta
maneira: quando da enfermidade do irmão ou a fragilidade de seus animais ou
armadura é sabidamente tal que o irmão não pode sair para fazer seu trabalho
sem perigo, que vá ao Mestre ou a quem ocupa o seu lugar naquele grupo, e torne
a situação conhecida por ele em pura fé e verdadeira fraternidade, e portanto
permaneça à disposição do Mestre ou de quem controla o grupo.
SOBRE ANIMAIS E ESCUDEIROS
51 - Cada irmão cavaleiro
poderá ter três cavalos e não mais, sem permissão do Mestre, devido à grande
pobreza existente no tempo atual na Casa de Deus e do Templo de Salomão. A cada
cavaleiro permitimos um escudeiro e três cavalos e se o escudeiro
voluntariamente serve à caridade, o irmão não deverá puni-lo por algum pecado
que ele cometa.
QUE NENHUM IRMÃO POSSA TER
UM BRIDÃO ORNADO
52 - Terminantemente
proibimos que um irmão possua um ouro ou prata em seus arreios, nem em seus
estribos ou em suas esporas. Isto é, se os comprar; mas se ocorrer que um
arreio lhe seja dado por caridade e que esteja tão velho que o ouro ou a prata
esteja manchada, de modo a que a beleza resplandecente não seja vista pelos
demais nem orgulho derive deles, então ele poderá tê-los. Mas se equipamento novo
lhe for dado, que o Mestre lide com isso como achar adequado.
SOBRE CAPAS PARA LANÇAS
53 - Que nenhum irmão possua
capa em seu escudo ou lança, pois nisso não há vantagem, ao contrario, pensamos
que seria prejudicial.
SOBRE BOLSAS PARA ALIMENTOS
54 - Esta Ordem que por nós
é estabelecida é benéfica para todos manterem e por essa razão ordenamos que a
cumpram, que nenhum irmão possa fazer uma mala de alimentos de linho ou
principalmente, ou qualquer coisa além de um (Profinel).
SOBRE CAÇAR
55 - Nós em conjunto
proibimos qualquer irmão de caçar um pássaro com outro pássaro. Não é adequado
para um homem de fé ceder a prazeres, e sim determinadamente seguir os
mandamentos de Deus, estar freqüentemente em oração e a cada dia confessar em
prantos a Deus em suas preces, os pecados cometidos. Nenhum irmão atrever-se-á
acompanhar um homem que caça um pássaro com outro. Na verdade, é adequado para
todo homem religioso portar-se simples e humildemente sem risadas ou conversas
demais, ponderadamente, sem elevar a voz e por isso ordenamos especialmente que
os irmãos todos não se lancem à floresta com arco longo ou cruzado para caçar
animais e nem acompanhem quem o faça, exceto para salva-lo dos pagãos infiéis.
Nem deverás tu seguir cães, nem gritar ou imitar sons de animais nem esporar
sobre um cavalo para capturar uma fera selvagem.
56 - É verdadeiro que estás
especialmente encarregado do dever de dar sua alma pelos seus irmãos, conforme
o fez Jesus Cristo, e de defender a terra dos pagãos descrentes que são inimigos
do filho de Virgem Maria. Esta supramencionada proibição de caçar de modo algum
pretendo incluir o leão, pois ele vem cercando e procurando pelo que possa
devorar, inimigo mortal dos homens.
SOBRE COMO POSSUIR TERRAS E
HOMENS
57 - Este tipo de nova Ordem
nasceu, cremos, das Sagradas Escrituras e divina Providência na Sagrada Terra
da Provação. Isto significa que esta companhia armada de Cavaleiros pode matar
os inimigos da cruz sem pecar. Por esta razão julgamos que vocês são
acertadamente chamados Cavaleiros do Templo, com duplo mérito e beleza pela
probidade e que podem ter terras e homens, vilas e campos e governa-los
justamente, e ter seu direito a eles conforme especificamente estabelecido.
