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terça-feira, 6 de maio de 2014

Erwin Rommel: a raposa do deserto


Rápido e astuto, o alemão colecionou feitos antológicos e tornou-se o maior estrategista militar da Segunda Guerra.

"O senhor é muito rápido para nós”, disse o general francês logo após se render ao comandante inimigo. A frase soaria frágil e covarde, não fosse dirigida a um dos mais astutos e mitológicos personagens dos campos de batalha. O tal “senhor”, no caso, é um general que conseguiu feitos inacreditáveis nas mais adversas situações. Colecionador de ações antológicas nas duas grandes guerras que a humanidade já assistiu, Erwin Rommel era um alemão ágil e sabido, que em pouco tempo se tornou o mais famoso estrategista da Segunda Guerra Mundial. Com suas tropas, conseguiu avançar cerca de 240 quilômetros em apenas 24 horas, feito que nenhum outro general foi capaz de produzir naqueles tempos. Logo ganhou o apelido de “A Raposa do Deserto”, após fortalecer as combalidas tropas italianas de Mussolini no norte da África, em 1941, e, de quebra, fazer as avançadas tropas britânicas recuarem no front africano.

Filho de um professor universitário com uma jovem de ascendência nobre, Rommel nasceu em 1891 na cidade de Heidenheim. Desde a infância, mostrava gosto por aviões e planadores, mas acabou ingressando aos 18 anos no 124º Regimento de Infantaria de Württemberg. Nas cartas trocadas com a mulher, durante o período em que esteve no deserto, transparece um dedicado pai de família, interessado com o desempenho escolar do único filho, a quem sempre cobria de elogios. Qualidade, por sinal, que também era vista na sua relação com os soldados. Sem grosserias, calmo, ensinava técnicas de combate salientando que a ousadia e a surpresa eram as grandes armas de um exército.


Nas correspondências, contava também parte do dia-a-dia no inóspito norte da África. Falava sobre o calor insuportável, sobre a guerra contra os percevejos na hora de dormir, derrotados depois de o general ter-se irritado a ponto de atear fogo na própria cama. Nas vazias noites do deserto, seu passatempo era matar moscas. A comida merecia capítulo especial. Eis um jantar caprichado descrito por ele: “Anteontem à noite, comemos uma galinha que devia provir das poeiras de Ramsés II. Apesar das seis horas que levou para cozinhar, ficou como sola de sapato e meu estômago não a pôde digerir”.
Best seller

Ainda na Primeira Guerra Mundial, Rommel ganhou a maior condecoração a oficiais concedida pelo governo germânico. Cerca de 9 mil soldados inimigos e 80 canhões caíram em suas mãos naquele conflito, ao vencer no norte da Itália a Batalha de Carporetto.

Em 1929, Rommel escreveu seu primeiro livro, Ataques de Infantaria, no qual compilou parte de suas idéias e técnicas de estratégia. A obra, lida com admiração por Hitler e mais de 400 mil alemães, instigou ainda mais o interesse dos germânicos pelo já reconhecido herói de guerra.

Foi na Segunda Guerra Mundial, porém, que a fama de Rommel fez o mundo estremecer. Sob o comando da 7ª Divisão Panzer, em 1940, ele foi um dos primeiros a ultrapassar a Linha Maginot, na França, antes em mãos de tropas britânicas e francesas. A inovadora e fulminante Blitzkrieg (guerra-relâmpago) surgia para o mundo de forma implacável: foi durante a invasão da França que Rommel conseguiu atingir a inigualável marca de deslocamento de 240 km em um único dia – feito que rendeu a seus homens a fama de "Divisão Fantasma".

AfrikaKorps

Em fevereiro de 1941, sob ordem do chefe do Estado-Maior do Reich, Walter von Brauchitsch, nascia um grupo especial que se tornaria lendário, batizado de Afrika Korps. Sua missão era auxiliar as frágeis frentes italianas no norte da África, que padeciam com armamento escasso. Mas a tarefa não seria simples. Com curto raio de ação, os canhões da divisão datavam de 1914 e estavam completamente obsoletos. A situação de outras armas não era muito diferente. Metralhadoras e veículos de defesa pouco podiam fazer diante do poder de fogo dos aliados. Para piorar, grande parte do exército italiano era constituída por infantaria não-motorizada, adequada para posições defensivas, mas de valor nulo nos embates no deserto.


Nessas horas, porém, a genialidade de Rommel fazia a diferença. Em uma ocasião, ele mandou seus mecânicos reformarem vários carros Fiat abandonados, cobrindo-os com telas e falsos canhões de madeira. Batizados de Pappedivision, os veículos engrossaram as fileiras junto aos Panzers verdadeiros, compondo frentes que se estendiam por até 1,5 quilômetro. O plano funcionou. Os inimigos recuavam só de vê-los se aproximando. A reconquista da Cirenaica foi rápida e implacável.

Rommel também se aproveitava dos erros do inimigo. Em suas palavras, o maior vacilo dos aliados, além do excesso de táticas de dispersão, era o uso de "técnicas metódicas de comando, a sistemática emissão de ordens até os mais ínfimos pormenores, deixando pouca iniciativa ao comando subalterno, e o seu fraco poder de adaptação ante uma mudança no decorrer da batalha". Maleabilidade no comando é essencial para embates no deserto, dizia ele. Nesse tipo de terreno, onde uma ventania é capaz de mudar a configuração de uma tropa por causa da falta de abrigo, os planos têm de ser alterados a qualquer momento. Várias vezes a falta de obstáculos terrestres deixou o caminho livre para Rommel aplicar as práticas de guerra entre tanques, até então inovadoras. Ele as usou com maestria e criou novas táticas, deixando os britânicos sem reação.