SOBRE TÍTULOS
58 - Você que abandonou os
prazeres do mundo acreditamos Ter voluntariamente submetido a si mesmo à
pobreza, portanto, decidimos que você que vive a vida comunitária pode receber
títulos: se o bispo do lugar, a quem o título deverá ser dedicado por direito,
deseja outorga-lo a você por caridade, com o consentimento do Capítulo, ele
pode dar aqueles títulos que a Igreja possui. Além disso, se algum homem mantém
títulos de seu patrimônio em seu detrimento e contra a Igreja, e deseja
deixa-los a você, ele pode faze-lo com a permissão do prelado e de seu
Capítulo.
SOBRE JULGAMENTO
59 - Sabemos, por havermos
visto, que perseguidores e pessoas que gostam de querelas e se dedicam a
cruelmente atormentar aqueles que são fiéis à Santa Igreja e seus amigos, são
sem número. Pelo julgamento claro de nosso conselho, determinamos que se houver
alguém nas regiões do Leste ou em qualquer outro lugar que lhes peça algo,
pelos homens fiéis e amar à verdade, você deverá ponderar sobre o pedido se a
outra parte desejar permiti-lo. Esta mesma Ordem deverá ser mantida sempre,
quando algo lhes for roubado.
SOBRE IRMÃOS MAIS VELHOS
60 - Determinamos por pio
concelho que irmãos mais velhos e fracos sejam honrados com diligência e lhes
seja dispensada consideração de acordo com sua fragilidade e que sejam mantidos
bem pela autoridade da Regra, naquelas coisas que são necessários à sua
condição física.
SOBRE IRMÃOS DOENTES
61 - Que seja dada
consideração e cuidados aos irmãos doentes e que sejam servidos de acordo com o
dizer do evangelista e de Jesus Cristo: "Eu estava doente e tu me
visitaste" e que isto não seja esquecido. Pois aqueles irmãos que estão
combalidos devem ser tratados quietamente e com cuidado, por puro serviço,
levando avante sem hesitação, você ganhará o reino do céu. Portanto,
determinamos ao Enfermeiro a estudadamente e fielmente providenciar ou avisar
que são necessários aos muitos irmãos doentes, comer carne, vísceras, pássaros
e todos os alimentos que tragam boa saúde com os meios e possibilidades da
casa.
SOBRE IRMÃOS FERIDOS
62 - Quando algum irmão
passa da vida para a morte, algo de que ninguém está isento, determinamo-lhes a
cantar por sua alma com coração puro, e que o ofício divino seja executado
pelos prelados que servem o rei soberano e vós que servem à caridade por um
período fixo e todos os irmãos presentes onde jaz o corpo e que servem por um
período fixo, deverão rezar cem pai-nosso nos próximos sete dias. E todos os
irmãos sob o comando da casa em que se deu o passamento do irmão, deverão rezar
os cem pai-nosso, conforme dito acima, após a morte do irmão ser noticiada,
pela misericórdia divina. Também rezamos e determinamos por autoridade pastoral
que um pobre seja alimentado com carne e vinho por quarenta dias em memória do
irmão morto, como se estivesse ainda vivo. Expressamente proibimos todos as
outras ofertas que costumeiramente eram voluntariamente e sem discussão feitas
pelos Pobres Cavaleiros do Templo pela morte dos irmãos, na festa de Páscoa e
outras festas.
63 - Além disso você deve
professar a sua fé com coração puro noite e dia, a ponto de ser comparado a
este respeito com o mais sábio dos profetas, que disse: "Tomarei o cálice
da salvação" que significa: Consignarei à Morte de Jesus Cristo minha
morte. Pois tal como Jesus Cristo deu seu corpo por mim, esto preparado para dar
minha alma do mesmo modo pelos meus irmãos. Este é um sacrifício adequado: um
sacrifício vivo e muito agradável a Deus.