Hitler, o desafeto

Apesar da liberdade de que Rommel gozava, suas rusgas com o Reich eram constantes. Não se considerava nazista, apesar de respeitar Hitler. Mas a relação entre os dois degringolou no início de 1943, quando o Führer jogou as forças dos Afrika Korps em segundo plano. Os recursos escassearam, e a paciência de Rommel também. Se os suprimentos não viessem, teria de se retirar. Hitler e o marechal Hermann Goering, principal desafeto de Rommel, ficaram furiosos. O braço-direito do Führer acusava o general de desanimado e doentio, pois achava inconcebível um comandante descartar a vitória.

Em novembro de 1943, após a retirada dos Afrika Korps para a Tunísia (a contragosto de Hitler, claro), Rommel foi deslocado para supervisionar as defesas que restaram na Dinamarca, Bélgica, Países Baixos e França. No ano seguinte, foi cuidar da Muralha do Atlântico, região que os alemães acreditavam ser forte o suficiente para segurar o avanço dos aliados. Aumentou as fortificações, instalando bunkers, postos e cerca de 6 milhões de minas. Mas já suspeitava que o ataque dos inimigos seria pela Normandia, fato confirmado em 6 junho de 1944, o Dia D.


Em outubro de 1944, Rommel voltou para sua casa em Herrlingen. Com graves ferimentos, depois de ter seu carro atingido por um morteiro, passou seus últimos dias desiludido pela guerra e indignado com a resistência absurda imposta por Hitler ao exército alemão. A casa estava sendo vigiada pela Gestapo, que suspeitava da participação de Rommel no atentado a Hitler alguns meses antes. Na manhã do dia 14, vestindo sua farda cáqui dos Afrika Korps, ele morreu depois de ingerir veneno. Era o paliativo oferecido por Hitler, em respeito aos serviços prestados na África. Caso não aceitasse o suicídio, seria preso e sua família, acusada de alta traição.

Enterrado com pompa, foi um dos últimos grandes generais. Grande não só pela capacidade militar, mas também pelas atitudes. Rommel nunca foi acusado de crimes de guerra, tortura ou maus-tratos. Cortava a água de suas tropas no deserto, mas não deixava seus prisioneiros morrerem de sede.

Caça à raposa

Em pouco tempo, Rommel e os Afrika Korps fizeram uma reviravolta no front africano. O pânico tomou conta dos oficiais britânicos, que davam como certa a vitória sobre os italianos. Nesse momento de desespero, o general Alan Cunningham criou a Operação Caça à Raposa, um plano minucioso para atacar os alojamentos alemães e assassinar Rommel, única alternativa para tentar frear o avanço do Eixo no deserto. A operação envolvia o uso de dois submarinos para o transporte das tropas. Depois, os combatentes seriam divididos em três grupos: dois ficaram encarregados de sabotar as centrais de comunicações; outro atacaria o QG alemão em Beda Littoria e a instalação onde estava Rommel. Quando a operação começou, tudo aconteceu como planejado – tanto que os comandantes ingleses chegaram a abrir uma garrafa de champanhe para comemorar o sucesso da missão. Ledo engano. Na madrugada de 18 de novembro de 1941, os britânicos chegaram ao local planejado e, sem uniformes e respondendo ao sentinela em alemão, conseguiram entrar no QG. Para surpresa de todos, a Raposa havia ido embora no dia anterior. Por pouco eles não obtiveram sucesso. Ficaram no “quase”.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

SS-Ahnenerbe: la herencia de los Ancestros.


 SS-Ahnenerbe en Tíbet.

“Ahnenerbe" (la herencia de los Ancestros), era una organización especialmente creada para impulsar el  estudio de la "herencia del espíritu alemán" y así poder asentar científicamente la doctrina (¿oficial?) del  partido. Lo que en un principio daba cierta libertad investigadora única en su época en medios y ambiciones, acabó derivando en una ampliación de sus objetivos pero hacia el campo más abiertamente "racialista-cientifista", Constituía una importante Organización de las SS. Esta sección de investigación de la SS fue fundada el 1 de Julio de 1935 por el profesor Hermann Wirth, Heinrich Himmler y Walter Darré bajo el nombre completo de Ahnenerbe Forschungs- und Lehrgemeinschaft, "Comunidad de Investigación y Enseñanza 'Herencia de los Ancestros'.

Pero hay evidencias de que ya en 1928 existía una antecedente o precursora de la Ahnenerbe, cuando Hermann Wirth fundó su "Hermann Wirth Gesellschaft" o "Sociedad Hermann Wirth" para la difusión de sus teorías. La escritora esotérica Savitri Devi, estaba convencida de que era en la Ahnenerbe hitleriana es donde estaba depositada la sabiduría tradicional.

Sin embargo, la Anhenerbe llegó a contar con 43 departamentos más o menos extensos, versando sobre temas como el folklore popular, canciones tradicionales, geografía sagrada, ocultismo, esoterismo...


Castillo  de  Weweisburg:  Centro  Espiritual  y  Doctrinario  de  la  Ahnenerbe.

La Ahnenerbe se encargaba de estudiar desde lenguas indoeuropeas hasta materias científicas como botánica, astronomía, geofísica, biología, entomología, etc. También llevaron a cabo excavaciones arqueológicas y expediciones…

Precisamente fue el departamento de esoterismo, presidido por el enigmático Friederich Hielscher, el que se dedicó en buena parte a la excavaciones de posibles emplazamientos de la Atlántida, Los Templarios, estudios de antiguos cultos paganos, comprobaciones sobre las teorías Horbiguerianas de la "Tierra hueca", enigmáticos viajes al Tibet y como no la búsqueda del Santo Grial, las Calaveras de Cristal…

Las Calaveras de la Diosa de la Muerte, el Bastón de Mando, el Martillo de Wotan, la Piedra del Destino, el Arca de la alianza y la Lanza de Longinos…algunas de estas piezas sagradas las consiguieron encontrar…


Uniforme completo utilizado por los miembros e la SS-Ahnenerbe.

Parece  ser  según investigaciones  de E. Milá  que  Schaeffer  consiguió  traer  del  Tibet  para  Adolf  Hitler,  la piedra  con  la Svástica  originaria,  un  Pergamino  del  Dalai  Lama  de  singular  valor,  un  "Lama  de  Guantes Verdes"  enviado  desde  el  Reino  subterráneo  de  Agartha,  el  Ritual  del  Tantra  de  Kalachakra (Señor de la rueda)  y  un  Dossier  exhaustivo  sobre  esta  iniciación  Tántrica  de  similar  significado  a  la  mitología  germánica  del  dios  Odin.

Como se puede comprobar... la película “Siete años en el Tibet” que  se  basa  en  la  expedición  de  Schaeffer  al  Tibet   tendría  poco  o  nada  que  ver  con  la  Historia  y  con  los  hechos  acontecidos  al  igual  que “En Busca del  Arca Perdida” o  el “Paciente Ingles”  que  no  era  inglés  si  no  húngaro  del  Afrika Korps  de  Rommel… Enlace

Heinrich Himmler se convirtió en máximo responsable de las SS y este grupo de élite sacado de los mejores exponentes de la raza aria del Ejército alemán realizaba rituales e iniciaciones en el Castillo de Wewelsburg al estilo de los Caballeros del Rey Arturo. Independientemente de estas acciones funcionaba toda una visión trascendente sobre los acontecimientos mundiales donde las raíces de los jerarcas nazis jugaban un papel muy importante.


 Miembros de la expedición al Tíbet.

Se interesaba por la Alquimia y formaba parte de la secta esotérica “Thule”, utilizando sus conocimientos ocultos para escalar al poder. Tras ser nombrado por Hitler el segundo del Reichsführer de Alemania en 1934, transformó un grupo de 300 guardaespaldas en la más importante fuerza de élite del nazismo, las SS, un cuerpo de inteligencia militar organizado al estilo de los Caballeros Templarios y de raíces claramente esotéricas. Desde muy joven Himmler practicaba el espiritismo, el memerismo-magnetismo y la astrología, además creía ser la reencarnación del Heinrich “el Cazador”, fundador de la estirpe real de Sajonia, en el siglo X. Renegó del catolicismo y convertido al paganismo se transformó en adorador del dios Wotan. Sus creencias paganas tenían fiel reflejo dentro de las SS, quienes durante las noches de los solsticios y los equinoccios llevaban a cabo rituales mágico neopaganos ensalzando la raza aria para dominar el mundo. Al parecer, a las parejas cuidadosamente seleccionadas exponentes de la raza aria se las incitaba a copular en los cementerios de sus familiares para que tuvieran una buena descendencia.

Creo el departamento de investigaciones históricas de las SS, en el que se estudiaban las leyendas artúricas y también el Catarismo, todo ello conducido a la búsqueda del Grial; por ello fijaron su atención en Montsegur y Montserrat. Algo debieron descubrir porque todas sus investigaciones secretas y guardadas por las SS (manuscritos originales escritos en sánscrito, yidish, griego y latín), desaparecieron misteriosamente y su biblioteca fue quemada. ¿Qué extraño secreto guardaban los textos?

El Final de la Ahnenerbe

Toda la labor más emblemática culturalmente de la Anhenerbe fue irremediablemente suspendida, sus descubrimientos ocultados o desaparecidos y las pruebas o trabajos destruidos durante el avance aliado antes de la derrota final del eje.

En julio de 1943 cuando se inician los primeros bombardeos sobre las ciudades alemanas, Himmler ordena la creación de un "lugar de repliegue" en una zona montañosa fuera del alcance de los bombarderos y el 16 de agosto la Anhenerbe se establecerá definitivamente en Waischenfelf, Franconia.


Símbolo de la SS-Ahnenerbe.