SOBRE PRELADOS E OFICIAIS
QUE SERVEM À CARIDADE
64 - O conjunto do conselho
comum determina-lhes a dedicar ofertas e todas as almas em qualquer maneira
possível, aos capelães e oficiais e aos outros que permanecem na caridade por
um período fixo. De acordo com a autoridade do Senhor Deus, os servidores da
Igreja somente podem Ter roupa e comida, e não devem pretender nada mais a menos
que o Mestre deseje dar-lhe algo voluntariamente por caridade.
SOBRE CAVALEIROS SECULARES
65 - Aqueles que servem por
piedade e permanecem conosco por um período fixo são Cavaleiros da casa de Deus
e do Templo de Salomão; portanto por piedade rogamos e por fim determinamos que
se durante sua permanência Deus leva algum deles, por amor a Deus e por
misericórdia fraterna, um pobre será alimentado por sete dias pela sorte de sua
alma e cada irmão naquela casa, rezará 30 pai-nosso.
SOBRE CAVALEIROS SECULARES
QUE SERVEM POR UM PERÍODO FIXO
66 - Determinamos a todos os
Cavaleiros seculares que desejem com coração puro servir a Jesus Cristo e a
casa do Templo de Salomão por um período fixo a fielmente comprar um cavalo
adequado e armas, e tudo o que for necessário para tal trabalho. Além disso,
determinamos a ambas as partes a colocar um preço no cavalo e coloca-lo por
escrito para não o esquecer: e que tudo de que o cavaleiro, seu escudeiro e seu
cavalo necessitam, mesmo sapatos para o cavalo, seja dado de acordo com as
possibilidades da casa por caridade fraternal. Se, durante o período fixado,
acontecer por acaso que o cavalo morra no serviço da casa, se a casa puder
faze-lo, o Mestre deverá substituí-lo. Se ao fim de seu prazo, o cavaleiro
quiser retornar ao seu próprio país, ele deverá deixar por caridade, metade do
preço do cavalo e outra metade se ele quiser, receberá das almas da casa.
SOBRE A NOMEAÇÃO DE
SARGENTOS
67 - Dado que os escudeiros
e sargentos que desejam servia a caridade na casa do Templo da Salvação pela
salvação de suas almas por um período fixo, vem de regiões decaídas, parece-nos
benéfico que seus votos sejam recebidos de modo que o invejoso inimigo não
coloque em seus corações arrepender-se ou renunciar a suas boas intenções.
SOBRE MANTOS BRANCOS
68 - Por conselho comum de
todo o Capítulo proibimos e ordenamos expulsão, por vício comum, de qualquer
que sem discreção estive na casa de Deus e dos Cavaleiros do Templo: mesmo os
sargentos e escudeiros não deverão ter hábitos brancos, de cujo uso grande
malefício adveio à causa: pois nas regiões além das montanhas irmãos falsos,
homens casados e outros que se diziam irmãos do Templo costumavam fazer
juramento enquanto eram do mundo. Trouxeram tanta vergonha para nós e mal à
Ordem da Cavalaria que mesmo escudeiros zombavam dela; por esta razão muitos
escândalos surgiam. Portanto, dêem-lhes assiduamente mantos pretos; mas se não
puderem ser achados ser-lhes-á dado o que tiver, disponível na província: ou o
que é menos caro, ou seja (Burell) .
SOBRE IRMÃOS CASADOS
69 - Se homens casados
solicitam admissão na fraternidade, benefício e devoções da casa,
permitimo-lhes recebe-los nas seguintes condições: que depois de sua morte
deixem-lhes parte de seu patrimônio e de tudo o que tiverem obtido daí em
diante. Enquanto isso, deverão levar vidas honestas e dedicarem-se a agir bem
com os irmãos. Mas não deverão usar mantos ou casacos brancos: além disso, se o
senhor tiver que morrer antes da sua senhora, os irmãos deverão tomar parte de
suas posses e deixar que a dama tenha o resto para sustenta-la pelo seu tempo
de vida; pois não nos parece correto que tais consortes devam viver em uma casa
com irmãos que prometeram castidade a Deus.