Cerca de allí, algunos campesinos en fechas finales cuando la derrota de Alemania era inevitable, observaron sin ser descubiertos como un grupo especial de las Ahnenerbe lanzaban al fondo de un lago un enorme Baúl, posteriormente los aliados gracias a la información dada por los campesinos estuvieron durante días rastreando y buscando por el lago y toda la zona sin encontrar absolutamente nada…

En cuanto a Friederich Hielscher su final resulta oscuro y misterioso: se sabe que fue supuestamente arrestado en Marburg en septiembre de 1944 por la Gestapo. Luego enviado a Berlín y liberado en diciembre de ese año. Tras testimoniar en el juicio de Nuremberg a favor de Sievers, (dirigente de la Ahnenerbe ejecutado en la horca por los aliados en 1948, acusado de ¿crímenes contra la humanidad? Habiendo sido investigador de culturas y formación…, ) se negó a decir nada sobre la Ahnenerbe y acompaño a Sievers al Patíbulo, el condenado escucho con indiferencia su condena a muerte, se hincó de rodillas mientras Hielscher entonaba los cánticos que según manifiesta el investigador André Brissaud se trataba de “cánticos u oraciones de un culto que nadie conocía y del que no habló jamás”. Posiblemente pudiera ser antiguo germánico (vikingo) y desaparecerá para siempre hasta nuestros días sin dejar rastro…

La SS-Ahnenerbe

Dentro del conjunto de Wewelsburg, estaba incorporada la sede de la SS- Anhenerbe, un instituto independiente cuya tarea era, según el escritor Andre Brissaud, “asuntos secretos del Reich” y comprendía desde lengua y literatura germánicas hasta yoga y zen, doctrinas esotéricas e influencias mágicas sobre el comportamiento humano, misiones arqueológicas y antropológicas, así como expediciones de exploración y estudios científicos.

Anillo de plata usada por los miembros da SS-Ahnenerbe.

Ernesto Milá en su estudio “La Ahnenerbe, ciencia y locura”, nos dice que la sección esotérica estaba a cargo de Friedrich Hielscher. Por su parte, Ernst Jünger, así como el filósofo judío Martín Buber, colaboraron también con el instituto. La dirección ideológico-cultural que la Ahnenerbe ejerció sobre la SS se fue haciendo más notable con el tiempo. La Ahnenerbe, creada en julio de 1936, asumirá a finales de ese año el control de la revista SS “Norland” y en 1942 será muy notable su presencia formativa en las escuelas de oficiales de la SS.

Desde 1936, realizaron excavaciones arqueológicas, conservaron monumentos de la historia alemana (incluídas la sinagoga Staranova de Praga del siglo XIII o el cementerio de Worms, en el Rheinland, etc.), construyeron monumentos en homenaje a los héroes de la revolución nacional-socialista, crearon departamentos dedicados a danzas populares y canciones tradicionales, estilos regionales, folklore, leyendas, geografía sagrada, ciencias paranormales, etc.


Símbolo utilizado en los uniformes de los miembros.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

German American Bund (Federação Germano-Americana)


Fritz Julius Kuhn, conhecido como o Führer americano e Líder do German American Bund.

Entre as muitas organizações potencialmente subversivas que surgiram nos Estados Unidos, uma delas causou grande preocupação ao FBI por sua determinação em alterar a inicial neutralidade norte-americana e propiciar o apoio norte-americano aos países do Eixo. Tratava-se do Bund Germano-Americano. O país tinha outras organizações com ideologia mais ou menos similar, como o Partido Nacional-Socialista Americano, a Frente Cristã, os Cruzados Cristãos pelo Americanismo, o comitê América Primeiro e os grupos ultra-americanos e patriotas, sem esquecer da Ku-klu-Klan, mas o Bund era a mais organizada de todas elas.

Em 1933, Rudolf Hess havia autorizado a fundação de um Partido Nazista norte-americano, denominado Amigos da Nova Alemanha, com o apoio do cônsul alemão em Nova York. O primeiro líder do partido foi Heinz Spanknobel, e uma de suas primeiras atividades consistiu na edição de um jornal em alemão, o New Yorker Staats-Zeitung, para promover um sentimento simpatizante para com o nazismo.  Mas  Spanknobel acabou sendo deportado por causa de suas atividades e considerado um agente inimigo dos Estados Unidos. Como as atividades do grupo eram pouco discretas, Hess dissolveu-o em 1935.


Congresso da Federação Germano-Americana em 1939.

Muitos de seus ex-membros fundaram uma organização no ano seguinte, em Buffalo (estado d Nova York). Tratava-se da Liga Germano-americana (Amerikadeutscher Volksbund),  sob a direção de Fritz Kuhn,  um veterano alemão da Primeira Guerra Mundial. Rapidamente, a organização viu crescer o número de seus membros, muitos dos quais eram imigrantes alemães de primeira ou segunda geração. O Bund imitava a organização do partido alemão, e inclusive chegou a ter sua versão do uniforme da Juventude Hitlerista. Além da atividades culturais e  desportivas, existia um forte doutrinamento político entre seus membros.

O Bund chegou a criar colônias de férias em Nova York e New Jersey e várias cervejarias, cujos donos eram alemães, converteram-se em centros de encontro em Chigaco e Milwaukee. Os ataques antisemitas tornaram-se mais freqüentes e a organização começou a ficar cada vez mais parecida com sua inspiradora. A Alemanha apenas prestou ajuda ao Bund, mas seus membros estavam desejosos de reconhecimento.


Passeata organizada pela Federação Germano-Americana em Nova Iorque em Wall Street.

Em 1936, por ocasião da Olimpíadas de Berlim, uma delegação do Bund, encabeçada pelo próprio Kuhn, viajou até a cidade  e foi recebida por Adolf Hitler na Chancelaria. Um ano depois, o FBI vigiava rigorosamente suas atividades, e chegou-se a cogitar que aproximadamente 200 mil membros da organização estavam dispostos a fazer uso de armas  contra os Estados Unidos. Na verdade, o  Bund nunca teve mais de 8,5 mil membros e 5 mil simpatizantes. A Alemanha continuou sem prestar apoio e chegou a proibir a utilização  de seus símbolos pelo Bund.

sábado, 25 de janeiro de 2014

A verdade histórica sobre o mito dos Anunnakis.




ENKI e seus descendentes, entre eles seu filho NINGISHSIDA (Senhor da Árvore da Vida).

            Muito se tem falado atualmente sobre os Anunnakis, e teorias das mais diversas são frequentes sobre o tema. Muitas teorias indo além do mito e levando ao extremo dos teóricos alternativos. Mas, realmente oque sabemos historicamente falando sobre esses seres mitológicos, tão importantes para os sumérios, seres que são colocados no mais alto escalão das divindades sumérias. Neste pequeno texto traremos um pouco de luz sobre os abusos escritos e documentários sensacionalistas que não prestam serviço ao conhecimento humano, mas servem unicamente para propósitos egoístas e gananciosos de seus escritores e produtores.

Os Anunnaki são um grupo de divindades sumérias, acádias e babilônicas. O nome é alternativamente escrito "a-nuna", "a-nuna-ke-ne, ou "a-nun-na", ou seja, algo no sentido de "aqueles de sangue real" ou "prole do príncipe". Sua relação com o grupo de deuses conhecido como Igigi não é clara - às vezes os nomes são usados como sinônimos, mas, no mito do dilúvio de Atrahasis, têm de trabalhar para os Anunnaki, rebelando-se após 40 dias e substituídos com a criação dos seres humanos. De acordo com um mito babilônico, os Anunnakis eram filhos de Anu, o céu. Anu, por sua vez, era o filho de Anshar (deus do céu), irmão de Kishar  (deus da terra), respectivamente. Portanto, Anu era neto de deuses lamacentas Lahm e Lahmu , guardiões do templo em Eridu , que teve lugar a criação . O que torna o Anunnaki nos bisnetos dos guardiões do Templo da Criação.


Deus Anunnaki, Enki (Senhor da Terra).

Breve genealogia:

Tiamati e Apsu

(Tiamati, era uma deusa serpente marinha e Apsu, era o deus das águas doces).
Lahm e Lahmu

(Senhores das terras abaixo dos oceanos ou “lodo marinho).

Anshar e Kishar

(Pais dos primeiros deuses. Anshar,  era o deus do horizonte celeste e Kishar era a deusa do horizonte terreno).

Anu e Ki

(Anu era o deus do céu e juiz dos homens, Ki era a deusa da terra)

Anunnakis

(Grupo de divindades dos quais o mais importante é Enlil, deus do ar. De acordo com as lendas, o céu e a terra eram inseparáveis, até o nascimento de Enlil, que dividiu o céu e a terra em dois).


Enlil , senhor do ar e Anu seu filho e sucessor como chefe do conselho Anunnaki iniciou uma disputa entre ele e seu irmão Enki , o senhor da terra, o deus da sabedoria e de água doce magia, considerado por muitos como um alquimista. Enlil (En = senhor | Lil = ar) vieram de Nippur , enquanto seu irmão Enki (En = senhor | Ki = Terra) fez de Eridu .

Os Igigi’s, os deuses menores, se recusaram a continuar a trabalhar para manter a harmonia do universo e Enki, no Shabat ou Shappatu, criou a humanidade para que esta assuma a responsabilidade para a realização de tarefas que os deuses menores tinham abandonado. Os Anunnaki, e o alto conselho dos deuses e de Anu, foram distribuídos pelo planeta Terra e pelo submundo. Alguns eram o próprio Enki, Asaru, Asarualim, Asarualimnunna, Asaruludu, Namru, Namtillaku ou Tut.

Na mitologia caldeia, os deuses Igigi’s eram deuses menores, mas também na literatura da antiga Mesopotâmia está palavra era usada para designar o conselho supremo dos deuses celestiais. Os Igigi, trabalhavam para os Anunnakis, cavando valas de drenagem e canais. Um dia, cansado, rebelaram-se como as lendas de épicos Enuma Elish e Atrahasis. Depois se tornaram uma espécie de demônios ou entidades do mal.

Alguns significados mais minuciosos da palavra Anunnaki:

ANUNNAKI
An = forma reduzida de "anachnu", que significa NÓS
Nu = também significa "céu"
Naki = limpo, puro
Significado: “Nós somos puros”
Ki = Terra
Ampliando o significado para: "Nós do céu, na Terra", ou ainda "Puros do Céu na Terra”.

Jeremy Black e Anthony Green oferecem uma perspectiva ligeiramente diferente sobre os Igigi e Anunnaki, escrevendo que "lgigu ou Igigi é um termo introduzido no período babilônico antigo como um nome para os (dez)"grandes deuses". Embora, por vezes, mantivesse esse sentido em períodos posteriores, desde o período Babilônio Médio é geralmente usado para se referir aos deuses do céu coletivamente, assim como o termo Anunnakku (Anúna) foi posteriormente usado para se referir aos deuses do submundo. No épico de criação, dizem que há 300 lgigu do céu.".