SOBRE IRMÃS
70 - A companhia de mulheres
é uma coisa perigosa, pois foi através delas que o Velho Diabo tirou a muitos
do caminho reto para o Paraíso. Portanto, não permitam que irmãs sejam
admitidas na casa do Templo; isto é o porque, caros irmãos, por isso não é
adequado seguir este costume, que a flor da castidade seja sempre mantida entre
vós.
QUE NÃO POSSUAM
FAMILIARIDADE COM MULHERES
71 - Acreditamos ser uma
coisa perigosa para cada religioso olhar demais para a face de uma mulher. Por
esta razão, nenhum de vós deverá presumir de beijar uma mulher, seja viúva, jovem,
mãe, tia ou qualquer outra; e portanto, a Cavalaria de Jesus Cristo deverá
evitar a todo custo, abraços de mulheres, por meio dos quais homens pereceram
por muitas vezes, para que possam permanecer eternamente frente à face de Deus
com a consciência pura e vida segura.
NÃO SER PADRINHO
72 - Proibimos a todos os
irmãos de ousar criar crianças e nenhum deverá se envergonhar de recusar em ser
padrinho; esta vergonha traz mais glória que pecado.
SOBRE OS MANDAMENTOS
73 - Todos os mandamentos
que estão escritos e mencionados acima nesta Regra estão a critério e
julgamento do Mestre. Estes são os dias festivos e de jejum que todos os irmãos
deverão celebrar e observar:
74 - Que seja conhecido de
todos os Irmãos do Templo presentes ou futuros que deverão jejuar nas vigílias
dos doze apóstolos. Isto quer dizer: São Pedro e São Paulo; Santo André; São
Thiago e São Felipe; São Thomé, São Bartholomeu; São Sião e São Judas; São
Matheus. A vigília de São João Batista, da ascensão e os dois dias anteriores,
os dias de rogação; a vigília de Pentecostes; os dias de (Ember); a vigília de
Epifanie. E deverão jejuar em todos os dias retro mencionados de acordo com os
mandamentos do Papa Inocêncio no Concílio de Pisa. E se algum dos dias supra
mencionados cair na 2ª feira, deverão jejuar no Sábado precedente . Se o Natal
de Nosso Senhor cair numa 6ª feira, os irmãos deverão comer carne em honra da
festa. Mas deverão jejuar na festa de São Marco, devido à (Litany), pois está
estabelecido por Roma pela mortalidade dos homens. Contudo, se cair durante a
semana de Páscoa, deverão não jejuar.
ESTAS SÃO AS FESTAS QUE
DEVERÃO SER OBSERVADAS NA CASA DO TEMPLO
75 - O Natal do Senhor; a
festa de Santo Estevão; São João Evangelista; Os Inocentes Sagrados; o oitavo
do Natal, que é o dia de Ano Novo; Epifania; Santa Maria Candlemas; São Mathias
Apostolo, Anunciação de Nossa Senhora em março; Páscoa e os três dias
seguintes; São Jorge; São Felipe e Thiago; apóstolos; a descoberta da Cruz
Sagrada; Ascenção do Nosso Senhor; Pentecostes e os dois dias seguintes; São
João Batista; São Pedro e São Paulo; Santa Maria Madalena; São Thiago o
Apóstolo; São Lourenço;, Ascenção de Nossa Senhora; Exaltação da Sagrada Cruz;
Natividade de Nossa Senhora; São Mateus; São Michel; São Simão e Judas; a festa
de Todos os Santos; São Martins no Inverno; Santa Catarina no Inverno; Santo
André; São Nicolau no Inverno; São Tomé Apóstolo.
76 - Nenhuma das festas
menores deverá ser cultuada na casa do Templo. E desejamos e aconselhamos que
seja mantido e aceito que todos os Irmãos do Templo, deverão jejuar do Sábado
antes de São Martin à natividade de Nosso Senhor, a menos que alguma doença os
impeça. E se acontecer que a festa de São Martin cair num Domingo, os irmãos
deverão manter-se sem carne no Domingo precedente.