Curiosamente, os sumérios tinham uma gradação para os seus deuses: Igigi era classe das divindades dos céus, ou do paraíso – compostos por dez seres, os “grandes deuses”; Anunnaki era o nome dado aos deuses terrestres, aqueles que supostamente viviam entre nós.

Entretanto, vale a pena pontuar que na Antiguidade os governantes eram vistos como verdadeiros deuses na Terra. Os faraós do Egito Antigo eram deuses regendo os seres humanos. Os governantes da Pérsia, da Babilônia, da Suméria também tinham tais características entre seus plebeus.

O mito cosmogônico dos babilônicos diz que os Anunnaki construíram as coisas da terra, como a organização social humana. Mas os historiadores apontam que esta é apenas uma versão das várias existentes da mesma mitologia. De acordo com um mito babilônico posterior, os Anunnaki eram filhos de Anu e Ki, irmão e irmã deuses.

É interessante conhecermos essas vertentes do conhecimento, uma vez que abrem nossa mente para questionamentos sobre como a humanidade fundamentou seu pensamento moral em cima da religião, e como o próprio homem inventou os deuses com suas semelhanças.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Os egípcios construíram a Esfinge?


 Esfinge, Planalto de Gizé.

A esfinge é uma estátua enorme que fica perto das pirâmides, no planalto de Gizé, Egito, África. Praticamente todo mundo já ouviu falar, viu fotos ou jogou jogos onde aparece uma criatura com corpo de leão e cabeça humana, que propõe um enigma. Quem não resolve o enigma é morto pela esfinge.

Pois então, essa estátua, chamada Grande Esfinge de Gizé, é a maior estátua esculpida num único bloco de pedra. Foi aproveitado um penhasco que havia no local, que depois foi coberto por blocos de pedra lisa.

A esfinge que sempre aparece nos jogos tem a cabeça de uma mulher, mas, a esfinge de Gizé parece que tem a cabeça de um homem. Alguns estudiosos dizem que ela foi construída pelo mesmo faraó que fez a segunda maior pirâmide, Quefren, e que a cabeça da esfinge é a cabeça desse faraó.

Então, a esfinge tem o corpo de um leão e a cabeça humana. Entre as patas de leão, existe uma laje de granito com uma inscrição que conta sobre um sonho que o faraó Thutmose IV, que reinou na XVIII dinastia, teve.

Essa laje é uma estela, chamada de Estela do Sonho e conta o seguinte: quando jovem, Thutmose foi caçar e muito cansado, dormiu sob a sombra da esfinge. Ele então sonhou com o deus sol Ra-Harakhte, que na forma da esfinge, lhe prometeu que se ele limpasse toda a areia que cobria o monumento se tornaria faraó do Egito. E foi exatamente isso que aconteceu.


 O deus Aker da mitologia egípcia era sempre representado por dois leões que guardam os portões do além-túmulo.

Assim, ficamos sabendo que, quando Thutmose IV reinou, a esfinge já estava bastante coberta pela areia. Em 1816 o capitão Caviglia terminou a retirada da areia que novamente cobria a esfinge e registrou que o corpo da estátua era revestido em pedra e que provavelmente a esfinge tinha sido um dia, pintada com tinta vermelha.

Então, onde está o mistério?

Em primeiro lugar, ainda não se sabe com certeza, como o nariz da esfinge foi arrancado. Há diversas teorias, mas como saber a verdade?

O professor Robert Schoch, da Universidade de Boston, afirma que a esfinge é muito mais velha do que diz a História oficial. Ele acha que a erosão que existe no corpo do monumento não foi feita pelo vento ou pela areia, foi feita sim pelas chuvas. Ora, então a esfinge seria pelo menos 2 mil e 500 anos mais velha do que se pensa, quando no Egito havia muita vegetação e muitas chuvas. Será?

Muitos pesquisadores já fizeram estudos e acreditam que existem túneis e câmaras ainda não escavados sob a esfinge. Será que algum deles esconde um grande mistério?

Segundo a professora de egiptologia da Universidade Americana do Cairo, Salima Ikram, já foram encontradas múmias, escondidas sob a axila esquerda e na parte de trás da esfinge. De quem seriam essas múmias? Por que estavam dentro do monumento? Onde estão agora?

Teria havido duas esfinges?


Nas representações artísticas que fizeram, entretanto, as esfinges geralmente aparecem aos pares. A estela que Tutmósis IV (c. 1401 a 1391 a.C.) mandou fixar na frente do monumento, e que vemos ao lado numa foto do Canadian Museum of Civilization Corporation (CMCC), é um bom exemplo disso. No relevo feito no granito, a esfinge está assentada sobre uma construção complexa. Os arqueólogos dizem que o palácio gravado na estela é representação do templo que existe até hoje diante da esfinge. Entretanto, a forma do edifício representado na estela é totalmente diferente do templo da esfinge. Além disso, as regras de perspectivas usadas pelos artistas egípcios fariam com que eles colocassem o templo diante da esfinge, como realmente ele está situado, e não abaixo dela. Tais regras eram por demais rígidas e nenhum artista oficial se permitiria divergir de realidade em tal medida.

Segundo Shammaa, esta ideia de duas esfinges está bem representada na iconografia egípcia e está bem de acordo com as crenças egípcias de como o universo foi criado, as quais, fundamentalmente, se baseiam na dualidade e têm origem no período pré-dinástico. O deus Atum criou Shu e Tefnut na forma de dois filhotes de leão, um macho e uma fêmea, colocando cada um deles num dos extremos do universo. Os antigos artesãos egípcios e os sacerdotes sempre os desenharam e os descreveram vigiando os dois montes primevos interligados (akhet), os quais com o Sol no meio formam a palavra hieroglífica para "horizonte". Quando o Sol se punha, afirmava-se, o leão do ocidente pegava o Sol em suas mandíbulas e o transportava pelo mundo subterrâneo, entregando-o, finalmente, ao leão do oriente. Assim, depois de um período de escuridão, começava a amanhecer. Estes dois leões simbolizavam o "ontem" e o "amanhã". O disco solar da divindade se eleva entre os animais, os quais eram responsáveis por vigiar os limites leste e oeste, apoiando a luta da luz contra a escuridão, da ordem contra o caos, de Hórus contra Seth. A avenida de esfinges com cabeças de carneiro defronte do primeiro pilone de Karnak e as esfinges com cabeças humanas diante do templo de Luxor enfatizam esta dualidade.

Embasado nesse conceito religioso, Shammaa prossegue seu raciocínio afirmando que quando nos colocamos diante da esfinge e vemos as três pirâmides atrás dela, percebemos que há duas colinas, ou seja, duas construções de forma piramidal semelhantes em altura e tamanho, conectadas por um vale de terra. Uma vista aérea do complexo piramidal de Kéfrem confirmará que a calçada que liga o templo mortuário ao templo do vale teve que desviar seu caminho para o sul para evitar a esfinge já existente. A calçada termina no templo do vale, desembocando no seu lado norte, não no meio, como de costume. Os operários estavam tentando evitar outra estátua sagrada intocável no lado sul: a esfinge desaparecida. Se consideramos o templo da esfinge e o templo de vale, podemos deduzir que ambos são semelhantes no projeto, na altura, no desgaste, na erosão e na destruição pelo tempo. O que parece é que havia um único templo dedicado à adoração do horizonte, o santuário do deus-Sol. Com as obras posteriores o templo foi dividido em duas partes iguais, cada uma dedicada a um dos leões. Deve-se ter em mente que o granito rosa que reveste algumas partes do templo do vale foi colocado décadas depois da construção do monumento. Este fato fica demonstrado, sem sombra de dúvida, quando se observa como o granito está embutido nas cavidades causadas pelo desgaste do tempo. Assim, raciocina Shammaa, se há dois montes, dois templos que significam as duas extremidades dos limites do mundo no leste e no oeste, e dois santuários do deus e um deles (templo da esfinge) está guardado por uma esfinge de leão junto a ele, por que então o segundo santuário do deus (templo do vale) não é protegido e vigiado da mesma forma com uma esfinge a seu lado?


 De leão ao ser antropomórfico.

O deus Aker é descrito frequentemente como dois leões sentados e voltados para lados opostos. Shammaa pensa que a esfinge tinha uma cabeça de leão antes de ser refeita com cabeça de um faraó. Isto explicaria por que a cabeça humana da esfinge é pequena em comparação ao corpo do leão. Os antigos egípcios jamais incorreriam num erro tão primário da relação entre as proporções. O leão duplo é uma manifestação de Shu e Tefnut. Os egípcios nunca protegeram apenas de um lado qualquer avenida, entrada, templo ou tumba, porque isso seria contra o bom senso da idéia de proteção, já que um lado do santuário de Atum ficaria exposto ao perigo. Além disso, os dois leões no Livro dos Mortos são simbolos de Osíris, de Rá e, às vezes, de Atum. A ausência de um deles provoca caos, crise e uma grande desordem.

Se o Sol precisa de dois leões para levá-lo do oeste para leste, e como a esfinge existente está sentada exatamente na fronteira entre o deserto (nenhuma vida) e a vegetação (vida), então, como a jornada do renascimento eterno do Sol poderia ser completada se houvesse só um leão? Quem cuidaria desse transporte do oeste para seu destino? Alcançar o objetivo da ressurreição do Sol é impossível, a menos que haja dois leões. Os dois leões de perfil que ladeiam o horizonte são as duas esfinges: uma atrás do templo da esfinge, a qual simboliza o limite ocidental, e outra atrás do templo de vale, a qual simboliza o limite oriental onde o Sol renascerá, da mesma maneira que a terra se torna verde no vale devido à rica inundação do Nilo. Se olharmos de frente os dois animais da cena desenhada de perfil, veremos dois leões que ladeiam a calçada que divide um templo em dois. Veremos, ainda, ao fundo, duas pirâmides. A base de pirâmide de Kéfren (c. 2520 a 2494 a.C.) foi esculpida no leito da rocha para criar, então, a cena da monte primevo e o disco solar surge entre os dois monumentos para completar a cena do Livro dos Mortos.

A arte egípcia antiga sempre dependeu da harmonia entre a relação e a proporção da cena. As formas devem ser simétricas. O resultado final produzido deve ser harmonioso. Na escultura sempre um dogma de duplicidade dominou a construção religiosa. Exemplos: a avenida dupla de esfinges com cabeças de carneiro de Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.) em Karnak, ou a de esfinges com cabeças humanas de Nectanebo I (380 a 362 a.C.) no templo de Luxor. Duas estátuas sentadas ladeiam as entradas dos templos. Um lado sempre é igual ao outro. A conclusão que o autor tira de tais considerações é a de que a existência de uma segunda esfinge no outro lado da calçada está além de qualquer dúvida. Portanto, ele acredita que os restos da segunda esfinge ainda estão lá enterrados na areia, ainda que possam se encontrar muito delapidados. Com relação à estela de Tutmósis IV que aparece no topo desta página, Shammaa afirma que não se trata de uma cena repetida em um espelho. Evidentemente o faraó está fazendo oferendas para duas esfinges diferentes. Primeiro porque está usando coroas diferentes: a coroa azul de guerra numa cena e o nemes na outra cena. Portanto, trata-se de duas situações diferentes. Em segundo lugar, porque o faraó oferece dois tipos de libações diferentes para cada cena, ou seja, ele não trata as duas esfinges de maneira igual.


Seria esta a face original da Esfinge(s)?

           Outro dos defensores da ideia de que a esfinge de Gizé tenha tido uma companheira idêntica é Michael Poe, arqueólogo formado em Los Angeles pela Universidade da Califórnia (UCLA). Apesar da assim chamada Estela do Inventário informar que a esfinge já existia no tempo de Kéops e que o faraó encontrou a esfinge em ruínas e mandou restaurá-la, pode até ser que tal estela seja uma fraude piedosa daquela época, já que se trata de um artefato datado da XXVI dinastia (664 a 525 a.C.). 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Civilizações esquecidas: Império Mauryan.


Templo Mahabodhi , construído pelo Imperador Maurya Ashoka, o Grande, em 250 aC.

Foi fundado em 324 a. C. por Chandragupta, do clã dos Maurya, que conseguiu acabar com a dinastia Nanda e conquistou o trono da Pataliputra. Chandragupta aproveitou o vazio do poder para consolidar o seu domínio no noroeste, a partir do qual avançou para o Ganges e derrotou o último rei Nanda. Não se sabe com exatidão a data do início do reinado, mas pode situar-se entre os anos 324 e 317 a. C. A maior parte do Norte da Índia constituía um só império, controlado por um grande corpo de funcionários nomeados pelo rei. O estado participava em grande medida na indústria e no comércio e promovia a agricultura. No que respeita à organização social, prevaleceu o sistema de quatro classes (varna).

Chandragupta reinava sobre um vasto império que se estendia desde Kandahar até à desembocadura do Ganges. Ao finalizar o seu reinado, houve uma terrível fome, e o rei, considerando que esta teria sido provocada pelos seus pecados e deficiências como governante, abdicou e converteu-se ao jainismo.


A estátua de Buda no Bharhut, construído durante o reinado de Asoka.

Sucedeu-lhe o seu filho Bindusara no ano 300 a. C., que conseguiu manter intacto o império Maurya. Bindusara morreu em 270 a. C. e sucedeu-lhe Ashoka. As suas reformas visaram a busca de prosperidade, o bem-estar e a felicidade dos seus súbditos. A grande expansão do budismo durante o reinado Ashoka impulsionou o desenvolvimento da arquitetura pétrea. O rei foi afastado por uma intriga palaciana (232 a. C.). No ano de 186 a. C., os Maurya foram substituídos por uma nova dinastia, a dos Sunga.

O Império Maurya formou o maior e mais poderoso império da Índia antiga, que durou de 322 a.C. a 185 a.C.. O Império se iniciou com a conquista do Reino de Magadha e deposição da Dinastía Nanda que o governava, pelo fudador da dinastia e primeiro imperador Chandragupta Maurya.

A expansão se deu desde o Reino de Magadha que se limitava à região do noroeste da India onde hoje se situam as modernas Bihar e Bengala, e tinha por capital a cidade de Pataliputra. e se dirigiu para o norte até os contrafortes do Himalaia, depois para o leste até o atual Hassan e finalmente para oeste, ultrapassando o Paquistão até o Baluquistão (então Pérsia) e partes do atual Afeganistão como Candaar e Herat.


Imperador Maurya Asoka, o Grande.

Na luta no ocidente, Chandragupta acabou arrebatando territórios então recentemente conquistados por Seleuco um dos generais de Alexandre. Depois, sob o Imperador Bindusara Amitraghata a conquista dirigiu-se para o sul, com a conquista de Kalinga e o grande imperador Asoka conclui a conquista do restante do sub-continente índico, submetendo por último Pandya e Cheras.

Já sob Chandragupta, seu ministro Kautalya Chanakya escrevia o Artha shastra que é o mais antigo e um dos maiores tratados sobre economia, política, administração, assuntos exteriores e guerra que, junto com os Éditos de Ashoka se constituiram no arcabouço doutrinário de todos os governantes do império.


Arquitetura Maurya em Montes Barabar. Terceiro século aC.

Com a unificação, a Índia experimentou um longo período de paz e prosperidade com desenvolvimento da economia e ciência, melhoria do comércio, agricultura e sistemas administrativo, tributário e legal. No campo da religião Chandragupta incentivou o jainismo enquanto Asoka favoreceu enormemente o budismo a que se converteu se tornando o predecessor da tutela dos direitos dos animais.


Escudo do Império Mauryan. 

Imperadores Mauryas